A Prefeitura de Curitiba publica nesta quarta-feira (10/2) o Decreto 275/2020, que prorroga até o dia 17 de fevereiro a bandeira amarela na cidade. A capital saiu da bandeira laranja no dia 28 de janeiro, após 61 dias de medidas mais restritivas.

Mercados, shoppings e outros comércios continuam funcionando aos domingos. Bares continuam proibidos.

Estabelecimentos destinados a eventos culturais, como circos, teatros, cinemas, museus, estão liberados com limitação de público: 50% da capacidade. Já estabelecimentos de eventos sociais, como casas de festas, têm limitação de 50 pessoas.

Apesar da retomada das atividades, a recomendação do Comitê de Técnica e Ética Médica, da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, é cautela.

Atividades e serviços suspensos

– Estabelecimentos destinados ao entretenimento, tais como casas de shows e atividades correlatas.
– Estabelecimentos destinados a mostras comerciais, feiras de varejo, eventos técnicos, congressos, convenções, entre outros eventos de interesse profissional, técnico e/ou científico.
– Bares, casas noturnas e atividades correlatas.
– Circulação de pessoas, no período das 23h às 5h, em espaços e vias públicas, salvo em razão de atividades ou serviços essenciais e casos de urgência.
– A comercialização e o consumo, em espaços de uso público ou coletivo, de bebidas alcoólicas no período das 23h às 5h, estendendo-se a vedação para quaisquer estabelecimentos comerciais, serviços de conveniência em postos de combustíveis, clubes sociais e desportivos e áreas comuns de condomínios.
– Ficam vedadas as concessões de licenças ou alvarás para a realização de eventos de massa, assim definidos na Resolução n.º 595, de 10 de novembro de 2017, da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná.

Atividades e serviços que podem funcionar com restrição

– Atividades comerciais de rua não essenciais, galerias e centros comerciais: das 9h às 22h, em todos os dias da semana.
– Atividades de prestação de serviços não essenciais, tais como escritórios em geral, salões de beleza, barbearias, atividades de estética, academias de ginástica para práticas esportivas individuais, serviços de banho, tosa e estética de animais: até as 22h, em todos os dias da semana.
– Shopping centers: das 8h às 22h, em todos os dias da semana.
– Parques infantis e temáticos: das 8h às 22h, em todos os dias da semana, sendo permitida apenas a utilização de equipamentos e brinquedos de uso individual, desde que realizada a assepsia após o uso por cada pessoa, ficando proibido o compartilhamento de brinquedos e demais objetos.
– Parques, em todos os dias da semana, permitida exclusivamente a prática de atividades esportivas coletivas ou individuais ao ar livre, com uso de máscaras, observado o distanciamento social.
– Das 6h às 22h, em todos os dias da semana, para os seguintes estabelecimentos e atividades:
a) comércio varejista de hortifrutigranjeiros, quitandas, mercearias, distribuidoras de bebidas, peixarias e açougues;
b) mercados, supermercados e hipermercados;
c) panificadoras, padarias e confeitarias de rua;
d) restaurantes e lanchonetes, inclusive na modalidade de atendimento de buffets no sistema de autosserviço (selfservice);
e) comércio de produtos e alimentos para animais;
f) feiras livres e de artesanato;
g) concessionárias de veículos em geral;
h) lojas de material de construção;
i) comércio ambulante de rua;
j) estabelecimentos destinados a eventos culturais, tais como circos, teatros, cinemas e museus (não podem ultrapassar 50% da capacidade de público);
k) estabelecimentos destinados a eventos sociais e atividades correlatas, tais como casas de festas, de eventos ou recepções, incluídas aquelas com serviços de buffet (podem funcionar com a restrição da capacidade máxima de até 50 pessoas).
Nesses estabelecimentos é permitida a disponibilização de música ao vivo, ficando proibido o funcionamento de pista de dança.
Nos espaços de prática de atividades esportivas coletivas, localizados em praças e demais bens públicos ou privados, incluídos os condomínios e áreas residenciais, ficam proibidos o consumo e a comercialização de alimentos e bebidas.

Serviços e atividades que devem funcionar com até 50% da capacidade

Hotéis, resorts, pousadas e hostels.

