Empresa deve apresentar alta de dois dígitos no lucro em meio a resultados do quarto trimestre a serem divulgados nesta quinta-feira

Loja da Renner: empresa é uma das varejistas preferidas de investidores na bolsa, com alta de quase 200% em três anos (Germano Lüders/EXAME)
São Paulo — A última linha do balanço da Renner deve voltar a crescer após dois trimestres de queda. É o que esperam analistas para esta quinta-feira, quando a empresa divulga resultados de seu quarto trimestre e do acumulado de 2019.
A expectativa é de lucro líquido ajustado de 546 milhões de reais entre outubro e dezembro, alta de 24% em relação ao mesmo período de 2018, segundo consenso de analistas. O faturamento deve subir 25% em comparação com o ano anterior, indo a 3,2 bilhões de reais no quarto trimestre.
Se a previsão for confirmada, a empresa fecha o acumulado do ano com faturamento de cerca de 8,8 bilhões de reais (alta de 17% ante 2018) e lucro de 1,1 bilhão de reais (alta de 10%).
Anteriormente, no segundo e no terceiro trimestres, o lucro havia caído 14% e 3%, respectivamente. Parte da perda vem dos altos investimentos que a empresa vem fazendo para sua transformação digital, que começou em 2018 e se intensificou no ano passado.
Mais de 500 lojas físicas foram conectadas ao e-commerce, produtos ganharam etiquetas eletrônicas e consumidores passaram a poder finalizar a compra através do tablet de vendedores. Tudo isso em meio a um ano de transição, já que a Renner teve em 2019 seu primeiro semestre sem o lendário ex-presidente José Galló, que deixou a empresa em abril após mais de 20 anos.

A Renner briga em um mercado fragmentado das varejistas “de nicho”. Analistas do banco BTG Pactual escreveram em relatório de janeiro que redes como Renner, C&A e Riachuelo devem brigar por somente 20% do varejo, enquanto as grandes varejistas que vendem de tudo tendem a dominar quase 80% — como Magazine Luiza, Mercado Livre, Via Varejo e B2W.
Embora menor, o mercado dos especialistas em moda passou de 110 milhões de reais em 2019, segundo a consultoria Euromonitor. O varejo físico cresceu em 2% entre 2014 e 2018 e deve crescer outros 9% até 2024.
O comércio eletrônico, embora tenha dobrado de tamanho nos últimos quatro anos, segue tendo somente um sexto do tamanho das vendas físicas (com previsão de chegar a 11% em 2024). Assim, vencerá neste segmento quem melhor conseguir entregar as duas ofertas, com processo multicanal para experimentar (ou devolver) nas lojas roupas compradas online.
A Renner é uma das principais apostas dos analistas pare chegar lá. A empresa é a líder no varejo físico de moda no Brasil, com 7,5% do mercado, à frente das principais concorrentes C&A e Riachuelo, segundo a Euromonitor. Desde 2017, a ação da empresa subiu quase 200%.
Na Renner, só no ano passado, o preço do papel subiu 46%, mesmo com a queda no lucro. Há espaço para um pouco mais, dizem os analistas, que colocam a ação a preço alvo na casa de 60 reais, ante 57,20 reais no pregão desta sexta-feira 5. Se continuar fazendo a lição de casa para ser uma das vencedoras no mundo digital — e se a economia brasileira ajudar, após números fracos no varejo em 2019 –, esse valor pode continuar crescendo.

fonte:Por Redação EXAME 6.2.20

Versão infantil da Farm, a marca Fábula se expande com a abertura de lojas pop-ups

