Luiz Alberto Marinho  29 de dezembro de 2022  – Mercado & Consumo )

 

 

Alexandre Birmann, CEO da Arezzo&Co, parecia particularmente animado no dia 6 de maio, quando apresentou aos investidores e analistas os resultados da companhia no primeiro trimestre do ano. Não era para menos. A receita bruta passou de R$ 1 bilhão no período, as vendas cresceram 66% em relação a 2021 e o lucro líquido foi 320% maior do que o do início de 2019, antes da pandemia.

Os números da Arezzo estavam bons e alguns dados chamaram ainda mais a atenção. O faturamento do online chegou a 24% do total e as vendas influenciadas pelo digital representaram 42% do sell out das marcas. Isso aconteceu, em grande parte, porque o exército de 10 mil vendedoras, espalhadas por todo o País, fez em média 2 milhões de contatos ativos por mês com suas clientes, por meio do App do Vendedor. Isso dá algo em torno de seis contatos por dia para cada funcionária. Na prática, essa iniciativa amplia dramaticamente a produtividade das equipes de loja, com ajuda de uma base estruturada de dados, que já conta com mais de 3,8 milhões de clientes cadastrados.

Durante a conversa, Birmann destacou o expressivo crescimento de peças vendidas, concluindo que, neste começo de ano, a Arezzo&Co havia não apenas conquistado um desempenho positivo, mas também ampliado sua participação de mercado. Se considerarmos que as vendas de vestuário, calçados e acessórios aumentaram 24% no primeiro trimestre, de acordo com o IBGE, o avanço de 66% reportado pela Arezzo confirma que a marca de fato teve melhores resultados do que o setor como um todo, roubando vendas dos seus concorrentes.

O exemplo da Arezzo tem se repetido em outros segmentos, com diferentes protagonistas. O aumento da concentração de mercado é fenômeno global, impulsionado pela maior complexidade do cenário competitivo e pela necessidade dos varejistas de investir no envolvimento de clientes e na venda ativa, com uso mais intenso da tecnologia, dados e digital. Naturalmente, as grandes redes possuem maior capacidade de fazer esses investimentos do que lojistas pequenos e locais.

É aí que entram os shoppings. Pequenos lojistas precisam, mais do que nunca, de apoio para serem competitivos. Os shopping centers precisam dos pequenos lojistas. Logo, investir parte importante dos recursos dos centros comerciais no desenvolvimento dos negócios dos lojistas é algo meio óbvio, não?

De fato, há diversas iniciativas muito bem construídas em andamento. O Shopping Cidade, em Belo Horizonte, é um exemplo. Para apoiar os lojistas, especialmente os menos estruturados, foi criado o Lab Cidade, espaço que presta serviços gratuitos com o objetivo de gerar oportunidades de negócios e elevar vendas. Com um ano de vida, os resultados são expressivos: 99% dos lojistas declararam estar satisfeitos com os serviços oferecidos e 91% atestaram a contribuição do programa para seus resultados. Não é à toa. As vendas cresceram em média 25% nas lojas que receberam a consultoria do Lab Cidade.

A JCPM, rede com empreendimentos concentrados no Nordeste, é outra que tem investido bastante nos lojistas. Para isso criou o shopping digital, um canal de vendas e divulgação das lojas na web. No momento nenhuma taxa é cobrada. O serviço inclui ainda a produção de conteúdo para as redes sociais. Para a queijaria Campo da Serra, pequeno operador com loja no Riomar Recife, o serviço foi a salvação durante o lockdown. Mesmo depois da pandemia, a lojista seguiu usando a plataforma de vendas online, que foi responsável por 5% das suas vendas totais nos primeiros meses deste ano. No entanto, acesso ao e-commerce não é o único benefício do shopping online: muitos lojistas ganham exposição nas lives dos shoppings da JCPM e na própria plataforma, o que acaba gerando conversão na loja.

Há vários outros exemplos. No interior de Minas Gerais, o Shopping Uberaba criou o U36, plataforma de conexão digital entre seus clientes e os lojistas. Grandes redes, como Multiplan, Ancar, Aliansce Sonae e brMalls também têm programas interessantes.

No entanto, diante dos novos desafios do varejo, será importante ampliar a gama de serviços prestados. A maior parte dos programas para lojistas está baseada apenas em treinamento e conteúdo. É pouco. Para que mais recursos sejam alocados para este fim, é necessário que os shoppings entendam que sua evolução passa mais por desenvolver varejistas do que por alugar lojas simplesmente.