Serviços e atividades que devem funcionar com restrição de horário de atendimento e com até 50% da capacidade

Serviços de call center e telemarketing: a partir das 9 horas, exceto aqueles vinculados aos serviços de saúde ou executados em home office.

Fonte: https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/curitiba-prorroga-decreto-da-bandeira-amarela-ate-a-proxima-quarta-feira/57920#:~:text=A%20Prefeitura%20de%20Curitiba%20publica,dias%20de%20medidas%20mais%20restritivas.

Grupo terá a união de empresários, campanha publicitária e todo o resultado é focado na vacinação pública

Henrique Gomes Batista 08/02/2021 – O GLOBO

SÃO PAULO – Um grupo de empresários e entidades, capitaneados por Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, e seu Grupo Mulheres do Brasil, está lançando o Unidos pela Vacina, movimento que visa facilitar a chegada do imunizante contra a Covid-19 a todos os brasileiros até setembro.

Diferente do movimento empresarial anunciado em janeiro, que queria comprar vacinas doando ao menos metade das doses ao SUS e retendo a outra parte para seus funcionários, o objetivo desta iniciativa é resolver os entraves da vacinação pública, apoiando o Sistema Único de Saúde.

“O nosso objetivo é vacinar todos os Brasileiros até setembro deste ano. Sim, vacina para todos até setembro deste ano! A gente não discute política, não procura culpado.

A gente discute sim, como levar a vacina até todas as pessoas do nosso país”, escreveu Trajano em uma rede social ao apresentar o logotipo da campanha, desenvolvida por Nizan Guanaes.

O movimento planeja várias frentes, como facilitar a aquisição e produção de insumos, como seringas e agulhas, e ajudar na fabricação dos imunizantes, com o auxílio na logística e solução de problemas da Fiocruz e do Instituto Butantan.

— Queremos usar nossa experiência, nossa força, para ajudar a destravar os problemas. Por exemplo, coisas que pelo rito normal demoraria um mês, queremos solucionar em 15 dias — afirmou Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil.

O ponto mais visível da atuação, contudo, será uma campanha publicitária em prol da vacina, que será veiculada em todo o país, em parceria com redes de TV. A ideia é reduzir a resistência à vacina, em um primeiro momento, e depois dar esclarecimentos práticos de como tomar o imunizante.

— Tem muita gente jogando contra, muitas pessoas com resistência à vacina, precisamos esclarecer isso — afirmou Cesar.

Durante a semana haverá a apresentação formal do grupo, com as ações e medidas que serão tomadas. Algumas entidades, como a Federação Nacional de Bancos (Febraban) devem apoiar a iniciativa.

Economistas afirmam que a vacinação é fundamental para a retomada da economia, além da questão sanitária. O Itaú Unibanco, por exemplo, informou na semana passada que se o ritmo de vacinação for lento, o crescimento do PIB neste ano será metade do previsto.

Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/luiza-helena-trajano-lanca-movimento-para-levar-vacinas-todos-os-brasileiros-ate-setembro-24873777?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstarde?newsletterLink

O 5G vai promover experiências de consumo e ganhos de eficiência para lojas

MARCOS GRACIANI EVT DIG AMANHA 03/02/2021 Revt. Amanha Digit.

“Poderemos até mesmo entender se determinado estado de humor do consumidor resulta em melhor ou pior conversão de compra e como oferecer um atendimento baseado nisso”, prevê Vinicius Porto de Oliveira, diretor de P&D do Magalu

O 5G vai promover a revolução não só no e-commerce, mas no varejo como um todo ao habilitar casos de uso voltados a ganhos de eficiência, criação de novos modelos de negócios e melhor experiência do consumidor. Os brasileiros se sentirão dentro de um dos episódios dos Jetsons, seriado que antecipou o surgimento de tablets, TVs de tela plana e robôs que faziam limpeza. Os clientes poderão visualizar informações dos produtos usando meio de realidade virtual e aumentada pelo smartphone ou óculos próprios. O consumo de vídeos 360° e experiências holográficas, em tempo real e em qualquer lugar, será comum para conhecer um produto que se deseja comprar.