Fábula, loja de roupas (Fábula/Divulgação)
Conhecida pela roupas cheias de estampas, que permitem ver flores, carrinhos e toda sorte de bichos, a Fábula foi criada em 2009 como uma marca que inspira brincadeiras.
Fundada por Katia Barros e Marcello Bastos, é a versão infantil da carioca Farm, a primeira grife da dupla – desde 2010 as duas marcas fazem parte do portfólio do grupo Soma, dono também da Animale e da Cris Barros, entre outras.
Hoje com 17 lojas, todas próprias, a Fábula traçou um plano de crescimento baseado na abertura de unidades pop-ups. A principal vantagem delas é o custo, que equivale a cerca de 30% do investimento necessário para uma loja padrão.
“Esse formato permite testar a receptividade da clientela local e comprovar se é proveitoso ou não investir naquele ponto de forma fixa”, explica Marcello Bastos.
A comunicação visual das pop-ups é mais simples e o tamanho delas, um pouco menor. Mas as coleções ofertadas não mudam. A grife também dispõe de um e-commerce e comercializa suas peças por meio de 300 lojas multimarcas. afabula.com.br

fonte: Por Daniel Salles Publicado em 5 fev 2020, 07h00 / Exame

O valor foi arrecadado através da Campanha de Natal do Shopping Mueller

Para completar as atividades e potencializar as ações da Escola Especial Nilza Tartuce, o Shopping Mueller entregou para a entidade um cheque no valor de R$22 mil arrecadados através da Campanha de Natal. O valor destina-se à adequação e ampliação dos atendimentos realizados pela escola.

Segundo a vice-diretora da entidade, Ana Maria Lima Zem, o valor doado será revertido para a finalização da reforma da casa, adquirida em 2015, ampliando o atendimento para outras crianças. A doação também será usada com despesas relativas à segurança, como a instalação de telas protetoras, extintores, alarme e placas de sinalização, além de completar o mobiliário da unidade. “Há cerca de 15 anos, o Mueller ajuda a potencializar o nosso trabalho. É muito nítido o interesse pelo desenvolvimento social do entorno do shopping e a preocupação com causas sociais, vistas através das diversas ações que o empreendimento realiza com a nossa instituição”, destaca a vice-diretora da Escola Especial Nilza Tartuce.

O valor foi arrecadado entre os dias 13 de novembro e 24 de dezembro, por meio dos ingressos cobrados para andar no carrinho com trilhos, que percorria a decoração de Natal do Shopping Mueller. Cada criança doava R$2 para participar da atividade, que agora foi revertido para a Escola Especial Nilza Taturce. “Para o Mueller é gratificante realizar ações que ajudam a desenvolver o trabalho social de instituições da cidade. É uma forma de retribuir todo o apoio que o shopping tem da sociedade quando realizamos nossas ações internas”, agradece a superintendente do Mueller, Daniela Baruch.

 

Precisamos resgatar a parceria, porque temos algo em comum: o consumidor. As indústrias estão pensando muito nelas mesmas. Esquecem que nos supermercados enfrentam seus concorrentes e que suas vendas podem crescer. A indústria precisa trazer condições de igualdade na negociação para todos os varejistas. Isso é importante. Também precisa reduzir a ruptura na entrega, que gira em torno de 10%. Está muito alta. O fornecedor tira um pedido de 100 caixas, mas entrega 90. Entendemos que existe um problema estrutural que envolve liberação de matérias-primas importadas, comprometimento das indústrias nacionais de insumos, cálculos mais realistas de demanda, etc. Toda a cadeia tem de ser mobilizada na mesma direção. Todos precisam entender que o foco é o consumidor. É dele que dependemos.

fonte:
https://www.savarejo.com.br/portal/Principal/arquivos/Revista/243/upload/SA_2020_01_lowres.pdf

Trabalho informal atinge maior contingente desde 2016, com 41,1% da população ocupada
Diego Garcia
RIO DE JANEIRO
O desemprego no Brasil caiu para 11% no último trimestre de 2019, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (31).

Essa é a menor taxa do quarto trimestre desde 2015, quando atingiu 8,9%.

O resultado coincide com a expectativa dos economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam que a taxa desemprego atingisse 11%.

Marcado pelo Natal e início do verão, o país tinha 11,6 milhões de pessoas que buscavam emprego no último trimestre do ano –número 7,1% menor em relação ao trimestre anterior, o equivalente a 883 mil pessoas.

