Por Cristiane Barbieri

Atualização: 

Reestruturador de empresas renomado, João Pinheiro Nogueira Batista assumiu o comando das Lojas Marisa há pouco mais de um mês, com a rede varejista enfrentando um de seus piores momentos. Afetada pela pandemia e com problemas de gestão, a empresa já tinha dificuldade em gerar caixa quando a crise deflagrada pelo calote das Americanas fechou totalmente o mercado de crédito ao setor, que já vinha sofrendo com os juros altos.

Para piorar, as importações feitas por meio das plataformas chinesas alcançaram um patamar insustentável: a Shein, por exemplo, que em 2019 não aparecia entre as maiores concorrentes do setor de vestuário, atingiu 16,1% dois anos depois, segundo o IDV. A Marisa despencou de 7,9% para 4,1% – e todas as concorrentes locais a acompanharam ladeira abaixo.

“Se economia estivesse melhor e sem esse contrabando todo, talvez eu não tivesse de fechar 90 lojas”, diz Nogueira Batista, referindo-se ao plano de recuperação que tem de executar. “É um processo extremamente doloroso, já que cada loja emprega, em média, 20 pessoas. Um período dificílimo para todos.”

João Pinheiro Nogueira Batista assumiu o comando das Lojas Marisa no momento em que a rede varejista enfrenta uma de suas piores crises

Nogueira Batista recebeu o Estadão/Broadcast na tarde de quinta-feira, 20, na sede da Marisa, que ocupa uma antiga e grande fábrica de pregos dos anos 1940 no bairro da Barra Funda, na capital paulista, com um interior moderno, aberto e com clima do coworking.

O encontro aconteceu logo após a conversa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 20 empresários do setor, entre eles, Luiza Helena Trajano, do Magalu, Sergio Zimerman, da Petz e o próprio Nogueira Batista.

“O ministro está firme na intenção de fazer com que os marketplaces (shoppings virtuais) que queiram operar no Brasil façam uma adesão ao programa de conformidade e respeitem a legislação brasileira, como a Amazon”, afirma. “Mas ele não sabia os detalhes do contrabando organizado que vem sendo praticado.”

Nogueira Batista referia-se ao fato de os empresários terem apresentado a Haddad um trabalho detalhado do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), que fez compras e constatou inúmeras ilegalidades das plataformas estrangeiras. Numa compra feita com produtos que já estavam no Brasil (a chamada cross-border com pedidos nacionais), os itens vendidos não recolhiam impostos, os pacotes feitos com sacos pretos não tinham identificação dos sete diferentes vendedores e nos quais havia declarações explícitas de que não eram contribuintes por não realizarem vendas com intuito comercial, apesar de a empresa ter CNPJ, inscrição estadual e loja física.

Num pedido internacional, o quadro era pior. Além de não haver qualquer menção a impostos (que se tornam responsabilidade do consumidor), não é cobrado o IOF (imposto sobre operações financeiras) internacional de 6,38% sobre a compra com cartão de crédito e os produtos são expedidos com valor subfaturado (no caso que exemplificou o estudo do IDV, o item de US$ 71 foi declarado por US$ 41).

Além disso, o remetente era uma pessoa física chamada Tong Fang e não uma empresa, já que a isenção de impostos é permitida apenas na transação entre pessoas físicas e em valor de até US$ 50. O pedido também é transportado em aviões dedicados e as embalagens são descaracterizadas, sem referência à plataforma chinesa, com valor declarado inferior a US$ 50, para ser liberado pela Receita Federal sem recolhimento de tributos.

Técnicos do IDV constataram que alguns detalhes tornam a situação ainda mais grave. Há posts, vídeos e contratação de influenciadores digitais que ensinam o comprador brasileiro a burlar a fiscalização e fugir da tributação, como “Foi taxado? Entenda a regra do imposto e saiba pedir reembolso” ou “Como revender produtos adquiridos sem nota fiscal”. Também foi identificada a prática de frete subsidiado pelo governo chinês, bem como a venda de produtos sem qualquer controle de agências reguladoras, como as companhias brasileiras estão submetidas. Além do uso de imagens e fotos de empresas nacionais para exposição de produtos nas plataformas.

O básico e sabido, a venda de produtos piratas, é elogiada pelos consumidores brasileiros. O IDV identificou camisas Nike do PSG vendidas por preço 81% menor do que o do site oficial da marca e boneca LOL 61% mais barata do que na Ri Happy, entre outros itens. Todos com elogios à impressão de serem “quase perfeitos aos originais”. Resultado: as importações de pequeno valor cresceram 74% ao ano entre 2018 e 2022, segundo o Banco Central. Foram quase R$ 70 bilhões só no ano passado.

“O brasileiro precisa entender que, quanto mais ele compra nesses mecanismos ilegais, mais força a empresa que está na formalidade a demitir”, diz Nogueira Batista.

