Material de construção é um dos segmentos em destaque, mas há potencial de expansão para outros mercados

de Redação 23 de setembro de 2024

As marcas próprias têm apresentado crescimento exponencial no mercado. Marcelo Bicudo, CEO da Design Bridge, afirma que que já representam entre 5% a 7% das vendas no varejo em segmentos como o de material de construção, com potencial de expansão para muitos outros mercados.

Para que uma marca própria se destaque, no entanto, Bicudo explicou que é essencial desenvolver uma estratégia de branding que vá além do produto em si, estabelecendo uma conexão emocional e de confiança com o consumidor.

Branding não é apenas sobre criar um nome e uma identidade visual, mas sobre como essa marca se comporta, comunica e se posiciona no mercado. É a criação de uma narrativa coerente e convincente que engaja tanto o consumidor final quanto os parceiros comerciais”, destacou Bicudo na palestra “Branding estratégico: construindo marcas próprias de sucesso”, no PL Connection, na última quarta-feira, 18.

A principal mensagem do executivo foi a necessidade de diferenciação em um mercado saturado. Ele destacou que, para uma marca própria ser bem-sucedida, ela deve oferecer uma proposta de valor única, por meio da inovação, da qualidade ou do preço. Entretanto, a consistência é igualmente importante.

“A marca precisa ser reconhecível em todos os pontos de contato com o consumidor, desde o produto na prateleira até as campanhas de marketing. Essa coerência cria familiaridade e confiança, elementos-chave para a fidelização”, afirmou.

Bicudo também falou sobre o potencial das marcas próprias em setores como alimentos, bebidas e materiais de construção, que estão experimentando um aumento na aceitação de produtos com marca própria.

 

“O consumidor moderno está mais aberto a testar novas marcas, desde que elas transmitam segurança e qualidade”, disse. Ele acrescentou que essa mudança de mentalidade do consumidor cria uma grande oportunidade para as empresas se destacarem com suas próprias linhas de produtos.

Embora o mercado de marcas próprias esteja em franca expansão, Bicudo não deixou de apontar os desafios enfrentados pelas empresas. A competitividade acirrada e a necessidade de inovar constantemente foram destacadas como pontos críticos.

“Criar uma marca própria de sucesso requer mais do que simplesmente colocar o nome de uma empresa em um produto. É necessário um planejamento cuidadoso, uma execução impecável e, acima de tudo, um compromisso com a qualidade e a satisfação do consumidor”, enfatizou.

PL Connection

Organizado pela Francal, o PL Connection ocorreu entre os dias 17, 18 e 19 de setembro, em uma área expositiva dentro do Latam Retail Show 2024, organizado pela Gouvêa Experience, no Expo Center Norte, em São Paulo. O LRS é o principal evento B2B de varejo e consumo da América Latina e contou com cobertura completa da Mercado&Consumo.

Por 

Thaís Barcellos

Ana Flávia Pilar

Karolini Bandeira

 e 

Sérgio Roxo

 — Brasília e São Paulo

25/09/2024 O Globo /

Segundo estudo do Banco Central, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família fizeram Pix para plataformas de jogos on-line somente em agosto

O volume mensal de transferências via Pix de pessoas físicas para empresas de apostas e jogos de azar on-line variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões neste ano, estima o Banco Central (BC). Os dados ajudam a dimensionar esse mercado no país ao apontar que cerca de 24 milhões de pessoas físicas usaram plataformas desses jogos neste ano, realizando ao menos uma transferência via Pix para essas empresas no período analisado, de janeiro a agosto.

Os dados constam de nota técnica produzida pelo Departamento de Estatísticas do BC a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM). Esta é a primeira radiografia com dados oficiais de quanto movimentam e mobilizam esses jogos on-line no país.

Em agosto, 5 milhões de pessoas de famílias beneficiárias do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões às empresas de apostas por Pix, sendo a mediana dos valores gastos por pessoa de R$ 100. Dessas pessoas, 4 milhões (70%) são chefes de família (quem de fato recebe o benefício), que enviaram R$ 2 bilhões (67%) por Pix para as casas de jogos.

