18/09/2023 ag Brasil

A expectativa do mercado é que a taxa básica seja reduzida para 12,75% ao ano na próxima quarta-feira

Pela quarta semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 2,64% para 2,89%. A estimativa está no boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. Superando as projeções, no segundo trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – teve queda de 4,93% para 4,86%. A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último relatório de inflação a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%.

Em agosto, influenciado pelo aumento do custo da energia elétrica, o IPCA foi de 0,23%, segundo o IBGE. O índice é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada deflação (queda de preços) de 0,36%. O IPCA acumula taxa de 3,23% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,61%. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante da forte queda da inflação, o Copom iniciou, no mês passado, um ciclo de redução da Selic.

A última vez em que o Banco Central tinha diminuído a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de Covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. A partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Nesta terça (19) e quarta-feira (20), ocorre a sexta reunião do ano do Copom para a definição da Selic. A expectativa do mercado é que a taxa básica seja reduzida para 12,75% ao ano. Na ata do último encontro, os membros do colegiado já previam cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Segundo o documento, o órgão avalia que esse será o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista [juros que desestimulam a economia] necessária para controlar a inflação. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Da redação, com agências Exame 20.9.23

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta quarta-feira, 20, que não há previsão de revisão da alíquota zero do imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50 de empresas aderirem ao programa Remessa Conforme. Durigan participou de evento sobre a tributação de comércio eletrônico promovido pelo IDP.

Hoje, a alíquota é de 60%, mas a taxa é zerada para compras de até US$ 50 em plataformas que foram habilitadas no programa da Receita Federal. O número dois de Haddad disse que considera injusta a repercussão em redes de que está havendo taxação em compras internacionais e frisou que o programa Remessa Conforme convida empresas a aderirem e zera a alíquota federal. Em contrapartida, há cobrança uniforme de 17% de alíquota do ICMS, tributo estadual.

“Só vamos fazer a revisão dessa alíquota zero quando dialogarmos com empresas, varejo e verificarmos que há falta de isonomia tributária. O Ministério da Fazenda quer que haja concorrência”, afirmou o secretário-executivo.

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Durigan afirmou que a sensação de aumento de alíquota reflete a ampliação da fiscalização da Receita Federal. Na visão do secretário, a alíquota de importação de 60% nas transações internacionais realizadas entre pessoa jurídica e pessoa física nunca teve uma fiscalização satisfatória e os estados não tinham adesão e coerência para fiscalizar e tributar o ICMS. O Remessa Conforme mudou esse cenário e quem não adere ao sistema é tratado na forma da lei.

“A importância de discutir a remessa até US$ 50 é porque quase 100% das nossas entradas são dessas remessas de baixo custo. Evidentemente toda a pressão popular que existe, o debate que existe com as empresas, e-commerce e varejo está focado nas remessas até US$ 50. Recebemos pouca demanda de remessas acima de US$ 50. O Remessa Conforme ataca a principal questão, que é de compras até US$ 50. Podemos fazer isso como próximo passo, de endereçar a discussão para remessas acima de US$ 50”, disse Durigan.

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Shein zera a cobrança do ICMS

O presidente da Shein na América Latina, Marcelo Claure, revelou na terça-feira, 19, em entrevista exclusiva à EXAME, que a varejista chinesa vai isentar de seus clientes a taxa do ICMS em compras de até US$ 50. O anúncio ocorre após a empresa aderir ao Remessa Conforme, da Receita Federal.

Hoje, as empresas participantes do Remessa Conforme têm isenção do imposto de importação, mas cobrança de 17% de ICMS sobre as compras. A decisão da empresa chinesa em subsidiar o imposto estadual, segundo Claure, pretende manter o poder de compra dos clientes.

Redação

 4 de setembro de 2023

Realizado anualmente, o ranking Ibevar-FIA 2023 revela as empresas do varejo brasileiro com maior faturamento. Além disso, também avalia e reconhece os principais players do varejo brasileiro em diversas categorias e segmentos. Ao todo, foram 120 empresas listadas para participar do ranking.

A Centauro (Moda e Esporte) lidera a lista dos mais admirados por consumidores e colaboradores deste ano. O ranking é seguido por Kipling (Bolsas e Malas), Oxxo (Conveniência), Havan (Departamentos), Magazine Luiza (Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Móveis), Leroy Merlin (Material de Construção) e Pets (Petlove).

