REDAÇÃO AMANHA
20/09/2022

Cada negativado deve, em média, R$ 3.630,64

Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (39,4%) estavam negativados em agosto de 2022 – o equivalente a 63,7 milhões de pessoas. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em agosto deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de julho para agosto, o número de devedores cresceu 0,7%.

O presidente da CNDL, José César da Costa, projeta que a melhora de alguns índices do país e a aproximação do período de contratações de trabalhadores temporários para o final do ano podem trazer um cenário mais positivo. “Alguns índices no cenário macroeconômico tiveram melhora, como aumento do PIB, diminuição do desemprego e liberação de retroativos de auxílio emergencial, mas a inflação alta, especialmente com relação aos alimentos, continua impactando no orçamento das famílias. Por outro lado, estamos próximos das contratações de final de ano e do pagamento do 13º dos trabalhadores, o que geralmente traz alívio para o bolso dos endividados”, diz Costa.

Cada negativado deve, em média, R$ 3.630,64. Bancos são os principais locais de dívidas dos inadimplentes. A especialista em finanças da CNDL, Merula Borges, aponta a necessidade de se ter uma reserva financeira, mesmo que pequena, para os momentos de crise ou emergência. “Nosso indicador de reincidência mostra que em agosto, do total de negativações, 82,6% foram de devedores reincidentes. Além disso, o tempo médio para pagamento da dívida é superior a 10 meses, ou seja, muitos entram na inadimplência, levam muito tempo para sair e em pouco tempo acabam retornando a essa situação. Mais que um desajuste pontual ou caso isolado, este fato retrata a existência de problemas mais sérios. Renda baixa, inflação e desemprego altos, crise econômica mundial, falta de educação financeira são pontos que ajudam a explicar essa situação. Mesmo com uma renda menor, é fundamental se organizar para ter uma reserva e conseguir acomodar gastos urgentes em períodos difíceis”, destaca a especialista em finanças.

O Banco Central (BC) elevou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do PIB passou de 1,7% para 2,7%. A projeção consta do relatório de inflação, publicação trimestral do BC. “A surpresa no crescimento do segundo trimestre, os resultados iniciais do terceiro, e estímulos não contemplados no relatório de inflação anterior – notadamente o aumento do valor do benefício do Auxílio Brasil e o arrefecimento da inflação, resultante, em grande medida, da redução de tributos sobre combustíveis, energia e serviços de comunicação – são os principais fatores para a revisão”, explicou o BC. O último relatório foi divulgado em junho.

No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,2% em relação ao trimestre anterior, puxado pelo aumento do consumo das famílias, a retomada dos serviços presenciais e o avanço dos transportes de carga e de passageiros. Foi o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado. Segundo o BC, uma nova expansão deve ser registrada no terceiro trimestre de 2022, “mas em magnitude menor do que a observada nos últimos três trimestres”.

Entre os componentes da oferta, a previsão de alta para a indústria foi alterada de 1,2% para 2,4%, com melhora nas previsões para todos os setores, com exceção da indústria extrativa. Em serviços, a estimativa foi revista de 2,1% para 3,4%, com elevação nas estimativas de crescimento para todos os setores, exceto para serviços ofertados pelo governo. Em sentido oposto, a projeção para a agropecuária foi alterada de alta de 2,2% para estabilidade, em linha com revisões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentaram ligeira redução nas projeções para a produção de grãos e forte recuo na previsão para cana-de-açúcar. No mesmo sentido, as expectativas para a pecuária foram reduzidas, refletindo dados mais recentes de produção de carne, leite e ovos disponibilizados pelo IBGE.

Com relação aos componentes domésticos da demanda, houve elevação nas projeções para o consumo das famílias, de 1,7% para 3,9%, e para a formação bruta de capital fixo das empresas, de queda de 2,7% para queda de 0,4%, e redução na projeção para o consumo do governo, de 1,8% para 0,7%. As exportações e as importações de bens e serviços, em 2022, devem variar, na ordem, 1,5% e queda de 2,5%, ante projeções respectivas de 2,5% e queda de 4% no relatório de inflação anterior. Pela primeira vez, o BC trouxe a projeção para o PIB de 2023. A estimativa é de crescimento de 1%, “sob influência da esperada desaceleração global e dos impactos cumulativos da política monetária doméstica”.

