de Luiz Alberto Marinho / 11 de abril de 2024 / Mercado & Consumo

A frequência de visitas aos shopping centers fechados, nos Estados Unidos, registrou queda de 5,8% no ano passado, ante 2019. Índice parecido com o declínio de 8% apurado pela associação que congrega os shoppings no Brasil, no mesmo período.

Os clientes estão voltando aos poucos. Em 2021, a quantidade de visitas nos malls americanos foi quase 16% menor. Natural que o número próximo de 6% em 2023 seja motivo de comemoração. Os dados são da Placer, empresa de pesquisas estadounidense.

Tudo indica que os profetas do apocalipse, que decretaram precocemente a morte dos shoppings, erraram feio. Alguns comportamentos voltaram ao padrão pré-pandemia. Por exemplo, 60% das idas aos shoppings americanos foram em dias de semana, assim como acontecia em 2019. Esse programa voltou a fazer parte do cotidiano das pessoas.

Apesar das boas notícias, os shoppings sabem que ainda precisam recuperar terreno. E estão trabalhando duro para isso.

Uma das maneiras mais eficazes de aumentar o tráfego nos shoppings é por meio de novas operações no mix. Por isso, os americanos estão apostando em soluções como academias de ginástica, parques de diversão e outros equipamentos direcionados para o entretenimento. Algo que já fazemos há tempos, diga-se de passagem.

Novas âncoras, algumas do tamanho de um pequeno shopping brasileiro, repletas de atrações também estão sendo atraídas para ocupar o lugar das problemáticas lojas de departamento.

Bom exemplo disso é a Scheels, rede de artigos esportivos que se instalou em um mall no Arizona, ocupando cerca de 25 mil m² (praticamente a ABL de um shopping como o Villa Lobos, em São Paulo). Lá dentro os clientes encontram uma roda gigante de 13 metros de altura, aquário com 60 mil litros de água salgada, mini-boliche, parque para crianças pequenas, doceria e café, entre outros atrativos. Ou seja, a loja usa e abusa do entretenimento para vender produtos.

Outra vertente que está ganhando ainda mais espaço nos shoppings americanos é a dos restaurantes. Não é uma novidade, mas a importância do foodservice no tenant mix tem aumentado, assim como acontece no Brasil.

Dentre os diferentes tipos de restaurantes, se destacam lá os direcionados para o “eatertainment“, que unem comida e entretenimento. Na linha dos nossos “Jurassic Burger”, “Vassoura Quebrada” e, mais recentemente, o “Bob Esponja Burger & Restaurante”.

Para preencher espaços fechados pelas marcas que deixaram o mall, lojas pop up têm pipocado em terras americanas.  Algumas por um período limitado, como a Shein (que também usa essa estratégia em nosso país) e outras por mais tempo, para testar mercado.

No segundo caso encaixam-se marcas como Ikea, que está ampliando presença em shoppings nos Estados Unidos, mas apenas depois de instalar uma loja teste por cerca de seis meses, para avaliar o desempenho da praça.

Finalmente, shoppings têm procurado ampliar a participação do luxo, segmento que está tendo bom desempenho, não apenas no território americano. Cerca de 40% das aberturas de novas lojas dirigidas para o público de melhor aquisitivo, nos Estados Unidos, aconteceram em malls em 2023, segundo a Placer. Esses shoppings têm fluxo e vendas superiores à média do setor.

Não por coincidência, estudo recente, divulgado pelo Itau BBA, mostrou que redes de shopping centers brasileiras com maior exposição à marcas de luxo também têm performance superior. Faz sentido. Este consumidor é menos suscetível a oscilações da economia e privilegia o conforto e a segurança do ambiente dos shoppings.

Como podemos perceber, shoppings americanos e brasileiros estão usando armas semelhantes para enfrentar problemas comuns, como recuperar o padrão de visitas que possuíam antes da pandemia.