Só o setor de vestuário emprega mais de 775 mil funcionários, com uma cadeia de 3,8 mil fornecedores diretos. Se a Marisa vende menos (por causa dos marketplaces chineses), são quase 4 mil empresas no Brasil que vendem menos

– João Pinheiro Nogueira Batista, CEO das Lojas Marisa

Em relação aos pequenos empreendedores que atuam na informalidade – e que foram um dos motivos para a volta atrás em relação à decisão de taxar todas as compras feitas no exterior -, Nogueira Batista é categórico: é um ato ilegal de concorrência desleal. “Não se pode basear um negócio num mecanismo ilegal”, afirma.

Agora, a intenção é correr contra o tempo junto aos técnicos da Fazenda. “A ideia é que em semanas, no máximo dois meses, esse sistema eletrônico esteja funcionando”, diz ele. “Não pode demorar muito.” O plano de recuperação da Marisa é baseado, entre outras coisas, na redução das importações ilegais.

Já sobre o anúncio da Shein, de que produzirá no Brasil e gerará 100 mil empregos em parcerias com 2 mil indústrias nacionais, Nogueira Batista não vê problemas. “Pode concorrer, desde que pague imposto”, afirma. “Concorro com a C&A, com a Riachuelo, com todo mundo, mas todo mundo paga imposto. Que vença o melhor. Faz parte do jogo. Só não pode ser nessa base que é hoje.”

Fonte: https://www.estadao.com.br/economia/contrabando-fechar-lojas-ceo-marisa

Meio & Mensagem Meio & Mensagem1

3 d • 3 d •

A Ipsos apresentou nesta quarta-feira, 19, a décima edição da pesquisa The Most Influential Brands no Brasil. Baseado em análises do ano de 2022, o top 3 foi liderado por marcas ligadas à tecnologia e big techs. O Google apareceu em primeiro lugar, seguido do WhatsApp e YouTube.

O Google manteve a liderança em relação a 2021. Entre as razões da permanência no topo está a consistência de performance, inovação e confiança construída junto ao consumidor ao longo dos tempo em que está no Brasil. Os dois últimos fatores também foram decisivos para a presença do WhatsApp na lista.

O aplicativo da Meta conta com uma penetração de 1 bilhão de usuários no mundo, sendo que o Brasil está entre seus três principais mercados, conforme explicou Beatriz Bottesi, head de marketing da Meta na América Latina. A executiva se juntou a Juliana Roschel, diretora de marketing no Nubank; Maia Mau, diretora de marketing do Google no Brasil; e Maria Paula Fonseca, diretora do CoE da marca Natura, em painel.

A marca da Meta desbancou a Samsung em relação ao ranking de 2021, que passou a ocupar a sexta posição. Já o YouTube mantém sua liderança na terceira colocação do estudo; endossando o valor do grupo Google na percepção dos usuários brasileiros e sua contribuição para o entretenimento, fonte de informação e aprendizado, entre outros.

Na sequência, o top cinco é endossado pelo Instagram e Amazon – antes em sexto lugar – que ocupam a quarta e quinta posição. Confira o ranking completo.

1º Google
2º WhatsApp
3º YouTube
4º Instagram
5º Amazon
6º Samsung Electronics
7º O Boticário
8º Netflix
9º Nubank e Mastercard
10º Natura

Veja a reportagem: https://lnkd.in/dwTA-sQ6

#marcas #influencia #google #youtube #comunicaçãoemarketing

Ative para ver a imagem maior.

Ericoh Mórbiz 

2 d

Sensacional a presença do nosso Boticário! Merecidamente! O trabalho qe vem sendo feito nesses últimos tempos faz ter certeza de qe crescerão mais! Parabéns!!!

Gostei

Grupo Boticário1.666.335 seguidores

2 d

Que orgulho termos nossa marca presente no ranking com outros grandes nomes do mercado Seguimos expandindo beleza!

de Gustavo Grohmann  –  21 de abril de 2023 no Destaque do diaNotíciasVarejo  – MERCADO & CONSUMO

A pandemia pegou todos de surpresa e acabou transformando boa parte da sociedade pelo mundo. No varejo não foi diferente. Desde a experiência e o comportamento dos consumidores, até a aceleração no desenvolvimento de algumas áreas, hoje fundamentais para companhias.

O digital avançou rapidamente e deixou um alerta para o físico. Mas a omnicanalidade demonstrou toda a sua importância para os negócios, chegando para ficar. E a experiência do consumidor, seja no digital ou, principalmente nas lojas físicas, se tornou um dos principais focos do mercado.

“A pandemia acabou ensinando a sociedade a se comportar de maneira diferente e por consequência acelerou o digital. Um pouco da crença que eu tenho é que o comportamento da cliente mudou”, revelou Fernando Brossi, VP de Operações da C&A, em entrevista exclusiva para a Mercado&Consumo.

Pensando na experiência de seus consumidores, principalmente nas lojas físicas, a C&A percebeu dois tipos de perfis de clientes: quem está com tempo sobrando para um passeio e quem chega com uma missão de compra já definida.

