O mundo de negócios está extremamente aquecido diante da quantidade de dinheiro que foi injetada nas economias para amenizar as consequências da pandemia de Covid-19. Quem souber escolher bem os investimentos e aprender a gerencia-los vai sair na frente nessa corrida. As afirmações são do empresário Abilio Diniz, atual presidente do Conselho de Administração da Península Participações e membro dos Conselhos de Administração do Grupo Carrefour e do Carrefour Brasil.

Em entrevista ao portal Mercado&Consumo, ele falou sobre o momento atual do varejo no Brasil e no mundo. Para Abilio Diniz, daqui para a frente, lojas de grandes superfícies, como as dos hipermercados, não serão mais construídas em grande quantidade. A tendência é que o consumidor dê cada vez mais preferência a lojas de proximidade, menores, mais especializadas.

Além disso, apesar da formação de grandes Ecossistemas de Negócios em vários países, o varejo regional brasileiro deve permanecer forte. “As características do consumidor precisam ser atendidas de maneira local. Você precisa estar atento ao consumidor brasileiro, argentino, americano e europeu”, afirma. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Mercado&Consumo: A forma de consumir mudou muito neste mais de um no e meio de pandemia de Covid-19. Como o senhor vê o período de retomada do varejo e do consumo?

Abilio Diniz: Nós precisamos olhar para o retrovisor, olhar para o passado. Essa questão de lojas mais convenientes já vinha se acentuando. A tendência de as pessoas não quererem ir sempre a grandes lojas, a grandes superfícies, porque perde-se muito tempo, porque é cansativo muitas vezes, essa tendência já vinha se acentuando há bastante tempo. A tendência é você ir para lojas de proximidade, menores, ou até lojas especializadas, o supermercado especializado em alimentação, muito focado em perecíveis e alimentos saudáveis.

Esse tipo de loja de supermercado de 3 mil m² até 5 mil m² vai continuar existindo, mas eu acho que essas grandes superfícies vão diminuir. Não vão se fazer mais tantas nesse modelo. Nós temos hipermercados que têm sucesso dentro do Carrefour e outros nem tanto. Precisamos olhar caso a caso. Não podemos dizer “ah, na pandemia as pessoas querem só loja de proximidade”. Isso já era uma tendência que vinha acontecendo. Da mesma forma, hoje as pessoas podem comprar mais online e normalmente as pessoas compram online grandes volumes, garrafas de água, pacotes de papel higiênico, de fralda. Quando se fala de produtos industrializados que as pessoas compram em maior quantidade e sabem de que marca vão comprar, é natural que comprem no online.

Não existe hoje uma tendência que não existisse anteriormente. Elas estão se acentuando mais, sim, talvez por causa da pandemia, mas também talvez por causa do tempo que está passando e fazendo com que as pessoas queiram mais comodidade.

“A tendência é você ir para lojas de proximidade, menores, ou até lojas especializadas, o supermercado especializado em alimentação, muito focado em perecíveis e alimentos saudáveis.”

M&C: O que ainda atrai público a lojas grandes?

Abilio Diniz: Não existe consumidor que só quer loja online, ou que só quer loja pequena, ou que só quer loja grande. Não existe. As pessoas gostam de ter um leque de possibilidades e oportunidades. Há dias em que as pessoas têm tempo e gostam de ir a uma loja maior, onde elas não encontram somente aquilo que elas especificamente foram buscar. Elas gostam de ver outros produtos, outro tipo de mercadoria. Essas lojas não vão deixar de existir. A visão presencial da mercadoria, o toque, isso as pessoas não vão deixar de procurar de vez em quando. O que vai acontecer é que a quantidade de lojas de grandes superfícies não vai se fazer mais em grande quantidade. Vai se fazer uma ou outra. Aquelas que existiam e que estejam acessíveis vão continuar existindo, vão procurar se adaptar melhor àquilo que o consumidor gostaria de ter lá, a escolha do sortimento vai ficar mais apurada e as pessoas vão continuar indo nelas. Não existe uma morte nem existe um nascimento.

M&C: Essas tendências exigiram mudanças no perfil dos executivos de varejo?

