O número de endividados no país chegou ao maior patamar em 11 anos em 2020, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O percentual de famílias com pendências financeiras subiu 2,8 pontos percentuais no ano passado em comparação com 2019. Fechou aos 66,5%.

Os dados foram publicados nesta 6ª feira (29.jan.2021). Eis a íntegra (423 MB).

O endividamento chegou a alcançar 67,5% em agosto e, desde então, teve início uma trajetória de queda.

O período foi marcado pela pandemia de covid-19, que teve impacto no número de desempregados do país. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14 milhões de pessoas procuravam emprego no trimestre de setembro a novembro.

Passe o cursor para visualizar os valores no gráfico abaixo:

A CNC publica mensalmente a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) com as médias de famílias com pendências financeiras. Apesar de ter registrado o maior percentual em 11 anos, subiu menos do que em 2019, quando registrou alta de 3,3 pontos percentuais contra 2018. Na prática, o crescimento do endividamento desacelerou.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os impactos negativos do surto de covid-19 ao longo do ano impuseram a adoção de medidas de recomposição da renda, como o auxílio emergencial, e de estímulo ao crédito, como forma de manter algum nível de consumo pelos brasileiros. Ele afirmou que a taxa básica de juros, a Selic, que está em 2% ao ano, também contribuiu para manter o controle financeiro das pessoas.

“Em conjunto com a redução dos juros ao menor patamar da história e com a inflação ao consumidor controlada em níveis baixos, estas ações [de auxílios emergenciais] forneceram às famílias condições de ampliar a contratação de dívidas e renegociar as já existentes”, afirmou Tadros.

A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso cresceu 1,5 ponto percentual. Chegou a 25,5% na média do ano.

“Houve sucessivas altas ao longo do ano, com o percentual atingindo o maior nível da história em agosto, com 26,7%. Porém, esta porcentagem passou a cair durante o 2º semestre, influenciada pelo conjunto de medidas de combate à pandemia que ajudaram os consumidores com relação à capacidade de pagamento de parte das contas e dívidas”, afirmou Izis Ferreira, economista da CNC.

O percentual de famílias que declararam não ter condições de quitar os débitos no mês seguintes cresceu 1,4 ponto percentual de 2019 para 2020. Subiu para 11% na média anual.

Fonte: poder 29/01/2021 Hamilton Ferreira 

 

 

Está muito claro que o mundo não tem oferta de vacinas pra sua bilionária demanda.
Entao, confiemos nas soluções possíveis, justas e aceitáveis.
Aqui, em nosso Brasil, por razoes diversas ( principalmente ineficácia governamental!) estamos aquém  da tarefa de vacinar logo, urgente, nosso time de trabalhadores da saúde.
Entao, nada melhor do  que as empresas com condiçoes, socorrer essa situação,buscando alternativas pra seu universo corporativo.
Afinal, SUS é ótimo, tem e sempre teve condições de atender a vacinação. Agora é que está sem o principal: a vacina!
As empresas pagam muito caro, muito mesmo!, de tributo sobre o salario de seu empregado,para manter o SUS, além do próprio empregado também pagar.(Sei, o primeiro objetivo é a aposentadoria, mas a saúde se incorporou nessa engenharia!)
Essa tal crise ética, amparada em “especialistas”, objeta mas não faz nada além disso.
Muito especialista e pouca solução!
Os empregados que tiverem vacina onde trabalham, não irao no SUS, esvaziarão as filas do setor público, poderão usar o transporte público e principalmente, facilitar o retorno da atividade econômica! Precisamos produzir, pagar salários, impostos.
Tem muito outros países fazendo isso.
Aqui há muito especialista e pouca solução, repito!
E bem que o sistema S poderia usar parte de sua bilionária reserva para ajudar nessa tarefa! Menos sedes!
Com transparência e honestidade! ( quase desaprendemos a fazer isso!).

