de Redação

 7 de abril de 2023

Apesar do crescimento expressivo do e-commerce, o comportamento de compra online diminuiu em alguns setores da economia, como eletroeletrônicos e equipamentos para computadores. Segundo levantamento feito pela Visa Consulting & Analytics, com base nas  compras online entre 2019 e 2022, os consumidores da América Latina e Caribe realizaram 112% mais transações no e-commerce em 2022.

“Apesar da queda da representatividade das compras online em categorias específicas de consumidores, percebemos que a preferência geral do consumidor da América Latina mudou para uma experiência de compra online mais digital, conectada e segura que em 2019″, conta Javier Vazquez, vice-presidente sênior e head da Visa Consulting & Analytics para a América Latina e o Caribe.

Vazquez destaca que as vendas pelo comércio físico voltaram a crescer, mas que os consumidores estão interessados em operações ominichannel

Os maiores aumentos no número de transações Visa realizadas no e-commerce, na comparação entre 2019 e 2022, ocorreram na Argentina, com crescimento acima de 200%, e Guatemala, Peru e Chile, acima de 100%. Brasil, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai, Equador e Panamá registraram tendência de crescimento superior a 50% nas compras online com credenciais Visa entre 2019 e 2022.

Já o ticket médio das compras online caiu em quase todos os países. Um dos motivos é a maior penetração nos serviços essenciais e cotidianos nas compras online. Os maiores tickets médios em 2022 foram registrados no Panamá, em Porto Rico e no Chile.

A análise foi realizada com base nos dados transacionais da VisaNet de janeiro de 2019 a dezembro de 2022, comparando o número de transações no ambiente online, de consumidores da Argentina, Brasil, Chile (exceto cartões migrados em 2019), Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Peru, Porto Rico, República Dominicana e Uruguai.

Com informações de Mercado&Tech powered by Infracommerce.

Da Redação terça-feira, 4 de abril de 2023 – MIGALHAS

Recentemente, o TST revisitou orientação jurisprudencial da Corte e decidiu, por maioria de votos, que o valor do descanso semanal remunerado majorado pelo pagamento habitual de horas extras deve repercutir, também, sobre outras parcelas salariais, como férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS. O novo entendimento, definido no julgamento de IRR – incidente de recurso repetitivo, deverá ser aplicado às horas extras prestadas a partir de 20/3/23.

 

A tese jurídica aprovada para o Tema Repetitivo 9, que orientará a nova redação da OJ 394, foi a seguinte:

 

  1. A majoração do valor do repouso semanal remunerado decorrente da integração das horas extras habituais deve repercutir no cálculo, efetuado pelo empregador, das demais parcelas que têm como base de cálculo o salário, não se cogitando de bis in idem por sua incidência no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS.

 

  1. O item I será aplicado às horas extras trabalhadas a partir de 20.03.2023.

 

Diante da importante decisão, Migalhas foi ouvir especialistas para esmiuçar o assunto.

 

Bis in idem

 

O ministro aposentado do TST e sócio-fundador do escritório Abdala Advogados, Vantuil Abdala, explica que o entendimento anterior previa que a majoração do repouso semanal remunerado (RSR), em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercutiria sobre essas parcelas, pois isso representaria dupla incidência (bis in idem).

 

“Agora, o Tribunal passou a entender que não há bis in idem, ou seja, não há uma incidência dupla pela mesma causa. Se entendeu que essa diferença de repouso semanal remunerado, na realidade, quando integra, passa a ter outra natureza, ela passa a ter natureza salarial, portanto, deve refletir em férias, 13º, aviso prévio e FGTS.”

 

Para não criar um passivo não esperado pelas empresas, os ministros decidiram pela modulação dos efeitos a partir de 20/3/23, aponta Abdala.

 

Assista à explicação:

 

Segundo o ministro aposentado, o julgado faz parte de uma filosofia crescente de evitar ao máximo possível o trabalho excessivo, além da jornada, tanto pelos malefícios que causa ao trabalhador, quanto por uma questão de mercado.

 

“Ao invés de se dar muitas horas extras para determinados empregados, seria melhor que se contratasse mais trabalhadores”, ressalta.

