A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) a Medida Provisória 1107/22, que cria o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores (SIM Digital). A MP segue para o Senado.

No texto aprovado, o relator, deputado Luis Miranda (Republicanos-DF), aumentou o valor dos empréstimos que poderão ser obtidos para R$ 1,5 mil, no caso de pessoas físicas, ou R$ 4,5 mil, para microempreendedores individuais (MEI). No texto original, os valores eram de R$ 1 mil e R$ 3 mil.

Luis Miranda reconhece que os valores ainda são modestos, mesmo para os negócios dos empreendedores de baixa renda. “É preciso ter cautela para não induzir o endividamento de população e para manter um volume de recursos que possa atender o máximo de empreendedores que busque pelo financiamento”, ponderou.

FGTS
A MP também autoriza o uso de R$ 3 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para garantir operações de microcrédito e muda normas sobre infrações por falta de recolhimento de valores ao fundo pelas empresas.

Emenda do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) incorporada ao texto ainda aumenta o prazo máximo de empréstimos imobiliários financiados pelo FGTS de 30 anos para 35 anos.

Empreendedores
A expectativa do governo é que o SIM Digital beneficie um total de 4,5 milhões de empreendedores. Até abril deste ano, a Caixa tinha concedido o crédito a mais de 1 milhão de pessoas com essa garantia.

Segundo o texto aprovado, metade dos recursos deve ser destinada às mulheres. “Hoje, 53% do microcrédito já atende as mulheres. São microempreendedoras que mantêm o lar com a luta diária do seu negócio”, elogiou Luis Miranda.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Acontece nesta semana, em Las Vegas (EUA), a convenção do ICSC, que já foi a entidade global de shopping centers e hoje se apresenta como uma comunidade que congrega marketplaces, físicos e virtuais. Para o novo ICSC, os antigos templos de consumo tornaram-se espaços onde as pessoas, ao mesmo tempo, compram, comem, trabalham, se divertem e se encontram. Uma tremenda evolução.

Durante o evento, em Las Vegas, o ICSC divulgou um relatório sobre o momento do setor em 2022. Nas suas conclusões, o documento, chamado State of Industry 2022, lista cinco tendências para o futuro.

Quer saber quais são? Então, vamos lá.

  1. Lojas físicas funcionando como apoio logístico. Nelas, compras feitas online serão embaladas e despachadas, permitindo entregas mais rápidas em áreas densamente povoadas. Bem, isso já acontece bastante por aqui, em especial nas redes mais estruturadas, não é mesmo?
  2. Marcas usando automação para substituir mão de obra humana. Estudo da Deloitte prevê que loja autônoma, sem funcionário, será lugar comum nos próximos cinco anos. Será mesmo? Aqui tenho minhas dúvidas. Não apenas a mão de obra é mais barata no Brasil, como as pessoas apreciam muito a interação humana nas lojas. É certo que mais operações autônomas vão surgir, mas daí a virar lugar comum em cinco anos, é pouco provável que aconteça. Vamos ver.
  3. Dark stores devem se multiplicar para suportar as atividades de e-commerce. Antes restritas a áreas industriais, esses minicentros de distribuição invadirão os centros urbanos, expandindo a capacidade das marcas varejistas de operar a última milha. Espera, isso ainda é tendência lá fora? Aqui já é realidade. As dark stores, e também as dark kitchens, estão espalhadas pelas grandes cidades brasileiras, agregando rapidez e economia às entregas de produtos e alimentos comprados pela internet.
  4. Haverá um crescimento de complexos multiuso, envolvendo varejo, residências e restaurantes. As regiões mais distantes dos centros continuarão a receber mais pessoas que hoje podem trabalhar de casa, estimulando a multiplicação dos projetos de uso misto. Gente, essa história de varejo, residências e restaurantes foi exatamente o tema do meu artigo anterior aqui no Mercado&Consumo. O título, inclusive, era “Viver, comer e comprar: o novo mantra dos shoppings” e estava recheado de exemplos nacionais. Conclusão? Isso é realidade em nosso País. Digo mais: é caminho sem volta.
  5. Supermercados vão alimentar o crescimento dos shoppings abertos. Novas operações ganharão protagonismo como ancoragem de novos empreendimentos. Aqui vale um alerta: o mix nos shoppings americanos sempre foi muito padronizado. Ainda hoje, 50% da ABL dos centros comerciais nos EUA estão concentrados em lojas de departamento, como Macy’s, JCPenney, Nordstrom e outras mais. O restante é dominado por vestuário. No Brasil, o planejamento de mix sempre foi mais criativo. Academias de ginástica, centros médicos, áreas gastronômicas e parques de diversão, além de supermercados, é claro, fazem parte da nossa realidade há um bom tempo.

