A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um cenário de estabilidade nas vendas em 2023, com alta de 0,8%. A estimativa comedida baseia-se em um contexto em que a taxa básica de juros da economia somente deve recuar a partir da sexta reunião do Comitê de Política Monetária, que será […]

Publicado em 11/01/2023 17:18 • Atualizado em 11/01/2023 17:18

 Por Luciana Neto site CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um cenário de estabilidade nas vendas em 2023, com alta de 0,8%. A estimativa comedida baseia-se em um contexto em que a taxa básica de juros da economia somente deve recuar a partir da sexta reunião do Comitê de Política Monetária, que será realizada em setembro. Mesmo com esse recuo esperado, a taxa Selic deverá encerrar em patamar elevado de 12,25% ao ano.

Soma-se a isso a expectativa de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 tenha alta de 5,4%, acima do teto do regime de metas de inflação para o ano, que é de alta de 4,75% em relação a 2022. Além disso, a perspectiva de crescimento da economia abaixo de 1% deve manter o ritmo de geração de emprego sem aceleração.

“O panorama revela um 2023 desafiador para o varejo brasileiro, que deve enfrentar ainda momentos de instabilidade nos primeiros meses do ano”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Os juros elevados, o aumento da inflação e o mercado de trabalho estabilizado são responsáveis pela primeira queda depois de três altas mensais consecutivas do volume de vendas do varejo. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11 de janeiro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo foi de 0,6% no mês de novembro, em relação a outubro do ano passado, ligeiramente abaixo da expectativa da CNC, que projetava queda de 0,4%. No comparativo com novembro de 2021, houve avanço de 1,5% – a quarta alta consecutiva nessa base comparativa.

Inflação interrompe alta das vendas

Conforme o economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, a queda das vendas do varejo está relacionada ao aumento de preços após a sequência de deflações observada ao longo do terceiro trimestre do ano passado. O índice geral de preços, medido pelo IPCA, voltou a registrar alta, de 0,41%, em novembro, após avanço de 0,59% em outubro. Os grupos de vestuário e transportes foram os principais responsáveis pela alta dos preços em novembro, com aumentos de 1,1% e 0,83%, respectivamente.

Seis dos oito segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram redução dos preços, com destaque para o ramo de combustíveis e lubrificantes (queda de 5,4%) e o de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (redução de 3,4%). Embora as pressões inflacionárias tenham se concentrado no grupo de alimentação ao longo de todo o ano passado, houve um aumento do preço dos combustíveis de 3,29% em novembro, o maior avanço observado nesse grupo desde março de 2022.

Juros seguraram vendas a prazo

“O aperto monetário no varejo se fez sentir ao longo de todo o ano de 2022 e, apesar do tímido crescimento, o volume de vendas no acumulado de 12 meses ainda se mantinha no campo positivo ao fim do primeiro quadrimestre do ano passado, em alta de 0,7%, mas despencou para uma queda de 1,8% em julho”, analisa Fabio Bentes. Em novembro, as vendas acumulavam crescimento de 0,6% nessa base comparativa.

Nas operações de crédito livremente contraídas por pessoas físicas, a taxa média de juros dos empréstimos e financiamentos atingiu 59% ao ano – maior patamar desde agosto de 2017 (quando estava em 62,3% a.a.). “Esse fenômeno, aliado ao grau de endividamento historicamente elevado dos consumidores nos últimos meses do ano, foi um empecilho ao crescimento das vendas, especialmente nos segmentos em que há predominância do consumo a prazo”, afirma o economista da CNC.

Desaceleração do mercado de trabalho reduz recursos para o consumo

A perda de fôlego nas contratações, que é a principal origem da geração de recursos destinados ao consumo, também tem contribuído para a desaceleração das vendas nos últimos meses, segundo Fabio Bentes. A desaceleração do ritmo de geração de vagas celetistas medidas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que, embora o saldo acumulado em 12 meses tenha sido positivo ao fim de novembro (com 2,18 milhões de postos abertos), o número de vagas naquele mês foi o menor registrado desde abril de 2021.