 

Confira:

 

Cálculo das horas

 

Sobre o cálculo a ser feito, Bruno Maciel, advogado e presidente na Advocacia Maciel, explica que com esse novo entendimento, através da OJ 394, as horas extras devem ser calculadas da mesma forma, porém tendo reflexos no pagamento de férias, 13º, aviso prévio e FGTS.

Assista:

 

Decisão acertada?

 

Ao ser questionado se a decisão do TST foi acertada, Maciel diz que não.

 

“No meu entender a mudança não foi acertada, pois se as horas extras habitualmente prestadas devem ser computadas no repouso semanal remunerado, não há fundamento legal para que o mencionado repouso enriquecido pela integração das horas extras reflita em outras verbas, sob pena de bis in idem.”

 

Veja:

 

Mais contido, o ministro Vantuil diz que “decisão judicial não se discute, cumpre-se”.

 

“Não cabe a mim dizer se a decisão foi acertada ou não. O que nós podemos lamentar é a alteração de jurisprudência.”

 

No entendimento do sócio-fundador do Abdala Advogados, deve-se evitar ao máximo a alteração de jurisprudência, a não ser que haja uma circunstância muito forte de mudança no estado de fato das coisas.

 

“Nesse sentido, eu acho que deve se lamentar sempre a modificação de uma jurisprudência já consagrada por muitos anos”, finaliza.

( MIGALHAS – link: https://www.migalhas.com.br/depeso/383844/entendimento-do-tst-do-repouso-semanal-gera-impactos-para-as-empresas)

Percentual de inadimplentes cai, mas parcela de famílias com atrasos acima de 90 dias é a maior em um ano. Entre as causas, estão juros altos e dificuldade de acesso a crédito barato

Publicado em 04/04/2023 10:30 • Por Luciana Neto site CNC

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou estabilidade no endividamento, no primeiro trimestre de 2023. O mês de março terminou com 78,3% das famílias endividadas, mesmo índice de fevereiro. Um dos destaques da pesquisa é o percentual de renda comprometida com dívidas, que se estabeleceu em 29,9% do rendimento das famílias e é o menor patamar desde fevereiro de 2020. O nível de inadimplência também caiu pela quarta vez consecutiva e atingiu 29,4% das famílias, uma queda de 0,4 ponto percentual (p.p.) em março.

No dia 23 de março, a economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira, apresentou estudos ao secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para auxiliar no desenvolvimento do programa Desenrola, que terá o objetivo de reduzir o endividamento e a inadimplência das famílias que ganham até dois salários mínimos. Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, “a Peic é, hoje, um dos principais diagnósticos da saúde econômica do Brasil, pois identifica quais os principais gargalos da melhoria das condições financeiras da população brasileira”. Para ele, a participação da CNC na construção do Desenrola é resultado da importância da pesquisa, iniciada em 2010 pela Confederação, e demonstra a preocupação da entidade com o desenvolvimento sustentável do País.

Superendividamento permanece estável

Do total de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa), 17,1% consideravam-se muito endividadas, indicador que também se manteve inalterado na passagem mensal, após duas altas consecutivas. “O endividamento dos consumidores vem apontando moderação desde outubro, cresceu entre janeiro e fevereiro, com orçamentos apertados pelas despesas típicas do início do ano, e encerrou o trimestre em estabilidade”, explicou Izis Ferreira.

Conforme a economista, a melhora da renda disponível com a evolução positiva do mercado de trabalho e a desaceleração da inflação atenuaram os indicadores de inadimplência, que fechou o trimestre em 29,7% das famílias. “Apesar disso, quem tem dívidas atrasadas há mais tempo continua com dificuldades de sair da inadimplência por causa dos juros elevados”, afirma Izis Ferreira. A Peic mostrou que a proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,5% do total em março, com ligeira queda de 0,1 p.p.  em relação a fevereiro, mas apresentou o maior nível desde novembro de 2020, no comparativo entre as médias trimestrais.

Mais pobres estão menos endividados

A redução da contratação de dívidas em março se deu entre os consumidores nas duas primeiras faixas de renda, de até três salários mínimos e de três a cinco salários mínimos. Nas faixas de maior renda, entre cinco e dez salários e acima de dez salários mínimos, a proporção de endividados cresceu. De acordo com Izis Ferreira, isso é reflexo de maior consumo de serviços pelos mais ricos.