Todas essas mudanças evidenciam o novo conceito dos shopping centers, que ampliam suas funções para muito além de simples centros de compras.

A diferença é que os shoppings brasileiros já estão com o pé nessa estrada há mais tempo. Além disso, redes brasileiras, como Allos, Iguatemi e Multiplan, têm avançado ainda mais na evolução do próprio modelo de negócio, com seus programas de CRM e investimentos em retail media, por exemplo.

Diversificar o mix, aumentar tráfego e ainda por cima monetizar o fluxo adicional, atraído por diversão, não é tarefa fácil nem vai acontecer naturalmente. Nesse sentido, o mercado brasileiro vai se afirmando como uma referência global. Qualquer dia desses veremos americanos aportando por aqui, para aprender com nossas experiências e inovações.

Quem viver, verá.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.

Experimento acontece por seis meses em 22 companhias. Participantes dizem que produtividade aumentou e funcionários se sentem mais engajados

Por Ana Flávia Pilar 11.4.24 o globo

Vinte e duas empresas brasileiras estão participando de um experimento para avaliar os impactos da semana de trabalho de 4 dias, uma iniciativa da organização sem fins lucrativos 4 Day Week, que conduz testes sobre o assunto ao redor do mundo, e a brasileira Reconnect Happiness at Work. Entre aquelas que já implementaram o modelo, os resultados apontam aumento na produtividade e colaboradores mais felizes, que também se mostraram propensos a permanecer nos seus cargos.

As empresas se inscreveram para o experimento em agosto. Entre setembro e outubro, passaram por uma fase de treinamento. Duas companhias já começaram a implementar o modelo em dezembro. A maior parte das demais empresas pretendia iniciar a semana de 4 dias em janeiro de 2024.

Essas informações constam em relatório divulgado pela 4 Day Week Brasil. Segundo o documento, as companhias cadastradas no piloto se dividem entre microempresas, com cinco colaboradores, e médias empresas, com cerca de 250 funcionários.

Há também as grandes empresas Soma, do Grupo Dreamers, e uma rede de hotéis, que preferiu não revelar sua participação no piloto. Algumas optaram por testar inicialmente departamentos selecionados, enquanto outras decidiram implementar a semana de 4 dias para todos os times.

  • São 22 empresas, em cinco estados, com 280 funcionários inscritos nos testes;
  • Mais de 70% das empresas pretendem implementar o modelo para todos os colaboradores;
  • Seis companhias concentram os testes em algum departamento, de início.

Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness At Work, disse em entrevista ao GLOBO, que as empresas estão tendo ótimos resultados:

— Os colaboradores estão mais motivados, trabalhando melhor. As empresas notaram mais engajamento e mais comprometimento com os projetos, além de maior senso de responsabilidade, porque os colaboradores precisam manter a qualidade e entregar os projetos a tempo — disse.

Segundo Renata, os funcionários também se mostraram mais propensos a permanecer nas empresas. Para ela, os resultados indicam que a produtividade não aumenta de acordo com a quantidade de horas trabalhadas, mas de acordo com o bom gerenciamento das equipes.

Embora quase todas as empresas tenham escolhido conceder folgas na sexta, Renata adiantou que uma parte delas na verdade adotou um modelo de escalas, para manter o funcionamento durante toda a semana.

As empresas destacaram quatro principais motivos para estarem no experimento. Em primeiro lugar, dizem ter problemas para atrair e reter talentos, e acreditam que a jornada de trabalho reduzida pode ser um diferencial para os colaboradores.

— Escolheram a sexta porque esse já é um dia mais lento, em que as pessoas sentem um ritmo menor e os clientes procuram menos. Cortar a sexta impactaria menos os resultados.

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Além disso, essas empresas esperam melhorar a produtividade e aumentar a qualidade de vida dos seus funcionários. Por fim, acreditam que a semana de 4 dias seria uma forma de mudar a forma como trabalham atualmente.