No mesmo sentido, o indicador de regeneração do nível de ocupação, contabilizado pela Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (realizada pelo IBGE), apontou aumento de 5,7 milhões de pessoas ocupadas, o menor nível de expansão em 12 meses desde junho de 2021.

Porto Alegre subiu 15 posições e lidera ranking elaborado pelo Ministério da Economia

REDAÇÃO 10/01/2023  AMANHA   Revista Digital

Os melhores quesitos de Porto Alegre foram infraestrutura, seguido por empreendedorismo e segurança jurídica

Porto Alegre tem o melhor ambiente de negócios do Brasil. A capital gaúcha ficou em primeiro lugar no Índice de Concorrência dos Municípios 2022 (ICM), divulgado na segunda-feira (9). A pesquisa, realizada pelo Ministério da Economia, apresenta uma análise do ambiente de negócios das cidades baseada em leis e práticas municipais. A pontuação final de Porto Alegre chegou a 654,2, o maior índice entre as cidades participantes, 38% a mais que a média nacional e 29% acima da média da região Sul. Com o resultado, a cidade subiu 15 posições em relação a 2021.

Nesta edição, participaram 119 municípios, grupo formado pelas capitais, cidades com mais de 250 mil habitantes e os municípios que se voluntariaram. Ao todo, eles representam 43% da população nacional. Ponta Grossa (PR), Florianópolis (SC), São José dos Pinhais (PR) e Curitiba (PR) também fazem parte do Top-10 do ranking (veja a lista das dez primeiras colocadas ao final desta reportagem). A região poderia ter mais uma representante já que Santa Maria (RS) ficou na 11ª posição com 566,14 pontos, 2,53 pontos a menos que Fortaleza (CE).

Os melhores quesitos de Porto Alegre foram infraestrutura (76,5), seguido por empreendedorismo (74,8) e segurança jurídica (74,9). na pontuação geral, em segundo lugar ficou Belo Horizonte (MG), com 618,64, e, em terceiro, Ponta Grossa (PR), com 603,13. Foram respondidas mais de 600 questões, relacionadas a nove áreas diferentes: empreendendo no município, infraestrutura, construindo no município, qualidade da regulação urbanística, liberdade econômica, concorrência em serviços públicos, segurança jurídica, contrato com poder público e tributação.

ICM
O principal objetivo do ICM é analisar o ambiente concorrencial municipal por meio da coleta e geração de dados e informações, de forma a promover o avanço contínuo da qualidade regulatória, assim como as melhores práticas entre as cidades. Para fins de cálculo do resultado final, todas as notas obtidas em cada um dos capítulos foram somadas e normalizadas no intervalo de zero a mil pontos, sendo considerados mais bem avaliados aqueles municípios com nota mais próxima a 1000, e mais mal avaliados aqueles mais próximos a 0.

 

Cidade Pontos
Porto Alegre (RS) 654,21
Belo Horizonte (MG) 618,64
Ponta Grossa (PR) 603,13
Recife (PE) 583,62
Brasília (DF) 578,40
Florianópolis (SC) 576,79
São José dos Pinhais (PR) 575,61
Curitiba (PR) 571,80
Sorocaba (SP) 571,43
Fortaleza (CE) 568,67

Companhia criada da fusão das administradoras de shopping centers integra o índice Bovespa no Mercado Novo da B3

de Redação  9 de janeiro de 2023

A nova gigante do varejo brasileiro formada pela fusão das administradoras de shopping centers Aliansce Sonae e BrMalls começa a operar nesta segunda-feira, 9, já integrando o índice Bovespa no Mercado Novo da B3, o mais exigente em relação às boas práticas de Governança Corporativa. Avaliada em R$ 10 bilhões, a companhia combinada é uma plataforma de serviços, entretenimento, lifestyle e compras.

“Trabalhamos seis meses no planejamento de integração de talentos, com a expertise que já temos da fusão com a Sonae. A ideia não é juntar o que cada empresa tem de melhor, mas acelerar as estratégias de engajamento, fidelização e soluções para lojistas que são harmônicas, proporcionando a melhor experiência”, afirma Rafael Sales, CEO da nova empresa.