Vivemos tempos desafiadores, marcados por mudanças estruturais no consumo e nos canais de venda. Além disso, convivemos com desemprego, inflação alta, endividamento das famílias e corte de despesas não essenciais em muitos lares. Nesse cenário, é natural que as pessoas que ainda preservaram seu poder de compra sejam disputadas a tapa pelos varejistas nacionais. Na briga pela preferência e pelo bolso desses consumidores, saem na frente, é claro, os que são capazes de acessar essas pessoas mais frequentemente, de maneira relevante, em diversos pontos de contato. Hoje, os grandes varejistas levam vantagem sobre os pequenos, neste quesito.

Está mais do que na hora dos shoppings elevarem suas apostas em programas mais ambiciosos de apoio aos pequenos empresários.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.

( Este artigo foi publicado originalmente no dia 9 de junho )

 30 de dezembro de 2022 no Destaque do diaEconomiaNotícias / Mercado & Consumo

O Ministério da Economia editou portaria que estabelece os dias de feriados nacionais  no ano de 2023. A medida é para cumprimento pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sem prejuízo da prestação dos serviços considerados essenciais.

A Portaria nº 11.090 foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 29.

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Relação dos feriados e pontos facultativos de 2023:

– 1º de janeiro, Confraternização Universal – domingo

–– 21 de fevereiro, Carnaval – carnaval 3ª. feira

– 22 de fevereiro, quarta-feira de cinzas / ate 12,00 hs 4ª.feira

– 7 de abril, Paixão de Cristo 6ª. feira

– 21 de abril, Tiradentes 6ª,feira

-1º de maio, Dia Mundial do Trabalho 2ª.feira

– 8 de junho, Corpus Christi  5ta.feira

– 7 de setembro, Independência do Brasil  5ª.feira

– 8 setembro – Padroeira Curitiba – feriado  – 6ª. feira

– 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida  – 5ª.feira

– 2 de novembro, Finados  – 5ª,feira

– 15 de novembro, Proclamação da República – 4ª.feira

– 25 dezembro Natal 2ª.feira

 

(Com informações de Agência Brasil)

Gazeta do Povo 02/12/2022 08:14

O Grupo Tacla, que administra os shoppings Palladium e Jockey Plaza em Curitiba, inaugurou nesta sexta-feira (2) o City Center Outlet, o primeiro outlet de grandes marcas no Paraná. O empreendimento foi construído em um terreno de 290 mil metros quadrados em Campo Largo, à margem da BR-277 no sentido interior do Paraná.

 

O outlet vai oferecer produtos com desconto mínimo de 30%, podendo chegar a 70% em algumas lojas. No mix de lojas estão mais de 100 lojas, entre elas grandes nomes da moda nacional e internacional, como Nike, Fila, North Face, Tommy Hilfiger, Lacoste, Hurley, Lindt, Venum e Homem SA. No segmento calçados algumas como Crocs e Bottero, além das fabricantes de roupas de cama, mesa e banho M Martan, Karsten e Trussardi entre outras.

 

 

Na praça de alimentação o visitante tem diversas opções entre marcas de lanchonetes de fast food. Serão ainda cinco salas de cinema da rede Cineplus e estacionamento com milhares de vagas rotativas.

 

“O Grupo Tacla atua em muitas áreas do varejo brasileiro. Buscamos oportunidades em regiões que têm alto potencial para que as marcas possam fazer bons negócios e a população em geral tenha acesso a serviços de ponta. Para nós é um prazer poder entregar ao Paraná o seu primeiro outlet”, diz o empreendedor do Grupo Tacla, Anibal Tacla.

 

Neste formato de varejo do City Center Outlet, o lojista tem a vantagem de poder girar o estoque, uma vez que no vestuário, por exemplo, coleções duram no máximo dois meses. Já para o consumidor o principal benefício é comprar um produto de marca, com alta qualidade a preço mais acessível.

 

Outlet fica à margem da BR-277 sentido interior.

City Center Outlet conta com marcas internacionais e nacionais.

Arquitetura privilegia a iluminação natural e os espaços abertos.