O indicador de dívidas atrasadas também diminuiu na margem para os dois grupos considerados mais pobres, enquanto avançou entre os com renda entre cinco e dez salários mínimos. “O Bolsa Família com valores maiores e as contratações formais de pessoas com menor nível de escolaridade têm auxiliado as famílias de menor renda no pagamento de dívidas”, analisa a economista da CNC. Apesar disso, na comparação anual, a Peic demonstrou que o volume de famílias com dívidas atrasadas aumentou em todas as faixas de rendimento.

O percentual de consumidores com dívidas atrasadas de meses anteriores também encerrou o trimestre em queda entre os mais pobres, mas avançou 1,1 p.p. no ano. O índice cresceu na comparação anual apenas nas duas primeiras faixas de renda, de até cinco salários mínimos.

Comprometimento da renda com dívidas é o menor desde antes da pandemia

O comprometimento da renda com dívidas de todos os brasileiros caiu para 29,9% dos rendimentos: a cada R$ 1 mil, o consumidor gastou, em média, R$ 299 com o pagamento de dívidas em março. Esse valor é o menor desde fevereiro de 2020, antes da pandemia de covid-19.

Entre as famílias de menor renda, a redução da proporção dos endividados também foi acompanhada da queda do comprometimento da renda dessas famílias com dívidas. Os consumidores que recebem até três salários mínimos fecharam o trimestre dedicando 30,9% da sua renda para pagar dívidas, o menor percentual desde junho de 2021. A cada R$ 1 mil, eles gastaram R$ 309 para pagar dívidas com instituições financeiras.

Por outro lado, a parcela média da renda dos mais ricos comprometida com dívidas aumentou: foram 0,4 p.p. entre aqueles que recebem de cinco a dez salários mínimos, resultando em 29,4% da renda, e 0,3 p.p. entre os com mais de dez salários mínimos, com 27% comprometidos.

Cresce número de inadimplentes a mais de 90 dias

Mesmo com renegociações, a cada 100 consumidores com dívidas atrasadas, 45 chegaram em março com atrasos por mais de 90 dias. “Ou seja, quem tem dívidas atrasadas, acumuladas de meses anteriores, acaba com maior dificuldade de pagá-las, pois, com os juros mais altos, o valor da dívida aumenta mais ao longo do tempo”, comenta Izis Ferreira.

A economista aponta que a alta da proporção de consumidores com dívidas atrasadas por mais de três meses mantém aceso o alerta para a necessidade de renegociações e monitoramento do sucesso das dívidas renegociadas pelas instituições financeiras. Conforme ela, as concessões de crédito aos consumidores estão desacelerando, mas permanecem elevadas, e há uma deterioração da qualidade dos recursos que estão sendo contratados. As concessões de crédito, neste momento, estão concentradas e avançando no crédito rotativo de curto ou curtíssimo prazo (como cheque especial e cartão de crédito), sendo estas as que apresentam os juros mais elevados do mercado.

Essa foi uma das categorias que mais impulsionaram o crescimento da companhia no último ano

 de Redação  10 de abril de 2023 no Destaque do diaNotíciasVarejo

 

 

Dono das marcas O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice? e Truss, o Grupo Boticário ampliou investimentos em haircare, categoria que prospecta crescimento de mais de 16% até 2026 no Brasil, segundo dados da Euromonitor.

Essa foi uma das categorias que mais impulsionaram o crescimento da companhia no último ano. “Se comparado a 2021, praticamente todas as nossas marcas apontam um incremento de receita significativo no segmento capilar, na faixa de dois dígitos”, afirma Paulo Roseiro, diretor-executivo de Categoria Beauty do Grupo Boticário.

A recente aquisição de Truss, voltada para o tratamento em salões de beleza, amplia significativamente sua presença na categoria de cabelos, com um amplo portfólio de soluções para o consumidor e profissionais de beleza.

“A compra de uma marca capilar forte como Truss é uma etapa estratégica da companhia no fortalecimento constante do nosso ecossistema de beleza, que expande a presença do Grupo Boticário para novos mercados”, diz o executivo.