“Nas nossas lojas físicas, hoje contamos com uma cliente que está com menos tempo e quer decidir a vida rápido. Quando vem para a loja, mais de 70% delas já decidiram o que querem comprar. Então ela já vem com uma missão mais de compra. Mas tem ainda aquela que vem para passear. Então acredito que a experiência tem que estar dividida. Para aquela que está na C&A para passear, encontrar uma experiência agradável, visitar dependências. Uma experiência de passeio. E para aquela que está em uma missão de compra, dar uma experiência para resolver rápido seus objetivos”, afirmou Brossi.

Ele acredita que o momento é de deixar a balança nivelada visando a boa experiência. “No fim é um equilíbrio das duas coisas: uma boa jornada de passeio e uma jornada de resolução rápida, em um mundo muito atribulado e que pede agilidade para tudo”, admitiu.

Aprendizagem permanente

E se a pandemia acabou sendo responsável por alavancar e acelerar o desenvolvimento de algumas áreas, fica de aprendizado a abertura e, sempre que possível, o planejamento para novos saltos do mercado.

“A aceleração se deu por uma necessidade e por uma mudança de comportamento. Várias outras empresas tentaram antecipar essa aceleração, mas talvez não tenham sido bem-sucedidas, porque a sociedade não tinha mudado ainda para esse contexto”, revelou Brossi.

E qual poderia ser o novo salto do varejo? “Hoje eu acredito que novos ‘break thrus’ podem surgir pela parte tecnológica. Um exemplo atualíssimo é a adoção de Inteligência Artificial. Há dois anos a C&A de fora decidia o preço e mandava para o Brasil. Hoje o meu preço pode variar loja a loja e dentro do produto, por cor, por exemplo. E isso tudo é baseado em Inteligência Artificial. Isso não existia antes. E com isso eu consigo dar o preço que aquela parte específica da sociedade está disposta a pagar e está querendo comprar. Acredito que a tecnologia será o grande propulsor dessa próxima alavanca. Na verdade, já está acontecendo”, finalizou o VP de Operações da C&A.

PATROCINADO POR SERASA EXPERIAN  / The News 20.4.23

 

Parcela considerável, não? Inclusive, 28% de micro e pequenas empresas estão no vermelho.

Isso indica que, mais do que um problema de renda, muitos empreendedores e consumidores não sabem lidar com o próprio dinheiro ou não têm acesso a serviços financeiros.

  • Fato é que o problema de alguém pode se tornar uma oportunidade social e de negócios. Sabendo disso, a Serasa Experian se uniu à ACE Cortex para lançar o Impulsiona Startups.

Esse é um programa de aceleração para startups que transformam a saúde financeira.

Eles irão selecionar seis startups para receber a aceleração em um dos programas mais completos do mercado.

Esses negócios receberão mentorias, apoio técnico e acesso gratuito a produtos e parceiros, além de investimento equity free de até R$ 260 mil por startup.

Carolina Riveira  / ESTADAO

Publicado em 3 de abril de 2023 às,

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou nesta segunda-feira, 3, um pacote de medidas de arrecadação que a Fazenda planeja enviar ao Congresso paralelamente ao texto do novo arcabouço fiscal. As medidas incluirão frentes como taxação de apostas online e de empresas de e-commerce atuando de forma irregular em relação às normas da Receita Federal.

A Fazenda tem evitado citar nomes de empresas específicas. Em falas sobre as medidas de arrecadação, no entanto, Haddad reforçou ao longo do dia que o foco será estender a tributação a situações hoje não taxadas no comércio eletrônico, como modelos em que a empresa vendedora “se faz passar por uma remessa pessoa-pessoa para não pagar impostos”.

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Haddad diz que a proposta não é uma taxação “do comércio eletrônico” como um todo, pois empresas do setor hoje já pagam tributos. “Comércio eletrônico faz bem para o país, estimula a concorrência. O que nós temos que coibir é contrabando”, disse o ministro a jornalistas em Brasília na tarde desta segunda-feira.

Criação de novos impostos é “fake news”, diz secretário do Tesouro, sobre novo arcabouço

Questionado se a medida seria voltada a empresas como a varejista chinesa Shein e a singapurense Shopee, que têm ganhado popularidade no Brasil no último ano, o ministro disse não saber quais empresas estão atuando de forma irregular.

Haddad afirmou que a taxação não é pensada para empresas específicas, mas para qualquer companhia que descumpra as regras da Receita para esse tipo de comércio.

“Você não taxa ‘uma empresa’. Não existe taxar uma empresa. Existe coibir o contrabando. Todas as empresas podem operar no Brasil. O que elas não podem é fazer uma concorrência desleal com quem está pagando imposto aqui”, disse Haddad.

“Quem paga imposto está reclamando de quem não paga. É natural isso”, disse o ministro.