Arquitetura e área verde

O projeto arquitetônico e de paisagismo do outlet, responsabilidade dos escritórios HL Arquitetura e Porus, e da paisagista Renata Tilli, oferecem ambientes a céu aberto os quais prezam pelo bem-estar e conforto das pessoas. É um dos maiores empreendimentos no Brasil neste segmento e segue a mesma linha do projeto do Grupo Tacla construído em Santa Catarina, o Porto Belo Outlet.

 

Uma das vantagens deste tipo de arquitetura é a economia de energia na iluminação e na utilização de ar condicionado, por exemplo, pois a estrutura é a céu aberto. O projeto privilegiou também o ambiente verde ao entorno da construção, que possui 177 mil metros quadrados, sendo possível observá-lo de dentro do empreendimento.

 

“Segue os moldes americanos, mas certamente será mais bonito que o deles. Trabalhou-se muito o paisagismo, utilizando-se do plantio de árvores nativas, frutíferas e flores por exemplo, todo projeto está em harmonia com o visual da mata ao entorno, o que deixa o ainda mais gostoso”, descreve a diretora de marketing do Grupo Tacla, Cida Oliveira.

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/parana-sa/primeiro-outlet-de-grandes-marcas-do-parana-e-inaugurado-em-campo-largo/#:~:text=O%20Grupo%20Tacla%2C%20que%20administra,no%20sentido%20interior%20do%20Paraná.

Gazeta do Povo 02/12/2022

Os comerciantes paranaenses estão mais confiantes para este fim de ano. É o que indica o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

 

O índice marcou 134,1 pontos em novembro, o que corresponde a uma alta mensal de 1,3%. Na comparação com novembro de 2021, houve elevação de 7,2%. A soma de fatores favoráveis, como a Black Friday, Copa do Mundo, 13º salário e Natal, contribui para elevar as expectativas positivas do empresariado.

 

Entre os fatores avaliados pelos empresários paranaenses, as Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) tiveram alta mensal de 2,4% e, ao atingir 116,5 pontos, avançaram 17% em relação a novembro de 2021.

 

Já as Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) permaneceram no mesmo patamar de outubro, com 161,2 pontos. Ainda assim, apresentaram melhora de 2% sobre novembro do ano passado.

 

O fator Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) sinaliza 124,5 pontos, com aumento de 2% ante outubro, especialmente no Indicador de Contratação de Funcionários (IC), que subiu 3,4% sobre o mês anterior, em decorrência das contratações de temporários para o fim do ano. Na comparação com novembro de 2021, o quesito investimentos é 6,1% superior.

 Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/parana-sa/comerciantes-paranaenses-demonstram-confianca-para-o-fim-de-ano/

10 de novembro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Fecomércio/CNC. ·

Faturamento previsto é de R$ 4,2 bilhões, 1,1% maior que na mesma data do ano passado. CNC eleva para 1,3% expectativa de crescimento do varejo neste ano

De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday de 2022 deverá movimentar R$ 4,2 bilhões e registrar a maior movimentação financeira desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. A expectativa é que o faturamento seja 1,1% maior que no ano passado, descontada a inflação.

A combinação de promoções da Black Friday e da Copa do Mundo (ambas estão programadas para o mesmo período deste mês de novembro) é um dos fatores que indicam tendência de elevação das vendas no varejo até o fim deste ano. Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (09/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve avanço de 1,1%, no mês de setembro, em relação a agosto. Nesse sentido, a CNC subiu para 1,3% a expectativa de crescimento do varejo em 2022.

“Esse é um momento muito importante para o comércio de bens e serviços e, com o incremento das promoções de itens voltados à Copa de Mundo de Futebol, o segmento deve encerrar bem o ano”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Oito dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram crescimento das vendas em setembro, com destaque para os combustíveis e lubrificantes, de 1,3%, e hiper e supermercados, de 1,2%. Por outro lado, as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram queda de 1% e as de móveis e eletrodomésticos tiveram redução de 0,1%.

Black Friday da Copa

A Black Friday é marcada, tradicionalmente, para a última sexta-feira do mês de novembro, mas os descontos já são oferecidos nos dias antecedentes, que, este ano, coincidirão, justamente, com a primeira semana da Copa do Mundo do Catar. A estimativa da CNC é que as vendas relacionadas ao Mundial de Futebol impactem em R$ 1,4 bilhão o faturamento do comércio varejista brasileiro, movimentando especialmente os ramos de móveis e eletrodomésticos e de artigos pessoais e eletroeletrônicos. Esses dois segmentos devem ser responsáveis por 48% da movimentação prevista na Black Friday (R$ 1 bilhão e R$ 920 milhões, respectivamente). A tendência é que o ramo de hiper e supermercados alcance R$ 910 milhões e o de vestuário, calçados e acessórios gire em torno de R$ 700 milhões.