Inflação
A inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2022 em 5,8%, no cenário com taxa de juros (Selic) em 13,75% ao ano e câmbio partindo de R$ 5,20. No relatório anterior, em junho, a projeção era 8,8%. A meta para 2022, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% de inflação, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior 5%. Para 2023 e 2024, o CMN estabeleceu meta de 3,25% e 3% para o IPCA, respectivamente, também com 1,5 ponto percentual de tolerância.

No relatório de junho, o BC reconheceu oficialmente o estouro da meta deste ano, mas, agora, reduziu essa probabilidade. “Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a redução da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2022, que passou de próximo de 100% no relatório anterior para cerca de 93% neste relatório, e o aumento da probabilidade para 2023, de cerca de 29% para em torno de 46%”, aponta o relatório.

Segundo o BC, a inflação acumulada em quatro trimestres atingiu o pico de 11,9% no segundo trimestre deste ano, e deve cair de forma significativa nos trimestres seguintes. Especificamente para a revisão para baixo de 2022, o relatório destaca, entre outros, o efeito das reduções de tributos federais sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. Já a elevação das projeções para 2023 – de 4% para 4,6% – resultou, justamente, da hipótese de retorno das tributações sobre combustíveis no início do ano que vem, além da depreciação cambial e de indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado.

Com as quedas recentes da inflação, o Banco Central encerrou o ciclo de elevação da Selic e manteve a taxa básica em 13,75% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada. Essa foi a primeira pausa nas elevações após 12 altas consecutivas, em um ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Entretanto, a instituição considera que a inflação ao consumidor continua elevada e sinalizou que “não hesitará” em retomar o ciclo de alta caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Esse é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação, porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-09/bc-eleva-projecao-de-crescimento-da-economia-de-17-para-27

As franquias de moda registraram um faturamento de R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre de 2022, 15,8% mais do que no mesmo período de 2021, mostra levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF). No semestre, a variação foi de 14,7% e o faturamento do segmento chegou a R$ 9,7 bilhões.

De acordo com a Pesquisa Trimestral de Desempenho referente ao período de abril a junho de 2022, o número de unidades no segmento cresceu 13,2% no segundo trimestre.

O desempenho das franquias de moda no período foi alavancado pelo maior fluxo de consumidores em shopping centers, nas ruas e centros comerciais, assim como o Dia das Mães, que tradicionalmente aquece as vendas no segmento.

Projetos de transformação digital que fazem a integração do físico com o digital também auxiliaram para que houvesse uma melhora nas vendas do varejo, com destaque para os canais de e-commerce e entrega de produtos via delivery.

Pandemia e transformação digital
Os resultados da rede infantil Calçados Bibi comprovam o bom momento do segmento. No primeiro semestre do ano, a marca registrou um crescimento de 53% na rede de lojas, considerando as nacionais e internacionais, em relação ao mesmo período de 2021.

 

O Grupo Bibi, que inclui a atuação das indústrias, localizadas em Parobé (RS) e Cruz das Almas (BA) para o atendimento das franquias, dos canais multimarcas e das exportações para mais de 70 países, teve um incremento de 56% no faturamento dos seis primeiros meses do ano.

 

Para o segundo semestre, a rede visa dar continuidade ao plano de expansão via franquias, no Brasil e em países da América Latina.

“Moda foi um dos setores que enfrentaram um grande desafio em 2020 e no primeiro semestre do ano passado, fazendo com que as empresas tivessem que se reinventar e inovar em um cenário de estímulo ao ficar em casa, o que, consequentemente, diminuiu a demanda por itens como roupas e calçados. Mas sabemos que, naturalmente, este setor é dinâmico e flexível, dando oportunidades para que possamos trabalhar com diferentes estações e mudanças de comportamento. Neste caso, como estávamos bem adiantados com os projetos de transformação digital, isso auxiliou de forma efetiva no atendimento ao consumidor por canais diferentes, proporcionando praticidade, conforto e toda a segurança necessária para o momento”, afirma a presidente da empresa, Andrea Kohlrausch.