Tebet, Haddad e secretários na apresentação do arcabouço: governo precisa aumentar arrecadação para cumprir metas de superávit (Diogo Zacarias/MF/Divulgação)

Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o ministro já havia citado o e-commerce como uma das três frentes de receita que o governo espera ajustar de modo a zerar o déficit primário em 2024, uma meta estabelecida na nova proposta de arcabouço fiscal.

Nos bastidores, varejistas têm pressionado a Fazenda a atuar, à medida em que vendedores estrangeiros avançam em sua atuação no Brasil. Juntou-se a isso a necessidade da Fazenda de rever alíquotas e benefícios tributários para atingir suas metas fiscais, e o e-commerce irregular virou o alvo da vez.

“Empresas estrangeiras e brasileiras que estão sofrendo concorrência desleal de um ou dois players estrangeiros estão cobrando providência”, disse Haddad à GloboNews.

O ministro não detalhou quanto espera arrecadar especificamente com a taxação de modelos de varejo considerados irregulares, mas apontou que as perdas estimadas são hoje entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões.

Os detalhes devem ser finalizados pela equipe econômica e enviados ao Congresso nos próximo dias.

Reportagem anterior de EXAME IN mostrou que somente a Shein, especializada em varejo de roupas e acessórios, deve alcançar R$ 16 bilhões em vendas no Brasil neste ano.

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Além de e-commerce, empresas de aposta estão na mira

O pente fino contra as remessas de pessoa física, usado por algumas varejistas internacionais para vender bens a clientes no Brasil, é uma das três grandes medidas que a Fazenda enviará ao Congresso pela via da arrecadação.

Haddad afirmou que a projeção é arrecadar entre R$ 100 bilhões e R$ 110 bilhões com um pacote de medidas via receita.

São três medidas principais: além da taxação de e-commerce atuando de forma irregular, o ministro citou a tributação de empresas de aposta online e um ajuste na cobrança de tributos federais, como IRPJ e CSLL, para empresas com isenção fiscal nos estados.

  • Tributação de empresas de apostas eletrônicas, podendo arrecadar entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões;
  • Tributação de comércio eletrônico que Haddad chamou de “contrabando”, citando o uso de remessa de pessoa física para não pagar impostos (para esta medida, Haddad não citou o valor estimado de arrecadação);
  • Ajuste na cobrança de tributos federais para empresas com isenção fiscal nos estados, podendo arrecadar entre R$ 85 bilhões a R$ 90 bilhões.

Ao todo, Haddad disse que o governo precisará ampliar a receita entre R$ 110 bilhões e R$ 150 bilhões para conseguir atingir a meta prevista no novo arcabouço fiscal apresentado, de zerar o déficit em 2024 e, a partir daí, estabilizar a trajetória da dívida pública em 2026. Assim, a receita dessas medidas de arrecadação seria suficiente para cumprir a meta prevista para 2024 na proposta de arcabouço.

Apostas online: tributação de empresas do setor está nos planos do governo (krisanapong detraphiphat/Getty Images)

Sobre as apostas eletrônicas, Haddad afirmou que essa é “uma atividade que muitas pessoas nem concordam que exista no Brasil, mas é uma realidade”. “Não é justo você não tributar”, disse. O ministro afirmou que a projeção inicial era arrecadar cerca de R$ 6 bilhões, mas que a estimativa subiu desde então. As empresas de apostas online não são tributadas atualmente, uma vez que o modelo ainda não foi regulamentado no Brasil.

Já a subvenção nos tributos federais diz respeito à cobrança de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ) de empresas que receberam incentivos fiscais dos estados em que atuam. No termo técnico, o governo quer proibir que “subvenção a estados para investimento seja equiparada a custeio”. O formato mudou em 2017 e pode, segundo o ministro, gerar perda de arrecadação de mais de R$ 200 bilhões até 2026 se não for alterado.

Medidas chegam ao Congresso nos próximos dias

Haddad disse que as medidas de arrecadação serão enviadas ao Congresso paralelamente ou com pouco espaço de diferença em relação ao texto final do arcabouço fiscal, previsto para chegar à Câmara na semana que vem ou, no máximo, até o dia 15, segundo afirmou o ministro. Embora o desenho geral do arcabouço tenha sido apresentado na semana passada, o texto não foi ainda protocolado no Congresso.

“O arcabouço vai junto com as medidas de recuperação da base fiscal”, disse. “Provavelmente vai tudo [junto], se não for com um dia de diferença”, disse o ministro.

As medidas de arrecadação devem constar em Medida Provisória, enquanto o arcabouço consiste em lei complementar.

“Não é aumento de carga tributária. Houve uma perda de carga tributária grande que nós estamos minorando, ajustando o texto ao que o Brasil precisa”, disse Haddad à GloboNews sobre os ajustes na arrecadação.