Como resultado, as companhias participantes esperam melhorar a saúde mental dos colaboradores, e ter resultados financeiros e desempenho melhores.

Entenda o piloto

O modelo a ser implementado nas participantes será do tipo 100-80-100: 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade.

Indicadores como estresse da força de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e turnover (rotatividade) serão avaliados ao final do experimento.

A 4 Day Week firmou ainda uma parceria com a empresa de coworking WeWork para que as participantes contem com o benefício Work Pass, que dá acesso a mais de 30 prédios da empresa no país e mais de 500 parceiros em todos os estados brasileiros, sem taxa de adesão ou custo nos primeiros meses do teste.

A universidade americana Boston College elaborou a metodologia da iniciativa. A instituição cuida das pesquisas antes do início do experimento, assim como de análises após três meses da implementação e ao fim do piloto.

Com isso, a expectativa é garantir a acurácia dos dados para que as empresas possam definir se seguirão com a semana de 4 dias.

REDAÇÃO 26/03/2024 amanha

A indústria do Paraná avançou 8% no quarto trimestre, enquanto o setor industrial nacional subiu 2,9% no período

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu o dobro da média nacional em 2023, de acordo com os dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgados na segunda-feira (25). A economia paranaense cresceu 5,8% ao longo do ano, enquanto a brasileira teve alta de 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).No total, o PIB do Paraná totalizou R$ 665,6 bilhões em 2023. O resultado também é superior ao desempenho de outros estados brasileiros que já divulgaram suas variações de PIB em 2023, como Minas Gerais, que segundo a Fundação João Pinheiro (FJP) teve aumento de 3,1%, e Ceará, que de acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (IPECE) registrou alta de 2,4% no mesmo período.

Todos os setores da economia paranaense fecharam 2023 em alta. O desempenho geral, no entanto, foi puxado principalmente pelos resultados da agropecuária, que cresceu 26,9% no estado no período – no ano passado, por exemplo, houve recorde na produção de proteína animal. Como base de comparação, a agricultura nacional, que também teve uma forte alta, fechou o ano com expansão de 15,1%. O setor de serviços do Paraná cresceu 4,1% e a indústria teve avanço de 3,7% em 2023. Mais uma vez, a economia paranaense esteve acima da média nacional em todos os segmentos, já que, de acordo com o IBGE, os serviços no Brasil subiram 2,4% e a indústria nacional registrou alta de 1,6%.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o índice paranaense, acima dos demais estados, demonstra o dinamismo da economia local. “O Índice de Atividade Econômica do Banco Central já apontava que o Paraná tinha sido o estado com o maior crescimento do País em 2023. Os dados do PIB só confirmam este movimento de alta acima dos padrões nacionais. Com um índice de desemprego em baixa e avanço real do salário médio, o Paraná mostra dinamismo na economia, com ganhos sociais à população”, afirma.

No resultado apenas do quarto trimestre de 2023, o desempenho paranaense também ficou acima da média nacional. Nos últimos três meses do ano, a economia paranaense cresceu 4,87% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O índice nacional neste mesmo recorte foi de 2,1%. No final do ano, a economia foi puxada pelo bom desempenho industrial local. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a indústria do Paraná avançou 8%, enquanto o setor industrial nacional subiu 2,9% no período. A agropecuária paranaense ainda teve alta de 4,4% e os serviços expandiram 3,9% no trimestre. No Brasil, a agricultura se manteve estável, sem variação, e o setor de serviços registrou alta de 1,9%.

04/04/2024 site cnc

Demanda por crédito sobe, e consumidores se veem com mais dificuldades de arcar com o pagamento de dívidas; momento requer cuidado com a inadimplência. Famílias com menor renda puxaram o endividamento

O endividamento das famílias brasileiras cresceu em março, segundo aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No último mês, 78,1% das famílias afirmaram ter dívidas a vencer, o que representa um aumento de 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação a fevereiro. Em comparação com março de 2023, porém, o índice ficou 0,2 p.p. abaixo.