AD: Não vejo que houve mudança no perfil dos executivos. Hoje todas as pessoas estão se voltando para coisas de inovação. É natural que mesmo um executivo de logística esteja atento a todas as inovações que estão surgindo, todas as coisas que estão acontecendo. É preciso estar atualizado. Mas a pessoa tem de estar sempre aberta para aprender. O mundo hoje caminha numa velocidade extraordinária. Você tem de estar muito disposto a aprender e a usar esse aprendizado naquilo que você faz. Quem não faz isso evidentemente fica para trás.

M&C: Vemos no mundo todo a formação de grandes conglomerados, em especial na China. Como o senhor enxerga esse movimento aqui no Brasil?

Abilio Diniz: A Amazon e o Alibaba já estão por aqui. Hoje o mundo se conecta de forma extraordinária. Mas o varejo brasileiro é pouco concentrado. É disperso, formado por várias cadeias, com redes regionais que são importantes. Existem duas ou três empresas maiores, mas sua concentração perante o todo, sua importância perante o todo, é muito baixa. Nós mesmos, do Carrefour, acabamos de adquirir o Big, antigo Walmart, mas também somos pequenos em relação ao todo, embora sejamos a maior empresa de varejo e distribuição não só do Brasil, mas da América Latina. O varejo é muito disperso, com pequenas lojas, pequenas organizações, redes regionais.

Hoje, nas grandes redes de varejo e distribuição, você olha muito que não é bom você as ter espalhadas pelo mundo. Você pega o Walmart, que já esteve em vários países e já saiu, procurando se concentrar única e exclusivamente no Estados Unidos, que é uma imensidão. Você pega nós mesmos, do Carrefour, que já estivemos muito mais espalhados do que estamos hoje. Vendemos em 2019 nossa operação na China e já tínhamos vendido outras na Ásia e aqui mesmo na América do Sul, na Colômbia. Então o que você vê é o seguinte: a distribuição deve ser administrada de maneira local. Todos os países são iguais, mas as características do consumidor precisam ser atendidas de maneira local. Você precisa estar atento ao consumidor brasileiro, argentino, americano, europeu. Você tem que prestar atenção no consumidor, procurar adivinhar não só o que ele quer, mas o que ele gostaria de querer – até aquilo que ele não sabe direito, você tem de tentar adivinhar e oferecer. E isso você só faz de maneira regional.

Por exemplo: mesmo nos Estados Unidos, o Walmart, que é o maior distribuidor do mundo, não está em todos os lugares. Existem cadeias que são regionais que estão mais na Costa Leste, outras mais para o Meio Oeste, outras mais no Centro.

“Você tem que prestar atenção no consumidor, procurar adivinhar não só o que ele quer, mas o que ele gostaria de querer – até aquilo que ele não sabe direito, você tem de tentar adivinhar e oferecer. E isso você só faz de maneira regional.”

M&C: Está otimista com relação aos próximos meses?

Abilio Diniz: Não é que estou otimista; eu sou otimista por natureza e tenho muito orgulho disso. Mas sou realista, não me descolo da realidade. Neste momento, estou otimista com tudo. As vacinas estão aí, você vê os Estados Unidos, [em que o presidente Joe] Biden já disse que até o final do verão todo estarão os americanos vacinados e só aqueles que não quiserem se vacinar não estarão. Nós, aqui, temos uma promessa do governo de que até o final do ano teremos todos os brasileiros praticamente vacinados. Eu gostaria que isso fosse mais rápido, que essa concentração maior se desse mais agora para o meio do ano do que para o fim. Mas a retomada está garantida. É preciso olhar para ela para ver como se dará.

Foram injetadas quantidades monumentais de dinheiro nas economias em todos os países – nuns mais, outros menos. Mesmo aqui no Brasil, injetamos uma quantidade de dinheiro muito grande. Nos Estados Unidos, tanto [Donald] Trump quanto Biden injetaram trilhões de dólares, na Europa foram trilhões de euros. Evidentemente que isso alavanca crescimento e desenvolvimento. Isso alavanca mais do que a retomada, alavanca um desenvolvimento mundial.

“Foram injetadas quantidades monumentais de dinheiro nas economias e evidentemente isso alavanca crescimento e desenvolvimento.”

A Península é uma empresa fundamentalmente financeira, uma empresa que olha investimentos e oportunidades, e uma coisa que eu tenho dito é que o mundo de negócios está extremamente aquecido. Veja governos fazendo investimentos em infraestrutura, empresas privadas investindo em infraestrutura, em consumo, em tecnologia, em inovação, em todo lugar, tudo isso porque existe dinheiro.