Em agosto, o volume mensal dos jogos on-line foi de R$ 20,8 bilhões. O próprio BC fez a comparação: a arrecadação de todos os sorteios de loterias da Caixa foi de a R$ 1,9 bilhão no mesmo período.

A nota considera todos os tipos de jogos: aqueles em que há uma aposta baseada em um evento real (como uma partida de futebol, as chamadas bets) e os cassinos on-line, como o Jogo do Tigrinho. As duas modalidades estão passando por um processo de regulamentação no país.

A maioria dos jogadores mapeados tem entre 20 e 30 anos. O valor médio mensal das transferências aumenta conforme a idade: para os mais jovens, o valor gira em torno de R$ 100 por mês, enquanto para os mais velhos o valor ultrapassa R$ 3.000 por mês, de acordo com os dados de agosto de 2024.

O BC ressalta que os valores são de transferências brutas para as empresas, ou seja, o quanto foi aportado pelos jogadores. Com base nas transações das empresas para as pessoas físicas, a autarquia estimou que cerca de 15% das apostas são retidas pelas plataformas, e o restante é distribuído em forma de prêmios.

Dados subestimados

A nota técnica alerta, porém, que esses valores podem estar subestimados. As apostas podem ser feitas por outros canais além do Pix, como o TED, mas os prêmios devem ser pagos exclusivamente por transferência eletrônica.

Evolução apostas on-line — Foto: Criação O Globo

Aziz divulgou ainda um dado apontando que 8,91 milhões de pessoas pertencentes a famílias beneficiárias do Bolsa Família enviaram R$ 10,5 bilhões às empresas de aposta utilizando a plataforma Pix entre janeiro e agosto deste ano — mas esse dado não chegou a ser inserido na nota técnica.

Na manhã de ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, alertou sobre o crescimento acelerado das apostas no país, o que considera preocupante, especialmente para o aumento da inadimplência das famílias. Ele disse que é trabalho da autarquia levar ao governo a preocupação sobre esse tema.

— A correlação entre pessoas que recebem Bolsa Família, pessoas de baixa renda, e o aumento das apostas tem sido bastante grande. A gente consegue mapear o que teve de Pix para essas plataformas e o crescimento de janeiro pra cá foi bastante grande. A gente pega o tíquete médio e subiu mais de 200%. É uma coisa que chama atenção, e a gente começa a ter a percepção de que vai ter um efeito na inadimplência na ponta — comentou.

Segundo o BC, os resultados estão em linha com outros levantamentos que apontam famílias de baixa renda como as que mais têm dificuldades com apostas: “É razoável supor que o apelo comercial do enriquecimento por meio de apostas seja mais atraente para quem está em situação de vulnerabilidade financeira”.

Lula teme endividamento

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai enfrentar a “dependência psicológica dos jogos” no país. Ontem, o presidente Lula disse, em Nova York, que os jogos on-line vão precisar de regulação e que, se isso não acontecer, há risco de as cozinhas das casas brasileiras se transformarem em cassinos:

— Nós estamos percebendo no Brasil o endividamento das pessoas mais pobres tentando ganhar dinheiro a todo custo. Esse é um problema que nós vamos ter que regular.

Em Brasília, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, reuniu-se ontem com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e representantes das pastas da Justiça e da Fazenda para discutir a regulação desse mercado.

Um dos pontos foi a possibilidade de antecipar a proibição do uso de cartões de crédito para o pagamento dos jogos (hoje prevista para janeiro), uma demanda de varejistas e do setor bancário diante de sinais de queda no consumo e alta na inadimplência influenciadas pelos jogos on-line. Na reunião, a Fazenda disse que essa medida é difícil, mas sinalizou que está estudando novas regras.

Uma lei aprovada em 2023 estabeleceu regras para esse mercado, que está em processo de regulamentação pela Fazenda. A partir de outubro, só poderão operar empresas que pediram autorização — até agora, 103 solicitaram. Em janeiro de 2025, todas as regras entrarão em vigor.