Resumo da ópera. O relatório do ICSC confirma que o mix dos shoppings vai continuar mudando, tanto para adaptar-se à realidade omnichannel quanto para contemplar novos hábitos dos consumidores.

Porém, o que mais chama a atenção, e você deve ter percebido isso também, é como muitos shoppings brasileiros estão bem sintonizados com as novas tendências.

Aliás, o que para o americano pode ser tendência, para os shoppings brasileiros já é pendência. Ponto para nós.

 

Fonte:  https://mercadoeconsumo.com.br/2022/05/26/5-tendencias-para-o-futuro-dos-shopping-centers-spoiler-algumas-ja-sao-realidade-no-brasil/

O otimismo dos comerciantes ganhou força em maio, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), após o volume de vendas no varejo apresentar altas consecutivas e surpreendentes. O indicador atingiu 120,2 pontos, o maior nível desde dezembro de 2021, com variação positiva de 5,7%, na passagem mensal, e alta ainda maior, em comparação a maio de 2021, de 31,6%.

O índice em que o comerciante avalia as condições atuais retornou à zona favorável ao alcançar 102,2 pontos, o maior nível desde abril de 2020. Já o índice Expectativas do Empresário do Comércio apontou o primeiro avanço, de 3,7%, após quatro meses consecutivos de queda.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, ressalta que os dados indicam que os comerciantes estão antevendo um segundo semestre mais favorável diante do contexto atual. “As variações positivas entre janeiro e março do volume de vendas, com mais pessoas circulando nas lojas, e o crescimento da Intenção de Consumo das Famílias, a despeito da inflação e dos juros altos, melhoraram a percepção dos empresários sobre as condições correntes”, observa.

Mais facilidade em repor as prateleiras

A percepção sobre o nível dos estoques, no indicador Intenções de Investimento, apresentou a melhor pontuação desde abril de 2020, apesar de os preços no atacado ainda estarem comprimindo as margens e alterando a dinâmica de reabastecimento do comércio. Na avaliação da economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, o avanço demonstra que o comércio sentiu, em maio, mais facilidade em repor produtos nas prateleiras do que há um ano, quando o País ainda superava a segunda onda da pandemia de covid-19.

Outro aspecto favorável do Icec foi a melhora da confiança das empresas de pequeno porte. Enquanto o otimismo do grande varejo expandiu 10,2% no ano encerrado em maio, entre os pequenos empresários avançou 32%, fato que aproximou os dois índices. Segundo a análise, a normalização do fluxo de consumidores nas lojas até abril animou os pequenos lojistas, já que a modalidade de venda em pontos físicos responde majoritariamente pelo faturamento dessas empresas.

Diante do cenário, a economista explica que a CNC revisou para cima a projeção de crescimento das vendas em 2022 e espera um avanço de 1,5%. “Espera-se que as medidas de suporte à renda e ao consumo, como os saques extraordinários do FGTS e a antecipação dos benefícios do INSS, tenham efeitos mais concentrados no consumo e pagamento de dívidas, na segunda metade do ano”, destaca.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/crescimento-das-vendas-acima-do-esperado-injeta-otimismo-no-comercio

A Renner vendeu 35% mais no começo deste ano do que no início de 2019, indicando que a renovação do guarda-roupa na volta à normalidade está conseguindo driblar a bagunça macroeconômica no caso da varejista gaúcha.