O que vai determinar os vencedores é a capacidade de escolher os investimentos, escolher os negócios e gerencia-los. A coisa mais importante é a capacidade de as pessoas e das empresas de gerenciar essa monumental quantidade de dinheiro que existe no mundo principalmente por empresas que são investidoras. Porque a economia está muito aquecida, os negócios estão muito aquecidos, as oportunidades são enormes. Isso evidentemente vai separar os competentes dos incompetentes. Quem tiver competência vai ganhar muito dinheiro, quem não tiver vai perder, provavelmente. É um momento não só de retomada, mas até certo ponto de explosão da economia, um momento muito forte. Nossa bolsa, apesar da pandemia, atingiu limites que não tinham sido alcançados; nos Estados Unidos as bolsas também estão batendo recordes. Antes se falava muito que a explosão era só no mundo tech, mas hoje as empresas de tech não estão assim ganhando tanto das outras. Todas as empresas estão crescendo, o mundo está excitado em termos de business, em termos de negócios, e o Brasil não vai ficar para trás. O crescimento do PIB está sendo revisado todos os dias. Antes era esperado um crescimento do PIB de 3,5% [para 2021], depois de 3,8%, depois de 4%, e hoje o mais possível é em fique em torno de 5% ou mais. Tomara que isso aconteça porque a coisa mais importante que precisa ocorrer agora é gerar emprego.

“É um momento não só de retomada, mas até certo ponto de explosão da economia, um momento muito forte.”

M&C: Qual o papel das empresas nessa retomada?

Abilio Diniz: Eu nunca fiquei esperando nada do governo. O governo tem de colocar a economia andando, fazer com que ela funcione, que as coisas aconteçam, mas nunca esperei nada do governo. Acho que as coisas estão comigo, estão com os empresários. Os empresários têm de investir e acho que eles estão com disposição para investir. Eu sinto todos os empresários brasileiros tirando projeto da gaveta e com disposição para investir e é isso que estão fazendo.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2021/06/14/abilio-diniz-momento-nao-e-de-retomada-mas-de-explosao-na-economia/

A medida foi aprovada de forma simbólica e por isso não teve contagem de votos. A data de validade da MP se encerrava nesta 4ª feira (9.jun). Caso não fosse apreciada perderia seu efeito, já se fosse alterada teria que voltar para a análise dos deputados. Estes aprovaram o texto em 2 de junho.

“A norma dispensa os bancos de exigirem dos clientes a apresentação de certidões de quitação de tributos federais, certificado de regularidade do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e comprovante de regularidade eleitoral”, escreveu o relator Angelo Coronel (PSD-BA) em seu parecer.

O documento também explica que a isenção de exigências não alcança tributos previdenciários, já que as empresas que estiverem em débito com o governo nesse âmbito não podem trabalhar para o poder público ou receber benefícios.

A proposta dispensa instituições financeiras públicas e privadas de observarem as condições listadas a seguir nas contratações ou renegociações de crédito até o fim de 2021. Elas são necessárias em diferentes modalidades de crédito, não todas de uma só vez:

Rais – regularidade na entrega da Relação Anual de Informações Sociais sobre os empregados da empresa que busca crédito;
Quitação eleitoral – regularidade com as obrigações eleitorais (se não votou nem justificou, por exemplo);
Impostos federais – comprovação de quitação, incluindo certidão negativa de inscrição na dívida ativa da União;
FGTS – regularidade com o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço;
CND – apresentação da Certidão Negativa de Débito;
ITR – comprovação de recolhimento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
Cadin – consulta ao Cadastro Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais.
O prazo inicial da medida era 30 de junho. Foram os deputados que passaram para 31 de dezembro.

Eles também escreveram no projeto que o governo deverá regulamentar “tratamento diferenciado” para micro e pequenas empresas, além de cooperativas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.

A proposta não explica qual tratamento seria esse, que também deverá valer para “os setores mais atingidos pela pandemia”. Também devem ter “tratamento diferenciado”, igualmente não especificado, aposentados e pensionistas.

O governo propôs, e os deputados mantiveram, a exclusão definitiva da necessidade de apresentação da CND para pessoas jurídicas contraírem empréstimos com recursos provenientes da Caderneta de Poupança.

A Câmara também incluiu a revogação do trecho do Código Civil que obrigava a contratação de seguro contra furto, avaria, perecimento e danos causados a terceiros para ser realizada uma operação de penhor de veículo.