Ericoh Morbis/Curitiba,jan.2021, 28

Busca por locais ao ar livre, obsessão por produtos de higiene e limpeza e mistura entre modelos físicos e virtuais. São algumas das tendências apontadas pela Euromonitor International, consultoria global de pesquisa de mercado, em seu relatório anual de tendências de consumo para 2021. Segundo a consultoria, os consumidores acreditam que é “hora de construir um futuro melhor”.
“As empresas devem colaborar para a criação de um mundo mais sustentável, contribuindo para a solução da desigualdade social e dos danos ambientais”, diz o relatório. Além disso, os consumidores querem mais conveniência, espaços ao ar livre e que as empresas os ajudem em questões do dia a dia, como o apoio entre vida pessoal e profissional.
Confira as dez principais tendências globais de consumo apontadas pela Euromonitor para 2021:
1. Refúgio ao ar livre
Locais abertos serão refúgios para os consumidores confinados. As pessoas pretendem se reconectar com a natureza e buscar locais ao ar livre para o lazer e para uma “socialização segura”.
2. Obsessão por segurança sanitária
Há um novo movimento pelo bem-estar. O medo do contágio aumentou a demanda por produtos de higiene e estimulou os consumidores a buscar soluções que não requerem contato físico. As empresas devem implementar inovações e medidas de segurança voltadas para diminuir as preocupações dos consumidores.
3. Pechinchar
Consumidores estão cautelosos e moderados. Os gastos com supérfluos estão diminuindo. Agora, eles querem produtos e serviços com um maior valor agregado e alinhados às medidas sanitárias. As empresas deverão oferecer opções acessíveis, sem redução da qualidade. Histórias que despertem empatia e que tenham ligações com saúde, autocuidado e bem-estar psicológico estarão em alta.
4. Novos espaços de trabalho
A expressão “fora do escritório” ganhou um novo significado. A tendência influenciou vestuário, gastos com tecnologia e hábitos alimentares, por exemplo. As empresas precisarão apoiar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e atender às necessidades de produtividade e de comunicação.
5. Crise de confiança
Preconceitos e desinformação estão causando uma crise de confiança. Desconfiar dos líderes agora é a regra. Para aproveitar esta tendência, as empresas deverão realizar ações de marketing mais precisas nas redes sociais e no mundo dos games, dando voz aos consumidores e pressionando as plataformas, como Facebook, Twitter e Youtube, a combaterem a desinformação.
6. Usar melhor o tempo
Os consumidores precisam ser mais criativos com a distribuição do tempo. As empresas devem propor soluções que atendam ao desejo do consumidor de otimizar seu tempo, oferecendo uma maior flexibilidade, especialmente com relação a produtos e serviços acessíveis a partir da casa do cliente, ou em sua vizinhança.
7. Mistura dos mundos físico e virtual
O modelo híbrido, formado pelos mundos físico e virtual, já é realidade. As empresas devem integrar processos virtuais nos espaços físicos, para oferecer uma nova possibilidade aos consumidores que preferirem ficar em casa. A oferta de experiências virtuais nos lares ainda é crucial para impulsionar vendas online (e coleta de dados).
8. Bem-estar psicológico
A pandemia reformulou o cotidiano, testando a resiliência psicológica das pessoas. Os consumidores agora têm uma nova compreensão sobre si mesmos e buscam uma vida mais plena, equilibrada e melhor. As empresas deverão fornecer produtos e serviços que auxiliem na promoção do bem-estar psicológico e que ajudem os consumidores a lidarem com circunstâncias adversas.
9. Sustentabilidade
Consumidores esperam iniciativas orientadas por propósitos, que apoiem a sustentabilidade.
10. Adaptação das empresas
Eles querem que as empresas adaptem rapidamente suas operações, mantendo a agilidade e a continuidade da jornada de compra em todos os canais.

fonte: Renato Pezzotti uol 22.1.21

Para setor produtivo, é urgente a imunização em massa para tranquilizar a população e acelerar a retomada econômica do País

Com dois manifestos publicados em menos de uma semana, o setor empresarial começa a mostrar a cara neste momento de demora da vacinação e agravamento da pandemia da covid-19 no País. Eles cobram do presidente Bolsonaro pressa na imunização, criticam a politização por causa das eleições de 2022, se colocam à disposição para ajudar e pedem ação do governo e do Congresso com medidas para a retomada econômica.