O estudo do BC também aponta desafios para a mensuração do mercado de apostas no Brasil e ressalta que as informações da nota são estimativas e resultados preliminares. A estratégia adotada foi avaliar as movimentações de CNPJs de atividades relacionadas à exploração de jogos de azar e apostas.

Mas o BC notou que há um grande número de empresas inscritas nessa classificação, que movimentam uma parcela relativamente pequena de recursos.

Em um segundo momento, o BC fez um filtro para identificar as empresas que não estão classificadas no setor econômico apropriado. Com base nesses critérios, foram identificadas 56 empresas que somaram, em agosto, R$ 20,8 bilhões de transferências recebidas.

A identificação foi feita com base em citações na internet e na aplicação de filtros com características típicas de transferências de apostas, como número de pessoas que fizeram transferências, número de transações, tíquete médio e concentração das transferências em determinados horários.

 

25/09/2024  site CNC

Quinta queda consecutiva do Índice de Confiança do Empresário do Comércio foi puxada pela redução de 4,4% na avaliação da economia atual

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou 109,9 pontos em setembro, representando uma queda de 1,6% em relação a agosto. Esse número marca a quinta retração consecutiva e a mais intensa desde abril. Comparado a igual mês do ano anterior, o recuo foi de 2,9%.

Um ponto crítico que se destacou foi a confiança dos comerciantes em relação às condições atuais da economia, que sofreu recuo de 4,4% em relação ao mês anterior. Como resultado, o subindicador que mostra a avaliação do varejista em relação às condições atuais caiu 2,5%, a quinta redução consecutiva, mantendo-se abaixo da zona de satisfação, aos 84,3 pontos. Esse subindicador continua sendo o único a permanecer abaixo da marca dos 100 pontos, refletindo o pessimismo dos empresários em relação ao momento atual. No entanto, a taxa de crescimento do comércio ampliado em julho, de 7,2%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda sugere um desempenho positivo, embora a expectativa seja de desaceleração nos próximos meses.

Para o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o cenário econômico brasileiro é desafiador. “A perspectiva de mais inflação continua pressionando a confiança dos empresários, principalmente os do varejo”, afirma. Segundo ele, o recente aumento da taxa Selic, apesar de seu objetivo de conter a inflação, traz uma necessidade maior de prudência. “O custo do crédito mais elevado reduz a capacidade de investimento e consumo, e isso se reflete diretamente no otimismo do comerciante”, aponta.

Apesar da cautela, intenção de investir volta a crescer

Mesmo diante de um ambiente econômico mais adverso, os varejistas indicaram uma intenção de aumentar o investimento em suas empresas, com esse indicador registrando crescimento de 0,6%, o único item com variação positiva no mês. Esse índice de intenção de investimentos voltou a superar o nível de satisfação, alcançando 100,7 pontos, algo que não acontecia desde fevereiro de 2023. Esse movimento é visto como uma tentativa de estimular o comércio e mitigar a queda observada na Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também medida pela CNC.

No entanto, a criação de novas vagas de emprego não é uma prioridade no momento, com o subindicador de intenção de contratação registrando uma queda de 1,2%, ainda que o nível permaneça elevado, aos 121,9 pontos. Essa retração está alinhada com a percepção de piora no mercado de trabalho para os próximos meses, apontada pela ICF.

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, analisa que a incerteza deve ser a tônica dos próximos meses. “Apesar de alguns sinais positivos, o cenário de juros e inflação ainda gera muita cautela. A melhora pontual no investimento não deve ser vista como uma tendência estável, mas sim como uma resposta a condições específicas do momento”, ressalta.

Segmento de bens semiduráveis apresenta melhora nas expectativas

Entre os setores analisados, a queda da confiança foi mais acentuada no segmento de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, que recuou 2,9%. O comércio de vestuário, tecidos e calçados teve um desempenho mais contido, com queda de 0,5%, enquanto o de produtos duráveis, como eletrodomésticos e veículos, registrou uma queda de 2%.