Fonte: https://www.poder360.com.br/congresso/senado-aprova-reducao-de-burocracia-para-emprestimos-na-pandemia/

O governo vai propor uma alíquota diferenciada para o setor de comércio e serviços na 1ª fase da reforma tributária. A alíquota será inferior aos 12% propostos para a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) para que a carga tributária do setor não aumente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou a congressistas que essa alíquota pode ficar em 8%. O chefe da equipe econômica discutiu o assunto com a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, na noite dessa 2ª feira (07.jun.2021) e nesta 3ª feira (08.jun), e afirmou que “não quer de jeito nenhum aumentar” a carga tributária dos serviços.

“Estamos considerando a possibilidade de ter 2 alíquotas. Uma para comércio e serviços, mais baixa, e outra para a indústria, um pouco mais alta”, disse Guedes, em live com o setor de serviços.

O ministro afirmou que a ideia inicial era que todos os setores tivessem a mesma alíquota na CBS, que vai unificar os impostos que incidem sobre o consumo. Porém, disse que o tratamento especial está em estudo já que o governo não vai conseguir desonerar a folha de pagamento neste momento.

Levantamento da Roit Consultoria realizado a pedido do Poder360 mostrou que a CBS pode elevar a carga de impostos de 20% das empresas do setor de serviços. Isso ocorre porque o segmento é intensivo em mão de obra e costuma ter menos gastos com insumos para deduzir o imposto.

Guedes defende a volta da CPMF como forma de desonerar a folha de pagamento. Contudo, deixou o assunto para depois por conta da resistência política e quer fazer a reforma “que é possível” agora.

“Não vai ter grande novidade na reforma tributária. É uma reforma moderada. Eu gostaria de fazê-la um pouco mais ampla, inclusive com a desoneração da folha. Não é o momento ainda, mas nós não vamos desistir. Vamos fazer gradualmente”, afirmou o ministro.

REPASSE
Na reunião desta 3ª feira, empresários e representantes do setor de serviços afirmaram que a alíquota de 12% proposta pelo governo para a CBS poderia elevar a carga tributária do segmento. Há uma preocupação de que o aumento precise ser repassado para o consumidor ou trave as contratações do setor, que responde por boa parte da atividade econômica e dos empregos do país.

Líder do PP na Câmara, Cacá Leão (BA) disse aos empresários que participaram da reunião que a bancada vai defender o setor na discussão sobre a reforma tributária. O presidente da Frente Parlamentar do Setor de Serviços, deputado Laércio Oliveira (PP-SE), também tem defendido o assunto.

Segundo Cacá Leão, o encaminhamento da reforma tributária será discutida hoje na reunião de líderes convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A ideia é que a reforma tramite de forma paralela na Câmara e no Senado.

Os deputados devem iniciar o debate sobre o projeto de lei que propõe a unificação do PIS/Cofins na CBS. Já o Senado deve começar o debate sobre um novo Refis. Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, Jorge Luiz de Lima afirmou nesta 3ª feira (08.jun) aos empresários do setor de serviços que “tem um Refis vindo”.

Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/reforma-tributaria-governo-avalia-aliquota-menor-para-comercio-e-servicos/

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou nesta 3ª feira (8.jun.2021) que pode haver uma “euforia” de consumo com a reabertura da economia. Ele prevê que mais viagens e gastos devem aumentar no 2º semestre do ano.

Campos Neto participou da videoconferência “Monetary policy outlook for Brazil in 2021“, realizada pela J.P. Morgan.

Ele citou que pode haver um consumo reprimido, e comparou com os Estados Unidos. “As pessoas claramente querem viajar, e conseguimos ver isso. Vemos lugares nos Estados Unidos em que não há hotéis vagos ou carros para alugar. […] Eu acho que isso vai acontecer no Brasil também e, com isso, uma perspectiva de um 2º semestre melhor”, afirmou.

O presidente da autoridade monetária disse que o mercado está reajustando as previsões de crescimento do Brasil em 2021 porque se surpreendeu com a capacidade da economia em se adaptar ao nível de mobilidade social mais baixo. Disse que o crescimento no 1º trimestre de 2021, mesmo puxado pelo agronegócio, foi muito melhor que as expectativas.