Alta dos juros deve frear vendas

“Apesar da tendência de desaceleração da inflação, o processo de encarecimento do crédito deverá impedir um avanço mais significativo nas vendas, em uma data caracterizada pela predominância do consumo de bens duráveis, que são, tradicionalmente, mais dependentes das condições de crédito”, analisa o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros das operações com recursos livres envolvendo pessoas físicas se encontra, atualmente, no maior patamar dos últimos quatro anos. “A facilidade de comparação de preços on-line em uma data comemorativa caracterizada pelo forte apelo às promoções evidencia a tendência de aumento expressivo deste evento do calendário do varejo quando comparado às demais datas, especialmente, nos espaços virtuais”, pontua Bentes. A Black Friday já é considerada a quinta data mais importante do varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

Percentual de descontos efetivos será maior que em 2021

Para avaliar o potencial de descontos efetivos durante a data, a CNC coletou diariamente os preços de 180 dos itens mais buscados na internet, agrupando-os em 36 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias. Nesse período, 39% revelaram tendência de redução – percentual que contrasta com os 26% observados às vésperas da Black Friday de 2021. Em novembro do ano passado, a inflação anualizada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 10,7% – a maior desde o início de 2016 e significativamente acima do patamar esperado para novembro de 2022, que era de 6%.

“Desse modo, a desaceleração dos preços tende a elevar o potencial de descontos na Black Friday deste ano, favorecendo, com maior intensidade, a prática de descontos efetivos em relação ao ano passado”, indica Bentes. Pela ordem, os produtos com as maiores chances de descontos efetivos e respectivas variações de preços nos últimos 40 dias são: sapatos masculinos (queda observada de 17%); lavadora de roupas (redução de 13%); smartwatches (diminuição de 10%); fones de ouvido (queda de 8%); e purificadores de água (redução de 7%).

Confira a análise completa da Divisão de Economia e Inovação

Fonte: Portal do Comércio/CNC

Mercado & Consumo –  de Luiz Alberto Marinho– 10.11.22

Muitos anos atrás, durante um workshop com um cliente, recomendamos que ele formasse um time multidisciplinar, caso quisesse realmente construir uma estratégia consistente de marketing. Afinal, nos shopping centers, o marketing costumava cuidar basicamente de comunicação e eventos, com honrosas exceções.

O produto, do ponto de vista de mix de lojas, ficava sob a responsabilidade da área comercial. Outros atributos relevantes da oferta, como ambiente, limpeza, segurança, estacionamento, mobiliário e paisagismo, geralmente eram responsabilidade do pessoal de operações. Portanto, para cuidar da experiência do consumidor, no sentido mais amplo, seria necessário integrar diferentes profissionais e competências de maneira coordenada e harmônica.

A ideia, apresentada muito tempo antes da popularização dos squads das metodologias ágeis, foi delicadamente reprovada. Ninguém estava disposto a mexer no vespeiro que seria intervir nos silos bem delimitados e controlados por cada gerente de área.

A história acima fala sobre marketing, mas poderia se aplicar à comercialização, relacionamento com lojistas, gestão de receitas e por aí vai. E continua tão atual quanto naquele tempo.

Temos observado, em diversos clientes, o esforço que é necessário fazer para que áreas obviamente complementares consigam trabalhar juntas, em prol de um objetivo comum. Pensar em marketing, comercial, digital e financeiro apoiando-se mutuamente para comercializar lojas, desenhar um novo tenant mix, desenvolver novos varejistas e apoiar o desempenho de pequenos lojistas não deveria ser tão complicado, não acha?

Então, por que é tão difícil abandonar o pensamento territorialista?

Em primeiro lugar, porque fomos treinados a vida inteira a pensar o mundo como uma máquina perfeita e previsível. Margareth Wheatley explicou essa lógica brilhantemente em sua obra “Leadership and the New Science” (Liderança e a Nova Ciência).