“O momento mais favorável dos juros, com menor custo, tem contribuído para uma maior demanda das famílias por crédito, sobretudo, parcelado”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. De acordo com o Banco Central, o saldo das operações de crédito para pessoas físicas subiu 1,1% em janeiro de 2024.

Dívidas aumentam

O percentual de consumidores considerados “muito endividados” registrou aumento de 0,1 p.p., interrompendo a queda contínua dos últimos quatro meses. Por outro lado, cresceu, em 0,2 p.p., o número de famílias consideradas “pouco endividadas”.

A quantidade de famílias com dívidas atrasadas também aumentou, em 0,5 p.p., após cinco meses em queda, alcançando 28,6% das famílias. Entretanto, o indicador manteve-se abaixo do registrado em março de 2023 (29,4%). “A alta da inadimplência também é vista pelo crescimento do percentual de famílias que afirmam que não terão condições de pagar as dívidas atrasadas em março, que é o grupo mais complexo dos inadimplentes.  Nesse caso, o percentual já supera o do mesmo mês do ano passado”, destaca a economista da CNC Izis Ferreira.

Grupo de menor renda puxa endividamento

As famílias consideradas de baixa renda (até 3 salários mínimos) impulsionaram o endividamento no mês (79,7%), com alta mensal de 0,5 p.p. e anual de 0,8 p.p. Já os outros grupos apresentaram redução ou estabilidade no percentual. Além disso, a faixa de famílias com menor renda foi responsável pelo aumento das dívidas em atraso, na comparação mensal, um acréscimo de 0,6 p.p.

Já o aumento das famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso ocorreu apenas nas faixas de renda intermediárias (de 3 a 5 e de 5 a 10 salários mínimos).

A faixa de baixa renda apresentou a maior necessidade de recorrer ao crédito, assim como a maior dificuldade de amortizar essas dívidas. Porém, revelou melhora do indicador de expectativa para pagar essas contas atrasadas, reflexo dos programas sociais e de auxílio ao crédito.

Ticket médio recua

O valor médio das dívidas registrou queda, pelo segundo mês seguido, entre os consumidores que relataram ter mais da metade dos seus rendimentos comprometidos. A redução foi de 0,5 p.p. no primeiro trimestre do ano, alcançando 20,7% dessas famílias.

“Para ampliar a renda disponível, as famílias buscaram aumentar o prazo para pagamento das suas dívidas. Tanto que o tempo de comprometimento com dívidas atingiu 7,1 meses em março de 2023, o maior nível desde abril de 2022”, complementa a economista da CNC.

O percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias permaneceu em 47,5% pelo terceiro mês, com aumento daquelas com atraso entre 30 e 90 dias para 28,7%. Dessa forma, o tempo médio de atraso foi de 63,9 dias em março.

Dívidas no cartão de crédito sobem

O cartão de crédito representou 86,9% dos endividados no mês, aumento de 0,8 p.p., na comparação com o mesmo mês do ano passado, e estável diante de fevereiro de 2024.

O crédito pessoal apresentou o maior crescimento (1,6 p.p.), resultado da queda dos juros médios da modalidade, o menor entre os últimos três meses – 41,2% em janeiro de 2024. Os financiamentos imobiliário e de carro vêm logo em seguida, com acréscimo de 1,5 p.p. no volume de endividados, cada.

Queda do endividamento feminino no ano

Em relação ao gênero, o endividamento cresceu 0,3 p.p. entre o público masculino, em relação a fevereiro, mais do que entre as mulheres (+0,2 p.p.). Quando comparado a março de 2023, entretanto, o endividamento entre as mulheres registrou queda de 0,7 p.p. e, por outro lado, aumentou 0,4 p.p. entre os homens

Luiz Alberto Marinho

Sócio-Diretor da Gouvea Malls – Consultoria de Negócios e Soluções Centros Comerciais | LinkedIn CreatorSócio-Diretor da Gouvea Malls – Consultoria de Negócios e Soluções Centros Comerciais | LinkedIn Creator  / linkedin   / 21.3.24

Pesquisa feita pela MindMiners, que entrevistou 1.000 brasileiros, concluiu que o consumo de moda no país depende, e muito, de preço. Nada menos do que 2/3 dos brasileiros admitem que o principal fator na decisão de compra é esse: o preço. Para 35%, a compra se restringe a lugares onde podem economizar, mesmo que o produto não seja o desejado.