No total, a empresa resultante da fusão de Aliansce Sonae e BrMalls possui 62 shoppings, sendo 53 deles próprios e nove administrados, com um portfólio de 11 mil lojas e 4 mil marcas. A nova companhia tem 2,5 milhões de área bruta locável (ABL) e recebe mais de 60 milhões de visitas mensais.

Porfólio de vendas

A empresa desponta com a maior liquidez do mercado e o portfólio com vendas em torno de R$ 40 bilhões, o que representa mais que o dobro do principal concorrente. Os shoppings próprios Top 10 têm venda de R$ 12,8 bilhões. Já a média de vendas dos shoppings Top 5 oriundos de cada companhia está acima de R$ 1 bilhão.

“Nossos shoppings são hubs de soluções para as cidades, destinos de convivência e experiência fígital e ainda espaços de oportunidades para os empreendedores de varejo e serviços. Continuaremos trabalhando com o compromisso de servir e encantar nossos consumidores e parceiros todos os dias”, comenta Sales.

Ao longo do ano será conduzido o processo de integração. Segundo Rafael, projetos como o de real state, originalmente da Aliansce Sonae e que cria bairros planejados para desenvolvimento do entorno dos shoppings pode ser levado para mais regiões do país, assim como a plataforma de mídia, que será a maior da indústria de shoppings. A nova empresa resultante da fusão de Aliansce Sonae e BrMalls tem mais de 5 mil colaboradores diretos e indiretos em todo o País.

A empresa tem estrutura de corporation e acionistas de referência no mercado, limitados a 25% do poder de voto e possui iniciativas com certificações internacionalmente reconhecidas, como o Índice de Sustentabilidade (ISE) da B3 e melhor avaliação do setor no Carbon Disclosure Project (CDP), além da adesão ao Pacto Global da ONU.

Conclusão da combinação

Aliansce Sonae e BrMalls comunicaram na sexta, 6, a consumação da combinação dos negócios das companhias. Na própria sexta, foi encerrada a negociação das ações de emissão da BrMalls na B3 sob o código BRML3, conforme divulgado pelas empresas em 19 de dezembro.

As companhias continuarão a se dedicar às suas atividades, mantendo-se o registro de companhia aberta da Aliansce Sonae e a listagem de suas ações no segmento do Novo Mercado da B3, tornando-se a BrMalls uma subsidiária integral da Aliansce Sonae, segundo fato relevante.

Com a consumação da operação, as ações de emissão da BrMalls deixarão de ser negociadas no segmento do Novo Mercado da B3 e serão tomadas as medidas necessárias para que o seu registro de companhia aberta seja convertido de categoria “A” para categoria “B” e mantido enquanto os demais valores mobiliários por ela emitidos estiverem em circulação.

Com informações de Estadão Conteúdo (Elisa Calmon).

Dois em cada cinco líderes expressaram preocupação de que suas empresas não durem uma década

Bloomberg / Publicado em 17/01/2023 às 16:59.

O início do Fórum Econômico Mundial em Davos foi marcado por previsões de executivos e economistas de que uma recessão global é provável este ano.

No primeiro dia do encontro da elite financeira global nos Alpes suíços, a PwC apresentou uma pesquisa com 4.410 líderes empresariais entrevistados em outubro e novembro, em que 73% previram que o crescimento global diminuiria nos 12 meses seguintes. Foi o resultado mais pessimista desde que a consultoria começou a pesquisa anual em 2011.

Dois em cada cinco líderes expressaram preocupação de que suas empresas não durem uma década.

Uma pesquisa separada de economistas-chefes, divulgada pelo Fórum, descobriu que dois terços esperam uma recessão mundial em 2023, à medida que as empresas cortam custos.

