Redação O Antagonista

 

Economia 10/10/23 10:23

Setembro registrou queda nas vendas no varejo de 1,6%, em comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com o ICVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado). Esse é o terceiro mês consecutivo de declínio nas vendas. O número está deflacionado, isto é, corrigido pela inflação do período. Em termos nominais, ou seja, considerando apenas a receita das vendas sem levar em conta a inflação, houve um crescimento de 2,5% em setembro.

Os três principais setores do varejo – Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços – tiveram queda simultânea. O setor de Bens Duráveis e Semiduráveis registrou uma redução de 1,7%, sendo afetado principalmente pelo desempenho negativo do segmento de materiais para construção. O setor de Bens Não Duráveis teve uma retração de 1,1%, influenciado principalmente pelos negócios de livrarias, papelarias e afins. O setor de Serviços, por sua vez, teve as vendas reduzidas em 2,9%, sendo o segmento de Bares e Restaurantes o principal responsável por esse resultado negativo.

Na contramão, destaca-se o desempenho positivo do segmento de Supermercados e Hipermercados. De acordo com Carlos Alves, vice-presidente de Produtos e Tecnologia da Cielo, a performance do segmento evitou um resultado ainda pior. “A queda efetiva de preços praticados nas  gôndolas, especialmente a de carnes, estimulou o consumo das famílias“, explicou. “Sem a performance de Supermercados e Hipermercados, o resultado do ICVA seria mais negativo”.

Além disso, fatores relacionados ao calendário também tiveram influência na queda do varejo em setembro. O mês contou com um sábado adicional, dia de grande movimento no comércio, e uma quinta-feira a menos.

Em relação à inflação, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou um aumento de 0,35% em setembro. O aumento do preço da gasolina e de outros combustíveis foi o principal responsável pelo impacto inflacionário. Considerando a inflação do varejo ampliado, acumulada em 12 meses até setembro, observou-se um índice de 4,2%.

Analisando as diferentes regiões do país, considerando o ICVA deflacionado e ajustado pelo calendário, os resultados foram os seguintes em relação a junho de 2022: Sudeste (-1,7%), Sul (-3,4%), Centro-Oeste (-3,7%), Norte (-4,1%) e Nordeste (-5,2%). Já em termos nominais e também com ajuste de calendário, os resultados foram: Sudeste (+2,1%), Sul (+1,4%), Centro-Oeste (+0,4%), Norte (+0,3%) e Nordeste (-1,2%).

No terceiro trimestre de 2023, as vendas no varejo registraram uma queda de 1,5%, descontada a inflação, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. No entanto, em termos nominais, ou seja, sem levar em conta a inflação, o faturamento teve um crescimento de 1,6%.

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