Apesar do pessimismo geral, o segmento de bens semiduráveis foi o destaque positivo, com crescimento de 2,1% na intenção de investimento, o maior avanço entre os setores. Por outro lado, a percepção em relação à economia atual foi negativa para todos os segmentos, com destaque para o de bens não duráveis, que sofreu uma redução mensal de 6,3%.

A percepção sobre as condições atuais do comércio entre os varejistas de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos foi a mais afetada, com uma queda de 3,2%. Esse segmento também ficou abaixo do nível registrado em setembro de 2023, com uma retração anual de 8,4%. Já para os empresários do ramo de eletrônicos, eletrodomésticos e veículos a percepção teve uma leve melhora na comparação anual, com crescimento de 2,8%, mesmo com uma queda mensal de 2,1%, resultado das condições mais favoráveis de juros em relação ao ano anterior.

  • 23/09/2024 site cnc

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 0,3% em setembro, refletindo uma piora na avaliação sobre a perspectiva profissional (redução de 0,4%) e sobre o acesso ao crédito (queda de 1,3%). A diminuição foi mais acentuada entre as famílias de maior renda e o público masculino, cujas percepções do mercado de trabalho e consumo futuro pioraram. No entanto, apesar da retração, o indicador ainda registrou 103,1 pontos, permanecendo acima do nível de satisfação e alcançando seu maior patamar desde março deste ano, quando atingiu 104,1 pontos.

A desaceleração na criação de empregos e a incerteza econômica levaram a uma retração de 0,4% na perspectiva profissional, apesar de a avaliação sobre o emprego atual ter mostrado sinais de melhora, com um aumento de 0,4% na ICF. “O saldo positivo do mercado de trabalho anima os consumidores no curto prazo, mas a cautela quanto ao futuro permanece”, afirma José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de julho também revelou um aumento no volume de assalariados, com crescimento acumulado de 3,9% nos últimos 12 meses.

Mercado de crédito mais seletivo impacta consumo

A maior pressão inflacionária e as incertezas fiscais afetaram o mercado de crédito, que se tornou mais restrito, resultando em uma queda de 1,3% no subindicador que mede a satisfação com o acesso ao crédito. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também apurada pela CNC, o número de famílias incapazes de pagar suas dívidas aumentou em agosto, influenciando negativamente a avaliação do momento para compra de bens duráveis, que registrou uma redução de 1%. “Com o cenário mais desafiador para o crédito e o aumento da inadimplência, o mercado se tornou menos acessível, especialmente para famílias de maior renda, que mostram maior retração na intenção de consumo”, pontua Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.

Famílias com maior renda mostram maior cautela

A análise das diferentes faixas de renda revela que as famílias com renda acima de dez salários mínimos sofreram uma queda de 0,8% na intenção de consumo em setembro, enquanto as com menor renda recuaram apenas 0,2%. A perspectiva de consumo teve uma redução ainda mais intensa entre as famílias de maior renda (queda de 2,5%), contra uma diminuição de 0,6% entre as de menor renda. Essa divergência também se manifestou no indicador de emprego atual, com as famílias de maior renda registrando queda de 0,3%, enquanto as de menor renda apresentaram um aumento de 0,8%.

“Famílias com maiores salários estão mais cautelosas em relação ao emprego e ao consumo futuro, devido à maior seletividade no crédito e à piora na confiança empresarial”, comenta Felipe Tavares. Em contraste, as famílias com menor renda, embora mais otimistas quanto ao emprego atual, mantêm-se reservadas com relação ao futuro, com queda de 0,2% na perspectiva profissional.

Mulheres demonstram maior otimismo

Uma análise por gênero mostra que as mulheres puxaram o avanço da intenção de consumo, com um crescimento anual de 1,6%, em comparação a uma retração de 0,3% entre os homens. No mercado de trabalho, o indicador que mede a satisfação com o emprego atual avançou 3,3% para elas, contra apenas 0,3% para eles. A perspectiva profissional também apresentou diferenças, com uma queda mais acentuada entre os homens (redução de 5,4%), em contraste com uma diminuição de 2,4% entre as mulheres.