A “internet dos sentidos” é outra promessa do 5G: será possível ter experiências táteis com dispositivos que poderão ser vestidos pelas pessoas. Pelo mundo, o 5G já anda mudando a rotina de alguns privilegiados. Na China, os shopping centers vêm adotando o sistema para conectar câmeras de segurança por reconhecimento facial, gerenciar sensores para análise de fluxo de clientes e orientar campanhas de publicidade. No Brasil, há redes varejistas que já contemplam em seu planejamento estratégico a adoção do 5G. É o caso da Magazine Luiza, que, do Paraná para baixo, tem mais de 200 lojas. “As possibilidades são inúmeras, mas no fim todas convergem para oferecer uma melhor experiência aos nossos consumidores e fornecedores. A tecnologia é apenas uma camada que irá viabilizar essa experiência excepcional”, comemora Vinicius Porto de Oliveira, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento do Magalu, nome que a marca passou a adotar em suas campanhas desde meados do ano passado. Oliveira antecipa vários usos que a rede fará com a tecnologia, como a “datificação das lojas”, dados mais acurados do que aqueles encontrados atualmente no meio digital. “Poderemos até mesmo entender se determinado estado de humor do consumidor resulta em melhor ou pior conversão de compra e como oferecer um atendimento baseado nisso”, conjectura.

Aliás, a comunicação hiperlocal e totalmente customizada com o consumidor dentro da loja será uma realidade, permitindo oferecer descontos para diferentes grupos de clientes, de acordo com seu perfil de compra e localização dentro da loja, ou oferecer recomendações personalizadas a cada cliente através do reconhecimento deles. Cruzar o histórico de navegação na web com o histórico de compra e criar uma experiência mais personalizada, por exemplo, fará parte da estratégia dos vendedores. Falando neles, a conexão entre todas as equipes do ponto de venda será muito natural. “Uma prateleira autônoma poderá se comunicar com o estoquista, ou mesmo um robô de reposição, indicando o baixo nível de determinado item, providenciando a recolocação automática e evitando perda de venda por ruptura”, antevê o diretor de P&D da “Amazon brasileira”, comparação que ganhou por basear suas vendas on-line no marketplace, modelo em que não são ofertados apenas produtos vendidos pelo próprio Magazine Luiza, mas também de outras empresas.

A logística será outra ponta de lança do Magalu com o 5G. Acelerar – e melhorar – a automatização dos centros de distribuição com uso de robôs será uma das primeiras providências. Otimizar rotas e ajustá-las em tempo real, de modo que a entrega seja feita o mais rapidamente possível, também está nos planos de Oliveira. Como será possível conhecer a demanda em tempo real, ficará muito mais fácil a tarefa de adequação do mix de produtos ofertados em cada uma das mais de 1 mil lojas da rede varejista em todo o Brasil. Nem mesmo os Jetsons, em seus sonhos, imaginariam que a experiência de compra poderia ser tão assertiva – e, quem sabe, prazerosa.

Fonte:https://amanha.com.br/categoria/tecnologia/varejo-os-sentidos-na-vitrine

Antes, depósitos seriam feitos em março – Mudança impacta 6,9 milhões de pessoas site PODER DOUGLAS RODRIGUES 05.fev.2021 (sexta-feira) –

O governo decidiu antecipar em 1 mês e 5 dias o pagamento do abono salarial, uma espécie de 14º salário a trabalhadores que ganham até 2 mínimos. Os recursos, que estariam disponíveis apenas em 17 de março, serão transferidos em 11 de fevereiro, junto com o pagamento daqueles nascidos em março e abril.

A decisão injeta um caminhão de dinheiro na economia (R$ 7,33 bilhões), o que ajuda a mitigar o problema causado pelo fim do auxílio emergencial. Ao menos 8,6 milhões de trabalhadores serão beneficiados.

A iniciativa é tida como viável pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Os recursos já estavam previstos no Orçamento e serão apenas desembolsados com antecedência.

O documento com o novo calendário foi publicado nesta 6ª feira (5.fev.2021) no Diário Oficial da União. A resolução é do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), responsável por operar políticas de amparo ao trabalhador.