Neste contexto, é natural que, para 62% dos consumidores, as lojas mais buscadas sejam as que apresentam preços acessíveis.

Agora, sabe quem lidera o ranking de lojas barateiras preferidas por aqui? Em primeiro lugar vem a SHEIN, seguida pela Lojas Renner S.A. e, em terceiro lugar, a C&A.

Você deve estar pensando: e a sustentabilidade? Pois é, 26% não se preocupam ou se preocupam pouco com isso. Tem mais: 31% dos brasileiros são indiferentes a esses aspectos no consumo próprio de moda. Como dizem por aí, a teoria na prática é outra.
 
Isso tudo não significa que as pessoas não se sintam atraídas por marcas aspiracionais, como ZARA SA ou FARM Rio. Cerca de 1/3 dos entrevistados, em especial consumidores da Geração Z, desejam comprar nestas lojas mas não o fazem em função (olha eles aí de novo) dos preços altos.

Mais um ponto interessante do estudo: ocasiões especiais são decisivos motivadores de compra de novos itens de moda, em especial casamentos (47%), aniversários (42%) e festas de Ano Novo (42%).

O estudo confirma o movimento de polarização entre o consumo de luxo e o popular, sobre o qual nós, da Gouvêa Malls, temos falando bastante por aqui. Quando o assunto é moda, esses dois são os polos com melhor desempenho. Quem se posiciona no meio enfrenta dificuldades.

por PRSA – Gazeta do Povo 14/03/24

No ano em que completou dez anos, o Pátio Batel cresceu 12,2% em vendas e atingiu um faturamento de R$ 1,1 bilhão. Como único shopping do segmento luxo na região Sul do Brasil, a operação segue como referência em exclusividade e experiência para um público que vai além de Curitiba e do próprio Paraná.

Com uma ocupação consistente e recorrente de 99% da sua área bruta locável (ABL) de 29,7 mil metros quadrados, o Pátio Batel inaugurou 15 novas lojas em 2023, atraindo marcas que fazem parte da sua vocação: internacionais, nacionais premium e autorais.

“A região Sul passou a ter uma atenção maior por parte das marcas internacionais presentes no país e das grandes marcas brasileiras premium. Também atraímos o foco de importantes marcas autorais com uma moda caracterizada pela diferenciação, qualidade e posicionamento de marca. Esses lojistas estão interessados em shoppings que, na sua essência, conectem com seus valores e percepções reais de diferenciação de marca. Querem estar com outras lojas afins e que atendam ao mesmo público alvo”, comenta o superintendente do Pátio Batel, Fernando Bonamico.

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O shopping segue em uma trajetória ascendente, atraindo nos últimos três anos marcas como Salvatore Ferragamo, Tag Heuer, Carol Bassi, NV e Vix by Paula Hermanny. Além disso, marcas internacionais já presentes no Pátio buscam expandir suas operações atuais, como ocorreu com a Gucci. “Nossa intenção é sermos um polo catalisador dessas marcas que buscam um ambiente de compras com conceitos arquitetônicos modernos, corredores amplos, disposição fácil e muita iluminação natural”, complementa Bonamico.

Além do forte crescimento de vendas, o Pátio Batel, pelo seu posicionamento de marca e mix de lojas, vem atraindo investimentos no retail media. Nos últimos três anos cresceu 47%, atraindo clientes para patrocínios em eventos, como a construtora San Remo, estandes promocionais, mídia digital e na exposição de automóveis, incluindo Mercedes, BMW e Lexus.