Foi utilizada tecnologia de Inteligência Artificial Natural Language Processing para analisar milhões de manifestações espontâneas, em textos e vídeos, nas redes sociais para chegar ao resultado. São levados em consideração 31 subsegmentos do varejo, com a revelação das mais admiradas em cada um deles.

O estudo também indica as empresas que mais cresceram no período de 2021 a 2022 nos diversos setores, levando em consideração balanços e relatórios publicados pelas varejistas. Entre os destaques estão Giassi & Cia (Supermercados), com crescimento de 62%, Lojas CEM em (Eletroeletrônicos e Móveis), com aumento de 14%, Grupo Inditex (Moda e Esporte), com mais de 200% de alta nos negócios, O Boticário (Drogarias e Perfumarias), que registrou 30% de crescimento, e a Cacau Show (Franquias), registrando aumento de 93%.

O ranking Ibevar – FIA Business School 2023 analisa 120 empresas do varejo nacional, que representam quase 30% do consumo de bens no país, desconsiderando veículos. De acordo com o levantamento, que teve como base o balanço divulgado pelas empresas, além de publicações especializadas sobre o segmento, as três maiores varejistas do Brasil são Carrefour, R$108 bi, Assaí, quase R$60 bi, e Magazine Luíza, com mais de R$45 bi.

Na avaliação do retorno sobre o capital investido, a empresa com o melhor índice é a Track & Field, que chegou a 19,6% de retorno.

“Aportamos recursos analíticos sofisticados para identificação e análise das posições. Com isso, são evidenciadas surpresas, como por exemplo, pequenas empresas varejistas muito bem avaliadas pelo público consumidor” afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School.

NEGÓCIOS
Diferente da tensão entre Biden e Xi Jinping, no mundo da moda, a China e os EUA estão se entendendo. A varejista asiática Shein anunciou a compra de um terço do grupo Sparc Holings, dono da Forever 21.
Como vai funcionar? Basicamente, os produtos da Forever 21 vão ser vendidos na plataforma da Shein, e as peças da marca chinesa serão encontradas nas lojas físicas da Forever 21, nos EUA. 
Com isso, a Shein ganha os clientes que preferem experimentar antes de fazer a compra online. Já a Forever 21 vai exibir suas blusinhas em um aplicativo que conta com 150 milhões de usuários no mundo

Tá, mas que grupo é esse?

Ainda que o nome pareça estranho, o Sparc Holdings é uma joint venture que também é dono de marcas como Nautica, Reebok e Aéropostale. Suas vendas globais já ultrapassaram US$ 12 bilhões
Assim, ainda que a Shein some vendas de quase US$ 22 bilhões ao redor do globo, a ideia é que a experiência do grupo no varejo físico e no desenvolvimento de marcas também ajude a gigante chinesa.
Ao mesmo tempo, além da cartela de clientes, o conhecimento em e-commerce global da Shein vai oferecer ao grupo Sparc a capacidade de expandir ainda mais o crescimento de suas marcas. 
  • Inclusive, segundo os analistas, uma das razões da queda das vendas da Forever 21 foi a sua dificuldade de reagir ao avanço das vendas online. 
Bottom-line: Com exemplos de negócios parecidos no mercado de luxo, como a compra da Capri Holdings pela Tapestry, a ideia de unir concorrentes pra ganhar força está virando tendência no mercado da moda

 de Marcos Gouvêa de Souza

 7 de agosto de 2023  Mercado & Consumo

O cenário político e econômico está se desanuviando e isso parece positivo. Só que não.

Se nos conformarmos em olhar o curto e o médio prazo, uma conjugação positiva de fatores sinaliza a perspectiva de um período melhor do que foi anteriormente previsto, contrariando as expectativas geradas especialmente no setor financeiro e retratadas nas pesquisas Focus, divulgados semanalmente pelo Banco Central.

Aliás, nesse aspecto já temos um quadro que merece reflexões, pois os indicadores considerados relevantes para muitas decisões sobre taxas de juros e outras medidas no campo econômico e financeiro são fortemente balizados pelas expectativas dos agentes que atuam nesse ecossistema, sem dúvida o mais preparado para ganhar em qualquer cenário. É quase como colocar o bode para tomar conta da horta.