“Se a pandemia persiste, vamos agir com a mesma precisão que antes”, disse Guedes na noite de 5ª feira, ao afirmar que medidas anticíclicas poderiam ser anuncias em caso de 2ª onda de covid-19. Em março de 2020, quando o coronavírus começava a se alastrar pelo país, a equipe econômica apresentou um cardápio de ações para suavizar a crise, o que incluía antecipação do calendário do abono salarial.

O presidente do Codefat, Francisco Canindé, que assinou a nova resolução, diz que medida é muito importante e veio em uma boa hora para o trabalhador. “O Codefat tem a prerrogativa de, sempre que possível –dentro das condições orçamentárias–, colaborar e antecipar benefícios”, afirmou ao Poder360.

QUEM TEM DIREITO A SACAR O ABONO?
quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2019;
ganhou, no máximo, 2 salários mínimos por mês, em média durante o ano-base;
está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos 5 anos;
é preciso que a empresa onde trabalhava tenha informado os dados corretamente ao governo.
O abono salarial é pago pela Caixa Econômica Federal para os funcionários do setor privado. E pelo Banco do Brasil para os servidores públicos. Caso os trabalhadores sejam correntistas nesses bancos, eles receberão o crédito em conta a partir de 9 de fevereiro.

O valor do benefício varia de R$ 92 a R$ 1.100, dependendo do período trabalhado formalmente em 2019.

Ao longo do ano, o governo deve gastar R$ 18 bilhões com o abono, o que deve beneficiar 21,6 milhões de pessoas, segundo a proposta orçamentária enviada ao Congresso. O número pode mudar, pois o texto ainda não foi aprovado pelos congressistas.

Em 2020, foram destinados R$ 19 bilhões ao programa, impactando diretamente 25 milhões de pessoas. Até 31 de dezembro, as regiões com mais saques foram:

Sudeste: 11,7 milhões (R$ 4,2 bilhões)
Nordeste: 5,4 milhões (R$ 2,8 bilhões)
Sul: 4,3 milhões (R$ 1,5 bilhão)
Centro-Oeste: 2,8 milhões (R$ 742,4 milhões)
Norte: 1,5 milhão (R$ 537,6 milhões)

Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/guedes-antecipa-abono-salarial-e-joga-r-73-bilhoes-na-economia-em-fevereiro/

Só comércio salva 2021, mas precisa de vacina ou auxílio, dizem analistas
João José Oliveira / Do UOL, em São Paulo /06/02/2021 04h00

RESUMO DA NOTÍCIA

· Economia brasileira neste ano depende principalmente do desempenho das atividades de serviços, dizem especialistas

· Mas para crescer, comércio, restaurantes, transportes e outras áreas de serviços precisam da vacina ou do auxílio emergencial, segundo economistas

· Agropecuária e mineração devem ir bem em 2021, mas participação desses setores no PIB é menor

O Brasil depende do setor de serviços em 2021 para retomar o crescimento sem tropeços, dizem economistas. Segundo eles, o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) do país só avança neste ano se houver retomada firme de vendas e emprego em comércio, salões de beleza, restaurantes, bares, transportes e outros segmentos de serviços.

O problema, afirmam economistas, é que essas atividades precisam da população imunizada contra o coronavírus, ou, caso a vacinação seja lenta, do auxílio emergencial prorrogado. Até o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz isso. Segundo os especialistas, os setores da agropecuária e da mineração, que vendem grãos, carnes e metais para o exterior, devem ir bem neste ano. Mas são atividades que não possuem participação suficiente na economia brasileira para atuarem como motor de arranque nessa volta da pandemia.

Se país não melhorar já, só em 2024, pois eleição para tudo, diz agência

O crescimento do Brasil em 2021 deve ficar na casa de 3,5%, segundo o boletim Focus, levantamento semanal feito pelo Banco Central com economistas. Mas considerando que o PIB brasileiro deve ter fechado 2020 com uma retração de 4,5%, o avanço neste ano nem sequer recupera o terreno perdido no ano da pandemia.

E o crescimento econômico do Brasil vai desacelerar em 2022, para 2,5%. O que se torna ainda mais grave levando em consideração que o mundo vai crescer, na média, mais de 5% neste ano, destaca o economista PhD pela University of Kent at Canterbury, Reino Unido, e diretor-geral do Ibmec São Paulo e Brasília, Reginaldo Nogueira.