Ela escreveu: “A imagem mecanicista, enfatizada no século 17 por gênios como Isaac Newton e René Descartes, conduz à crença de que o estudo das partes é a chave para o entendimento do todo. As coisas são separadas, dissecadas literal ou figurativamente (como temos feito com as funções nas empresas, disciplinas acadêmicas, áreas de especialização, partes do corpo humano) e depois recolocadas juntas sem nenhuma perda significativa. A premissa é que quanto mais sabemos sobre o funcionamento de cada parte, mais vamos aprender sobre o todo”.

Em resumo, a gente continua encaixando as coisas, pessoas e funções em “caixinhas”. Enquanto isso, o mundo evolui e se transforma, como um organismo vivo que é, obrigando todas as empresas, e não apenas os shoppings, a abraçar novas estratégias. O digital apenas acelerou a velocidade dessas transformações.

Margareth propõe como solução o foco holístico e não nas partes. O objetivo das empresas deve ser a criação de sistemas integrados, onde relacionamento é o fator determinante. Em outras palavras, quem não for capaz de se relacionar com outras áreas, com lojistas, outras empresas e até com os concorrentes, vai ficar fora do jogo.

No entanto, para solucionar um problema, é preciso primeiro admitir que ele existe, certo? Pois bem, acontece que muita gente prefere acreditar que o mundo não mudou tanto assim. Que a lógica que prevaleceu até agora pode ser mantida por mais tempo. E que velhas práticas, desde que atualizadas com pitadas de marketing digital, ainda dão conta do recado.

Será mesmo possível?

Em 2001, Spencer Johnson lançou um livro despretensioso, que acabou vendendo mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo. Chamava-se “Quem mexeu no meu queijo”. A parábola de Johnson conta a história de dois ratos, Sniff e Scurry, que habitavam um labirinto, onde também viviam dois duendes, Hem e Haw. Todos os dias, ratos e duendes andavam pelo labirinto em busca do queijo com o qual se alimentavam. Resumindo a história, os duendes se acomodaram com a ideia de que o queijo estaria sempre ali à espera deles e não perceberam que o estoque diminuía a cada dia. Quando o queijo finalmente acabou, os ratos saíram farejando pelo labirinto atrás de novos alimentos, enquanto os duendes esbravejavam e tentavam descobrir quem havia mexido no queijo, que eles pensavam que era inesgotável.

Também no mundo dos shoppings, tem gente farejando novos alimentos, enquanto outros simplesmente embalam a ideia de que é possível seguir a rotina de sempre, pois o queijo estará ali à sua espera. Nessa jornada pelo novo, o primeiro passo precisa ser enxergar a necessidade de descobrir novas soluções.

Como dizia Albert Einstein, nenhum problema pode ser resolvido a partir da mesma lógica que o criou. É preciso mudar o modelo mental. A inevitável evolução dos shopping centers obrigará essas empresas a repensarem suas estruturas e relações entre áreas. Profissionais precisarão adquirir novas competências. E todos deveremos encarar os negócios como um sistema vivo, em permanente transformação.

Nada será como antes. Quem viver, verá.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.

28 de outubro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Micro & Pequenas Empresas. 

As mudanças vão permitir aos bancos ofertar créditos em prazos mais ajustados às necessidades das empresas e, também, prorrogar os financiamentos já contratados

O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi aperfeiçoado nesta quinta-feira (27/10) com a publicação da Medida Provisória nº 1.139, de 27 de outubro de 2022. As normas, respectivamente, flexibilizam e regulamentam o prazo de pagamentos das operações do Programa para até 72 meses – ante prazo anterior, que estava fixado em 48 meses sendo admitida uma prorrogação por até 12 meses.

Os bancos poderão também ofertar às empresas que já contrataram o Pronampe com prazos inferiores a prorrogação dos créditos, e aliviar o caixa dessas empresas, ou mesmo abrir margem para novos financiamentos.

De acordo com a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME) que coordena as ações propostas pelo Pronampe, a redução da capacidade de pagamento dos tomadores – em boa parte consumida pelos financiamentos já contratados e cujos recursos foram utilizados no custeio das atividades durante o período de pandemia – impedia que o Pronampe tivesse maior efetividade no auxílio das empresas na retomada econômica. Por isso, segundo a Secretaria, deixar que o tomador e banco credor ajustem o prazo da operação, no limite de até 72 meses é uma mudança importante, pois dará maior flexibilidade no atendimento de diferentes tomadores.