Outro exemplo é o House of Beauty, salão de cabeleireiros exclusivo na loja-conceito do Boticário em Pinheiros, São Paulo. O espaço é conduzido por um expert do segmento e que traz uma série de serviços exclusivos, com análise profunda da saúde dos fios e tratamentos elaborados sob medida.

Tecnologia e ciência como diferenciação  

As marcas do Grupo contam com o “Mapa de Futuro”, por meio do qual direcionam tecnologia e inovação, desde a criação das soluções até a experiência do consumidor na ponta, aliado às tendências mapeadas pelo futuro da beleza.

“É preciso estar constantemente atualizado para acompanhar a contínua evolução do mercado e se colocar à frente como protagonista. Por isso, atenção, pesquisa, desenvolvimento e tecnologia são os propulsores que possibilitam aliar as tendências mapeadas pelo futuro da beleza para entregar valor às marcas”, explica Marcela de Masi, diretora-excutiva de Branding e Comunicação do Grupo Boticário.

Com a utilização de inteligência artificial, a linha Eudora Siàge Hair-Plastia mapeou as principais necessidades capilares das brasileiras e combinou milhares de dados para entregar ativos como o Bio-Hialurônico e a exclusiva Biotecnologia Afinitté 4D, que eliminam a porosidade e devolvem a densidade dos fios, criando o efeito de plástica capilar.

A Quem Disse, Berenice? estreou sua linha capilar recentemente, com uma combinação de ingredientes em produtos que estimulam a GenZ a criar a sua própria forma de cuidar dos seus cabelos do seu jeito.

“A consumidora da GenZ se tornou nosso foco em Quem Disse, Berenice? por buscar tendências e inovações, além de conseguir se relacionar com os benefícios democráticos dos produtos. Nossa expectativa é levar a qualidade dos produtos já conhecida em outras categorias, trazendo como proposta, a linguagem disruptiva conectada com o posicionamento da marca”, comenta Marcela.

Por g1 – 24/02/2023

O rendimento domiciliar per capita do Brasil ficou em R$ 1.625 em 2022, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor é 18,8% maior que o rendimento médio nacional nominal registrado em 2021, de R$ 1.367.

O rendimento domiciliar per capita é calculado como a razão entre o total dos rendimentos domiciliares nominais e o total dos moradores de cada Unidade da Federação. São considerados tanto os rendimentos de trabalho como de outras fontes.

A maior renda per capita do país segue sendo a de moradores do Distrito Federal, que acumulam R$ 2.913 mensais. O pior resultado é do Maranhão, com R$ 814 per capita ao mês.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua). Essas estimativas servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.

Veja abaixo o rendimento nominal mensal domiciliar per capita por Unidade da Federação.

  • Rondônia: R$ 1.365
  • Acre: R$ 1.038
  • Amazonas: R$ 965
  • Roraima: R$ 1.242
  • Pará: R$ 1.061
  • Amapá: R$ 1.177
  • Tocantins: R$ 1.379
  • Maranhão: R$ 814
  • Piauí: R$ 1.110
  • Ceará: R$ 1.050
  • Rio Grande do Norte: R$ 1.267
  • Paraíba: R$ 1.096
  • Pernambuco: R$ 1.010
  • Alagoas: R$ 935
  • Sergipe: R$ 1.187
  • Bahia: R$ 1.010
  • Minas Gerais: R$ 1.529
  • Espírito Santo: R$ 1.723
  • Rio de Janeiro: R$ 1.971
  • São Paulo: R$ 2.148
  • Paraná: R$ 1.846
  • Santa Catarina: R$ 2.018
  • Rio Grande do Sul: R$ 2.087
  • Mato Grosso do Sul: R$ 1.839
  • Mato Grosso: R$ 1.674
  • Goiás: R$ 1.619
  • Distrito Federal: R$ 2.913

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/02/24/renda-domiciliar-per-capita-sobe-para-r-1625-em-2022-mostra-ibge.ghtml