Seria fundamental incorporar na base de consulta da pesquisa Focus os representantes dos setores ligados à economia real, em especial o comércio, o varejo e o consumo, aqueles que encontram os consumidores todos os dias, o dia todo e que podem e devem ter uma visão distinta dos agentes e consultores financeiros. E que poderiam trazer uma perspectiva mais transversal e real do comportamento presente e futuro dos mais diversos setores econômicos.

Mas, independentemente desse importante aspecto, está quase que contratado um processo de retomada econômica com impacto positivo no varejo, no comércio e no consumo por todas as razões mencionadas em nosso artigo “Depois da tempestade vem a bonança e o vento soprando a favor do varejo neste semestre”. E muito tem a ver com a queda da inflação e a redução das taxas de juros nominais, resultado da ação direta e consciente do Banco Central.

É razão para sorrirmos e voltarmos a considerar que Deus reassumiu sua cidadania brasileira? Definitivamente não.

Muito pelo contrário.

O bom cenário positivo de curto e médio prazo não pode nos enganar e criar uma cortina de fumaça em relação às questões mais estruturais e estratégicas que envolvem o Brasil.

Muito mais precisaria ser feito para termos razões para acreditar que temos um caminho e uma proposta para o longo prazo para o País.

Ninguém pode negar que temos um País desajustado, desigual e desequilibrado em muitos aspectos. E sem um projeto consistente de longo prazo.

Temos ao mesmo tempo o que é mais atual e visionário atuando em Ilhas de excelência global, como é o caso do Pix, só como um exemplo, e outros segmentos convivendo e dependentes das benesses do Estado.

Há setores que são benchmarking global por sua maturidade e atuação, como o financeiro e o agro, e setores que perderam o bonde da história porque se acomodaram com o protecionismo que os alavancou no passado, como ocorreu em parte do setor industrial.

Assim como outros setores, como o de comércio e varejo, que têm operadores também atuando em nível para se tornarem “the best in class” e outros, porém, convivendo com o atraso e sobrevivendo por conta da informalidade.

Da mesma forma como outros segmentos do setor de serviços, cada vez mais relevante em sua participação no PIB em linha com as tendências globais, que se dividem entre empresas com relevante crescimento e protagonismo e outras em busca de alternativas.

Sem falar no crescimento de setores ligados à tecnologia e o digital, nos quais encontramos o mesmo cenário com algumas empresas que se tornam relevantes globalmente por conta de sua visão e excelência operacional, e o exuberante ambiente de inovação, transformação e disrupção em que nossas iniciativas e visão conduzem a novas fronteiras sendo desbravadas.

É um país de contrastes cada vez mais evidentes em seus múltiplos formatos, em que existe o que de melhor se faz no mundo, adequado à nossa realidade, e o atraso se impõe onde a dependência do Estado marcou a estratégia e a falta de visão.

Por tudo isso, em especial para as novas gerações com o dever de assumirem protagonismo nesses novos ciclos que se iniciam, é tempo de um chamamento ao dever de sermos mais ambiciosos. E, de forma objetiva, tudo começa com a visão do que nos propomos no campo da educação como um dos fundamentos de um projeto estratégico para a Nação.

Para reduzir as diferenças, potencializar nossos diferenciais positivos e assumirmos um compromisso com a redução das desigualdades e não nos deixarmos cativar pelo devaneio do curto prazo sem sustentação.

Não podemos e nem devemos nos iludir com as vitórias das batalhas efêmeras e precisamos nos manter mobilizados para a transformação estrutural e estratégica da Nação. Só isso deveria nos unir.

Vale a reflexão.

Nota: Esses novos e importantes elementos que impactam a transformação do varejo e do consumo também serão apresentados e debatidos com 225 palestrantes para os mais diferentes canais, categorias, formatos e modelos de negócios do varejo e do consumo no Latam Retail Show, tendo como tema central “Back to the Future”, de 19 a 21 de setembro em São Paulo. Conheça mais clicando aqui.

Marcos Gouvêa de Souza é fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem e publisher da plataforma Mercado&Consumo.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.