Mais de 2.700 executivos, banqueiros e economistas comparecem ao encontro de inverno na estação de esqui suíça pela primeira vez desde 2020. Embora dados recentes tenham aumentado as esperanças de que as economias ainda possam fazer um pouso suave, inflação e juros altos fizeram com que muitos se preparassem para uma contração econômica.

O presidente global da PWC, Bob Moritz, no entanto, disse que o nível de preocupação na pesquisa de sua empresa provavelmente foi exagerado.

As expectativas de uma desaceleração foram incorporadas às previsões porque as pessoas já previam isso há muito tempo, disse ele. Comparado com a crise financeira de 2008, os CEOs estão mais temerosos com a economia agora, mas estão mais confiantes de que suas empresas conseguirão atravessar essa crise, disse.

Mesmo assim, a confiança dos líderes empresariais nas perspectivas de crescimento de suas próprias empresas teve a pior queda desde a crise de 2008.

Os três grandes riscos deste ano são inflação, volatilidade macroeconômica e conflito geopolítico, segundo a pesquisa.

Moritz disse que a principal surpresa foi a perspectiva de longo prazo, com 40% dos CEOs convencidos de que “suas organizações não serão economicamente viáveis em 10 anos se não se transformarem”.

“No curto prazo, o que preocupa é como gerenciar as pressões de custo e, no longo prazo, são as cadeias de suprimentos, clima, inovação tecnológica”, disse. Os chefes precisam agir agora para “sobreviver dois anos e prosperar nos próximos 10”, garantindo ao mesmo tempo que tenham o capital para investir no futuro, acrescentou.

Da Agência Senado | 18/01/2023, 18h49

Relatório da IFI divulgado nesta quarta analisa plano do Ministério da Fazenda para reduzir déficit
Edu Andrade/ Ascom/ MF

A Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) avalia que, das medidas apresentadas pelo Ministério da Fazenda para redução do déficit do governo federal, as que têm mais chance de se concretizarem são os aumentos de impostos. A explicação está no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de janeiro, divulgado nesta quarta-feira (18).

O pacote de ajuste fiscal foi apresentado pelo ministro Fernando Haddad na semana passada e inclui principalmente medidas pelo lado da receita, como estímulo à quitação de débitos, mudanças em julgamentos administrativos de questões tributárias e novos parâmetros de projeção de arrecadação. De acordo com a IFI, porém, as medidas que devem prosperar são as que envolvem aumento de impostos.

“Entre as medidas anunciadas, a IFI considera que as de maior probabilidade de materialização em receitas para o governo central são as que configuram aumento de tributos, como a volta da cobrança de PIS/Cofins sobre combustíveis, e a transferência de recursos das contas do PIS-Pasep para o Tesouro. Algumas medidas podem ser consideradas de caráter incerto, tendo em vista a existência de questões que possam dificultar a realização das receitas, como a possibilidade de judicialização”, afirma o texto.

Pelo lado da despesa, as medidas anunciadas pelo governo se limitam a renegociação de contratos e autorização para execução orçamentária inferior ao estipulado na Lei Orçamentária Anual (Lei 14.535, de 2023). Esta última é considerada mais factível pela IFI, uma vez que o Orçamento de 2023 viu um aumento das despesas discricionárias em função da aprovação da PEC da Transição no ano passado, a Emenda Constitucional (EC) 126.

Mesmo assim, há dúvidas. Mudanças constitucionais de 2019 estabeleceram o dever de a administração pública executar certas programações orçamentárias discricionárias para “garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade” (EC 100 e EC 102). A IFI destaca, porém, que o Ministério da Fazenda entende que essa regra se subordina ao cumprimento de metas fiscais, limitações de despesa e outros impedimentos de ordem técnica.

Apesar das condicionantes apresentadas no relatório, a IFI conclui que o pacote serve para balizar as expectativas em relação aos rumos fiscais do governo.

“O anúncio das medidas reduz a incerteza em torno do financiamento da elevação de gastos promovida pela EC 126 e indica que a arrecadação terá papel preponderante na recuperação do equilíbrio fiscal nos próximos anos”, diz a instituição.