O Estadão ouviu empresários e presidentes das principais confederações do Brasil e num ponto eles são unânimes: é urgente a imunização em massa, com todos os tipos necessários de vacinas, para tranquilizar a população e acelerar a retomada econômica. Além de críticas à atuação do governo federal e de seus ministros, sobretudo o chanceler Ernesto Araújo, governadores e parlamentares não escapam da pressão.
No primeiro manifesto, assinado por 14 entidades, o movimento Coalizão Indústria pede “reformas já” e afirma que a segunda onda da pandemia é mais forte do que se imaginava e ocorre em desafiador cenário social, fiscal e de saúde. No segundo texto, “Prioridades aos Brasileiros”, empresários alertam que os poderes devem fazer política de Estado, e não de governo.
“Entendemos que nada irá acontecer nesse País enquanto a população não estiver vacinada. Até porque muita gente não compreendeu a gravidade: há aglomeração em todo canto e desprezo à máscara”, diz o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros. A entidade ofereceu instalações e equipes do Sesc e Senac para ajudar e evitar filas na vacinação. Tadros defende ainda a prorrogação do auxílio emergencial por 90 dias.
Já o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, pede que as autoridades deem orientações a serem repassadas aos funcionários. “Quem deve fazer isso é o Ministério da Saúde. Uma cartilha orientadora.”
Do movimento Coalizão da Indústria, o empresário José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) e vice-presidente da Fiesp, diz que a organização em relação à pandemia está ruim e cheia de imprevistos. “Do lado da saúde, não está passando segurança. Do lado da economia, as coisas não andam.”
As empresas esperam clareza do governo para evitar que seus recursos não acabem sendo mal utilizados, afirma Pedro Passos, cofundador da gigante dos cosméticos Natura. “Sem a liderança e o chamamento do governo, fica o temor de que essa ajuda seja de pouca valia. O governo tem de dizer o que o empresário deve fazer: é para emprestar caminhão para carregar vacina, treinar gente, contratar consultoria, planejar logística?”, questiona Passos.
Veja o que pensam os presidentes das principais confederações do Brasil:
José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic)
Estamos reforçando uma campanha interna para estimular a vacina, para que todo mundo brigue por ela. Que não abaixe a guarda agregada à vacinação. Em hipótese alguma os empresários estão escondidos. Eles estão botando a sua cara, provocando as discussões dos problemas atuais. Hoje, a gente vive uma crise que passa pelo Executivo brigando com o Executivo estadual e municipal. Judiciário entrando na seara do legislativo e do Executivo. Legislativo preocupado com a eleição da Câmara e do Senado, desde a metade do ano passado, e que nada aconteceu nesse período. As instituições, que deveriam representar o cidadão, estão omissas. As várias instituições estão muito mais preocupadas com a sua sobrevivência do que o cidadão. Estamos botando a cara, mas não somos Legislativo, Judiciário e nem Executivo Federal e estadual. Existe uma omissão de gente que está olhando para o seu umbigo em vez de olhar para o cidadão. A eleição de 2022 está atrapalhando. Está havendo uma disputa de poder entre os Poderes e esquecendo o cidadão. É ele que precisa de emprego, vacina e proteção. Que se juntem e criem um País decente.
José Roberto Tadros, presidente da Confederação Nacional de Comércio (CNC)
Eu disponibilizei toda a capilaridade do nosso sistema, que está em 2.600 municípios para que se efetive a vacinação dos brasileiros onde nós temos as nossas unidades. Temos dois braços, o Sesc e Senac, e eles estão em mais da metade dos municípios brasileiros. Estaríamos disponibilizando nossas equipes, nossos espaços físicos para um melhor atendimento. Se for só nos prédios públicos, vai haver uma quantidade de filas enormes quando chegar o momento de vacinação. Nós empresários do comércio estamos procurando dar apoio e colaboração no sentido de botar nossa equipe, mão de obra, para a vacina. Essa demora da vacina não é boa porque a cada dia enterramos nossos irmãos brasileiros. Espero que rapidamente se resolva. Entendemos que nada irá acontecer nesse País, enquanto a população não estiver vacinada. Até porque muita gente não compreendeu a gravidade dessa pandemia. Há aglomeração em todo canto, desprezo à máscara. O que eu vejo é que os outros países já estão vacinando e o Brasil é o quinto País mais populoso do mundo. Espero que o governo consiga resolver as pendências. Quem mais sofre são os menos favorecidos, que vivem de subemprego, que criaram as microempresas individuais e do próprio comércio. Estamos regredindo no nosso PIB e caindo o poder aquisitivo, as multinacionais estão saindo do País. Na economia, defendo a prorrogação do auxílio e um novo Refis para o empresariado. Deveria prorrogar o auxílio por mais 90 dias e dependendo do andar da carruagem renova de 30 em 30 dias.
Luige Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS)
A vacina é importante para voltar o equilíbrio da economia. O que precisamos e vamos tentar saber é escutar das autoridades quais são as orientações que temos que dar aos nossos funcionários, entidades, para que divulguem onde vai ser feita a vacinação. Isso é primordial para que possamos divulgar e dar todo apoio necessário para isso. Quem deve fazer isso é o Ministério da Saúde que está fazendo a distribuição. Uma cartilha orientadora de como vai ser a vacinação para não criar expectativas vãs. Tem muita gente já querendo entrar na fila do SUS e não se sabe como fazer isso. Espero que o Ministério da Saúde e os próprios governos estaduais para orientar a população. Essa questão política pode criar problemas para a vacinação, mas acredito que isso vai ser superado imediatamente. O que interesse agora é ter vacinas. O governo tem que fazer um projeto de quais são as facilidades que a economia tem para criar emprego. Se fizermos o dever de casa, a desoneração da folha, vai incrementar o emprego.