O índice de desemprego caiu tanto na comparação com o trimestre encerrado em setembro quanto ante o período de outubro a dezembro de 2018.

A média anual de desemprego ficou em 11,9%, um recuo comparado ao ano anterior, quando ficou com 12,3%.

“Porém, na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhões em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos”, disse o IBGE.

Foram 12,6 milhões de desocupados em média no ano de 2019, um recuo de 1,7%, ou 215 mil pessoas a menos, em relação a 2018.

O trabalho informal atingiu seu maior contingente desde 2016 no Brasil, com 41,1% da população ocupada, ou o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, apesar da estabilidade com relação a 2018.

“Houve um aumento de 0,3 ponto percentual e um acréscimo de um milhão de pessoas”, disse Adriana Beringuy, analista da Pnad.

Para o economista e professor da faculdade Fipecafi Samuel Durso, trata-se de uma “uberização” dos postos de trabalho, o que é preocupante.

“Temos uma mudança na forma como os trabalhos estão ocorrendo. De uma forma mais genérica, podemos falar de uma ‘uberização’ dos postos de trabalho em vários setores, com o advento da tecnologia e outras possibilidades de atuação e flexibilização de trabalho, que acabam gerando algumas alterações nas formas de contratação e emprego. Isso é preocupante na medida que o trabalhador informal tem menos segurança”, analisou o professor Samuel Durso.

A economista Victoria Santos Jorge, da Ativa Investimentos, também vê com preocupação os dados de trabalhadores informais.

“Essa informalidade elevada contribui de forma ruim para a situação previdenciária do país, já que esses trabalhadores não contribuem de forma regular, o que acaba acarretando uma maior redução da população ocupada que efetivamente colabora para a Previdência”, disse a economista.

Thiago Xavier, economista da Tendências Consultoria, foi outro que projetou crescimento em 2020, o que deve intensificar o ritmo e a qualidade da retomada do mercado de trabalho.

“Nesse contexto, a população ocupada deve crescer, ainda que com menores incrementos por volta da segunda metade do ano, explicado tanto pelo efeito nível, contingente já elevado de pessoas com algum trabalho como pela composição, pois esperam-se migrações dentro da ocupação, com destaque para a formalização de pessoas que já trabalhavam. Tal cenário também é favorável à alta adicional dos rendimentos”, analisou Xavier.

Em dezembro, o número de trabalhadores com carteira assinada registrou 33,7 milhões, um aumento de 1,8% com relação ao trimestre anterior, enquanto o número de trabalhadores por conta própria ficou em 24,6 milhões, 782 mil pessoas (3,3%) a mais do que o fim de 2018.

“Houve um crescimento expressivo do emprego com carteira assinada, o que não ocorria desde o início da série, em 2012. Mas, ainda que o crescimento no quarto trimestre seja um dos maiores da série, ainda é cerca de 3 milhões inferior ao recorde da série, de 2014, com 36,7 milhões”, disse a analista Adriana Beringuy.

A categoria dos empregados sem carteira assinada ficou em 11,9 milhões, estável em relação ao trimestre anterior, mas com acréscimo de 367 mil pessoas (3,2%) na comparação com o mesmo período de 2018.

“Pela primeira vez desde o início da crise, houve uma aceleração da queda da taxa de desemprego e do número de desalentados ao mesmo tempo”, apontou Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV (Fundação Getulio Vargas).

Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foi o grupo de atividade que teve maior aumento no contingente de ocupados na comparação com o trimestre anterior, com acréscimo de 376 mil pessoas (2,1%).

Por outro lado, houve redução de 178 mil pessoas (2,1%) no grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.

Já na comparação com o último trimestre de 2018, o maior aumento de pessoas ocupadas foi na indústria, com 388 mil (3,3%) trabalhadores a mais. Alojamento e alimentação foi o que teve maior crescimento percentual, com 5,2%, ou 282 mil pessoas.

O rendimento médio foi de R$ 2.340 no trimestre encerrado em dezembro, permanecendo estável. A média anual ficou em R$ 2.330, com variação de 0,4% em relação ao ano anterior.