Depois desse primeiro combo de medidas arrecadatórias, Haddad afirmou que o governo focará na reforma tributária, que precisará ser aprovada no Congresso por emenda complementar (que exige três quintos dos votos e uma maior articulação do governo). “Vamos parar por aí porque queremos, depois disso, aprovar a reforma tributária”, disse. Segundo ele, a reforma “tem um efeito importante de trazer para dentro do sistema quem hoje consegue sonegar”.

Haddad afirmou que a reforma tributária está prevista para ser votada na Câmara até julho e até outubro no Senado. Passado esse primeiro momento, o ministro afirmou que há ainda outras seis medidas “saneadoras” que podem ser apresentadas.

Carolina Riveira

Repórter de Economia e MundoFormada pela Universidade de São Paulo, cobre temas de políticas públicas, economia e política internacional para a EXAME. Publicou em veículos como Pequenas Empresas e Grandes Negócios e Folha de S.Paulo.

 de Redação

 7 de abril de 2023

Apesar do crescimento expressivo do e-commerce, o comportamento de compra online diminuiu em alguns setores da economia, como eletroeletrônicos e equipamentos para computadores. Segundo levantamento feito pela Visa Consulting & Analytics, com base nas  compras online entre 2019 e 2022, os consumidores da América Latina e Caribe realizaram 112% mais transações no e-commerce em 2022.

“Apesar da queda da representatividade das compras online em categorias específicas de consumidores, percebemos que a preferência geral do consumidor da América Latina mudou para uma experiência de compra online mais digital, conectada e segura que em 2019″, conta Javier Vazquez, vice-presidente sênior e head da Visa Consulting & Analytics para a América Latina e o Caribe.

Vazquez destaca que as vendas pelo comércio físico voltaram a crescer, mas que os consumidores estão interessados em operações ominichannel

Os maiores aumentos no número de transações Visa realizadas no e-commerce, na comparação entre 2019 e 2022, ocorreram na Argentina, com crescimento acima de 200%, e Guatemala, Peru e Chile, acima de 100%. Brasil, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai, Equador e Panamá registraram tendência de crescimento superior a 50% nas compras online com credenciais Visa entre 2019 e 2022.

Já o ticket médio das compras online caiu em quase todos os países. Um dos motivos é a maior penetração nos serviços essenciais e cotidianos nas compras online. Os maiores tickets médios em 2022 foram registrados no Panamá, em Porto Rico e no Chile.

A análise foi realizada com base nos dados transacionais da VisaNet de janeiro de 2019 a dezembro de 2022, comparando o número de transações no ambiente online, de consumidores da Argentina, Brasil, Chile (exceto cartões migrados em 2019), Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Peru, Porto Rico, República Dominicana e Uruguai.

Com informações de Mercado&Tech powered by Infracommerce.

Da Redação terça-feira, 4 de abril de 2023 – MIGALHAS

Recentemente, o TST revisitou orientação jurisprudencial da Corte e decidiu, por maioria de votos, que o valor do descanso semanal remunerado majorado pelo pagamento habitual de horas extras deve repercutir, também, sobre outras parcelas salariais, como férias, 13º salário, aviso prévio e FGTS. O novo entendimento, definido no julgamento de IRR – incidente de recurso repetitivo, deverá ser aplicado às horas extras prestadas a partir de 20/3/23.

 

A tese jurídica aprovada para o Tema Repetitivo 9, que orientará a nova redação da OJ 394, foi a seguinte:

 

  1. A majoração do valor do repouso semanal remunerado decorrente da integração das horas extras habituais deve repercutir no cálculo, efetuado pelo empregador, das demais parcelas que têm como base de cálculo o salário, não se cogitando de bis in idem por sua incidência no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso prévio e do FGTS.

 

  1. O item I será aplicado às horas extras trabalhadas a partir de 20.03.2023.

 

Diante da importante decisão, Migalhas foi ouvir especialistas para esmiuçar o assunto.

 

Bis in idem

 

O ministro aposentado do TST e sócio-fundador do escritório Abdala Advogados, Vantuil Abdala, explica que o entendimento anterior previa que a majoração do repouso semanal remunerado (RSR), em razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não repercutiria sobre essas parcelas, pois isso representaria dupla incidência (bis in idem).

 

“Agora, o Tribunal passou a entender que não há bis in idem, ou seja, não há uma incidência dupla pela mesma causa. Se entendeu que essa diferença de repouso semanal remunerado, na realidade, quando integra, passa a ter outra natureza, ela passa a ter natureza salarial, portanto, deve refletir em férias, 13º, aviso prévio e FGTS.”

 

Para não criar um passivo não esperado pelas empresas, os ministros decidiram pela modulação dos efeitos a partir de 20/3/23, aponta Abdala.

 

Assista à explicação:

 

Segundo o ministro aposentado, o julgado faz parte de uma filosofia crescente de evitar ao máximo possível o trabalho excessivo, além da jornada, tanto pelos malefícios que causa ao trabalhador, quanto por uma questão de mercado.