Sua receita líquida fechou o primeiro trimestre em R$ 2,2 bilhões, 63,4% mais que no começo do ano passado — quando houve um repique do coronavírus — e 35,1% acima do que vendeu em 2019. O número veio dentro do que previam os analistas.

Já o lucro líquido somou R$ 191,6 milhões, contra prejuízo de R$ 147,7 milhões um ano antes. O valor é também 18% acima do registrado no primeiro trimestre de 2019. O Credit Suisse esperava cerca de R$ 127 milhões, mas o lucro deste trimestre foi parcialmente favorecido por questões tributárias.

— O crescimento foi bom sobretudo porque, em janeiro, houve a variante Ômicron. Logo, o primeiro mês do ano foi ruim, fevereiro foi médio e começamos a ver uma aceleração importante em março. Isso proporcionou ganhos tanto em termos de tíquetes médios quanto em volume de peças, na comparação com 2019. E essa aceleração continuou em abril — explicou Daniel Martins, CFO (diretor financeiro) que chegou à Renner este ano, após carreira na Unilever.

Lucratividade ainda abaixo de 2019

Martins admite que a inflação elevada e a escalada de juros aumentam seus custos operacionais e não ajudam no apetite de consumidores, mas o executivo argumenta que outros fatores tornam o negócio da Renner mais resiliente.

— O consumidor ficou muito tempo em casa. Quando tudo volta, as pessoas têm que renovar guarda-roupa. Também entra nessa equação o fato de que, diante do quadro econômico, as pessoas desistem de tíquetes mais caros, como os da linha branca, por exemplo. Aí, sobra mais renda para vestuário. Outra hipótese é que as pessoas estão buscando roupas com melhor relação custo-benefício — disse.

Mesmo assim, a lucratividade da Renner ainda não chegou aos níveis de 2019, o que tem sido alvo de preocupação entre analistas. Isso se traduz em algumas das margens da Renner, métricas contábeis usadas para se calcular quanto a companhia consegue ganhar a cada venda. A margem líquida, que era de 9,8% em 2019, ficou em 8,6%.

— Não estamos sacrificando margens para ganhar clientes, mas há ainda uma trajetória até que a gente se aproxime da lucratividade de 2019. Vamos reduzir esse “gap”, mas ele só será eliminado ao longo de 2023 e 2024. Estamos vivendo a maior inflação em décadas e fazendo investimentos no ecossistema, fatores que acabam pesando. Mas estamos no caminho para reduzir esse “gap” — esclareceu.

Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/capital/post/renner-vende-um-terco-mais-que-no-pre-pandemia-com-retorno-aos-shoppings-e-apesar-da-inflacao.html

A Aliansce Sonae informou que o Conselho de Administração da brMalls aprovou a combinação de negócios entre as companhias e recomendou a operação pelos seus acionistas.

A proposta aprovada foi apresentada no dia 19 de abril e prevê o pagamento em dinheiro no valor de R$ 1,25 bilhão e a entrega de 326,339 milhões de ações da companhia – o que corresponde a uma relação de substituição de 1 ação emitida pela brMalls para 0,3940 ação da companhia.

A BRMalls já havia recusado duas propostas de fusão anteriores, uma feita em janeiro e outra em março.

“A combinação de negócios permitirá investimentos mais robustos para manter os ativos das Companhias atualizados e o desenvolvimento da estratégia de negócios no ambiente “figital”, condição fundamental para manter a competitividade no longo prazo”, informou em fato relevante.

Segundo a companhia, tal visão estratégica está baseada na complementariedade e qualidade do portfólio combinado e no suporte de um grupo de acionistas de referência com visão de longo prazo e com amplo conhecimento de varejo e shopping centers em escala global.

Novo modelo de mercado

A fusão entre a Aliansce Sonae e a brMalls criará uma nova configuração de negócios, que deve proporcionar benefícios aos lojistas, melhorando a capacidade de negociação comercial, e aos anunciantes, fortalecendo os projetos de mídia.

