Os paranaenses estão mais propensos a consumir em setembro. É o que demonstra a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Pelo segundo mês consecutivo, o indicador teve alta, desta vez de 4,1%, e voltou a patamar de satisfação – acima de 100 pontos.

O ICF paranaense marca 100,8 pontos no mês de setembro, elevação puxada principalmente pelos aspectos Nível de Consumo Atual (9%), Perspectiva de Consumo (7,7%), Perspectiva Profissional (4,8%) e Momento para Duráveis, que após oito meses de queda, cresceu 4,7% neste mês. Outros quesitos avaliados pela pesquisa também tiveram crescimento: Emprego Atual (1,2%), Renda Atual (2,2%) e Acesso ao crédito (2,4%).

Com 84,4 pontos, o índice nacional cresceu 1,4% em setembro, superando novamente os resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores e mantendo a tendência de alta, iniciada em janeiro deste ano.

Na segmentação por faixa de rendimento, a maior variação mensal ocorreu entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, entre as quais o ICF marca 110,1 pontos, com aumento de 4,4% de agosto para setembro. As famílias dessa faixa de renda estão mais inclinadas a consumir, sobretudo bens duráveis, cuja avaliação de compra cresceu 9,3%, bem como a Perspectiva de Consumo, que teve alta de 9,2%. Ela também houve melhora considerável na Perspectiva Profissional, com crescimento de 7,7% na variação mensal.

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Nas famílias de menor renda o indicador cresceu 4,1% em relação a agosto e, por estar em 98,8 pontos – abaixo de 100 pontos –, ainda é considerado insatisfatório. Nesta faixa de rendimentos, o subindicador Nível de Consumo Atual foi o que mais subiu, com aumento de 10,1%, seguido pela Perspectiva de Consumo, com alta de 7,3%.

Fonte: Karla Santin/Fecomércio/PR

O comércio varejista deve movimentar R$ 8,13 bilhões em volume de vendas para o próximo Dia das Crianças, segundo cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmado, o resultado representará uma retração de 3,1% em relação à mesma data do ano passado. Em 2021, o comércio movimentou R$ 8,39 bilhões em vendas, um avanço de 12,8% ante 2020, impulsionado pela melhora na circulação de consumidores. Neste ano, embora a circulação de pessoas por estabelecimentos comerciais tenha aumentado ainda mais, o desempenho do varejo deve ser impactado negativamente pelos reajustes nos preços dos produtos mais procurados para a data, prevê a CNC.

O preço médio dos bens e serviços relacionados ao Dia das Crianças deve ser 8,7% superior ao verificado no mesmo período do ano passado, estima a CNC. “Se confirmada esta previsão, seria o maior porcentual de reajuste desta cesta de itens desde 2016, que foi de 8,8%”, calculou o economista Fabio Bentes, responsável pelo estudo da CNC. Alguns dos destaques neste ano são os aumentos de 20% nos preços dos brinquedos, de 17,6% nos tênis e de 15% nos sapatos infantis Também houve alta de dois dígitos na roupa infantil (14,6%) e nos chocolates (10,9%). Dos onze itens avaliados, apenas os videogames estão mais baratos do que no ano passado, com redução de 1,3%.

O segmento de vestuário e calçados deve concentrar 29% do volume de vendas neste ano, somando R$ 2,44 bilhões, seguido pelo ramo de eletroeletrônicos e brinquedos (com uma fatia de 27%, ou R$ 2,2 bilhões). O segmento de farmácias, perfumaria e cosméticos deve abocanhar R$ 1,45 bilhão, enquanto móveis e eletrodomésticos concentrariam R$ 1,22 bilhão.  Apenas quatro Estados devem responder por quase 60% das vendas: São Paulo (R$ 2,6 bilhões), Minas Gerais (R$ 826,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 741,1 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 702,7 milhões). (Agência Estado)

Fonte: https://www.otempo.com.br/radio-super-noticia/varejo-deve-movimentar-r-8-13-bi-com-dia-das-criancas-queda-de-3-1-ante-2021-1.2741765

O Banco Central (BC) elevou a projeção para o crescimento da economia este ano. A estimativa para a expansão do PIB passou de 1,7% para 2,7%. A projeção consta do relatório de inflação, publicação trimestral do BC. “A surpresa no crescimento do segundo trimestre, os resultados iniciais do terceiro, e estímulos não contemplados no relatório de inflação anterior – notadamente o aumento do valor do benefício do Auxílio Brasil e o arrefecimento da inflação, resultante, em grande medida, da redução de tributos sobre combustíveis, energia e serviços de comunicação – são os principais fatores para a revisão”, explicou o BC. O último relatório foi divulgado em junho.