Rafael Lucchesi, porta-voz da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
No mundo inteiro, e no Brasil não será diferente, são os governos que lideram essa agenda. O governo brasileiro tem um plano nacional de imunização, liderado pelo Ministério da Saúde, que coordena o SUS. A posição da CNI é que entendemos que a vacina é uma prioridade absoluta para dar segurança aos indivíduos como também do resgate da normalidade social, econômica e produtiva. A vacina é um pressuposto da ciência que é caminho comprovado para atender as necessidades humanas em relação à grave doença. É super importante que os problemas em relação ao desgargalamento em relação à produção industrial das duas vacinas, que compramos, sejam resolvidos. Tem que ser a prioridade número zero do governo federal. Oferecemos reiteradas vezes os nossos locais físicos para a vacinação e nós fizemos chegar às autoridades públicas e estamos à disposição. O Sesi tem uma enorme capilaridade.
José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) e vice-presidente da Fiesp
Nós imaginávamos que haveria uma convergência de que medidas corretas fossem tomadas não só para mitigar a pandemia como também do lado econômico. Mitigar a pandemia é um plano robusto, organizado, sabendo que não é algo fácil, que vai demorar, mas que pelo menos passasse para a população segurança, tranquilidade que independentemente da gravidade pelo menos estava sendo bem administrada. Iniciamos o ano e isso não está bem acontecendo. A organização no Brasil está ruim, cheia de imprevisto e com falta de planejamento. Do lado da saúde, não está passando segurança para a população. Do lado da economia, as coisas não andam. Está parado, não avançam, fechando fábricas, ninguém investe. Numa situação como essa, não voltaremos a ter emprego. É muito preocupante. Sem previsibilidade não tem ações para voltar a economia. O movimento Reforma Já tem de diferente é que não dá mais para esperar. Empresas indo embora, aumentando imposto. Precisamos das reformas administrativa e tributária.

Adriana Fernandes e Fernando Scheller / TERRA 22 JAN2021

O novo empreendimento vai se chamar Park Shopping Boulevard e as obras estão aceleradas em um terreno na BR 116, na Linha Verde, ao lado do viaduto do Xaxim, em Curitiba. A inauguração está prevista para abril. O projeto foi concebido para proporcionar facilidade de locomoção e acesso à todos os setores. “Um dos diferenciais do Park Shopping Boulevard é que todas as opções de compras, lazer, entretenimento e alimentação ficarão num mesmo piso, já que o empreendimento é horizontal, projetado para facilitar a circulação de seus frequentadores”, revela a diretora comercial Lucila Peyerle.
Os espaços já estão sendo comercializados e quem tiver interesse, pode obter mais informações no site www.parkboulevard.com.br.
O novo shopping terá 250 lojas, em uma área construída de 25 mil m² e vai gerar 1.300 empregos diretos, podendo chegar a 2.500, indiretamente. Estão previstas sete salas de cinema, premium, além de academia e praça de alimentação. Serão 1.500 vagas de estacionamento. Os investidores apostam no desenvolvimento da região, que tem grande fluxo de trânsito e conexão com vários bairros e municípios da região metropolitana de Curitiba.
Serviço:
Telefone:(41)35210103
E-mail: contato@parkboulevard.com.br
Site: www.parkboulevard.com.br/home
Endereço: BR-116, 16.303 – Xaxim – Curitiba/PR