“Estamos diante de um movimento extremamente importante, que provavelmente vai desencadear outros movimentos de consolidação. Essa fusão prova que estamos entrando numa nova era do mercado de shoppings, com uma nova configuração do modelo de negócios, onde, de fato, o tamanho e o alcance fazem a diferença”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.

Marinho explica que esses ganhos se devem à maior capilaridade e força comercial que serão promovidas com as sinergias operacionais.

“Além disso, uma série de movimentos de inovação vão ajudar a diversificar as receitas dessa nova companhia. Em especial, tudo o que diz respeito à mídia e base de dados de clientes. Imagina oferecer para anunciantes um alcance em tantas cidades difrentes diferentes de consumidores que frequentam shoppings dominantes nessas cidades”, diz

 

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2022/04/5004263-conselho-da-brmalls-brml3-anuncia-fusao-com-aliansce-sonae-also3.html#:~:text=A%20Aliansce%20Stonae%2C%20dona%20de,torna%20a%20maior%20do%20país.

A rede de artigos esportivos Centauro vai vender com exclusividade os produtos da UEFA Champions League. Ela se tornará, assim, a única varejista do Brasil e da América Latina a desenvolver artigos exclusivos da principal liga de futebol do mundo. Ao todo, para o primeiro ano da colaboração, serão investidos mais de R$ 1,5 milhão para o desenvolvimento de produtos, comunicação e ativações.

Para celebrar a chegada das novas peças, a varejista de artigos esportivos recebe a taça da Champions League na loja da Avenida Paulista até esta segunda-feira (25), com visitação aberta para o público. Nesta segunda, a ação ainda contará com a realização de um episódio do podcast Podpah, que terá como entrevistado o ex-jogador Kaká, campeão e artilheiro da liga pelo Milan na temporada 2006-2007.

 

Desde sábado (23), a loja da Centauro na Paulista vem contando coma presença de nove influenciadores, entre eles Júlio Cocielo, Juninho Manuela, Futirinhas, Banheristas e Raquel Frestyle.

Para a primeira coleção da parceria, serão ofertadas mais de sete modelos de peças, entre elas, polo e T-shirt de algodão para momentos casuais e modelos voltados para a prática de esportes, como a camiseta DryFit com aplicação do logotipo da Champions League.

As vendas já começaram e estão sendo realizadas em 113 lojas, das mais de 220 espalhadas pelo Brasil e pelo canal digital. Já para o segundo semestre, a Centauro e a UEFA têm a previsão de lançar ainda a coleção de inverno, com jaquetas, casacos, moletons e outros acessórios em desenvolvimento.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/04/25/centauro-e-uefa-champions-league-fecham-parceria-para-licenciamento-de-produtos/#:~:text=A%20rede%20de%20artigos%20esportivos,liga%20de%20futebol%20do%20mundo.

A rede varejista de artigos para casa e decoração Camicado, pertencente a Lojas Renner, está apostando em um novo modelo de lojas físicas. A ideia por trás do novo formato é transformar o ponto de venda, focado em exposição e comercialização, em uma local de experimentação, entretenimento e oferta de soluções.

Esse novo modelo estreou em janeiro na loja do Shopping Ibirapuera, em São Paulo, que passou por um processo de readequação durante dois meses sem interromper o funcionamento. Após o teste, a companhia decidiu que todas as lojas que serão inauguradas irão seguir o novo modelo. Atualmente, a Camicado recebe em média 40 milhões de visitas por ano em suas unidades físicas.

Entre as novidades, estão incluídas as retiradas das vitrines para facilitar o acesso do público, além do estimulo ao toque e à experimentação dos produtos. O ambiente interno também passou por um redesenho que favorece a circulação e facilita uma visão completa dos estilos e categorias de artigo à disposição.

Parceria com sellers

Neste novo modelo, os sellers do marketplace poderão vender nas lojas físicas itens antes não oferecidos nesse canal, como móveis, estofados, luminárias e cortinas. Nestes casos, eles fazem a entrega nas casas dos consumidores, sob supervisão da Camicado, que fechou 2021 com 200 parceiros em sua plataforma de e-commerce.