Indicadores

A IFI destaca também que o resultado primário do governo central atingiu superávit em 2022, o que não acontece desde 2014. No entanto, isso é resultado principalmente de receitas extraordinárias, que não devem ser repetir nos próximos anos.

“Os dados coletados pela IFI indicam que o governo central teve superávit primário de R$ 50,6 bilhões (0,5% do PIB) em 2022. O resultado ocorreu em um ambiente de forte expansão das receitas e relativo controle da despesa. Essa dinâmica não deverá ocorrer em 2023 e 2024, para quando se espera arrefecimento na arrecadação e crescimento mais acelerado das despesas.”

O cenário de juros deve continuar constante nos próximos anos, dadas as expectativas da inflação conforme medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A dívida bruta deverá encerrar o ano de 2023 na proporção de 77,8% do PIB, uma alta de alta de 3,6 pontos percentuais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Site CNC 23/01/2023

  • A coluna Capital S/A (Correio Braziliense) noticia que  setores comércio, bens e serviços; indústria e agronegócio têm posições diferentes sobre as propostas de Reforma Tributária que tramitam no Congresso e que, agora, no início do governo Lula, emergiram como pautas prioritárias do Executivo e do Legislativo. CNI vem se mostrando favorável à PEC 110, defendida há tempo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Mas a CNC e o agronegócio têm fortes ressalvas. Especialmente, o setor de bens e serviços se sente punido pelas mudanças propostas. Alega que terá um impacto tão grande que poderá levar ao fechamento de empresas.

 Luiz Alberto Marinho  29 de dezembro de 2022  – Mercado & Consumo )

 

 

Alexandre Birmann, CEO da Arezzo&Co, parecia particularmente animado no dia 6 de maio, quando apresentou aos investidores e analistas os resultados da companhia no primeiro trimestre do ano. Não era para menos. A receita bruta passou de R$ 1 bilhão no período, as vendas cresceram 66% em relação a 2021 e o lucro líquido foi 320% maior do que o do início de 2019, antes da pandemia.

Os números da Arezzo estavam bons e alguns dados chamaram ainda mais a atenção. O faturamento do online chegou a 24% do total e as vendas influenciadas pelo digital representaram 42% do sell out das marcas. Isso aconteceu, em grande parte, porque o exército de 10 mil vendedoras, espalhadas por todo o País, fez em média 2 milhões de contatos ativos por mês com suas clientes, por meio do App do Vendedor. Isso dá algo em torno de seis contatos por dia para cada funcionária. Na prática, essa iniciativa amplia dramaticamente a produtividade das equipes de loja, com ajuda de uma base estruturada de dados, que já conta com mais de 3,8 milhões de clientes cadastrados.

Durante a conversa, Birmann destacou o expressivo crescimento de peças vendidas, concluindo que, neste começo de ano, a Arezzo&Co havia não apenas conquistado um desempenho positivo, mas também ampliado sua participação de mercado. Se considerarmos que as vendas de vestuário, calçados e acessórios aumentaram 24% no primeiro trimestre, de acordo com o IBGE, o avanço de 66% reportado pela Arezzo confirma que a marca de fato teve melhores resultados do que o setor como um todo, roubando vendas dos seus concorrentes.

O exemplo da Arezzo tem se repetido em outros segmentos, com diferentes protagonistas. O aumento da concentração de mercado é fenômeno global, impulsionado pela maior complexidade do cenário competitivo e pela necessidade dos varejistas de investir no envolvimento de clientes e na venda ativa, com uso mais intenso da tecnologia, dados e digital. Naturalmente, as grandes redes possuem maior capacidade de fazer esses investimentos do que lojistas pequenos e locais.

É aí que entram os shoppings. Pequenos lojistas precisam, mais do que nunca, de apoio para serem competitivos. Os shopping centers precisam dos pequenos lojistas. Logo, investir parte importante dos recursos dos centros comerciais no desenvolvimento dos negócios dos lojistas é algo meio óbvio, não?