 

“Ao invés de se dar muitas horas extras para determinados empregados, seria melhor que se contratasse mais trabalhadores”, ressalta.

 

Confira:

 

Cálculo das horas

 

Sobre o cálculo a ser feito, Bruno Maciel, advogado e presidente na Advocacia Maciel, explica que com esse novo entendimento, através da OJ 394, as horas extras devem ser calculadas da mesma forma, porém tendo reflexos no pagamento de férias, 13º, aviso prévio e FGTS.

Assista:

 

Decisão acertada?

 

Ao ser questionado se a decisão do TST foi acertada, Maciel diz que não.

 

“No meu entender a mudança não foi acertada, pois se as horas extras habitualmente prestadas devem ser computadas no repouso semanal remunerado, não há fundamento legal para que o mencionado repouso enriquecido pela integração das horas extras reflita em outras verbas, sob pena de bis in idem.”

 

Veja:

 

Mais contido, o ministro Vantuil diz que “decisão judicial não se discute, cumpre-se”.

 

“Não cabe a mim dizer se a decisão foi acertada ou não. O que nós podemos lamentar é a alteração de jurisprudência.”

 

No entendimento do sócio-fundador do Abdala Advogados, deve-se evitar ao máximo a alteração de jurisprudência, a não ser que haja uma circunstância muito forte de mudança no estado de fato das coisas.

 

“Nesse sentido, eu acho que deve se lamentar sempre a modificação de uma jurisprudência já consagrada por muitos anos”, finaliza.

( MIGALHAS – link: https://www.migalhas.com.br/depeso/383844/entendimento-do-tst-do-repouso-semanal-gera-impactos-para-as-empresas)

Percentual de inadimplentes cai, mas parcela de famílias com atrasos acima de 90 dias é a maior em um ano. Entre as causas, estão juros altos e dificuldade de acesso a crédito barato

Publicado em 04/04/2023 10:30 • Por Luciana Neto site CNC

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou estabilidade no endividamento, no primeiro trimestre de 2023. O mês de março terminou com 78,3% das famílias endividadas, mesmo índice de fevereiro. Um dos destaques da pesquisa é o percentual de renda comprometida com dívidas, que se estabeleceu em 29,9% do rendimento das famílias e é o menor patamar desde fevereiro de 2020. O nível de inadimplência também caiu pela quarta vez consecutiva e atingiu 29,4% das famílias, uma queda de 0,4 ponto percentual (p.p.) em março.

No dia 23 de março, a economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira, apresentou estudos ao secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para auxiliar no desenvolvimento do programa Desenrola, que terá o objetivo de reduzir o endividamento e a inadimplência das famílias que ganham até dois salários mínimos. Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, “a Peic é, hoje, um dos principais diagnósticos da saúde econômica do Brasil, pois identifica quais os principais gargalos da melhoria das condições financeiras da população brasileira”. Para ele, a participação da CNC na construção do Desenrola é resultado da importância da pesquisa, iniciada em 2010 pela Confederação, e demonstra a preocupação da entidade com o desenvolvimento sustentável do País.

Superendividamento permanece estável

Do total de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa), 17,1% consideravam-se muito endividadas, indicador que também se manteve inalterado na passagem mensal, após duas altas consecutivas. “O endividamento dos consumidores vem apontando moderação desde outubro, cresceu entre janeiro e fevereiro, com orçamentos apertados pelas despesas típicas do início do ano, e encerrou o trimestre em estabilidade”, explicou Izis Ferreira.

Conforme a economista, a melhora da renda disponível com a evolução positiva do mercado de trabalho e a desaceleração da inflação atenuaram os indicadores de inadimplência, que fechou o trimestre em 29,7% das famílias. “Apesar disso, quem tem dívidas atrasadas há mais tempo continua com dificuldades de sair da inadimplência por causa dos juros elevados”, afirma Izis Ferreira. A Peic mostrou que a proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,5% do total em março, com ligeira queda de 0,1 p.p.  em relação a fevereiro, mas apresentou o maior nível desde novembro de 2020, no comparativo entre as médias trimestrais.

Mais pobres estão menos endividados

A redução da contratação de dívidas em março se deu entre os consumidores nas duas primeiras faixas de renda, de até três salários mínimos e de três a cinco salários mínimos. Nas faixas de maior renda, entre cinco e dez salários e acima de dez salários mínimos, a proporção de endividados cresceu. De acordo com Izis Ferreira, isso é reflexo de maior consumo de serviços pelos mais ricos.

O indicador de dívidas atrasadas também diminuiu na margem para os dois grupos considerados mais pobres, enquanto avançou entre os com renda entre cinco e dez salários mínimos. “O Bolsa Família com valores maiores e as contratações formais de pessoas com menor nível de escolaridade têm auxiliado as famílias de menor renda no pagamento de dívidas”, analisa a economista da CNC. Apesar disso, na comparação anual, a Peic demonstrou que o volume de famílias com dívidas atrasadas aumentou em todas as faixas de rendimento.