“Quando olhamos o início da 2º onda [de covid-19] a primeira coisa é que o mercado ficou bastante pessimista com o impacto no crescimento e nós [do BC] menos pessimista. Março foi muito melhor, abril foi muito melhor. […]Nós achamos que o 2º trimestre continuará a ser bom, mas a taxa tende a ser menor [do que o 1º trimestre]”, afirmou.

Campos Neto voltou a defender que a vacinação contra a covid-19 é o que irá ajudar na reabertura da economia e do maior consumo de serviços.

Sobre a pressão na inflação, disse que pode ter uma alta nos preços dos serviços, mas destacou que os choques de commodities são temporários e citou que há uma estabilização nos últimos meses. Demonstrou preocupação com a conta de luz mais elevada por conta do risco hídrico para o próximo ano. “Não se sabe em que nível o impacto da energia vai vazar para 2022“, afirmou.

Fonte:https://www.poder360.com.br/economia/campos-neto-preve-euforia-no-consumo-de-servicos-com-a-reabertura/

Palladium Umuarama tem 120 lojas e espera atrair 20 mil pessoas por dia

O Grupo Tacla chegou à marca de 1 milhão de metros quadrados construídos com o Palladium Umuarama, recém inaugurado na cidade, e que é o primeiro shopping center da região noroeste do Paraná. É também o primeiro empreendimento do tipo inaugurado nesse ano no Brasil. O investimento, de valor não divulgado, reuniu o Grupo Tacla Shopping – que controla outros oito empreendimentos nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo –, a Paysage Empreendimentos e a FWS Empreendimentos.

O centro comercial tem 66 mil metros quadrados de área construída, 24 mil metros quadrados de área bruta locável, 120 lojas, 10 âncoras, praça de alimentação com 20 operações, boulevard gastronômico para quatro restaurantes e mil vagas de estacionamento gratuito. Em pleno funcionamento, o Palladium deve gerar dois mil postos de trabalhos diretos. A expectativa é de atrair até 20 mil pessoas por dia entre os moradores da região que tem grande potencial de consumo e baixa oferta de varejo de marcas. “Umuarama figura na lista dos melhores lugares para se viver no Paraná e tem alto índice de desenvolvimento humano (IDH) no Brasil”, destaca o diretor Anibal Tacla.

O shopping está localizado no bairro Parque Industrial II, ao lado da nova rodoviária. Ali, foram realizados investimentos em obras viárias com a pavimentação de ruas e acessos. O projeto de energia solar para abastecimento do Palladium custou R$ 5 milhões, e resultou em um dos maiores sistemas de placas fotovoltaicas do setor de varejo no país, com mais de 3.200 módulos, informa a empresa. O terreno recebeu 600 árvores de 55 diferentes espécies.

A pandemia atrasou a inauguração, que ocorreu com 45 das 120 lojas funcionando, entre elas as âncoras C&A, Renner e Riachuelo. Outras 25 têm abertura prevista para as próximas semanas, como Centauro, Bubble Mix, Gorilla’s Tech, Trademan e Burger King.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/empresa/tacla-inaugura-seu-nono-shopping-para-atender-o-noroeste-do-parana-1

O governo e o Senado trabalham para que o projeto de renegociação de dívidas de empresas, chamado de Refis, seja aprovado na Casa até o fim de maio.

A medida ainda não foi à pauta da Casa Alta por falta de concordância do Ministério da Economia, de Paulo Guedes, que não apoia a ideia. Articuladores do governo no Senado negociam com a pasta para viabilizar a votação no prazo.

A proposta é do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O senador defende a ideia como uma forma imediata de ajudar empresas em meio à pandemia da covid-19.

Há baixa controvérsia no Congresso, e Guedes reconhece a necessidade de apoiar empresas que devem ao Fisco, mas resiste ao Refis porque prefere que a negociação seja dentro da reforma tributária.

A Economia também diz que a negociação individual de dívidas é possível por meio da transação tributária –modalidade que foi regulamentada em 2020 pela Lei 13.988.

Para a equipe econômica, o ideal seria analisar caso a caso antes de autorizar a renegociação. Por isso, auxiliares de Guedes admitem as conversas com o Senado sobre o Refis, mas querem negociar o modelo do programa.

O receio é criar um programa com regras genéricas, que beneficiem as empresas que precisam do parcelamento, mas também empresas que ainda têm condições de manter os pagamentos ao governo.

Programas de regularização como o proposto pelo presidente do Senado custaram R$ 176 bilhões. A informação está em estudo de 2020 feito pela Receita Federal. R$ 176 bilhões em 18 anos. Houve 40 programas no período. O órgão não vê a ideia com bons olhos.