O ano de 2020 foi bastante difícil para o setor calçadista brasileiro. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o setor pode ter perdido 21,8% da sua produção em 2020, retornando a patamares de 16 anos atrás [dado oficial, do IBGE será divulgado até o final de janeiro]. Na exportação a queda foi de 18,6%, pior número desde 1983. Já para 2021, a estimativa é de incremento tanto em produção (+14,1%) quanto na exportação de calçados (+14,9%). O crescimento, porém, não será suficiente para recuperar o tombo verificado no ano passado.
Quanto à produção de calçados, a queda no acumulado até novembro foi de 23,4% (para 654,1 milhões de pares fabricados), sendo que o ano deve fechar com uma queda de 21,8%, indicando pequena melhora no último mês de 2020. “Fecharemos o ano com a produção de 710 milhões de pares, nível registrado em meados dos anos 2000”, destaca Haroldo Ferreira, presidente-executivo da entidade. Para 2021, a expectativa é de que o setor cresça 14,1% sobre a base fraca do ano passado (para 811 milhões de pares). “Porém, ainda que a estimativa se realize, estaríamos 10,3% abaixo do desempenho de 2019 (908 milhões de pares), na pré-pandemia”, projeta.
. Ele revelou que a entidade encaminhou um ofício para as federações de indústrias dos principais polos calçadistas do país para estudar a possibilidade do Sesi promover vacinação nas fábricas. De acordo com Ferreira, a própria Confederação Nacional da Indústria (CNI) está negociando com o Ministério da Saúde uma ação nesse sentido.

Indústria brasileira produziu 200 mil pares a menos no ano passado

Único mês de 2020 com resultado superior ao de 2019, novembro incrementou em 6,7% o faturamento da indústria de calçados frente ao mesmo mês do ano passado. Em coletiva de imprensa promovida em formato online pela Abicalçados nesta quarta-feira (13), o presidente executivo, Haroldo Ferreira, destacou que o impulso veio das exportações. Ainda assim, durante o ano as fabricantes reduziram a produção em 200 milhões de pares, se comparado a 2019. “A queda de produção frente ao ano passado seria maior, mas em função deste crescimento de novembro, ficou em 21,8%.” Segundo dados da Abicalçados, ao todo foram fabricados 710 milhões de pares de calçados.
.
Durante a apresentação das projeções e as pautas prioritárias do setor para 2021, o presidente do Conselho da entidade, Caetano Bianco Neto, ressaltou que o resultado de 2020 significa um retrocesso de 16 anos. “Equivale à produção de 2004/2005. Diferente do Brasil, outros polos produtores de calçados tiveram um impacto menor em meio à pandemia de Covid-19, destacou Ferreira. Dentre os países que mais sofreram, a Índia e o Vietnã superaram o Brasil em mais de 20%.
“Mesmo que sem fechamento do comércio, e com a vacinação da população ocorrendo, não acreditamos que vá ter aquecimento em 2021”, emenda Ferreira. “Devemos ter um ano melhor que 2020, mas ainda enfrentaremos dificuldades.” Ainda assim, a entidade projeta um crescimento de 14,1% na produção em 2121, com a fabricação de 810 milhões de pares. “Mas para se mensurar é preciso salientar que esta produção representa apenas 19,3% do que se produziu em 2019”, destaca Bianco Neto.
Dentre as mudanças que “vêm para ficar” nos negócios das fabricantes nacionais, o e-commerce foi o canal adotado pela maioria das marcas. “O meio digital facilita para o comprador”, opina o presidente da Abicalçados. Ferreira informou que os preços das novas coleções que chegam ao mercado brasileiro estarão “corrigidos” em torno de 10%. “Tivemos reajustes superiores a isso nos insumos. Esperamos não precisar que ocorra uma nova correção.” Dentre as pautas que a entidade deve trabalhar em prol do setor no decorrer de 2021, a principal será o extensão do direito antidumping contra o calçado chinês. “Além disso, defenderemos a reforma tributária e administrativa e já estamos trabalhando para diminuir as importações”, afirma Ferreira. “Estes são os caminhos para gerar mais empregos no País e para reduzir o custo Brasil, propiciando ao setor maior competitividade internacional.”