Novidades em 2024

Para 2024, novidades já estão a caminho. Além da inauguração de marcas internacionais – entre elas, uma com a primeira flagship no Brasil – o shopping abrirá novas lojas, visando cada vez mais atender as expectativas do seu público. “Com a maturidade do shopping e sua ocupação alta consistente, esse momento suscitou estudos mais profundos para projetos relevantes que proporcionarão um novo ciclo de crescimento”, conclui Bonamico.

em 20/02/2024   JOTA

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (20/2) uma norma para extinguir execuções fiscais de até R$ 10 mil paradas há mais de um ano e que não haja indicação de bens do devedor para satisfazer a dívida.

O tema foi tratado pelo presidente do CNJ, Luís Roberto Barroso, mais cedo, na cerimônia de seis novos integrantes da instituição. Em sua fala, ressaltou que essas ações “passam anos fazendo estatística ruim para Judiciário”.

De acordo com Barroso, estão neste perfil cerca de 52% das execuções fiscais no Brasil, que, segundo o CNJ são, no total, 27 milhões de processos. “Nós temos a expectativa de diminuir alguns milhões de processos nas execuções”, afirmou Barroso.

Ainda segundo o presidente do CNJ, um estudo do STF detectou que as execuções fiscais arrecadam menos de 2% do que pretendem. Por isso, a medida não deve diminuir os valores recolhidos pelo Estado via judicial.

O ato normativo prevê a extinção das execuções fiscais de até R$ 10 mil em que não tenha havido citação do devedor após um ano ou a apreensão de bens do devedor no mesmo período e estejam paralisadas.

A norma estabelece a necessidade de um protesto de títulos e uma tentativa de acordo antes do ajuizamento da execução fiscal. Também reproduz uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que os juízes podem extinguir as execuções fiscais de pequeno valor.

O texto deve permitir à Fazenda Pública a possibilidade de requerer a continuidade do processo, caso demonstre que pode localizar bens do devedor no prazo de 90 dias.

 de Redação

 20 de fevereiro de 2024

O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu em fevereiro pelo terceiro mês seguido. O índice, calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado nesta terça-feira (20), fechou o mês em 105,7 pontos, 0,5% a menos que o mês anterior. O número acima de 100 pontos indica percepção geral de satisfação com as condições econômicas.

Apesar do recuo de janeiro para fevereiro, o patamar identificado é 10,4% maior que fevereiro do ano passado e o melhor para o período desde 2015.

De acordo com a CNC, o resultado negativo na comparação entre meses imediatamente seguidos é resultado de as famílias estarem mais preocupadas em pagar e diminuir dívidas do que fazer mais aquisições.

No relatório, o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, explica que “apesar das melhores taxas de juros, o saldo da carteira de crédito das pessoas físicas vem desacelerando em relação aos resultados do ano passado, mostrando menor procura por esses recursos”.

Queda na inadimplência

Segundo o economista, ao observar a redução da inadimplência, pode-se concluir que as famílias estão aproveitando o crédito mais barato para ajustar seus orçamentos em vez de fazer mais dívidas por meio de consumo.

A CNC entende que a busca por redução de dívidas em vez de mais consumo não é um fato negativo, “muito pelo contrário”, diz a publicação, pois mostra maior consciência das famílias brasileiras quanto às suas finanças.

“A atenção das famílias brasileiras com o planejamento financeiro vem mostrando resultado no mercado de crédito e, apesar de enfraquecer o consumo, a intenção de compra permanece melhor do que em anos anteriores”, afirma o texto.

Inflação controlada

A pesquisa é feita em todo o País, com uma amostra de 18 mil consumidores e leva em conta sete indicadores: três sobre as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo), dois sobre expectativas para três meses à frente (perspectiva de consumo e perspectiva profissional), além da avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.