Estratégia de expansão bem-sucedida
O diretor-executivo Comercial e de Marketing do Grupo Kyly, Claudinei Martins, diz que a meta da marca é abrir, ao menos, dez novas lojas físicas de roupas infantis Milon em diferentes regiões brasileiras, totalizando 93 pontos de venda. Hoje, os produtos da Milon são vendidos nas principais lojas multimarcas de todo o Brasil e em mais de 30 países.

“Nos últimos anos, contamos com uma estratégia de expansão bem-sucedida. Dessa forma, estamos presentes em todo o território nacional e visamos fechar 2022 com 93 lojas em operação, abertas em diferentes cidades. Além disso, a Milon vem ganhando cada vez mais espaço, relevância e destaques em diferentes canais em que atuamos, como as multimarcas, franquias e e-commerce, e por meio da exportação para diferentes países”, destaca.

A marca Milon está no mercado desde 2006 e tem sede e fábrica localizadas em Pomerode (SC). A abertura da primeira loja da rede foi em 2010, em Joinville, município do Estado catarinense. De lá para cá, a empresa adotou o modelo do franchising e, atualmente, conta com 83 lojas físicas em operação, sendo 52 franquias e 31 lojas próprias.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/12/09/2022/noticias-varejo/franquias-de-moda-faturam-r-49-bilhoes-e-crescem-158-no-segundo-trimestre/

O Banco Central (BC) divulga semanalmente o Relatório de Mercado Focus, que traz um resumo das projeções do mercado para a economia brasileira. Nos últimos três anos, diante do aumento da imprevisibilidade trazida pela pandemia do corona vírus, o relatório tem mostrado com frequência projeções muito distantes da realidade, especialmente no que diz respeito à inflação.

Após ter subestimado o risco de alta dos preços ao longo de 2020 e boa parte de 2021, o Focus agora parece ter sobrestimado a inflação, e vem reduzindo suas estimativas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano e o próximo.

No relatório divulgado no dia 3 de junho deste ano, o mercado projetava uma inflação de 8,89% em 2022. No relatório divulgado nesta segunda-feira (12), a projeção indica uma alta de 6,40% para o índice, contra 6,61% na semana anterior.

Além disso, as projeções para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) têm sido revisadas para cima, sinalizando que o país deve crescer mais do que o esperado neste ano.

O relatório divulgado em 3 de junho indicava que a economia brasileira cresceria 1,2% neste ano, enquanto os dados mais recentes apontam um crescimento de 2,39% – número que deve ser revisado ao longo das próximas semanas.

De forma geral, quanto mais distantes são as projeções, maior a chance de erro, especialmente se tratando de projeções econômicas. Há inúmeros fatores imprevisíveis -tanto internos quanto externos-, que exercem forte influência sobre os mercados.

Dessa forma, quanto mais próximas do final do ano, mais confiáveis são as projeções do Focus, uma vez que há menos fatores de imprevisibilidade no caminho.

Para 2022, podemos esperar uma inflação um pouco menos distante do teto da meta (atualmente em 5%), enquanto o PIB deve crescer na faixa de 2% a 2,5% no ano.

Longe de serem resultados impressionantes, esses indicadores ao menos trazem um pouco de alívio aos mercados, revelando que o Brasil conseguiu superar as perdas econômicas provocadas pela pandemia do coronavírus.

Para 2023, contudo, o cenário volta a ser de grande incerteza, principalmente devido à questão fiscal. Sem sinalizações claras da parte dos principais candidatos à Presidência de que não medirão esforços para garantir o cumprimento do teto de gastos e a perseguição ao superávit primário, fica mais difícil saber o que esperar para o futuro de nosso país.

Portanto, foco, por ora, nas projeções para este ano, e nas oportunidades que o mercado deve trazer ao longo dos próximos meses. Prefiro deixar as projeções sobre 2023 para depois do Carnaval -o Ano Novo não oficial do calendário político brasileiro.