fonte: MARCOS GRACIANI 14/01/2021 Amanha Digitg./ JC Adriana Lampert

O ramo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas foi o principal responsável pela desaceleração das vendas, com queda mensal de 2,2%.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 4,2% para 3,9% a previsão de crescimento do volume das vendas no varejo restrito para 2021. No varejo ampliado – que inclui os ramos automotivo e de materiais de construção –, a projeção é queda de 5,2%. A entidade calcula que o setor apresente variação de +1,9% ao fim de 2020. As estimativas têm como base os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de novembro, divulgada nesta sexta-feira (15/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o fim do auxílio emergencial no início de 2021, o quadro ainda grave do mercado de trabalho e o aumento da inflação indicam que a reação do setor tende a se tornar mais lenta no início deste ano. “A condição fundamental para a retomada do ritmo de vendas de forma mais vigorosa nos próximos meses passa, inevitavelmente, pela eficiência do processo de imunização da população”, afirma Tadros.
De acordo com a PMC, o volume de vendas no varejo restrito recuou 0,1% em novembro de 2020, interrompendo uma sequência de seis altas mensais seguidas. No conceito ampliado, porém, aumentou 0,6%, em relação a outubro, alcançando o sétimo avanço consecutivo.
Ramo de alimentos recua
O ramo especializado na venda de alimentos, o mais relevante do setor em termos de faturamento anual, foi o principal responsável pela desaceleração das vendas, com queda mensal de 2,2%. Fabio Bentes, economista da CNC, destaca que, fora o mês de outubro (+0,8%), o ramo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tem registado retrações nas vendas desde o início do segundo semestre de 2020. “Esse processo coincide com a aceleração dos preços dos alimentos na segunda metade do ano passado. De acordo com o IPCA, a inflação de produtos alimentícios para consumo doméstico foi de 3,3% em novembro, a maior para este mês desde 2002”, explica Bentes.
Os destaques positivos foram: livrarias e papelarias (+5,6%), tecidos, vestuário e calçados (+3,6%), combustíveis e lubrificantes (+3,1%) e equipamentos de informática e comunicação (+3%). “Todos segmentos que vinham demorando a reagir às mudanças de hábitos dos consumidores”, ressalta o economista da Confederação.

fonte:  15 de janeiro de 2021 • por Moroz Assessoria

Tito Bessa Jr. Fundador da rede de moda TNG e presidente da Ablos (Associação Brasileira dos Lojistas Satélites)

O pequeno lojista de shopping está vivendo seu momento mais agudo e essa bomba-relógio poderá estourar ainda esse mês. A debilidade financeira das empresas é progressiva à medida em que aumentam o tempo de duração da suspensão de atividades e de isolamento social. O caso de um empreendedor que alugou uma loja em shopping center, fez reforma no início do ano passado, adquiriu estoque, abriu as portas em fevereiro seguinte, com expectativa de sucesso, e em março foi obrigado a paralisar tudo.

É o exemplo dramático e tão conhecido da situação que o país viveu nesse último ano. Conto esse caso, verdadeiro porque ele simboliza uma conjuntura que, em diferentes proporções, atingiu milhões de empresas brasileiras.

Durante a pandemia, nada menos que 1,3 milhão de empresas fecharam as portas no Brasil, sendo que 46% delas encerraram suas operações de vez –as demais ainda têm esperança de reabrir à frente, em algum momento. Das que pararam de funcionar em função da pandemia, 99% são de pequeno porte. Os dados são do IBGE e confirmam pesquisa divulgada pelo Boa Vista mostrando que cerca de 95% dos pedidos de falência ou recuperação judicial no país, durante essa crise, se referem a pequenas empresas.

Uma das grandes consequências da crise do coronavírus foi um intenso movimento de renegociação de despesas em todos os setores. No caso da relação entre pequenos lojistas e shopping centers, isso tem contribuído para gerar uma tensão extra pelo fato de que as administradoras estarem irredutíveis em flexibilizar os custos nesse momento tão delicado de início de ano.

São duas as razões: a cobrança do 13º aluguel das lojas em dezembro, que está sendo paga até a quinzena desse mês, e a aplicação do IGP-M (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para a correção dos contratos de locação.

O índice subiu 23,14% em 2020, muito acima da inflação oficial e das vendas. Algo insuportável em um período de queda de faturamento, restrições de horários e de público, bem como da imposição de um novo normal que ninguém sabe direito como será.

A crise também aguçou uma ferida antiga.