Renegociação

Os contratos em aberto poderão ser beneficiados com a nova medida.  A MP possibilita a renegociação com o novo prazo sem obrigar as instituições financeiras, cabendo a estas a renegociação dos novos prazos, inclusive os contratos inadimplentes. O prazo que aumentou para 72 meses, no máximo, vai beneficiar aproximadamente 500 mil empresas que poderão se habilitar a renegociar os créditos do Pronampe. As taxas de juros não foram alteradas e passam a ser reguladas pelo Ministério da Economia.

Impactos

Conforme a Sepec, a edição de novas regras sobre o Pronampe auxiliará a preservação das empresas de pequeno e médio porte afetadas pela Covid-19, preservará empregos e reduzirá a demanda de amparo por trabalhadores desempregados. Com as mudanças, as empresas contribuirão para uma melhor velocidade na retomada econômica pós-Covid-19.

Pronampe

O Pronampe se juntou a outros programas de apoio ao crédito lançados em 2020, em resposta um cenário de expectativa de represamento do crédito e redução do consumo. O Programa tornou-se permanente com a publicação da Lei nº 14.161/2021. A reutilização dos recursos em novas garantias foi autorizada até dezembro de 2024 pela Lei nº 14.348/2022, permitindo a contratação de mais de R$ 50 bilhões em créditos neste ano e no próximo.

Fonte: Ministério da Economia

Redação de Redação  3 de novembro de 2022

Mais de mil marcas inauguraram novas lojas em shoppings brasileiros no segundo trimestre de 2022. É o que mostra um levantamento feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

No total, 1.193 marcas promoveram inaugurações no período. O resultado representa um crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ano passado, que contou com 969 marcas abertas nos empreendimentos. Sobre o 1° trimestre deste ano, a alta foi de 34%.

Este foi o terceiro melhor resultado da série histórica, ficando atrás apenas do registrado no terceiro e quarto trimestres de 2021, com 1.221 e 1.560 inaugurações, respectivamente, segundo a pesquisa “O varejo dos shoppings: marcas em expansão”.

Segmentos de destaque

Os segmentos que mais se destacaram em termos de expansão nos shoppings foram: alimentação e bebidas, ao reunir 26% das marcas; seguidos por vestuário (19%); calçados (6%); artigos para o lar, decoração e presentes (6%); serviços estéticos (4%); perfumaria e cosméticos (4%); acessórios (4%); relojoaria e joalheria (4%); entretenimento (4%); artigos esportivos (3%) e telefonia e acessórios (2%).

Entre as 1.193 empresas que mais inauguraram novas unidades nos shoppings, estão: Cololido Algodão Doce (alimentação e bebidas), The B-Burgers (alimentação e bebidas), Milky Moo (alimentação e bebidas), Fini (alimentação e bebidas), Kekala Custom Picolé (alimentação e bebidas), Yes! Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Touti Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Laser Fast (serviços estéticos), Youcom (vestuário) e Stop&Go (entretenimento).

Outros destaques no período foram as entradas de novas marcas como a Funlab, do Grupo Guararapes, e a Katon Restaurante, estabelecimento temático da Piticas.

“É muito positiva a evolução de marcas expandindo suas operações em shopping centers e atraídas por um ambiente em constante evolução. Somos reconhecidos como centros de conveniência e convivência, muito mais que um espaço de compras e os players enxergam o setor cada vez mais atrelado ao entretenimento e a experiência com seus produtos”, finaliza Glauco Humai, presidente da Abrasce.

O levantamento “Varejo dos shoppings: marcas em expansão” ainda constatou que, de abril a junho, o nível de vendas registrou uma alta de 38,2% em relação ao trimestre anterior.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/03/11/2022/shopping-centers/mais-de-mil-marcas-abriram-novas-lojas-em-shoppings-do-brasil-no-segundo-trimestre/

REDAÇÃO AMANHA 03/11/2022

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 129,7 pontos, o que representa um avanço de 0,7% em outubro, com ajuste sazonal, após dois meses de queda. A alta levou o otimismo dos varejistas a superar em 1,3 ponto o nível de antes da pandemia (que era de 128,4 pontos em março de 2020), o que demonstra completa recuperação do indicador dos efeitos negativos da crise sanitária. Em relação a outubro de 2021, a confiança aumentou 8,8%, com destaque para a avaliação do desempenho atual da economia, que teve crescimento de 18,4%. A percepção dos comerciantes sobre o desempenho da atividade econômica atingiu 104,5 pontos, avançando 3,8% no mês, percentual que levou esse indicador à zona de otimismo pela primeira vez desde março de 2020.