Leia no ‘Investigando o Mercado’ (exclusivo para assinantes UOL, que possuem acesso integral ao conteúdo de UOL Investimentos): informações sobre o fim das negociações entre Petrobras e Prio para a venda do campo de Albacora.

Fonte: https://economia.uol.com.br/mais/levante/2022/09/12/newsletter-por-dentro-da-bolsa-12./

Não cabe ao Tribunal Superior do Trabalho alterar a abrangência de uma norma para alcançar situações que não estavam previstas no texto legislativo, principalmente quando a norma disciplina uma punição e, portanto, deveria ter interpretação restritiva.

Para STF, o TST não pode usurpar o poder sancionador do Legislativo 123RF

Esse foi o entendimento seguido pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal ao declarar a Súmula 450 do TST inconstitucional e invalidar todas as decisões não transitadas em julgado que tenham aplicado o entendimento.

A súmula do TST, de 2014, previa que o empregador era obrigado a pagar em dobro a remuneração de férias, inclusive o terço constitucional, sempre que o pagamento fosse feito fora do prazo de dois dias antes do descanso do trabalhador.

A súmula se baseava no artigo 137 da CLT, que prevê o pagamento em dobro quando as férias não são concedidas dentro do prazo de 12 meses desde que o direito foi adquirido. O TST ampliou esse entendimento para abranger também as situações de atraso no pagamento. O governador de Santa Catarina propôs Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra a súmula no Supremo.

O relator, ministro Alexandre de Moraes, havia extinto a ação, sem resolução do mérito. Para Alexandre, é incabível o emprego de ADPF contra enunciado de súmula de jurisprudência. O governador de Santa Catarina recorreu, e, por maioria dos votos, a pauta foi a Plenário.

Em seu voto, Alexandre destacou que, embora independentes, os poderes devem atuar harmonicamente, afastando as práticas de “guerrilhas institucionais”, não cabendo ao Poder Judiciário ser o poder sancionador.

“Assim, em respeito aos referidos núcleos axiológicos extraídos da Constituição Federal, a judicatura e os Tribunais, em geral, que carecem de atribuições legislativas e administrativas enquanto funções típicas, não podem, mesmo a pretexto de concretizar o direito às férias do trabalhador, transmudar os preceitos sancionadores da Consolidação das Leis do Trabalho, dilatando a penalidade prevista em determinada hipótese de cabimento para situação que lhe é estranha”, destacou Alexandre.

Segundo ele, no caso da ação, o Poder Judiciário estaria extrapolando sua reserva legal ao aplicar sanções, quando o legislador é que deveria tê-las previsto em lei. Seguiram o relator Dias Toffoli, André Mendonça, Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Nunes Marques.

O ministro Luiz Edson Fachin abriu a divergência. Preliminarmente, ele votou por não conhecer da ADPF, já que a súmula trata da CLT, que é norma infraconstitucional, fora da alçada do Supremo.

No mérito, considerou que não houve afronta à separação dos poderes, já que o Judiciário tem justamente a função de interpretar a base legal existente, formulando entendimentos e “adotando interpretação possível dentre mais de uma hipótese de compreensão sobre a matéria”. Acompanharam a divergência Cármen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.

Repercussão
O especialista em Direito do Trabalho e sócio do escritório Autuori Burmann Sociedade de Advogados Bruno Minoru Okajima destaca que mesmo antes da análise pelo STF, alguns ministros do TST já vinham considerando que o pagamento em dobro só deveria ser aplicado quando o atraso por parte do empregador não pudesse ser considerado ‘ínfimo’.

Assim, a própria Corte já estaria “limitando a aplicação do entendimento consubstanciado na Súmula 450 apenas aos casos em que as férias eram concedidas sem o pagamento ou com um atraso significativo”.

“Diante disso, o STF mais uma vez faz prevalecer o princípio da reserva legal e da separação de poderes, ao decidir que não cabe ao Poder Judiciário atuar como legislador, não podendo, especialmente, criar sanções não previstas em lei”, completou.