REDAÇÃO 09/02/2023 AMANHA

As vendas no comércio varejista no país recuaram 2,6% na passagem de novembro para dezembro. É a segunda queda consecutiva do setor, que em novembro havia recuado 0,9%. Apesar disso, o varejo encerrou o ano no campo positivo, acumulando alta de 1%, o menor crescimento desde 2016 (-6,2%). Na comparação com dezembro de 2021, o setor variou 0,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. “Esse resultado acumulado no ano está muito próximo ao dos anos anteriores. Em 2021, por exemplo, houve ganho acumulado de 1,4%. Então em 2022 há um crescimento similar, mas ainda mais tímido. Além disso, é muito concentrado, em termos de variação, no setor de combustíveis e lubrificantes, que acumulou avanço de 16,6% no ano, uma distância grande para o acumulado dessa atividade em 2021 (0,3%)”, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Cinco das oito atividades pesquisadas fecharam o ano no campo positivo. Além de combustíveis e lubrificantes (16,6%), o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria (14,8%) também acumulou um aumento de dois dígitos em 2022. O pesquisador lembra que o setor de combustíveis começou uma trajetória de crescimento em julho do ano passado, quando houve mudança na política de preços dos seus principais produtos. “Com essas mudanças, essa atividade teve aumento significativo e, após aquele momento, teve quedas grandes. Em novembro, houve uma perda de 5,4% e o resultado obtido em dezembro intensificou ainda mais essa trajetória. Mesmo assim, o acumulado do ano para esse setor foi o maior da série histórica”, avalia Santos. Só no segundo semestre, o segmento de combustíveis e lubrificantes cresceu 27,8%.

No caso do setor de livros, o crescimento é associado ao retorno da circulação de pessoas e das aulas presenciais. Essa atividade não acumulava alta, frente ao ano anterior, desde 2013. “É um setor que acumula perdas ao longo dos anos, por causa do esvaziamento das lojas físicas, já que muitas pessoas deixaram de comprar produtos físicos dessa natureza. O que explica esse crescimento no ano é a venda de materiais didáticos em um momento de volta às salas de aula de forma presencial”, destaca o pesquisador. O setor de hiper e supermercados, que é o de maior peso na pesquisa, está há dois meses no campo negativo, mas encerrou o ano com ganho acumulado de 1,4%.

“Uma das explicações para esse crescimento é a queda de 2,6% no ano anterior. Em 2022, tivemos o efeito da inflação elevada sobretudo em alimentos, o que favorece mais esse setor que outros, já que muitos deixam de consumir outro tipo de produto para continuar comprando esses itens básicos, ainda que reduzam o dispêndio de forma geral. No último trimestre, tivemos também o efeito do aumento do Auxílio Brasil, alcançando as famílias de menor renda que tendem a usar o valor do benefício em hiper e supermercados”, analisa o pesquisador. Os outros dois setores que cresceram no acumulado do ano foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,3%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%).

Sobre a Pesquisa Mensal do Comércio
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação.

 

Fonte:https://amanha.com.br/categoria/brasil/vendas-no-varejo-fecham-2022-com-alta-de-1

REDAÇÃO  AMANHA 10/02/2023

Desaceleração do nível geral de preços e do desemprego foi neutralizada pela deterioração das condições de crédito e varejo avançou 1% em 2022

A expectativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de crescimento modesto do varejo neste ano, de 0,6%, em relação a 2022. No ano passado, o volume de vendas no comércio varejista brasileiro aumentou 1%, na comparação com 2021, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 2018, quando houve avanço de 2,3%, o volume de vendas no setor não conseguiu subir acima de 2%.

“Já era previsto que as medidas de estímulo ao consumo e à recomposição da renda, adotadas no ano passado, não seriam suficientes para acelerar o ritmo das vendas e tampouco deverão contribuir significativamente para o seu avanço em 2023”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “O dado positivo, é que 20 dos 27 estados tiveram crescimento, sendo que dez delas avançaram mais de 4%”. Na comparação com novembro de 2022, houve queda de 2,6% e, em relação a dezembro de 2021, houve variação positiva, pelo quinto ano consecutivo, na ordem de 0,4%.

Entre os segmentos, as maiores taxas anuais foram apontadas pelas categorias de combustíveis e lubrificantes (16,6%), de livrarias e papelarias (14,8%) e artigos farmacêuticos (6,3%). Os destaques negativos ficaram por conta dos ramos de utilidades domésticas (com queda de 8,4%) e de móveis e eletrodomésticos (redução de 6,7%). Nos dois casos, explica o economista da CNC responsável pela apuração, Fabio Bentes, houve influência do esgotamento do ciclo iniciado durante a crise sanitária, além da deterioração das condições de crédito.