A ​massa de rendimento cresceu 1,9% ma comparação com o trimestre anterior e ficou em R$ 216,3 bilhões. Já a média anual subiu 2,5% em relação a 2018, chegando a R$ 212,4 bilhões.

O economista Luca Klein, da 4E Consultoria, espera que o setor formal do mercado de trabalho apresente resultados mais robustos nas próximas divulgações, agora no ano de 2020.

“Os dados do Caged no segundo semestre já sugerem uma recuperação mais intensa, dinâmica que deve se estender para 2020. Logo, esperamos que tal desempenho venha a impactar positivamente a renda, de maneira a favorecer com mais ênfase também o consumo”, disse o economista Luca Klein.

Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil encerrou 2017 com mais demissões do que contratações.

Em dezembro, o saldo de emprego formal ficou negativo em 328.539 vagas, de acordo com informações obtidas pela Folha.

Luca Klein também considerou positiva a taxa de subutilização da força de trabalho, que marcou queda de 0,8% com relação ao ano anterior.

“Com o segundo recuo seguido nessa métrica, a população subutilizada não recuava desde o final de 2014, o que pode indicar uma recuperação mais robusta do mercado de trabalho. Ainda assim, a taxa média de subutilização em 2019 ficou apenas marginalmente inferior à do ano anterior, 24,2% contra 24,3%.”, disse o economista.

Pequenos negócios criaram 731 mil vagas – Resultado é 22% superior ao de 2018.

Os pequenos negócios dominaram a criação de empregos em 2019. As micro e pequenas empresas abriram 731 mil vagas formais enquanto as médias e grandes foram na contramão: fecharam 88.000 postos com carteira assinada.

Considerando os dados de 2007 a 2019, os pequenos negócios criaram 12,4 milhões de vagas. Enquanto isso, médias e grandes empresas perderam 1,5 milhão. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram compilados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
A criação de vagas formais em micro e pequenas empresas no ano passado representou o melhor saldo em 5 anos. O resultado foi 22% superior ao de 2018, quando o setor criou 599 mil empregos com carteira assinada.

EMPREGOS EM 2019
Já considerando o saldo geral, o Brasil criou 644.079 empregos formais em 2019, segundo o Ministério da Economia. O número representou o melhor resultado em 6 anos. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados em 24 de janeiro.
Em 2013, o saldo de postos de trabalho com carteira assinada foi de 1,12 milhão.

fonte: Poder 1.2.20 – RAFAEL BARBOSA

Crescimento de 3,9, entre as famílias de renda mais elevada

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses cresceu 3,9% em janeiro na comparação com o primeiro mês de 2019. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). O indicador ficou em 114,8 pontos no estado e ficou acima da média nacional, de 97,1 pontos. Na variação mensal, houve leve redução de 0,2%.
O MELHOR JANEIRO
A Intenção de Consumo das Famílias teve o melhor janeiro dos últimos cinco anos, com alta de 26% neste período. Os motivos para essa elevação são a perspectiva profissional, que cresceu 10,9% na variação anual, bem como o nível de consumo atual, que subiu 9,0%. A segurança no emprego atual, renda atual e acesso ao crédito também tiveram melhora considerável em comparação com janeiro do ano passado. Como consequência, a avaliação sobre se este é um bom momento para compra de bens duráveis, geralmente de maior valor, também aumentou 1,2% na variação anual.
MAIOR PONTUAÇÃO
Observa-se que a ICF de janeiro tem maior pontuação entre as famílias com rendimentos mensais acima de dez salários mínimos, com 122,4 pontos. Já entre as famílias com renda abaixo desse patamar, o indicador marca 113,2 pontos.