Para Fernando Bosi, especialista em Direito do Trabalho e previdenciário social e Sócio do Almeida Advogados, a decisão evidencia uma redução do poder normativo da Justiça do Trabalho. Segundo ele, o TST supria lacunas legislativas com a edição de súmulas e precedentes que não eram baseados em decisões anteriores, mas sujeitos às mudanças de composição da Corte.

“A decisão traz ainda mais à tona a atual intenção do Supremo em limitar cada vez mais a criação de legislações jurisdicionais pautadas em momentos de cada corte e possibilita pensarmos em decisões que seguirão o mesmo caminho”, apontou.

Em relação ao entendimento derrubado, ele ainda ressaltou que a reforma trabalhista trouxe a possibilidade de fracionamento das férias em três períodos, mediante acordo entre patrão e empregado, o que leva a atrasos eventuais, que “não podem acarretar em punição por empecilhos burocráticos”.

Fonte: https://www.conjur.com.br/2022-ago-09/stf-derruba-sumula-tst-atraso-pagamento-ferias

RIO – A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,2% em julho, atingindo 80,7 pontos e superando mais uma vez os resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores, durante o auge da pandemia de covid-19, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a entidade, todos os indicadores da pesquisa apresentaram aumento na comparação anual, mas a maioria desacelerou em relação a junho.

O destaque ficou por conta do indicador Renda Atual, que registrou alta de 2,4% contra junho e de 23,5% na comparação com julho do ano passado. O índice foi impulsionado principalmente pelas famílias que ganham até dez salários mínimos, segundo o presidente da CNC, Roberto Tadros.

“Os crescimentos sucessivos do rendimento real das famílias, apoiados pelas medidas de auxílio à renda, levaram à melhoria dessa percepção”, disse em nota o presidente da CNC.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,2% em julho, atingindo 80,7 pontos e superando mais uma vez os resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O indicador Nível de Consumo Atual apresentou o segundo maior crescimento mensal, de 2,1%, um avanço mais significativo do que o 1,2% registrado no mês anterior. Já esse incremento, segundo a análise, foi puxado pelas famílias com ganhos acima de dez salários mínimos, que, devido ao fato de possuírem mais recursos para compras não essenciais, contaram com um avanço de 2,9%.

Por outro lado, o menor crescimento do mês ficou por conta do índice Perspectiva de Consumo, que avançou apenas 0,2% em relação a junho.

A economista da CNC responsável pela análise, Catarina Carneiro, estima que as famílias devem seguir mais cautelosas em suas compras nos próximos meses, principalmente a parcela com renda abaixo de dez salários mínimos, grupo que obteve a única queda mensal (0,1%) neste item.

“Mesmo com o consumo atual avançando, o ambiente econômico com preços e juros mais altos motivou um cenário de moderação”, avalia Catarina Carneiro.

Segundo a CNC, os indicadores relacionados ao mercado de trabalho se destacaram positivamente em julho. O Emprego apresentou a maior pontuação do mês, 108,4, e a Perspectiva Profissional apareceu em seguida, em nível satisfatório, algo que não ocorria desde abril de 2020, registrando 100,3 pontos. Os números também indicaram que a maioria dos consumidores (45,3%) apresentou perspectiva positiva para o mercado de trabalho no próximo trimestre, fato também inédito desde abril de 2020.

Ainda segundo a pesquisa, a maior parte das oportunidades de emprego está sendo direcionada para os mais jovens, fornecendo novos rendimentos para esse grupo de consumidores. Com isso, a parcela de pessoas na faixa de idade abaixo dos 35 anos apresentou satisfação no indicador Renda Atual, levando-o a alcançar 102 pontos, enquanto o grupo acima dos 35 registrou 84,1 pontos.

Fonte: https://www.estadao.com.br/economia/auxilio-renda-consumo-cnc-npre/#:~:text=RIO%20-%20A%20Intenção%20de%20Consumo,Serviços%20e%20Turismo%20(CNC).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de julho com deflação de 0,68%, a menor taxa desde o início da série histórica, em 1980. No acumulado do ano, a inflação oficial está em 4,77% e em 12 meses ficou em 10,07%. Em junho, a inflação subiu 0,67%. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o gerente da Pesquisa, Pedro Kislanov, o índice foi pressionado pela queda no preço dos combustíveis, além da tarifa de energia elétrica. A gasolina caiu 15,48%, o etanol teve redução de 11,38% e o gás veicular ficou 5,67% mais barato.