As renegociações de dívidas dos pagadores de impostos têm como objetivo regularizar a situação dos devedores. Técnicos argumentam, porém, que as regras tornam vantajoso deixar de pagar os tributos para aplicar os recursos no mercado financeiro.

O programa tenta conseguir o pagamento de pelo menos parte do valor devido, mas a arrecadação fica abaixo da esperada porque muitas empresas ficam inadimplentes.

Fonte: https://www.poder360.com.br/congresso/senado-e-economia-negociam-para-novo-refis-ser-aprovado-ate-o-fim-de-maio/

Parte das companhias contornou as dificuldades com apoio do e-commerce, enquanto outras afundaram com as portas fechadas

O reforço das medidas de restrição contra a Covid-19 no primeiro trimestre deste ano afetou as operações de muitas companhias brasileiras, em especial das varejistas – com impacto ainda pior sobre as que ainda iniciam o processo de digitalização de seus negócios. Conforme Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início de maio, o varejo registrou uma queda acumulada de 0,6% nas vendas no primeiro trimestre. Só o segmento de tecidos, vestuários e calçados caiu 18% no mesmo período

Ainda assim, muitas varejistas conseguiram superar os resultados anteriores e apresentaram resiliência frente ao contexto, após mais de um ano de pandemia. A Lojas Marisa reduziu o prejuízo no primeiro trimestre divulgado na segunda-feira (10), ante o mesmo período do ano anterior, mas ressalta que ainda sofre os impactos pela pandemia, parcialmente compensados pela maior eficiência em despesas.

O desempenho negativo da companhia no período ficou em R$ 53,4 milhões, contra o prejuízo de R$ 107,1 milhões um ano antes. No entanto, a receita da companhia foi menor, de R$ 415,434 milhões entre janeiro e março deste ano, queda de 27,3%, em comparação com a receita de R$ 571,775 milhões no mesmo período de 2020. A Marisa ainda assim foi beneficiada pelo aumento das vendas pela plataforma digital, de 67,3% no primeiro trimestre – com o aplicativo representando 45% das vendas digitais. Já o varejo teve queda de 30,5%.

A gestora das marcas Olympikus, Mizuno e Under Armour também mostrou recuperação em relação ao primeiro trimestre de 2020. A Vulcabras registrou lucro líquido de R$ 14,6 milhões nos primeiros três meses deste ano, uma alta de 64% ante os R$ 8,9 milhões do primeiro período de 2020. A receita líquida da companhia foi de R$ 311,9 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 30,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, e o terceiro trimestre consecutivo de ganhos.

O CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle, atribui o crescimento de receita no trimestre às novas coleções adaptadas à realidade do mercado neste momento e ao comportamento do consumidor.

Já a Natura &Co não seguiu na mesma linha. Na quarta-feira (12), a companhia anunciou prejuízo de R$ 156,6 milhões, ante o valor negativo de R$ 824,9 milhões no primeiro trimestre de 2020. Roberto Marques, presidente-executivo do conselho de administração e CEO do Grupo, ressaltou que o ambiente segue desafiador, “em termos sanitários, com bloqueios e restrições em alguns mercados importantes”.

A receita líquida da companhia foi de R$ 9,5 bilhões, aumento de 25,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas digitais da Natura representaram 48% da receita total, ante 33% no primeiro trimestre de 2020.

A mais nova aquisição do Grupo Soma, a Cia Hering apresentou lucro líquido de R$ 19,76 milhões no primeiro trimestre, antes de ser vendida ao grupo no dia 28 de abril. O lucro representa um aumento de 291,8% ante o mesmo período do ano anterior. A receita líquida da Cia Hering ficou em R$ 285,08 milhões, aumento de 4,8% na comparação com o ano anterior.

Paralelamente, o próprio Grupo Soma contornou as dificuldades com as restrições e trouxe resultados acima do esperado pela XP Investimentos. A receita líquida da holding foi de R$ 353,6 milhões, um crescimento de 20,1% ante o primeiro trimestre de 2020. O lucro líquido da companhia foi de R$ 14,9 milhões, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior de R$ 43,4 milhões.

De acordo com a XP Investimentos, o Grupo Soma foi favorecido pelas “vendas a preço cheio no canal online e o forte crescimento da Farm Global (+135,5% ano a ano)”.