fonte:janeiro 31, 2020 – Notícias blog Prof. Aroldo

Se for aprovado no colegiado, o PLS poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para análise no Plenário do Senado. (Imagem: Agência Brasil/Ana Volpe)
Está pronto para votação na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) um projeto que proíbe a imposição, pelas lojas de departamentos, do pagamento da fatura de cartões de sua própria emissão unicamente em guichê dentro do estabelecimento.
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 374/2017 é da senadora Kátia Abreu (PDT-TO) e inclui a medida no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 1990). Se for aprovado no colegiado, o PLS poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para análise no Plenário do Senado.
Segundo a senadora, muitas lojas de departamentos concedem descontos e vantagens para quem opta pelo uso de seus cartões, mas, em contrapartida, exigem que o pagamento da fatura seja feito somente no estabelecimento, obrigando o cliente a retornar à loja. Para Kátia Abreu, a obrigação é um fator que busca induzir o cliente a fazer novas compras. Pelo texto, passa a ser abusiva a cláusula com essa imposição.

Pelo texto feito por Kátia Abreu, passa a ser abusiva a cláusula com essa imposição(Imagem: Gabriel Matos/Senado Federal)
O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou voto favorável ao projeto. Ele entende que a proposição protege o consumidor e não exige obrigações excessivas do fornecedor.
“Trata-se de proposição branda e equilibrada, que não prejudicará a atividade econômica. O mínimo que deve ser exigido do fornecedor é não dificultar a vida do consumidor. A proposição, ressalte-se, não está impondo qualquer medida desproporcional ou de difícil cumprimento”, destaca Renan em seu parecer.

fonte:Por Agência Senado 28/01/2020 –

Otimismo é registrado em todos os setores e inclui novos investimentos e criação de postos de trabalho

Vista de Maringá: nessa cidade e região, maiores expectativas
Os empresários paranaenses do comércio iniciaram o ano mais otimistas, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). A 37ª Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, Serviços e Turismo, relativa ao primeiro semestre de 2020, mostra que 69,0% dos empresários do estado têm expectativa favorável para o período. Na edição anterior, referente ao segundo semestre de 2019, o percentual de expectativa favorável foi de 59,3%, e para o primeiro semestre de 2019 era de 73,2%.
MAIS A FAVOR
Houve redução na parcela do empresariado com expectativa desfavorável, que era de 19,4% na última edição da pesquisa e baixou para 11,4% para este primeiro semestre do ano. A proporção de empresários que demonstram incerteza com relação ao futuro dos negócios também caiu, passando de 17,0% para 15,2% com opinião indefinida. Os indiferentes correspondem a 3,9% neste semestre, ante 4,3% no segundo semestre de 2019.
COMÉRCIO X SERVIÇOS X TURISMO
Na comparação entre os três setores representados pela Fecomércio PR, observa-se que todos apresentaram melhora no indicador de otimismo em comparação ao semestre anterior, principalmente o varejo, em que as expectativas favoráveis passaram de 54,3% no 2º semestre de 2019 para 70,7% para o 1º semestre de 2020.
Mas o setor mais otimista continua sendo o turismo, com 76,9% de opiniões positivas, percentual bastante semelhante ao registrado no 2º semestre do ano passado, quando 76,4% dos empresários se mostravam confiantes.
O setor de serviços possui 64,9% de empresários confiantes, ante 59,0% na edição anterior do estudo.
INVESTIMENTOS E CONTRATAÇÕES
No 2º semestre do ano passado, apenas 33,8% dos gestores tinham planos de investimentos. Este é o melhor percentual de investimentos desde 2014, quando 52,0% dos empresários planejavam promover melhorias em suas empresas. As áreas que devem ser priorizadas são reforma e modernização (44,3%), publicidade (38,3%) e nova linha de produtos (30,7%). Investir na capacitação da equipe (26,5%), aperfeiçoar a área de informática (21,8%) e abrir novos pontos de venda (15,5%) também devem ser objetos de investimentos.
Os empresários também estão dispostos a fazer mais contratações neste 1º semestre: 34,6% dos empresários pretendem abrir novos postos de trabalho, aumento considerável em relação ao semestre anterior, quando apenas 16,8% pretendiam ampliar o quadro funcional.
Neste semestre, as empresas que planejam manter o número de colaboradores correspondem a 39,7% e as que pretendem reduzir são apenas 5,9%.
DIFICULDADES PREVISTAS PARA O 1º SEMESTRE/2020
As principais dificuldades apontadas pelos empresários paranaenses foram a carga tributária, com 47,3%, seguida pela instabilidade econômica (38,2%), clientes descapitalizados (33,0%) e custo das mercadorias (27,6%). No decorrer das pesquisas realizadas pela Fecomércio PR, a carga tributária e a instabilidade econômica vêm alternando posições entre os principais entraves das rotinas empresariais.
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ÁREA DE ABRANGÊNCIA
A pesquisa da Fecomércio PR avaliou seis regiões do estado. Todas, sem exceção, se mostram mais otimistas do que na edição anterior da pesquisa. A maior expectativa favorável está entre as empresas das regiões de Maringá (82,4%) e Sudoeste (80,8%), que acreditam que o primeiro semestre de 2020 será muito positivo. Na sequência estão as regiões de Ponta Grossa (78,9%), Oeste (76,0%) e Londrina (69,0%). Por último, mas com percentual de otimismo crescente, está Curitiba e Região Metropolitana, com 67,4%.
(fonte: Fecomercio) blog Prof Aroldo janeiro 29, 2020