CAIO LUIZ  09.08.2023   CONGRESSO EM FOCO

Em reunião da Frente Parlamentar de Comércio e Serviço (FPC) realizada nesta quarta-feira (9), o relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga (MDB-AM), sinalizou que pretende mudar o texto enviado pela Câmara dos Deputados. Entretanto, o senador não determinou quais serão essas mudanças, pois a proposta aprovada pela Câmara ainda passa por análises para ser inteiramente compreendida pelo Senado.

O senador reforçou a necessidade de uma base ampla de tributação dos impostos sobre o consumo. Em outras palavras, Braga defendeu que haja a estipulação de uma quantidade abundante de produtos e serviços a serem tributados para viabilizar a redução das alíquotas no futuro.

Braga foi designado oficialmente como relator da proposta pelo presidente da Comissão de Constituição Justiça e Cidadania, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), com indicação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quarta-feira. O senador enfatizou diversas vezes a necessidade de não aumentar impostos diante da reforma porque a população “não aguenta mais pagar imposto.”

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Galassi, disse que o relator considerou estender alíquota reduzida a produtos de higiene pessoal aos itens de higiene em geral, como água sanitária, por exemplo.

Frente do Comércio

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A reunião da FPC contou com a presença de deputados e dos senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Rogério Marinho (PL-RN), Flávio Arns (PSB-PR) e Efraim Filho (União-PB), coordenador da FPC e líder do União Brasil no Senado. Os presidentes da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, Leandro Severin, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) e da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, também participaram do encontro.

Para a reunião, que ocorreu na sede do Instituto União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) e da Frente Parlamentar do Comércio e Serviços (FCS), cópias de um documento da Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério da Fazenda intitulado “Alíquota-padrão da Tributação do Consumo de Bens e Serviços no âmbito da Reforma Tributária” foi entregue a cerca de 30 pessoas que compunham a mesa da FPC. A Fazenda estima que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado será de 27%.

A nota da Fazenda para as alíquotas-padrão dos novos tributos sobre o valor adicionado foram criadas no âmbito da reforma da tributação do consumo (PEC 45/2019 da Câmara dos Deputados). Os novos tributos são o imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Para que a reforma fosse melhor compreendida, ela foi apresentada em três tópicos no documento:

a – Descrição das principais mudanças introduzidas pela reforma.

b – Cálculo da alíquota-padrão atual incidente sobre o consumo de bens e serviços.

c – Estimativas das alíquotas-padrão que resultarão na adoção de novo modelo tributário.

De acordo com o documento, as estimativas não correspondem a uma previsão exata sobre quais são as alíquotas-padrão do IBS e CBS, pois essas dependem de uma série de fatores que serão definidos quando houver a regulamentação da PEC 45 por meio de legislação infraconstitucional, ou seja, as alíquotas só serão conhecidas ao longo da transição para o novo sistema e serão fixados de modo a manter a carga tributária.

Estudos e pontos

Conforme o relator Eduardo Braga, os três pontos fundamentais da reforma são equilíbrio federativo, simplificação “desse manicômio tributário que nós temos no sistema tributário nacional” com carga tributária mais transparente, neutralidade de impostos para que não haja qualquer tipo de aumento tributário.

Braga explicou à frente parlamentar que, na terça-feira (8), o governo apresentou um estudo em cima do texto da reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados em que diversos cenários, com ou sem exceções tributárias acumuladas, foram analisada para prover uma noção da variação de tamanho da carga tributária projetada pelo governo. Até então, o único estudo era do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê uma alíquota de 28%.

“Mas eu quero dizer que além do estudo do Ipea, além do estudo do governo, nós estamos trabalhando junto ao Tribunal de Contas da União [TCU], que já tem uma comissão designada a nosso pedido para assessorar a relatoria do Senado, trabalhando para ter um terceiro relatório feito pelos técnicos, agora baseado no estudo apresentado pelo governo”, disse Braga, que acrescentou que até então o Congresso estava em um voo em que não tinha números para dialogar com os prefeitos, governadores e o setor produtivo.

Para o presidente da FPC, senador Efraim Filho, um eixo fundamental para tratar da reforma é com os setores produtivos. O segundo eixo fundamental são os entes federativos. “Eu acho que entender os impactos principalmente no setor de comércio, serviços, indústria e agro, bem como nos municípios, nos estados e na União são uma largada importante para ir estruturando um pouco [a reforma]”.