Dificuldade de superar a pandemia
“Diante do frustrante resultado de dezembro, após 11 meses, o volume de vendas no varejo voltou a se situar abaixo do patamar observado imediatamente antes da decretação da pandemia de Covid-19 e ficou em queda de 1,1%”, constata Bentes. Dos 10 segmentos avaliados pelo CNC, seis ainda apresentam perdas em relação a fevereiro de 2020. As mais significativas foram observadas nos ramos de livrarias e papelarias, com redução de 38,3%, e de vestuário, calçados e acessórios, que registrou queda de 29,9%. Portanto, os desempenhos anuais do varejo em 2020 (aumento de 1,2%), 2021 (crescimento de 1,4%) e 2022 (avanço de 1%), embora semelhantes, devem ser explicadas por razões distintas. “Se, em 2020, a crise sanitária ditou predominantemente o ritmo das vendas, no ano passado, foi a deterioração das condições de consumo que justificou o seu fraco desempenho desde então”, analisa Bentes.

Severamente castigado pela crise sanitária, o comércio conseguiu crescer pelo sexto ano seguido a partir da normalização da circulação dos consumidores. “Por outro lado, o fraco desempenho das vendas ao longo de 2022 derivou de um cenário pouco propício à expansão das vendas”, pondera Bentes. De acordo com o economista, a desaceleração do nível geral de preços – o IPCA acumulado em 12 meses recuou de 10,1% para 5,8%, entre dezembro de 2021 e dezembro do ano passado – e o recuo no desemprego foram neutralizados pelo avanço dos juros e pelo elevado grau de comprometimento da renda.

Além disso, segundo o Banco Central, a taxa média de juros avançou de 45% para 55,8% ao ano – o maior índice em quase cinco anos. Esse movimento, associado ao comprometimento médio da renda com dívidas em nível recorde (28,2% em novembro de 2022), inviabilizou a aceleração do consumo a prazo, como tipicamente ocorre com os bens de consumo duráveis. “Diante das expectativas atuais quanto à inflação ao longo do corrente ano, a perspectiva é que as taxas de juros ao consumidor permaneçam elevadas”, estima Bentes. Além disso, a expectativa do crescimento da economia neste ano segue inferior a 1%, o que não deve estimular o reaquecimento do mercado de trabalho.

Raquel Brandão

Publicado em 9 de fevereiro de 2023, 19h45  / EXAME

O quarto trimestre da administradora de shoppings centers Multiplan (MULT3) concluiu o ano de 2022 com números recordes, refletindo a melhora do setor. De outubro a dezembro, o lucro líquido da companhia cresceu 11,9%, para R$ 239 milhões, impulsionado pelo avanço de 19% na receita bruta. No ano, o lucro líquido saltou nada menos que 69%, para R$ 769 milhões. A empresa também anunciou a troca de comando, com Eduardo Kaminitz Peres como novo CEO.

A receita líquida da companhia cresceu 15%, para R$ 512 milhões, enquanto, no ano, avançou 39,3%, para R$ 1,82 bilhão. Parte relevante desse avanço veio da venda de imóveis, mas a receita de estacionamento, de locação e de serviços, que são muito mais recorrentes, tiveram avanço importante: 49,9%, 34,9% e 37,7%, respectivamente.

 

Em 2022, as vendas dos lojistas terminaram o ano com um quarto trimestre recorde de R$6,3 bilhões, o que levou ao maior resultado anual já obtido pela companhia: R$20,0 bilhões. “O aumento de 37,1% vs. 2021, mais uma vez, reafirma a qualidade do portfolio da companhia. Todos os shoppings da Multiplan apresentaram um crescimento de dois dígitos sobre as vendas de 2021.” Quando comparadas com 2019, as vendas dos lojistas cresceram 22,8%.

Lucratividade

Apesar do avanço de 31%, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 374,56 milhões no quarto trimestre ficou abaixo da previsão do mercado. O BTG Pactual, por exemplo, previa um Ebitda de R$ 411,7 milhões. No ano, avançou 58%, para R$ 1,28 bilhão.