De fato, há diversas iniciativas muito bem construídas em andamento. O Shopping Cidade, em Belo Horizonte, é um exemplo. Para apoiar os lojistas, especialmente os menos estruturados, foi criado o Lab Cidade, espaço que presta serviços gratuitos com o objetivo de gerar oportunidades de negócios e elevar vendas. Com um ano de vida, os resultados são expressivos: 99% dos lojistas declararam estar satisfeitos com os serviços oferecidos e 91% atestaram a contribuição do programa para seus resultados. Não é à toa. As vendas cresceram em média 25% nas lojas que receberam a consultoria do Lab Cidade.

A JCPM, rede com empreendimentos concentrados no Nordeste, é outra que tem investido bastante nos lojistas. Para isso criou o shopping digital, um canal de vendas e divulgação das lojas na web. No momento nenhuma taxa é cobrada. O serviço inclui ainda a produção de conteúdo para as redes sociais. Para a queijaria Campo da Serra, pequeno operador com loja no Riomar Recife, o serviço foi a salvação durante o lockdown. Mesmo depois da pandemia, a lojista seguiu usando a plataforma de vendas online, que foi responsável por 5% das suas vendas totais nos primeiros meses deste ano. No entanto, acesso ao e-commerce não é o único benefício do shopping online: muitos lojistas ganham exposição nas lives dos shoppings da JCPM e na própria plataforma, o que acaba gerando conversão na loja.

Há vários outros exemplos. No interior de Minas Gerais, o Shopping Uberaba criou o U36, plataforma de conexão digital entre seus clientes e os lojistas. Grandes redes, como Multiplan, Ancar, Aliansce Sonae e brMalls também têm programas interessantes.

No entanto, diante dos novos desafios do varejo, será importante ampliar a gama de serviços prestados. A maior parte dos programas para lojistas está baseada apenas em treinamento e conteúdo. É pouco. Para que mais recursos sejam alocados para este fim, é necessário que os shoppings entendam que sua evolução passa mais por desenvolver varejistas do que por alugar lojas simplesmente.

Vivemos tempos desafiadores, marcados por mudanças estruturais no consumo e nos canais de venda. Além disso, convivemos com desemprego, inflação alta, endividamento das famílias e corte de despesas não essenciais em muitos lares. Nesse cenário, é natural que as pessoas que ainda preservaram seu poder de compra sejam disputadas a tapa pelos varejistas nacionais. Na briga pela preferência e pelo bolso desses consumidores, saem na frente, é claro, os que são capazes de acessar essas pessoas mais frequentemente, de maneira relevante, em diversos pontos de contato. Hoje, os grandes varejistas levam vantagem sobre os pequenos, neste quesito.

Está mais do que na hora dos shoppings elevarem suas apostas em programas mais ambiciosos de apoio aos pequenos empresários.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.

( Este artigo foi publicado originalmente no dia 9 de junho )

 30 de dezembro de 2022 no Destaque do diaEconomiaNotícias / Mercado & Consumo

O Ministério da Economia editou portaria que estabelece os dias de feriados nacionais  no ano de 2023. A medida é para cumprimento pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sem prejuízo da prestação dos serviços considerados essenciais.

A Portaria nº 11.090 foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 29.

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Relação dos feriados e pontos facultativos de 2023:

– 1º de janeiro, Confraternização Universal – domingo

–– 21 de fevereiro, Carnaval – carnaval 3ª. feira

– 22 de fevereiro, quarta-feira de cinzas / ate 12,00 hs 4ª.feira

– 7 de abril, Paixão de Cristo 6ª. feira

– 21 de abril, Tiradentes 6ª,feira

-1º de maio, Dia Mundial do Trabalho 2ª.feira

– 8 de junho, Corpus Christi  5ta.feira

– 7 de setembro, Independência do Brasil  5ª.feira

– 8 setembro – Padroeira Curitiba – feriado  – 6ª. feira

– 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida  – 5ª.feira

– 2 de novembro, Finados  – 5ª,feira

– 15 de novembro, Proclamação da República – 4ª.feira

– 25 dezembro Natal 2ª.feira

 

(Com informações de Agência Brasil)

Circe Bonatelli, do Estadão Conteúdo 30/12/2022 às 09:38

As vendas nos shoppings tiveram um crescimento nominal de 5,9% no Natal deste ano em comparação com a mesma data no ano passado. O setor movimentou R$ 5,6 bilhões na semana de 19 a 25 de dezembro. Os dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado, elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O resultado ficou acima da projeção inicial da entidade, que previa um crescimento nominal de 4%. Já o tíquete médio das vendas foi de R$ 205, o que representou um aumento de 8,5% em relação aos R$ 189 de 2021.