Em fevereiro, o único item que teve alta na percepção foi o da renda atual. A pesquisa aponta que a inflação controlada “ajudou a incrementar a renda real das famílias, dando maior poder de compra aos consumidores e sendo o único item a aquecer o comércio”. Além disso, o relatório destaca que “o crescimento constante na população empregada também impactou o aumento da massa salarial, dando mais recursos para o consumo”.

Faixas de renda

A queda da intenção de consumir em fevereiro foi puxada principalmente pelas famílias com renda abaixo de dez salários mínimos (até R$ 14.120), que recuou 0,6%. Para os grupamentos familiares com renda acima de dez salários-mínimos, a redução foi de 0,1%.

“Famílias de menor renda, por estarem mais endividadas, priorizam o ajuste do seu orçamento. Enquanto as com maiores rendimentos já enxergam melhora no consumo futuro”, avalia a CNC.

Com informações de Agência Brasil

REDAÇÃO AMANHA  19/02/2024

O resultado foi menor que em 2022, quando a alta foi de 2,77%

A atividade econômica brasileira registrou alta em 2023, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 2,45% no ano, resultado menor que em 2022, quando a alta foi de 2,77%. No último trimestre do ano passado, houve aumento de 0,22% no IBC-Br, uma recuperação parcial em relação ao trimestre anterior (julho a setembro), quando houve queda de 0,64% de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período). Em comparação ao trimestre de outubro a dezembro de 2022, a alta foi de 1,8% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).

Para o mês de dezembro, o resultado do IBC-Br foi um aumento de 0,82%, atingindo 147,63 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 1,36% (também sem ajuste para o período). O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 11,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos. A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Comitê de Política Monetária do BC aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela quinta vez consecutiva, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Em comunicado, o Copom indicou que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista “necessária para o processo desinflacionário”. O órgão informou que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico “de maior prazo”. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de Covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Divulgado mensalmente, o IBC-Br emprega uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. Segundo o próprio BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do país, mas “não é exatamente uma prévia do PIB.” O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Com resultado trimestral, superando as projeções, no terceiro trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,1% na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi de 3,2%. Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível de antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019. Os dados do quarto trimestre de 2023, com o consolidado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.

Com Agência Brasil

Em 2023 o faturamento bruto foi 194,7 bi de reais. Em 2019 havia sido 192,8 bi. Se considerarmos a inflação do período, dá para dizer que os shoppings ainda não voltaram ao patamar pré pandemia, pelo menos no que diz respeito a faturamento. A projeção para 2024 é de R$ 202,4 bi.

Os dados são da ABRASCE e foram divulgados em matéria assinada pela jornalista Adriana Mattos, no Valor Econômico de hoje.

Gouvêa Malls foi citada na reportagem. Leia abaixo o trecho com nossa participação:

“A classe C ‘desapareceu’ nos últimos anos. O gasto dessa camada da população, afetada pela alta informalidade e endividamento mais alto até parte de 2023, perdeu força”, disse Luiz Marinho, sócio-diretor da consultoria GS&Malls (Gouvêa Malls).

“Eu acredito que há espaço para recuperação maior em 2024, mas ela será desigual. Há shoppings que já estão tomando medidas para reagir. Há empreendimentos em que 30% das vendas já vêm de programas de fidelidade”, disse.

“Com isso a divisão do ‘bolo’ vai mudar, com empresas melhor preparadas saindo na frente”. Entre as medidas que têm sido tomadas, há shoppings ampliando a área de gastronomia, de eventos em áreas livres e a receita com propaganda.

De fato, em 2023 os empreendimentos mais populares tiveram crescimento menor do que os dirigidos para as classes A e B.

Resumo da ópera? Além dos importantes efeitos da economia, a indústria de shoppings começa a sentir os ventos da mudança. Há novas regras no jogo. Quem já entendeu isso cresceu bem mais do que os 1,5%, que foi a média do setor.