Por que o setor de serviços é fundamental para a economia em 2021? O setor de serviços representa mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e, por isso, dizem economistas, tem a capacidade de espalhar uma retomada de crescimento econômico mais rapidamente para o restante dos setores.

Ele está em cada quarteirão de todas as cidades, grandes ou pequenas, do salão de beleza ao grande shopping center, passando pelos transportes, operadoras de telefonia, bares, restaurantes, educação e saúde. Por isso, é uma área que emprega muita gente, também com vagas para pessoas com as mais diferentes qualificações e formações. Quando o setor de serviços vai bem, o emprego aumenta, a renda cresce, o consumo anda e a roda da economia gira.

Não tem como gerar crescimento e empregos se o setor de serviços não crescer de forma acelerado em 2021 e também em 2022. Mas esse setor é o que mais sofre quando temos que voltar atrás com as restrições da pandemia.
Reginaldo Nogueira, diretor-geral do Ibmec São Paulo e Brasília

Por que setor de serviços precisa da vacinação ou do auxílio emergencial? O setor de serviços é o que mais sofre com as medidas de isolamento social e restrição à circulação das pessoas.

Shopping centers, escolas, bares, restaurantes, hotéis, academias, entretenimento – tudo fecha ou tem que trabalhar com atendimento limitado enquanto a população não for vacinada, afirma o economista Nelson Marconi, coordenador executivo do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo da Fundação Getulio Vargas. Por isso, diz, a retomada do crescimento neste ano depende tanto da vacinação.

Mas aparentemente a pandemia vai se estender, e a vacinação no Brasil vai demorar este ano todo. Ou seja, o impacto da pandemia sobre a retomada das atividades de serviços vai ocorrer durante todo o ano. Assim, nosso PIB deve crescer pouco, algo como 1% ou 1,5%. Mas, se houver uma extensão do auxílio emergencial, isso pode ajudar os setores de serviços e até o da construção civil.
Nelson Marconi, coordenador executivo da FGV-SP

O agronegócio pode ajudar o Brasil em 2021? O setor do agronegócio deve manter em 2021 o ritmo de crescimento alcançado em 2020, apontam economistas. A retomada da atividade no exterior, em especial na China, vai garantir compradores para produtos brasileiros, como soja, minério de ferro e carne.

O campo é um dos setores mais fortes da economia brasileira, líder mundial na produção de grãos e metais, e também um dos menos afetados pelas medidas de isolamento social. Mas a participação dessas atividades no PIB brasileiro é pequena, na casa de 10%.

Se tivesse que apostar em um setor que vai ter desempenho acima da média e ajudar o PIB, eu iria com agricultura. Mas levando em conta o tamanho da participação dessa atividade na economia, o crescimento do PIB em 2021 terá que vir mesmo do setor de serviços.
Sillas de Souza Cezar, professor da Faap

Indústria pode ajudar o PIB brasileiro em 2021? O dólar valorizado, estacionado acima de R$ 5,00, pode ajudar a produção da indústria brasileira que usa poucos componentes e insumos importados.

Mas para setores que dependem de itens comprados do exterior para fabricar o produto final, o real fraco segue sendo um problema. O fechamento de empresas aqui, como a Ford, são exemplos disso, diz o economista Nelson Marconi, da FGV.

Indústria de bens de capital deu sinais positivos em 2020, muito em cima da demanda da agricultura, mas teremos um baque forte no setor automobilístico, em especial por conta da Ford.
Nelson Marconi, economista da FGV

Construção civil não tem força para puxar o PIB? A construção civil é parte da indústria que não depende de insumos importados, ou seja, não sofre tanto com o dólar caro. Além disso, os juros baixos estão ajudando o setor. Isso explica por que a construção civil conseguiu retomar as vendas em 2020, apesar da pandemia, que fechou stands de vendas e restringiu lançamentos.

O problema do setor da construção civil em 2021 é que ele precisa agora de mais consumidores – e isso depende da volta do emprego, afirma o economista Otto Nogami, professor do Insper, economista pela FEA/USP.