Para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, o desempenho dos shoppings melhorou graças ao arrefecimento da inflação e ao aumento das vagas de trabalho – fatores que fortaleceram a capacidade de consumo da população nos últimos meses.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/shoppings-registram-alta-de-59-nas-vendas-do-natal-de-2022-diz-associacao/

30 de dezembro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Inflação. ·

IGP-M subiu 0,45% em dezembro

 

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado para o reajuste dos contratos de aluguel, subiu 0,45% este mês, acumulando alta de 5,45% de janeiro a dezembro de 2022. Em novembro, o indicador caiu 0,56%, e em dezembro do ano passado, a variação foi de 0,87%, com alta de 17,78% acumulada em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, o índice foi afetado pela aceleração no preço de alimentos importantes na cesta, tanto para o produtor como para o consumidor.

“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para tomate (18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”.

Componentes

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,47% em dezembro, após cair 0,94% em novembro. Por estágios de processamento, o grupo bens finais caiu 0,29%, após alta de 0,13% no mês anterior.

A principal influência veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,01% para -0,47%. O índice bens finais (ex), que exclui os alimentos in natura e combustíveis para o consumo, passou de 0,12% em novembro para -0,09% em dezembro.

A taxa dos bens intermediários, que havia caído 0,11% em novembro, teve queda de 0,30%, puxada pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 0,83% para -2,26%. O índice de bens intermediários (ex), que exclui esse subgrupo, subiu 0,13% em dezembro, depois de cair 0,32% em novembro.

Já o estágio das matérias-primas brutas teve alta de 2,09% em dezembro, após queda de 2,86%. As principais influências vieram do minério de ferro (-8,01% para 16,32%), café em grão (-20,97% para 0,40%) e bovinos (-2,20% para 1,55%). Entre as desacelerações no mês, os destaques são a soja em grão (1,25% para -1,52%), a laranja (8,88% para -3,04%) e a mandioca (6,33% para 1,72%).

IPC

O FGV Ibre também divulgou hoje o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que variou 0,44% em dezembro, após alta de 0,64% no mês passado. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, cinco desaceleraram, sendo a principal contribuição o grupo saúde e cuidados Pessoais, cujo índice passo de 1% em novembro para 0,37%. O destaque foram os artigos de higiene e cuidado pessoal, que passou de 2,03% para -0,25%.

Na passagem de novembro para dezembro, o grupo educação, leitura e recreação foi de 0,60% para -0,26%, transportes passou de 0,79% para 0,31%, vestuário foi de 0,83% para 0,67% e despesas diversas desacelerou de 0,14% para 0,08%, com destaque para passagem aérea (2,07% para -1,71%), gasolina (1,58% para 0,18%), calçados (1,35% para -0,12%) e cigarros (0,01% para -0,72%).

Pelo lado das altas e acelerações no índice estão os grupos alimentação (0,83% para 0,99%), comunicação (-0,32% para 0,48%) e habitação (0,37% para 0,42%). As principais influências dessas classes de despesa foram o arroz e feijão (-0,82% para 3,74%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (-0,32% para 0,69%) e tarifa de eletricidade residencial (0,59% para 1,27%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,27% em dezembro, ante alta de 0,14% em novembro. Entre os três grupos componentes do INCC, materiais e equipamentos passaram de -0,35% para 0,37%, serviços foram de 0,35% para 0,43% e mão de obra passou de 0,53% em novembro para 0,16%.

Fonte: Agência Brasil