No que diz respeito à avaliação do acesso ao crédito, as mulheres registraram uma melhora de 1,7% em relação a setembro do ano passado, enquanto os homens viram uma queda de 0,2%. Esse fator é atribuído ao aumento do número de homens com dificuldades em amortizar suas dívidas, conforme aponta a Peic, contribuindo para uma redução de 4,2% na perspectiva de consumo entre o público masculino, contra uma queda de 2,6% entre o público feminino. “Esse cenário de maior otimismo entre as mulheres reflete um mercado de trabalho e crédito ligeiramente mais favorável para elas, enquanto os homens enfrentam maiores desafios nos próximos meses”, conclui o economista-chefe da CNC.

de Redação /  19 de setembro de 2024

A decisão do Copom de elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano, na noite de quarta-feira, 18, foi criticada por diferentes entidades, que consideraram a medida exagerada e conservadora. A repercussão em relação à decisão do Banco Central aconteceu, principalmente após os Estados Unidos começarem a cortar os juros. Esse foi o primeiro aumento da taxa desde agosto de 2022. Nas reuniões de junho e julho, a decisão foi pela manutenção da taxa em 10,5% ao ano.

Para a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a medida tende a impactar negativamente a atividade econômica, principalmente o comércio e o turismo, setores que dependem muito do crédito, especialmente para produtos de maior valor. “A elevação pode prejudicar o desempenho em datas importantes como a Black Friday e o Natal”, informou, em nota.

Segundo a entidade, a raiz desse cenário está na deterioração fiscal, com o Brasil possivelmente não alcançando a meta de déficit zero. “A falta de um posicionamento claro sobre a flexibilização da meta fiscal apenas agrava as incertezas. A Confederação reitera que o descontrole fiscal e o aumento dos gastos públicos são insustentáveis, lamentando que a solução esteja recaindo sobre os juros, prejudicando o crescimento econômico.”

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), aumentar a Selic é medida excessiva e conservadora e vai na contramão do que o mundo está fazendo.

A medida ainda foi considerada precipitada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, pois o elevado patamar de juros compromete setores estratégicos.

 

Para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a decisão cria obstáculos ao investimento em infraestrutura.

A Associação Paulista de Supermercados disse que o juro alto agrava ainda mais os desafios ao crescimento econômico do País.

Justificativa

Entre as justificativas para medida, tomada por unanimidade pelos diretores do Banco Central, estão as estimativas de aumento dos preços ao consumidor e pressões no mercado de trabalho.

Em agosto, a inflação medida pelo IPCA ficou negativa em 0,02%. O índice de desemprego analisado pelo IBGE foi de 6,8% em julho, o menor desde 2014.

Com informações da Agência Brasil

Site CNC – 04/10/2024

 

Além de anúncios nas TVs aberta e fechada, conteúdos terão presença forte nas redes sociais da Confederação

A crescente dívida pública brasileira está ameaçando a saúde financeira das empresas e o crescimento econômico do País. Com esse alerta, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) lançou a campanha “Reforma administrativa: quem entende, apoia”, que destaca a urgência de implementar medidas estruturais para frear o impacto negativo da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) e no setor empresarial.

Na TV aberta, a campanha está sendo veiculada nos canais Globo, Record e SBT, com inserções até 6 de outubro. Na TV fechada, as inserções na GloboNews vão até hoje, 4 de outubro. A campanha também será veiculada nas edições impressas dos jornais O Globo e Valor Econômico e na revista IstoÉ Dinheiro, além do portal Metrópoles e dos perfis da CNC no FacebookInstagramLinkedIn e TikTok. A iniciativa visa sensibilizar o público sobre os riscos que a dívida crescente representa para o setor produtivo e para a economia do Brasil.