A construção civil cresceu por causa dos juros baixos e dos preços que estavam defasados depois de dois anos de recessão, o que gerou a demanda. Mas esse é um movimento de fôlego curto, se a base de compradores não crescer. E isso depende do aumento do emprego no país.
Otto Nogami, professor do Insper

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/02/06/brasil-vai-patinar-em-2021-se-setor-servicos-nao-decolar-dizem-economistas.htm#:~:text=O%20Brasil%20depende%20do%20setor,crescimento%20sem%20trope%C3%A7os%2C%20dizem%20economistas.&text=O%20problema%2C%20afirmam%20economistas%2C%20%C3%A9,lenta%2C%20do%20aux%C3%ADlio%20emergencial%20prorrogado.

Os Pequenos Negócios têm prazo prorrogado para 15 de fevereiro, de adesão e regularização de pendências junto ao SIMPLES.

Os donos de micro e pequenos negócios que faturam até R$ 4,8 milhões por ano terão mais tempo – até 15 de fevereiro, para regularizar pendências na adesão ao Simples Nacional. O resultado dos pedidos de opção que estavam com pendências será divulgado dia 25 de fevereiro, e a guia do Simples relativa a janeiro poderá ser quitada até 26/02/2021. A solicitação é feita exclusivamente pela internet, por meio do portal do Simples Nacional. Com o pedido aceito, a adesão retroagirá ao dia 1º de janeiro.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esse sistema é uma grande vantagem para os donos de pequenos negócios, pois unifica oito impostos em uma única declaração mensal e reduz a carga tributária. “Na declaração, a empresa diz quanto faturou no mês anterior, como foi esse faturamento, se foi Comércio, Indústria ou Serviço e o sistema calcula automaticamente os oito tributos e gera uma guia única para pagamento”, explica. As empresas que estavam no Lucro Presumido ou Lucro Real e tiveram queda muito grande no faturamento em 2020, por causa da pandemia do Coronavírus, também poderão aderir ao Simples.

Outra inovação para esse ano, é que atendendo um pedido do Sebrae, excepcionalmente em 2021, o governo federal não excluiu do Simples Nacional as micro e pequenas empresas inadimplentes em 2020. Dessa forma, os pequenos negócios, já optantes pelo sistema, não precisam fazer nova opção neste ano, uma vez que a empresa somente sairá do regime quando excluída, seja por comunicação do empresário ou de ofício, por decisão do governo.

Simples
a
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Esse sistema de tributação abrange o IRPJ, o CSLL, o PIS/Pasep, o Cofins, o IPI, o o ICMS, ISS e a Contribuição Patronal Previdenciária para a Seguridade Social (CPP). O recolhimento é feito por um documento único de arrecadação que deve ser pago até o dia 20 do mês seguinte àquele em que houver sido auferida a receita bruta.

Fonte: http://www.pr.agenciasebrae.com.br/sites/v/index.jsp?vgnextoid=a52d063be5f47710VgnVCM1000004c00210aRCRD&vgnextfmt=default

O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta terça-feira (2) que o parecer sobre a reforma tributária deverá contemplar aspectos de todas as propostas em análise (PECs 45/19 e PEC 110/19 mais o PL 3887/20, dentre outras) no Congresso Nacional.
O tema, segundo ele, está entre as prioridades legislativas deste ano, como a reforma administrativa (PEC 32/20). A agenda, no entanto, dependerá de acordos entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o Colégio de Líderes.

“Tem um conjunto de matérias importantes”, disse Ricardo Barros em entrevista nesta terça-feira (2). “O governo quer votar tudo, inclusive privatizações, porque não há razão nenhuma para não tramitar tudo junto.”

Orçamento – Segundo o líder do governo, o presidente da Câmara, gostaria que a proposta de Orçamento para 2021 (PLN 28/20) fosse apreciada o mais rápido possível. Para isso, é necessário antes a instalação da Comissão Mista de Orçamento.

“A CMO depende do presidente do Congresso Nacional [senador Rodrigo Pacheco]. Mas é possível instalar e votar antes do final de março, folgado. Aqui, quando se quer, é tudo muito rápido”, afirmou Ricardo Barros. (ACN).