A advogada Vanessa Canado, assessora especial do ministro Paulo Guedes (Economia) na área tributária, disse ao Poder360 que o projeto de lei para criar 1 IVA (Imposto sobre Valor Agregado) federal será enviado em duas semanas ao Congresso. Unirá PIS e Cofins, com alíquota única de 11% a 12%.
Embora não tenha sido fixada uma data para o texto ser enviado, a segunda semana de fevereiro é o prazo mais provável, segundo Vanessa Canado. A próxima, em que o Congresso voltará aos trabalhos depois do recesso, deverá ser reservada para a organização dos trabalhos. O projeto de lei já está pronto e passa por pequenos ajustes. A faixa em que deverá ficar a alíquota já havia sido mencionada pelo secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes, no fim do ano passado.
A maior parte das empresas paga hoje 3,65% pelos 2 tributos. Em compensação ao aumento da carga, poderão deduzir o que pagaram com insumos. Haverá 1 rearranjo na economia.
Obras, por exemplo, terão mais pré-moldados. Ela nega que isso desempregará, prevendo que os empregos sejam transferidos de 1 de tipo de empresa para outro. No exemplo da construção civil, trabalhadores migrariam do canteiro de obras para fábricas. Com isso, o governo espera que a produtividade da economia aumentará. “O Brasil construirá prédios tão rapidamente quanto a China”, afirmou.
O setor de serviços se queixa de que terá aumento da carga tributária porque as empresas têm poucos insumos a serem deduzidos. “O princípio é a isonomia. A tributação não pode induzir a comprar mais produto ou mais serviço”, disse a assessora especial de Guedes. Ela admitiu que alguns preços poderão aumentar, mas prevê que outros serão reduzidos.
Segundo Vanessa Canado, o governo estará aberto a participar das discussões com quem defende alíquotas diferenciadas. “A gente precisa discutir o que precisa ser diferente. A Apple é muito mais uma empresa de serviços do que de mercadorias. Nossa 1ª preocupação é não perpetuar 1 estado de instabilidade e insegurança jurídica no Brasil. São as diferenciações que causam o ambiente complexo e ruim de hoje”, disse.
IR ATÉ ABRIL
A ideia do governo é mandar até abril projeto para mudar o Imposto de Renda, tributando dividendos e reduzindo a alíquota sobre empresas. Proposta sobre a tributação da folha salarial poderá seguir no 1º semestre. O IPI será tratado nas PECs (propostas de emenda à Constituição) que tramitam na Câmara e no Senado.
Já o imposto sobre transações não está em discussão por ora, afirmou Vanessa Canado. Ela disse não saber se ou quando será discutido.

fonte: 29.jan.2020 (quarta-feira) – 6h00 PODER