Um estudo da CNC revela que, para cada ponto percentual de aumento da dívida pública em relação ao PIB, o Brasil perde aproximadamente R$ 1,3 bilhão ao ano, comprometendo investimentos e elevando o custo do crédito. Sem reformas urgentes, como a administrativa, o prejuízo acumulado pode chegar a R$ 1,375 trilhão nos próximos 50 anos. De acordo com o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, “o desequilíbrio fiscal, sem a reforma administrativa, exigirá um aumento de até 9% do PIB na carga tributária, afetando gravemente o setor produtivo, que já enfrenta uma das mais altas cargas tributárias do mundo”.

Atualmente, a carga tributária no Brasil equivale a quase 33% do PIB, o que limita a competitividade das empresas e inibe novos investimentos. Além disso, mais de 96% das despesas do governo federal são obrigatórias, deixando pouco espaço para ajustes fiscais, o que agrava ainda mais a situação. “A CNC tem a missão de defender os interesses dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. O impacto da dívida pública para o setor produtivo não pode ser ignorado. Sabemos da importância de transformar esses dados complexos numa mensagem clara e acessível para a sociedade, pois é imperativo que todos entendam a urgência dessa reforma para garantirmos um futuro sustentável para a economia brasileira” reforça Elienai Câmara, chefe de Gabinete da Presidência e coordenador de Comunicação do Sistema CNC-Sesc-Senac.

Acesse portaldocomercio.org.br/reforma-administrativa, leia o manifesto da campanha e saiba mais sobre a iniciativa da CNC.

No 2º trimestre de 2024, os bancos e CFIs vinculados aos principais varejistas apresentaram um desempenho variado, evidenciando estratégias focadas em qualidade de crédito e ganhos operacionais. Destacaram-se o Banco Carrefour, C&A Pay( C&A Brasil) e banQi (Grupo Casas Bahia) com crescimento na carteira, e o Magazine Luiza, Midway (Riachuelo) e Realize CFI( Lojas Renner S.A.), com forte expansão de EBITDA.

O Banco Carrefour liderou o setor em termos de crescimento de carteira, atingindo R$ 25,62 bilhões (+19% a/a). A carga de risco foi de R$ 741 milhões alta de 4,1% e a inadimplência over 90 diminuiu para R$ 2,334 bilhões (-1,7 p.p.), refletindo a eficiência das estratégias de concessão de crédito. O EBITDA totalizou R$ 235 milhões, um aumento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os resultados do 2T24 demonstram foco nas estratégias implementadas pelo Banco Carrefour, evidenciando seu papel estratégico suportando as operações do maior varejista alimentar do país, o Grupo Carrefour Brasil .

Magazine Luiza apresentou uma queda de 3,7% na carteira de crédito, que fechou em R$ 19,29 bilhões, porém, obteve um crescimento expressivo no EBITDA, que alcançou R$ 117 milhões (+2x a/a). A inadimplência over 90 caiu para R$ 1,774 bilhões (-1,7 p.p.), reforçando um controle mais rigoroso do crédito.

Já a Midway, financeira da Riachuelo, registrou um EBITDA de R$ 89,1 milhões (+319,9% a/a) e redução da perda líquida de recuperação para R$ 296 milhões (-16,9% a/a). A carteira de crédito sofreu uma queda de 8,6% a/a, totalizando R$ 5,2 bilhões, mas a gestão eficiente da inadimplência, que reduziu para R$ 1,123 bilhões (-1,3 p.p.), garantiu a estabilidade das operações.

A Realize, financeira da Lojas Renner S.A., manteve um desempenho positivo com EBITDA de R$ 34,8 milhões (+1,64x a/a). A inadimplência caiu para R$ 949 milhões (-3,2 p.p.), enquanto a perda líquida foi reduzida para R$ 254 milhões (-36% a/a), reforçando um foco contínuo na melhoria da qualidade do crédito.

Casas Bahia apresentou crescimento de 4,2% na carteira, que alcançou R$ 5,5 bilhões, enquanto a inadimplência se manteve estável em R$ 467,5 milhões (-0,6 p.p.). A perda líquida de recuperação foi de R$ 263 milhões (+0,7% a/a), refletindo estabilidade nas operações.