No segundo trimestre, o PIB cresceu 1,2% em relação ao trimestre anterior, puxado pelo aumento do consumo das famílias, a retomada dos serviços presenciais e o avanço dos transportes de carga e de passageiros. Foi o quarto resultado positivo consecutivo do indicador após o recuo de 0,3% no segundo trimestre do ano passado. Segundo o BC, uma nova expansão deve ser registrada no terceiro trimestre de 2022, “mas em magnitude menor do que a observada nos últimos três trimestres”.

Entre os componentes da oferta, a previsão de alta para a indústria foi alterada de 1,2% para 2,4%, com melhora nas previsões para todos os setores, com exceção da indústria extrativa. Em serviços, a estimativa foi revista de 2,1% para 3,4%, com elevação nas estimativas de crescimento para todos os setores, exceto para serviços ofertados pelo governo. Em sentido oposto, a projeção para a agropecuária foi alterada de alta de 2,2% para estabilidade, em linha com revisões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentaram ligeira redução nas projeções para a produção de grãos e forte recuo na previsão para cana-de-açúcar. No mesmo sentido, as expectativas para a pecuária foram reduzidas, refletindo dados mais recentes de produção de carne, leite e ovos disponibilizados pelo IBGE.

Com relação aos componentes domésticos da demanda, houve elevação nas projeções para o consumo das famílias, de 1,7% para 3,9%, e para a formação bruta de capital fixo das empresas, de queda de 2,7% para queda de 0,4%, e redução na projeção para o consumo do governo, de 1,8% para 0,7%. As exportações e as importações de bens e serviços, em 2022, devem variar, na ordem, 1,5% e queda de 2,5%, ante projeções respectivas de 2,5% e queda de 4% no relatório de inflação anterior. Pela primeira vez, o BC trouxe a projeção para o PIB de 2023. A estimativa é de crescimento de 1%, “sob influência da esperada desaceleração global e dos impactos cumulativos da política monetária doméstica”.

Inflação
A inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve encerrar 2022 em 5,8%, no cenário com taxa de juros (Selic) em 13,75% ao ano e câmbio partindo de R$ 5,20. No relatório anterior, em junho, a projeção era 8,8%. A meta para 2022, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% de inflação, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior 5%. Para 2023 e 2024, o CMN estabeleceu meta de 3,25% e 3% para o IPCA, respectivamente, também com 1,5 ponto percentual de tolerância.

No relatório de junho, o BC reconheceu oficialmente o estouro da meta deste ano, mas, agora, reduziu essa probabilidade. “Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a redução da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2022, que passou de próximo de 100% no relatório anterior para cerca de 93% neste relatório, e o aumento da probabilidade para 2023, de cerca de 29% para em torno de 46%”, aponta o relatório.

Segundo o BC, a inflação acumulada em quatro trimestres atingiu o pico de 11,9% no segundo trimestre deste ano, e deve cair de forma significativa nos trimestres seguintes. Especificamente para a revisão para baixo de 2022, o relatório destaca, entre outros, o efeito das reduções de tributos federais sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações. Já a elevação das projeções para 2023 – de 4% para 4,6% – resultou, justamente, da hipótese de retorno das tributações sobre combustíveis no início do ano que vem, além da depreciação cambial e de indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado.

Com as quedas recentes da inflação, o Banco Central encerrou o ciclo de elevação da Selic e manteve a taxa básica em 13,75% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada. Essa foi a primeira pausa nas elevações após 12 altas consecutivas, em um ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Entretanto, a instituição considera que a inflação ao consumidor continua elevada e sinalizou que “não hesitará” em retomar o ciclo de alta caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Esse é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação, porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-09/bc-eleva-projecao-de-crescimento-da-economia-de-17-para-27