AUTORIA

CAIO LUIZ Repórter. Jornalista, produtor de conteúdo e roteirista. Formado em 2010 na Universidade Metodista, com estudos posteriores em Ciências Sociais e narrativas audiovisuais no ABC Paulista. Passou por redações na TVT, ABCD Maior, DCI, IdeaFixa, Destak e Doc Films/CNN Brasil.

caioluiz@congressoemfoco.com.br

Publicado em 27/07/2023 10:30 • Por Luciana Neto /  site cnc

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 107,5 pontos em julho. Mesmo que ainda na zona do otimismo, foi registrada queda mensal de 1%, descontados os efeitos sazonais, a terceira redução consecutiva. A diminuição do otimismo também ocorreu na comparação anual, com redução de 12,7%. Os indicadores que medem a visão do varejista sobre o momento atual e as expectativas para os próximos seis meses seguem apontando tendência de queda, o que tem reduzido as intenções de investimento e contratação de funcionários. Entre os nove indicadores do Icec, oito tiveram variações negativas no mês e no ano, exceto a percepção sobre o nível dos estoques.

O destaque do mês é a percepção desfavorável sobre a dinâmica das vendas no comércio. Há cinco meses, o índice de condições atuais do comércio mergulhou na zona negativa (abaixo dos 100 pontos) e atingiu, em julho, 68,6 pontos. A maioria dos comerciantes aponta que as vendas no comércio pioraram, 60,6% do total, ou seis em cada dez lojistas consultados. Os segmentos com piores avaliações das vendas são eletroeletrônicos, móveis e decorações, cine-foto-som, materiais de construção e revenda de veículos.

A dúvida sobre o cenário global do varejo, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, preocupa a Confederação, que revisou de 1,8% para 1,5% a estimativa de alta do volume de vendas este ano. “A retomada do crescimento do endividamento e da inadimplência, o encarecimento do crédito e a dificuldade de acessá-lo impõem limites à capacidade de consumo de itens com maior ticket médio e que exigem prazo para pagamento”, afirma Tadros. Mesmo que os consumidores tenham demonstrado maior intenção de comprar bens duráveis, como mostra a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pela CNC, as vendas dos produtos mais dependentes do crédito seguem em queda.

Desânimo no curto prazo para 20% dos lojistas

A economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira, ressalta que, apesar da dinâmica mais favorável da inflação, a permanência dos juros altos tem levado os comerciantes a redefinir as estimativas para as vendas e investimento este ano. O índice de expectativas para o desempenho do comércio caiu 9,6% entre julho de 2022 e 2023, com dois em cada dez comerciantes considerando que as vendas no setor devem piorar, no curto prazo.

“Mesmo que o consumidor de rendas média e baixa esteja mais disposto a consumir e o calendário dos próximos meses traga datas comemorativas como Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal, os empresários estão moderando o otimismo”, explica Izis Ferreira. Na passagem de junho para julho, apenas os comerciantes de roupas, calçados e acessórios melhoraram as expectativas para o setor, com alta de 1,8%.

Recorde na queda da confiança dos lojistas de duráveis

A piora nas vendas e nas expectativas dos lojistas de bens duráveis fez o grau de otimismo aprofundar sua queda neste início de semestre. A confiança do varejo de produtos com baixa capacidade de reúso caiu 16% em um ano, maior queda histórica nessa base de comparação (o Icec começou a ser apurado em 2011). Entre os lojistas de roupas e calçados, a redução chegou a 13,1%; e, entre os de alimentos, medicamentos e cosméticos, a queda foi de 7,2%.

 25 de julho de 2023 no Destaque do diaNotíciasVarejo / Mercado & Consumo

Com mais de 80 unidades espalhadas pelo País, a varejista Fast Shop quer levar para as lojas um conceito de varejo figital para dar mais conveniência e ampliar a conveniência do consumidor. Para isso, a rede inaugurou, há três meses, uma unidade no formato pop-up da em São Paulo, e já tem planos de inaugurar uma outra pop-up neste ano.

A ideia é unir a curadoria de produtos e serviços que facilitam a vida das pessoas com atendimento premium e interação do consumidor com os produtos em exposição.