Fonte: https://contraponto.jor.br/proposta-de-reforma-tributaria-vai-unificar-textos-diz-lider-do-governo/

Folha de S.Paulo 29 Jan 2021 Larissa Garcia

Com o aumento na demanda por crédito em meio à pandemia, o endividamento das famílias junto aos bancos alcançou 50,3% em outubro, maior nível da série histórica, iniciada em janeiro de 2005.

O dado, divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Banco Central, considera o estoque dos financiamentos da família com relação à sua renda em 12 meses. O nível de endividamento passou de 50% pela primeira vez.

O comprometimento da renda mensal do brasileiro com parcelas de empréstimos, por sua vez, chegou a 21,7% e se igualou a setembro de 2015, quando o percentual tinha sido o maior.

Para Fernando Rocha, chefe do departamento de estatísticas do Banco Central, o nível não é necessariamente preocupante.

“É um tema que deve ser observado, de educação financeira, mas os níveis de inadimplência permanecem baixos. Ter passado para 50% não é indicativo de problema”, avalia.

Em 2020, até outubro, o endividamento cresceu 5,4 pontos percentuais, e o comprometimento de renda aumentou 1,7 ponto.

Ao excluir financiamento imobiliário, linha de longo prazo que normalmente consome maior percentual da renda das famílias, o endividamento chega a 29,3%, e o comprometimento, a 18,9%.

Como o dado considera uma média móvel trimestral, há uma defasagem de três meses em sua divulgação, por isso, o dado mais recente disponível é o de outubro.

Segundo a mesma pesquisa do BC, a inadimplência ficou em 2,1% em dezembro, menor valor da série, com redução de 0,1 ponto no mês e 0,8 ponto no ano.

O auxílio emergencial, que terminou em dezembro, e as renegociações das parcelas de empréstimos promovidas pelos bancos durante a pandemia, de acordo com o Banco Central, evitaram os calotes.

Fonte: https://www.pressreader.com/brazil/folha-de-s-paulo/20210129/281844351307090

O número de endividados no país chegou ao maior patamar em 11 anos em 2020, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O percentual de famílias com pendências financeiras subiu 2,8 pontos percentuais no ano passado em comparação com 2019. Fechou aos 66,5%.

Os dados foram publicados nesta 6ª feira (29.jan.2021). Eis a íntegra (423 MB).

O endividamento chegou a alcançar 67,5% em agosto e, desde então, teve início uma trajetória de queda.

O período foi marcado pela pandemia de covid-19, que teve impacto no número de desempregados do país. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14 milhões de pessoas procuravam emprego no trimestre de setembro a novembro.

Passe o cursor para visualizar os valores no gráfico abaixo:

A CNC publica mensalmente a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) com as médias de famílias com pendências financeiras. Apesar de ter registrado o maior percentual em 11 anos, subiu menos do que em 2019, quando registrou alta de 3,3 pontos percentuais contra 2018. Na prática, o crescimento do endividamento desacelerou.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os impactos negativos do surto de covid-19 ao longo do ano impuseram a adoção de medidas de recomposição da renda, como o auxílio emergencial, e de estímulo ao crédito, como forma de manter algum nível de consumo pelos brasileiros. Ele afirmou que a taxa básica de juros, a Selic, que está em 2% ao ano, também contribuiu para manter o controle financeiro das pessoas.

“Em conjunto com a redução dos juros ao menor patamar da história e com a inflação ao consumidor controlada em níveis baixos, estas ações [de auxílios emergenciais] forneceram às famílias condições de ampliar a contratação de dívidas e renegociar as já existentes”, afirmou Tadros.

A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso cresceu 1,5 ponto percentual. Chegou a 25,5% na média do ano.

“Houve sucessivas altas ao longo do ano, com o percentual atingindo o maior nível da história em agosto, com 26,7%. Porém, esta porcentagem passou a cair durante o 2º semestre, influenciada pelo conjunto de medidas de combate à pandemia que ajudaram os consumidores com relação à capacidade de pagamento de parte das contas e dívidas”, afirmou Izis Ferreira, economista da CNC.

O percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar os débitos no mês seguintes cresceu 1,4 ponto percentual de 2019 para 2020. Subiu para 11% na média anual.

Fonte: poder 29/01/2021 Hamilton Ferreira