Outras inovações são mais simples, como mesas livres para que os consumidores montem e testem suas próprias combinações de peças, e também soluções mais digitais, como totens digitais. Nestes dispositivos, os clientes podem consultar o blog da Camicado para encontrar recomendações e dicas de decoração.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/30/camicado-aposta-em-novo-modelo-de-loja-focado-na-experiencia-do-cliente/

Mesmo com 12 milhões de pessoas procurando um emprego, é possível ver um processo de retomada no mercado de trabalho, segundo o economista Étore Sanchez.

“É possível falar em retomada, porque estávamos num patamar muito pior. Estamos vendo um fortalecimento do mercado e trabalho desde meados de 2021. A surpresa tem sido sistemática. Vagas estão sendo criadas, a taxa de desemprego vem em trajetória cadente, é o Brasil se reestabelecendo depois do evento traumático que foi a pandemia”, disse à CNN nesta quinta-feira (31).

taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (31). O número representa variação de 0,4 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (11,6%).

O especialista explica que, durante o pior momento da pandemia, muitas pessoas deixaram, inclusive de procurar emprego, devido à política de isolamento, o que reduziu a força de trabalho. “Agora, já estamos vendo mais pessoas procurando e encontrando emprego. É evidente que o número ainda é desolador. Mas é um processo de melhora”, diz.

Da mesma forma, o nível de informalidade no Brasil ainda é muito alto. Cerca de metade dos trabalhadores estão no mercado informal, ressalta. No entanto, os dados do Caged vêm mostrando um fortalecimento do setor de trabalhadores com carteira assinada.

“Apesar do PIB não crescer tanto como se observou em 2021, em perspectiva para 2022, o mercado de trabalho deve mostrar formalização maior, ou seja, melhorar sua qualidade na margem e abarcar mais pessoas ao longo desse ano”, diz.

*Publicado por Ligia Tuon

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/mesmo-com-12-mi-desempregados-vemos-mercado-se-reestabelecendo-diz-economista/#:~:text=Compartilhe%3A,trabalho%20desde%20meados%20de%202021.

O ano de 2021 foi marcado pela retomada do consumo presencial. E, segundo a pesquisa realizada pela CNC, o setor de varejo, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), encerrou o ano com 2.407.821 estabelecimentos ativos, revelando, portanto, um saldo positivo de 204,4 mil registros em relação ao fim de 2020. Já o faturamento real do setor (no conceito ampliado) no último ano registrou o maior avanço anual desde 2018, compensando a retração verificada no ano retrasado.

No entanto, 2022 começou com um grande desafio. Diante da crise provocada pela guerra no Leste Europeu, a tendência é que as pressões inflacionárias se mostrem persistentes nos próximos meses, segundo a perspectiva da CNC. A previsão é que o setor supermercadista seja fortemente impactado pelos reajustes em commodities agrícolas e da possível escassez de fertilizantes, produto cujo a Rússia é um dos principais fornecedores.  Considerando que o varejo de combustíveis e o setor supermercadista respondem por quase metade (48,5%) das vendas anuais no varejo, a CNC revisou para +0,5% a previsão de variação do volume de vendas do setor em 2022.

O comércio deve ter a ajuda do momento favorável para se recuperar, pois as vendas no setor voltadas para a Páscoa deverão totalizar R$ 2,16 bilhões este ano, representando um aumento de 1,9% em comparação a 2021. Ainda assim, caso seja confirmada a previsão, o resultado ficará 5,7% abaixo do alcançado antes do início da pandemia de covid-19, em 2019 (R$ 2,29 bilhões).

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de janeiro de 2022, divulgada pelo IBGE, apontaram recuo no volume de vendas do setor de serviços, na comparação com dezembro de 2021. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o segmento registrou crescimento de 9,5%, a 11ª expansão mensal consecutiva. A estimativa da CNC é que, com a maior permanência dos juros mais altos, o volume de receitas do setor de serviços apresente queda de 0,9% neste ano.