O percentual de consumidores com dívidas atrasadas de meses anteriores também encerrou o trimestre em queda entre os mais pobres, mas avançou 1,1 p.p. no ano. O índice cresceu na comparação anual apenas nas duas primeiras faixas de renda, de até cinco salários mínimos.

Comprometimento da renda com dívidas é o menor desde antes da pandemia

O comprometimento da renda com dívidas de todos os brasileiros caiu para 29,9% dos rendimentos: a cada R$ 1 mil, o consumidor gastou, em média, R$ 299 com o pagamento de dívidas em março. Esse valor é o menor desde fevereiro de 2020, antes da pandemia de covid-19.

Entre as famílias de menor renda, a redução da proporção dos endividados também foi acompanhada da queda do comprometimento da renda dessas famílias com dívidas. Os consumidores que recebem até três salários mínimos fecharam o trimestre dedicando 30,9% da sua renda para pagar dívidas, o menor percentual desde junho de 2021. A cada R$ 1 mil, eles gastaram R$ 309 para pagar dívidas com instituições financeiras.

Por outro lado, a parcela média da renda dos mais ricos comprometida com dívidas aumentou: foram 0,4 p.p. entre aqueles que recebem de cinco a dez salários mínimos, resultando em 29,4% da renda, e 0,3 p.p. entre os com mais de dez salários mínimos, com 27% comprometidos.

Cresce número de inadimplentes a mais de 90 dias

Mesmo com renegociações, a cada 100 consumidores com dívidas atrasadas, 45 chegaram em março com atrasos por mais de 90 dias. “Ou seja, quem tem dívidas atrasadas, acumuladas de meses anteriores, acaba com maior dificuldade de pagá-las, pois, com os juros mais altos, o valor da dívida aumenta mais ao longo do tempo”, comenta Izis Ferreira.

A economista aponta que a alta da proporção de consumidores com dívidas atrasadas por mais de três meses mantém aceso o alerta para a necessidade de renegociações e monitoramento do sucesso das dívidas renegociadas pelas instituições financeiras. Conforme ela, as concessões de crédito aos consumidores estão desacelerando, mas permanecem elevadas, e há uma deterioração da qualidade dos recursos que estão sendo contratados. As concessões de crédito, neste momento, estão concentradas e avançando no crédito rotativo de curto ou curtíssimo prazo (como cheque especial e cartão de crédito), sendo estas as que apresentam os juros mais elevados do mercado.

JC CONTABILIDADE

 – Publicada em 04 de Abril de 2023 às 18:

Governo estima obter R$ 35 bilhões de receitas extraordinárias

MARCELLO CASAL JR AGÊNCIA BRASIL / JONAL DO COMERCIO

O governo prorrogou o prazo de adesão ao Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal, também conhecido como Litígio Zero, para o dia 31 de maio, às 19h. A prorrogação foi anunciada na sexta-feira passada, data em que o prazo original se encerraria, e publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Segundo a Receita Federal, a extensão do período de adesão atende pedidos feitos pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade), pela Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas) e pela Ibracon (Instituto de Auditoria Independente do Brasil).

O programa prevê a renegociação de valores cobrados pelo fisco, de pessoas físicas e empresas, com descontos e prazo de até 12 meses para pagamento.

Advogados relataram grande interesse das empresas em aderir ao programa após anúncio feito em janeiro, mas as condições de pagamento, feitas depois das contas, desanimaram muitos contribuintes.

A avaliação é que as regras rígidas e o prazo curto de pagamento podem ter comprometido o sucesso do programa.

O governo estima obter
R$ 35 bilhões de receitas extraordinárias e um ganho permanente de R$ 15 bilhões pela diminuição dos conflitos.

Podem ser negociadas cobranças tributárias em discussão no âmbito das DRJ (Delegacias da Receita Federal de Julgamento), do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) ou débitos de pequeno valor no contencioso administrativo ou inscritos em dívida ativa da União.

A Receita Federal enviou aos contribuintes as informações sobre quais débitos podem ser negociados e qual a capacidade de pagamento de cada litigante. Com os dados, é possível simular em uma planilha do Fisco qual o desconto para pagamento, em caso de desistência do processo.

Para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, o desconto é de 40% a 50% do valor total da dívida, incluindo o tributo que originou o passivo, além de juros e multa, para débitos até 60 salários mínimos (R$ 78.120).

Para dívidas acima de 60 salários mínimos, o desconto é de até 100% sobre o valor de juros e multas, no caso de valores irrecuperáveis ou de difícil recuperação. O governo ainda vai permitir o uso de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa para quitar de 52% a 70% do débito.

Em todos os casos, o percentual efetivo de desconto observará a capacidade de pagamento do contribuinte.