Por fim, a C&A Pay destacou-se com a maior expansão de carteira, atingindo R$ 1,02 bilhões (+45,2% a/a). O EBITDA reverteu o prejuízo do ano anterior, totalizando R$ 4,2 milhões, enquanto a perda líquida de recuperação foi de R$ 69 milhões (+17,1% a/a), sinalizando um crescimento mais acelerado e sustentável.

Os resultados demonstram a capacidade das instituições financeiras ligadas ao varejo de se adaptarem aos desafios do mercado, com estratégias voltadas para eficiência operacional, controle de inadimplência e melhoria da qualidade das carteiras.

04/10/2024

Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio da Diretoria de Relações Institucionais (DRI) e da Diretoria de Economia e Inovação (DEIN), apresentou nesta sexta-feira (4) um estudo sobre as apostas on-line (bets) ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Durante a reunião com a secretária de Direitos Digitais do MJSP, Lílian Cintra de Melo, a diretora da DRI, Nara de Deus, e o chefe-economista da DEIN, Felipe Tavares, expuseram os resultados do estudo e destacaram a crescente preocupação da CNC com o avanço descontrolado das apostas on-line no Brasil.

De acordo com a pesquisa, mais de 1,3 milhão de brasileiros estão inadimplentes devido às apostas em cassinos virtuais. Os apostadores já gastaram cerca de R$ 68 bilhões em jogos, e o estudo da CNC estima que o comércio enfrenta um prejuízo anual de R$ 117 bilhões em decorrência desse cenário.

Confira aqui o estudo completo

Setor varejista

Em resposta a esse impacto, a CNC revisou para baixo a projeção de crescimento do setor varejista em 2024, de 2,2% para 2,1%. Essa revisão reflete o efeito negativo das apostas on-line, que têm comprometido a renda das famílias, redirecionando o consumo de bens e serviços essenciais para os jogos de azar.

Na semana anterior, Nara de Deus participou de reuniões no Congresso Nacional e nos ministérios com o objetivo de sensibilizar os parlamentares e as autoridades do poder Executivo sobre os impactos dos cassinos virtuais nas famílias brasileiras.

Além da secretária Lílian Cintra de Melo, o encontro contou com a presença de Marivaldo de Castro Pereira, secretário nacional de Assuntos Legislativos do MJSP, Vitor Hugo do Amaral Ferreira, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, e assessores da DRI e da DEIN.

Estudo do impacto econômico das bets – Portal do Comércio (portaldocomercio.org.br)

É uma honra estar entre as 500 pessoas mais influentes da América Latina em 2024, em lista organizada pela Bloomberg Línea que destaca líderes de diversos setores e diferentes trajetórias.

Sempre busquei traduzir minha influência na construção coletiva de novas oportunidades para as pessoas e no desenvolvimento, não só do nosso ecossistema de beleza, mas do setor como um todo. Isso passa por muito diálogo, pela escuta ativa e pela liderança pelo exemplo, ao meu ver uma das ações mais efetivas para valorizar o DNA do Grupo Boticário e influenciar positivamente a sociedade.

Como diz a própria Bloomberg, essa lista não é um ranking e sim um reconhecimento do impacto positivo das pessoas selecionadas. Nada mais justo que dividir essa conquista com todas as lideranças do GB, nossos colaboradores, parceiros de negócios e clientes, que nos motivam a fazer cada vez mais e melhor.

Assembleia Geral do SindiShopping realizada dia 03 de outubro de 2024, por unanimidade,

aprovou a cobrança da Contribuição Confederativa Patronal,

exercício de 2024, que consiste em duas parcelas de 3% cada, calculadas  sobre a folha bruta

de salários do mês de setembro de 2024 e com vencimentos em 10/10/2024 e 10/11/2024.

Acesse o link abaixo e terá a íntegra do item aprovado nesse citada Assembleia.

Extrato – Assembleia Geral