O resultado operacional líquido (NOI) da Multiplan aumentou 19,9%, para R$ 463,6 milhões. A margem NOI ficou em 89,6%, 1,5 ponto percentual acima do quarto trimestre do ano anterior. No ano, chegou a R$ 1,56 bilhão, 39,5% maior do que em 2021 e margem ficou 2,09 pontos maior em 87,9%. A margem NOI é um indicador de desempenho e eficiência para os imóveis que geram renda e muito observado pelos investidores do setor.

Lojas novas

No quarto trimestre, a Multiplan apresentou um turnover de 1,2% do total da ABL administrada (9.229
m2), o que corresponde a 107 novas lojas, todas elas lojas satélites.

O portfólio de shoppings centers da Multiplan apresentou uma taxa de ocupação média de 95,2% no trimestre, abaixo do quarto trimestre de 2021.

O custo de ocupação dos lojistas foi de 13,2% no quarto trimestre e 13,9% em 2022, aumentando leve aumento em comparação aos mesmos períodos de um ano antes.

“É válido ressaltar que, no quarto trimestre, o custo de ocupação dos lojistas atingiu o nível mais baixo do ano, mantendo a sazonalidade do quarto trimestre. As iniciativas bem sucedidas que centravam-se na redução dos encargos comuns, além das vendas mais elevadas, contribuíram para a redução da participação dos encargos comuns no custo de ocupação em todos os trimestres de 2022.”

 

Novo CEO

Com a troca de comando, sai José Isaac Peres, fundador da Multiplan, e entra Eduardo Kaminitz Peres como CEO. Eduardo entrou na companhia em 1988. Desde 2006, além de membro do conselho de administração, assumiu a vice-presidência de operações.

José Isaac assumirá a presidência do conselho da Multiplan e o atual chairman, José Paulo Ferraz do Amaral, seguirá como integrante. O assunto será votado em assembleia geral extraordinária (AGE) convocada para 3 de março.

Redação O Antagonista

09/02/23 09:56
Apesar do desempenho ruim no último mês de 2022, o índice fechou o ano com alta de 1%, segundo o IBGE

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O volume de vendas do comércio varejista caiu 2,6% em dezembro e registrou o segundo mês consecutivo de queda. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE.
Apesar do desempenho ruim no último mês de 2022, o índice fechou o ano com alta de 1%. Já em relação a dezembro de 2021, o avanço foi de 0,4%.

Segundo o IBGE, sete dos oito grupos pesquisados registraram atividade negativa, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (-6,1%), artigos de uso pessoal e doméstico (-2,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,6%) e móveis e eletrodomésticos (-1,6%). No comércio varejista ampliado – que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção – o comércio varejista teve alta de 0,4% em dezembro, mas acumulou queda de 0,6% em 12 meses.

Com renda de R$ 4.215 por habitante, Florianópolis lidera ranking da FGV Social, seguida por Porto Alegre. Curitiba é a quinta colocada

REDAÇÃO / AMANHA  14/02/2023

A capital catarinense encabeça o estudo feito pela FGV Social

 

Onde estão os mais ricos no Brasil? Como a pandemia afetou a desigualdade geral e a distribuição geográfica da riqueza da nação? Qual é a verdadeira desigualdade brasileira se levarmos em conta o topo da distribuição de renda que só o imposto de renda permite aproximar? Estas são algumas perguntas que foram respondidas com a nova pesquisa Mapa da Riqueza, desenvolvida pelo FGV Social.

Em um dos recortes, o estudo da FGV Social usou dados de rendimentos declarados no Imposto de Renda divididos pelo total da população. Com isso, pode fazer, por exemplo, a renda por habitante das 27 capitais brasileiras. O Sul ficou, mais uma vez, muito bem representado, pois as três capitais estão entre as cinco primeiras. Com renda de R$ 4.215 por habitante, Florianópolis é a capital brasileira mais rica do país. São Paulo, que ocupava a segunda posição em 2019, cai para quarta em 2020 e foi ultrapassada por Porto Alegre, que passa a ser a segunda mais rica e Vitória a terceira. Curitiba é a quinta. Veja o ranking completo a seguir.