O turismo brasileiro já acumula um prejuízo de R$ 485,1 bilhões desde o início da crise sanitária e a expectativa da instituição é que, em 2022, o segmento apresente um crescimento no volume

de receitas de 1,6%, percentual bem mais modesto do que os 22,1% registrados no ano passado.

O mercado de trabalho está sendo primordial para recuperação econômica. Contudo, dados apresentados pelo Caged apontam a geração de 328,5 mil empregos formais em fevereiro deste ano, resultado 17% menor em relação ao mesmo mês do ano passado. Além disso, os salários iniciais dos trabalhadores voltaram a cair.

Além dessa desaceleração, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado CNC, recuou 1,3% em março, mantendo a tendência apresentada em fevereiro (-1,2%). Segundo o levantamento, os efeitos da inflação persistente e a recente transmissão do aumento dos combustíveis a outros preços são elementos-chave que explicam a evolução da baixa confiança empresarial.

Mesmo com as incertezas econômicas, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou, em março, o terceiro aumento mensal consecutivo e o maior nível desde maio de 2020, de crescimento de 1,8%. Na comparação anual, o aumento foi de 5,9%.

Para arcar com os gastos desse maior consumo, a proporção de brasileiros endividados alcançou novo recorde em março. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também apurada pela CNC, o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer alcançou 77,5% neste mês, a maior proporção já registrada nos 12 anos do levantamento.

A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso também alcançou o maior patamar da pesquisa, de 27,8%. Enquanto a parcela de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerão inadimplentes também aumentou, alcançando 10,8% do total de famílias.

Durante o mês observou-se uma valorização do real, de 7,8%, beneficiando as importações e, consequentemente, os preços que dependem desses produtos. Esse movimento também ajuda a amenizar a inflação e a atrair investidores externos, tendo vários aspectos favoráveis para o país.

Artigo escrito pela Economista Catarina Carneiro da Silva

 

 

Arthur Grynbaum,

Vice-presidente do conselho do grupo Boticário

 

Mais de 800 franqueados passaram os últimos três dias conectados na 25ª edição do Encontro de Franqueados do Grupo Boticário. Senti frio na barriga e energia como se fosse a primeira. Para mim, é sempre um momento de muita emoção. O evento reúne as pessoas responsáveis por sermos a maior franquia do Brasil e os maiores franqueadores do setor de perfumaria e cosmética do mundo.

 

Durante o evento, compartilhei visões sobre o futuro do varejo e as novas competências que, somadas às competências que nos trouxeram tão bem até aqui, serão essenciais para continuarmos inovando e abrindo caminhos.

 

– Nossa logística precisa ser cada vez mais rápida e melhor.

 

– As novas tecnologias, como internet 5G, inteligência artificial e metaverso, reforçarão ainda mais a importância de coletarmos e trabalharmos os dados. Por mais que tenhamos dados, precisamos de pessoas inteligentes para nos mostrar o que está por trás dos insights.

 

– As lojas são um ponto de confiança e estão ganhando novos papéis, novas alavancas e formas de mensuração de resultados mais robustas do que no passado. Como sempre digo, “a loja é nosso templo”.

 

– O propósito das marcas importa mais do que nunca. Diversidade, equidade e inclusão precisam ser vividas na prática.

 

– A cultura e a liderança das empresas precisam estar preparadas para times e consumidores cada vez mais conscientes e exigentes. Como perguntei no final da apresentação, “como está a sua resiliência para isso?”.

 

Mas gosto de lembrar que existem duas competências que nunca mudam: a empatia e a habilidade de entender de gente. Nenhuma tendência ou tecnologia disruptiva terá importância se não entendermos as “dores” dos nossos parceiros e consumidores para oferecermos sempre a melhor experiência possível.

 

Isso é o que nos motiva a estarmos sempre olhando lá na frente. Nos inspiramos tanto em nossos clientes quanto em nossos franqueados. Hoje, nos reunimos para reafirmar esse nosso propósito e a nossa missão. Juntos, impactamos positivamente a vida de milhões de pessoas há 45 anos. Juntos, estamos construindo o melhor e maior ecossistema de beleza.