“Com a inauguração da pop-up store, ampliamos o conceito figital já tão presente nas nossas lojas físicas, e testamos um novo modelo de negócio, unindo cada vez mais os universos offline e online em uma só experiência para o consumidor, transformando o processo de compra em uma experiência onde o cliente aprende como a economizar tempo e deixar sua casa mais confortável com a escolha certa de produtos e serviços para seu dia a dia”, diz Eduardo Salem, diretor de Marketing e Canais Digitais da Fast Shop.

A marca quer ampliar sua aposta em conceito de lojas interativas e digitais, passando por um amplo portfólio de serviços e produtos interligados.

Entregas rápidas

A expansão da UltraFast, com entrega de itens de pequeno e médio portes em até duas horas para clientes de oito estados, é outra aposta da marca. Somente no primeiro semestre, a Fast Shop registrou um crescimento de 76% no número de pedidos com entrega rápida se comparado ao mesmo período do ano passado. A expectativa é a de que os produtos com entrega rápida representem cerca de 10% no faturamento do site ainda em 2023.

“A estratégia de ultra conveniência e o conceito de experimentação em loja, o chamado varejo figital, da Fast Shop já tiveram, inclusive, reconhecimento do Retail´s Big Show, considerado o maior evento de varejo do mundo. É não apenas motivo de muito orgulho, como também um sinal de que estamos em um bom caminho”, destaca Salem.

 de Redação 12 de junho de 2023

Depois de anunciar o fechamento de 20 unidades, sendo 13 da rede de decoração Camicado, a Lojas Renner prevê que chegará ao fim do ano com 40 lojas novas. O foco são, principalmente, unidades das marcas Renner, Youcom e Ashua.

Em maio, a varejista inaugurou cinco lojas, que se somaram às outras duas que já haviam sido abertas em 2023. As sete novas unidades (três da Renner, duas da Youcom e duas da Ashua) totalizam um investimento superior a R$ 35 milhões.

Nos próximos meses, estão previstas mais oito inaugurações: seis da Renner (duas no Estado de São Paulo, duas em Minas Gerais, uma no Ceará e uma no Rio Grande do Sul) e duas da Youcom (uma no Acre e uma no Piauí). No total, a varejista prevê abrir até o fim do ano aproximadamente 40 unidades, considerando todas as marcas da companhia, a maior parte em praças onde ainda não estão presentes.

Essas lojas estão localizadas, sobretudo, em cidades no interior do Brasil e integram o plano de expansão da Lojas Renner S.A., em linha com sua estratégia de apostar na crescente integração dos canais físicos e digitais.

Outra estratégia adotada em 2023 diz respeito à adoção de princípios de circularidade no ponto de venda. Em 2021, a marca Renner lançou a primeira loja circular do varejo brasileiro, no Rio de Janeiro.

Focado na ecoeficiência e na máxima redução dos impactos ambientais, este modelo pioneiro agora está sendo ampliado. Desde o início do ano, todas as novas lojas da marca Renner trazem atributos deste novo conceito, em consonância com os compromissos públicos de sustentabilidade da companhia.

Atualmente, o grupo mantém mais de 650 lojas em operação, considerando todos os negócios do ecossistema. Além de estar presente no Brasil com todas as suas marcas, a companhia iniciou seu processo de internacionalização ao inaugurar unidades da Renner no Uruguai a partir de 2017 e na Argentina em 2019.

A Lojas Renner S.A. é formada ainda pela Realize CFI, que apoia a atividade de varejo através da oferta e gestão de produtos financeiros; e pela Uello Tecnologia, uma logtech nativa digital focada em soluções para entregas urbanas.

Otávio Augusto / Economia14/06/23 16:38 / antagonista

O governo prepara um plano para combater a sonegação de impostos de gigantes estrangeiras que fazem comércio on-line, como Shein, Shopee e AliExpress.

A informação foi dada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio de Serviços, Geraldo Alckmin, na tarde desta quarta-feira (14), após reunião com representantes do varejo.

“É dever do governo manter uma concorrência leal. A importação de produtos, sem pagar imposto chegou a R$ 70 bilhões ano passado. Isso não prejudica só o comércio instalado, prejudica a indústria brasileira”, comentou.

Sem adiantar pontos do projeto, Alckmin afirmou que o Ministério da Fazenda e a Receita Federal “vão agir”.