As lojas satélites representam 82% dos estabelecimentos encontrados em shoppings. São as pequenas lojas, em sua maioria, e não as âncoras (grandes magazines e megalojas), que estão sofrendo mais os efeitos da lenta retomada do movimento. Isso porque as âncoras e as megalojas sempre tiveram condições contratuais favoráveis. Dizia-se que atraíam uma quantidade maior de pessoas aos shoppings e por isso sempre foram tratadas como exceções nas relações contratuais.

Mas uma pesquisa encomendada pela Ablos (Associação Brasileira de Lojistas Satélites) indica que 85% das pessoas que frequentam esses polos se sentem atraídas pelo mix de opções e não porque vão encontrar ali as âncoras. Ou seja, querem diversidade.

Mas isso não é levado em consideração pelos administradores de shoppings. Eles estão se atendo apenas aos contratos —sem levar em conta a realidade do setor.

A situação lembra muito a Fábula de Esopo em que um casal, cego pela ganância, prefere matar a galinha de ovos de ouro por falta de paciência de esperar que ela gere a preciosa fortuna.

As imobiliárias estão aceitando trocar a correção dos aluguéis do IGP-M para o IPCA, que mede a inflação oficial do país. Algo que também poderia ser feito nos contratos dos shoppings e ajudaria muito na sobrevivência dos pequenos lojistas. Mas não tem sido assim. Talvez estejam preferindo vislumbrar futuros tapumes ao invés de olhar para vitrines.

fonte: Folha de São Paulo 08/01/2021 mercado

Local vai abastecer as compras de produtos adquiridos por e-commerce nas regiões Sul e Sudeste

O Grupo Boticário recebeu seu novo centro de distribuição (CD) em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba. O centro instalado no condomínio logístico Mega Curitiba é administrado pela empresa Capital Realty e tem mais de 20 mil metros quadrados. Ao todo estão sendo gerados até 700 empregos diretos e indiretos. O novo CD será base de operação do e-commerce e será dedicado às principais marcas do grupo (O Boticário, Eudora, Quem Disse Berenice?, Beauty Box, Vult e Beleza na Web).
A entrega marca a fase três de expansão do centro logístico da Capital Realty, que aumentou sua área em mais de 20 mil metros quadrados. As obras começaram no início de janeiro do ano passado. A empresa planeja aumentar mais o condomínio por meio de novas fases, com a fase quatro prevista para 2021. O investimento para esta fase foi de aproximadamente R$ 30 milhões. Até o momento a empresa tem um portfólio de mais de 500 mil metros quadrados de área construída. A companhia, com operações nos três estados do Sul, tem capacidade de elevar rapidamente sua área de galpões logísticos.
A implantação das unidades de e-commerce do Boticário será feita em três fases. A primeira já está em operação, com dois módulos funcionando desde agosto. A previsão é de que a segunda fase tenha mais dois módulos focados na operação Beleza na Web e a última fase, maior do que as outras, deve começar no segundo semestre deste ano. O CD vai abastecer as compras de produtos adquiridos por e-commerce nas regiões Sul, Sudeste (exceto São Paulo), Centro-Oeste (para a marca O Boticário) e para todo o Brasil (exceto São Paulo) para Eudora e Quem Disse, Berenice?.
fonte: REDAÇÃO JC 05/01/2021

O indicador ultrapassa o centro da meta

O Banco Central (BC) baixou de 4,39% para 4,38% a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020, segundo informações do boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (4). Com periodicidade semanal, o documento reúne as projeções para os principais indicadores da economia. O indicador ultrapassa o centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 4%. Contudo, se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%.
Outro parâmetro adotado pelo mercado financeiro é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Nesta edição, a taxa prevista para 2021 foi diminuída de 3,13% para 3%.
No dia 9 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a decisão, tomada em unanimidade, de manter a Selic em 2% ao ano. A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e leva a um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando a Selic é mantida, o comitê considera que ajustes anteriores foram suficientes para manter a inflação sob controle.
O mercado financeiro atualizou de 4,4% para 4,36% o valor referente à retração da economia em 2020, mensurada a partir do PIB. Quanto a este ano, a revisão foi de 3,49% para 3,4%. Ainda segundo o boletim Focus, a cotação do dólar para 2021 foi mantida em R$ 5.
Com Agência Brasil

fonte: REDAÇÃO 04/01/2021