“A Petrobras, no dia 20 de julho, anunciou uma redução de 20 centavos no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras. Além disso, tivemos também a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações”, ressaltou Kislanov.

Ele explicou que a redução nos combustíveis resultou em queda de 4,51% no grupo de transportes e teve reflexo também na habitação, que caiu 1,05% com a redução de 5,78% na conta da energia elétrica. Foram os dois únicos grupos com variação negativa no mês.

Além da redução da alíquota de ICMS sobre os serviços de energia elétrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou as Revisões Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras, reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/economia/audio/2022-08/ipca-tem-deflacao-de-068-em-julho-menor-taxa-da-serie-historica

Com o orçamento apertado, um em cada quatro habitantes no país não consegue pagar todas as contas no fim do mês. A constatação é de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, que aponta redução nos gastos com lazer, roupas e viagens.

De acordo com a pesquisa, sair do vermelho está cada vez mais difícil. Isso porque apenas 29% dos brasileiros poupam, enquanto 68% não conseguem guardar dinheiro. Apesar disso, 56% dos entrevistados acreditam que a situação econômica pessoal estará um pouco ou muito melhor até dezembro.

O levantamento também mostrou que 64% dos brasileiros cortaram gastos desde o início do ano e 20% pegaram algum empréstimo ou contraíram dívidas nos últimos 12 meses. Em relação a situações específicas, 34% dos entrevistados atrasaram contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas.

Outros hábitos foram afetados pela inflação. Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros pararam de comer fora de casa, 43% diminuíram gastos com transporte público e 40% deixaram de comprar alguns alimentos.

Entre os que reduziram o consumo, 61% acreditam na melhora das finanças pessoais nos próximos meses. O otimismo, no entanto, não se refletirá em consumo maior. Apenas 14% da população pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.

Pechincha

Entre os itens que mais pesaram no bolso dos entrevistados nos últimos seis meses, o gás de cozinha lidera, com 68% de citações. Em seguida, vêm arroz e feijão (64%), conta de luz (62%), carne vermelha (61%) e frutas, verduras e legumes (59%). Os combustíveis aparecem em sexto lugar, com 57%. No caso dos alimentos, a percepção de alta nos preços de itens como arroz, feijão e carne vermelha aumentou mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, em abril.

Com a alta dos preços, a população está recorrendo a um hábito antigo: pechinchar. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados admitiram ter tentado negociar um preço menor antes de fazer alguma compra neste ano. Um total de 51% parcelou a compra no cartão de crédito, e 31% admitiram “comprar fiado”. Os juros altos estão tornando o crédito menos atrativo. Menos de 15% dos brasileiros recorreram ao cheque especial, crédito consignado ou empréstimos com outras pessoas.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, os rescaldos da pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia comprometeram a recuperação econômica do país. A aceleração da inflação levou à alta dos juros, o que tem desestimulado o consumo e os investimentos. Em contrapartida, afirma Andrade, o desemprego está caindo, e o rendimento médio da população está se recuperando gradualmente, o que dá um alento para os próximos meses.

O levantamento, encomenda do pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa, é o segundo realizado no ano com foco na situação econômica e nos hábitos de consumo. Foram entrevistados presencialmente 2.008 cidadãos, em todas as unidades da Federação, de 23 a 26 de julho.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-08/inflacao-muda-comportamento-dos-brasileiros-mostra-pesquisa

O endividamento e a inadimplência das famílias brasileiras voltaram a subir e bateram recorde em julho, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (8) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Segundo o levantamento, 78% das famílias brasileiras estão endividadas, e 29% estão com contas atrasadas –​altas de 0,7% e de 0,5%, respectivamente, na comparação com junho. Os números são os maiores desde o início da pesquisa, em 2010.

Tanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos quanto as que recebem abaixo desse patamar viram o endividamento crescer no mês passado. Para os mais ricos, a obtenção dívidas cresceu 0,8%, enquanto no segundo grupo a alta foi de 0,6%.

Já a parcela dos inadimplentes que declararam não ter condição de quitar débitos ficou em 10,7% em julho, acima de junho (10,7%). Em julho de 2021 o resultado foi de 10,9%.

Esse grupo é composto principalmente por consumidores que não concluíram o ensino médio (13%), que também foram os que mais precisaram atrasar pagamentos no próprio mês de julho (33,3%).

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“A alta dos indicadores de inadimplência, após queda nos meses de abril, maio e junho, indica que as medidas extraordinárias de suporte à renda, como os saques extras do FGTS e a antecipação do 13º salário aos beneficiários do INSS, aparentemente tiveram efeito momentâneo no pagamento de contas ou dívidas já atrasadas, concentrado no segundo trimestre deste ano”, apontou em nota o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

A proporção de mulheres com dívidas aumentou 0,5 ponto percentual entre junho e julho, mas cresceu ainda mais entre os homens, 1,0 ponto. O público feminino é atualmente o mais endividado e, embora o endividamento venha desacelerando entre as mulheres nos últimos meses, no ano, o incremento na proporção de endividados foi maior entre as mulheres (+8,3 pontos percentuais).

O número de famílias endividadas no cartão de crédito caiu pelo terceiro mês em julho, movimento que novamente ocorreu entre os consumidores nos dois grupos de renda. Do total de endividados no país, 85,4% possuem dívidas no cartão de crédito, proporção que havia chegado a 88,8% em abril deste ano.

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/endividamento-das-famílias-bate-recorde-212900144.html

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou de forma expressiva a estimativa para o crescimento da atividade brasileira, neste ano, apesar das dificuldades enfrentadas pela economia global. Entretanto, passou a ver desempenho mais fraco em 2023.

Na revisão das estimativas em seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado hoje (26), o FMI passou a estimar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano em 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.

Para 2023, o relatório do FMI indica que a expansão da atividade será de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que o previsto em abril.

A estimativa do FMI, no entanto, ainda está um pouco abaixo da do governo, que calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2%, neste ano. A previsão do Ministério da Economia para 2023 é de 2,5%.

A melhora do cenário para o Brasil ajudou a impulsionar a projeção para o crescimento da América Latina e Caribe, com o FMI vendo agora aumento do PIB da região de 3% este ano, 0,5 ponto a mais do que no relatório anterior.

Mas da mesma forma, a estimativa para a América Latina e Caribe no ano que vem piorou em 0,5 ponto, para 2%.

Economia mundial

De acordo com as previsões do FMI, o crescimento do PIB global desacelerará para 3,2% em 2022, ante uma previsão de 3,6%, divulgada em abril.

O crescimento mundial se recuperou em 2021 para 6,1% depois que a pandemia da covid-19 esmagou a produção global em 2020 com contração de 3,1%.

“A perspectiva piorou significativamente desde abril. O mundo poderá em breve estar à beira de uma recessão global, apenas dois anos após a última”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em comunicado.

Entre os motivos que levaram o FMI a reduzir a projeção para o PIB mundial em 2022 em 0,4 ponto estão a inflação mais elevada em todo o mundo, desaceleração mais forte do que o esperado na China devido a novos surtos de covid-19 e repercussões negativas da guerra na Ucrânia.

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Para a China, o fundo cortou as perspectivas de crescimento em 1,1 ponto para 2022 e em 0,5 ponto para 2023, indo respectivamente a 3,3% e 4,6%.

“Os riscos para o cenário são predominantemente negativos. A guerra na Ucrânia pode levar a uma interrupção repentina das importações de gás da Rússia pela Europa; pode ser mais difícil reduzir a inflação do que o esperado se os mercados de trabalhos estiverem mais apertados ou se as expectativas de inflação desancorarem”, destacou o FMI.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/fmi-eleva-projecao-de-crescimento-do-pib-do-brasil-a-17-em-2022/