As dívidas que se enquadram nessa categoria representam mais de 30 mil processos no Carf, com valor total superior a R$ 720 milhões. Já nas delegacias da Receita Federal, são mais de 170 mil processos, totalizando quase
R$ 1 bilhão, segundo o Ministério da Fazenda.

Entenda o PRLF (Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal)

Quem pode aderir?

Pessoas físicas e empresas com dívidas tributárias em discussão no âmbito das Delegacias da Receita Federal de Julgamento, do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais ou débitos de pequeno valor no contencioso administrativo ou inscritos em dívida ativa da União

Prazo

Das 8h de 1º de fevereiro de 2023 até as 19h de 31 de maio de 2023

Adesão

Por meio de abertura de processo digital no portal e-CAC

Documentos

» Requerimento de adesão disponível no e-CAC devidamente preenchido

» Prova do recolhimento da prestação inicial

» Sendo o caso, certificação expedida por profissional contábil acerca da existência e regularidade de créditos decorrentes de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL, na forma de formulário próprio disponível no e-CAC Passo a passo

» O processo digital deverá ser aberto selecionando-se a opção “Transação Tributária”, no campo da Área de Concentração de Serviço, e, a seguir, mediante seleção do serviço “Transação por Adesão no Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal – PRLF”

» O contribuinte deverá aderir ao DTE (Domicílio Tributário Eletrônico) para implementação pela Receita de endereço eletrônico para envio de comunicações

» O requerimento de adesão apresentado suspende a tramitação dos processos administrativos fiscais referentes aos débitos incluídos na transação enquanto o pedido estiver sob análise

» Se faltarem documentos ou eles estiverem incompletos, o contribuinte será intimado para, no prazo de dez dias, suprir a falha apontada

Prestação

Qualquer que seja a modalidade de pagamento escolhida, o valor mínimo da prestação será de R$ 100 para a pessoa física, de R$ 300 para a microempresa ou empresa de pequeno porte, e de R$ 500 para demais pessoas jurídicas

Essa foi uma das categorias que mais impulsionaram o crescimento da companhia no último ano

 de Redação  10 de abril de 2023 no Destaque do diaNotíciasVarejo

 

 

Dono das marcas O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice? e Truss, o Grupo Boticário ampliou investimentos em haircare, categoria que prospecta crescimento de mais de 16% até 2026 no Brasil, segundo dados da Euromonitor.

Essa foi uma das categorias que mais impulsionaram o crescimento da companhia no último ano. “Se comparado a 2021, praticamente todas as nossas marcas apontam um incremento de receita significativo no segmento capilar, na faixa de dois dígitos”, afirma Paulo Roseiro, diretor-executivo de Categoria Beauty do Grupo Boticário.

A recente aquisição de Truss, voltada para o tratamento em salões de beleza, amplia significativamente sua presença na categoria de cabelos, com um amplo portfólio de soluções para o consumidor e profissionais de beleza.

“A compra de uma marca capilar forte como Truss é uma etapa estratégica da companhia no fortalecimento constante do nosso ecossistema de beleza, que expande a presença do Grupo Boticário para novos mercados”, diz o executivo.

Outro exemplo é o House of Beauty, salão de cabeleireiros exclusivo na loja-conceito do Boticário em Pinheiros, São Paulo. O espaço é conduzido por um expert do segmento e que traz uma série de serviços exclusivos, com análise profunda da saúde dos fios e tratamentos elaborados sob medida.

Tecnologia e ciência como diferenciação  

As marcas do Grupo contam com o “Mapa de Futuro”, por meio do qual direcionam tecnologia e inovação, desde a criação das soluções até a experiência do consumidor na ponta, aliado às tendências mapeadas pelo futuro da beleza.

“É preciso estar constantemente atualizado para acompanhar a contínua evolução do mercado e se colocar à frente como protagonista. Por isso, atenção, pesquisa, desenvolvimento e tecnologia são os propulsores que possibilitam aliar as tendências mapeadas pelo futuro da beleza para entregar valor às marcas”, explica Marcela de Masi, diretora-excutiva de Branding e Comunicação do Grupo Boticário.

Com a utilização de inteligência artificial, a linha Eudora Siàge Hair-Plastia mapeou as principais necessidades capilares das brasileiras e combinou milhares de dados para entregar ativos como o Bio-Hialurônico e a exclusiva Biotecnologia Afinitté 4D, que eliminam a porosidade e devolvem a densidade dos fios, criando o efeito de plástica capilar.

A Quem Disse, Berenice? estreou sua linha capilar recentemente, com uma combinação de ingredientes em produtos que estimulam a GenZ a criar a sua própria forma de cuidar dos seus cabelos do seu jeito.

“A consumidora da GenZ se tornou nosso foco em Quem Disse, Berenice? por buscar tendências e inovações, além de conseguir se relacionar com os benefícios democráticos dos produtos. Nossa expectativa é levar a qualidade dos produtos já conhecida em outras categorias, trazendo como proposta, a linguagem disruptiva conectada com o posicionamento da marca”, comenta Marcela.