Já a Guararapes, dona da Riachuelo, registrou prejuízo de R$ 104,9 milhões no primeiro trimestre, maior que o prejuízo dos três primeiros meses de 2020, de R$ 47,5 milhões. A empresa explicou que a performance apresentada no trimestre é reflexo da queda nas vendas em lojas, da expansão de margem bruta de mercadorias, do desempenho das despesas operacionais e do forte crescimento do resultado da operação financeira.

A receita líquida da companhia ficou em R$ 1,24 bilhão, um recuo de 23,5% ante o mesmo período de 2020. As vendas realizadas pelos canais digitais cresceram 253,5% no 1T21, representando 13,3% das vendas totais de mercadorias no período.

Na última quarta-feira (12), a Via (antiga Via Varejo) apresentou um surpreendente salto de 1284,6% no lucro líquido do primeiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2020, aos R$ 180 milhões. A receita líquida da companhia foi de R$ 7,5 bilhões, 19,1% a mais que o mesmo período do ano passado.

O bom desempenho da Via tem como destaque a performance online, que, de acordo com a administração, é “fruto das melhorias nos prazos de entrega, da maior assertividade comercial e principalmente pela entrada de novas categorias e ganhos de marketshare”. A receita bruta do canal online apresentou crescimento aproximado de 111% nos três primeiros meses do ano comparando com 2020.

Na semana, a quinta-feira concentrou o maior volume de balanços no varejo – uma “rave” de resultados, nas palavras da XP Investimentos. As duas representantes do segmento de e-commerce no dia, Westwing e Magazine Luiza, trouxeram bons resultados, especialmente a segunda, favorecidas pela menor circulação das pessoas, com esse movimento migrando parcialmente para o varejo digital.

A Magazine Luiza trouxe R$ 8,8 bilhões de vendas no e-commerce, um aumento de 111,4%, e que representa 70% das vendas totais no período. A companhia atribui o resultado favorável à boa performance do aplicativo, entrega mais rápida e à evolução do marketplace. Em mensagem da administração, a Magazine Luiza promete acelerar ainda mais as entregas, e expandir o sistema de pedidos que chegam em uma hora, que já está disponível em 50 lojas do grupo.

A receita líquida da Magazine Luiza nos três primeiros meses de 2021 foi de R$ 8,25 bilhões, um aumento de 57,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 258,6 milhões, impressionantes 739,7% acima do ano anterior.

Após a estreia na Bolsa em fevereiro, a Westwing não conseguiu reduzir o prejuízo líquido do primeiro trimestre, de R$ 16,6 milhões, em relação ao resultado negativo de R$ 2,5 milhões do mesmo período de 2020. Para a XP Investimentos, o prejuízo ainda veio menor que o esperado, “por conta de menores despesas não operacionais e do impacto do reconhecimento de imposto diferido no período”.

Já o Ebitda da companhia ainda veio “pressionado por conta de maiores investimentos na operação”, e ficou negativo em R$ 22,58 milhões. A receita líquida da Westwing foi de R$ 60,57 milhões, um aumento de 83,3% ante o mesmo período de 2020.

A C&A reportou uma receita líquida de R$ 776,1 milhões no período, uma queda de 20,6% comparado ao ano anterior, que, de acordo com a companhia, se deve às restrições impostas pela pandemia e à “maior insegurança da cliente”. A companhia trouxe um prejuízo de R$ 138,5 milhões, pior que o resultado negativo no primeiro trimestre de 2020, de R$ 55,4 milhões.

A Lojas Renner trouxe resultado abaixo do esperado, na visão da XP, apesar do crescimento de 140% nos downloads do aplicativo no trimestre, totalizando 4,5 milhões e com recorde de 1,8 milhão em março. A receita líquida da companhia foi de R$ 1,58 bilhão, queda de 15,2% ante o mesmo período de 2020. O prejuízo da Lojas Renner foi de R$147,7 milhões, ante lucro de R$ 7,1 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

Já a Arezzo viu seu lucro líquido disparar 310,7% na comparação anual, para R$ 29,6 milhões. A receita líquida da companhia no período foi de R$ 499,9 milhões, aumento de 33,2% sobre o mesmo período de 2020. De acordo com a administração da companhia, as vendas digitais apresentaram “excelente nível de maturidade”, que “permitiu que a rede novamente apresentasse resultados sólidos”.