A CNC avalia que a confiança dos empresários varejistas é diretamente conectada à Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa apurada pela CNC que apontou, em outubro, crescimento de 2,1%, em relação a setembro, e teve o nono mês consecutivo de aumento. Para a entidade, a combinação entre a queda da inflação e as transferências de renda tem favorecido o poder de compra dos consumidores, que estão mais satisfeitos com o nível de consumo e mais dispostos a consumir nos próximos meses, o que naturalmente impulsiona a confiança do varejo nacional. Segundo a CNC, esses fatores se aliam à previsão de 2,1% de aumento das vendas de fim de ano e à consequente necessidade de mais contratações de trabalhadores temporários – que devem superar os números de 2013.

Queda da avaliação do cenário atual
A avaliação das condições atuais do comércio caiu, entre setembro e outubro, 0,4%, com a performance negativa das vendas no varejo, apurada nos meses recentes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O volume de vendas reduziu 0,1% em agosto, com desempenho heterogêneo dos segmentos do comércio. Os dados de arrecadação do ICMS nos estados, em setembro, também corroboram o menor dinamismo das vendas do comércio”, analisa a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. Conforme ela, a deflação registrada desde julho desafoga os rendimentos dos consumidores, mas ainda não foi sentida nos resultados das vendas de agosto, por exemplo.

Segundo a economista, outros obstáculos são o nível de endividamento elevado e a alta dos juros, que seguem desafiando a gestão dos orçamentos das famílias. A mudança de comportamento dos consumidores, que estão retomando o consumo de serviços no lugar de produtos, também explica a moderação do varejo. No entanto, a proximidade das festas de fim de ano, que serão impulsionadas este ano pela Copa do Mundo, já impacta as expectativas para o varejo nos próximos meses. A perspectiva para o comércio no curto prazo avançou 0,6%, com o indicador alcançando 160,9 pontos, o maior nível desde março de 2020.

O calendário de eventos que aumentam mais expressivamente tanto o fluxo de consumidores nas lojas quanto as vendas terá o incremento da Copa do Mundo. Com isso, a intenção de contratação avançou 4,5% em relação a outubro de 2021, embora esteja menor do que em setembro, na série com ajuste sazonal. O indicador está atrás apenas de outubro de 2013, e 82,8% dos varejistas consultados pretendem contratar mais colaboradores, maior proporção desde dezembro de 2013.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/otimismo-do-comerciante-retoma-nivel-pre-pandemia

Comprinhas… Segundo uma pesquisa, mesmo com o fim do isolamento social, o hábito de ir ao shopping não voltou ao que era antes da pandemia.

Esses centros receberam 100 milhões de pessoas a menos em 2022, o que corresponde a uma queda de 21% em relação a 2019 — que registrou 505 milhões.

Aqueles que batiam ponto nos shoppings até seis vezes por mês, atualmente, frequentam o ambiente de quatro a cinco vezes no mesmo período. E existem duas principais razões para isso:

  1. Grande parte dos shoppings no país estão localizados em regiões de escritórios — ou seja, a praça de alimentação era o point do almoço. Como boa parte passou a adotar o home office em alguns dias, a visita diminuiu.
  2. Por conta do aumento de vendas on-line, os compradores buscam de tudo na internet, “roubando” uma parcela das compras que antes eram feitas nos shoppings.

Nova proposta 

Se antes era preciso ir até uma loja física, agora, bater perna pra comprar, é só questão de preferência. Por conta disso, os shoppings estão criando novos atrativos voltados para lojas, gastronomia, cinema e eventos.

poder dos influencers, por exemplo, têm se colocado como uma oportunidade de criação de experiências físicas vinculadas ao digital. 

Um dos maiores youtubers dos EUA abriu sua primeira unidade de hamburgueria física em um shopping — o que atraiu mais de 10.000 pessoas para o local. Será que os influencers conseguem salvar o setor?

Fonte: https://thenewscc.com.br/2022/10/14/os-shoppings-ainda-nao-voltaram-ao-que-eram-antes-da-pandemia/