O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de julho com deflação de 0,68%, a menor taxa desde o início da série histórica, em 1980. No acumulado do ano, a inflação oficial está em 4,77% e em 12 meses ficou em 10,07%. Em junho, a inflação subiu 0,67%. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o gerente da Pesquisa, Pedro Kislanov, o índice foi pressionado pela queda no preço dos combustíveis, além da tarifa de energia elétrica. A gasolina caiu 15,48%, o etanol teve redução de 11,38% e o gás veicular ficou 5,67% mais barato.

“A Petrobras, no dia 20 de julho, anunciou uma redução de 20 centavos no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras. Além disso, tivemos também a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações”, ressaltou Kislanov.

Ele explicou que a redução nos combustíveis resultou em queda de 4,51% no grupo de transportes e teve reflexo também na habitação, que caiu 1,05% com a redução de 5,78% na conta da energia elétrica. Foram os dois únicos grupos com variação negativa no mês.

Além da redução da alíquota de ICMS sobre os serviços de energia elétrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou as Revisões Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras, reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/economia/audio/2022-08/ipca-tem-deflacao-de-068-em-julho-menor-taxa-da-serie-historica

Com o orçamento apertado, um em cada quatro habitantes no país não consegue pagar todas as contas no fim do mês. A constatação é de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, que aponta redução nos gastos com lazer, roupas e viagens.

De acordo com a pesquisa, sair do vermelho está cada vez mais difícil. Isso porque apenas 29% dos brasileiros poupam, enquanto 68% não conseguem guardar dinheiro. Apesar disso, 56% dos entrevistados acreditam que a situação econômica pessoal estará um pouco ou muito melhor até dezembro.

O levantamento também mostrou que 64% dos brasileiros cortaram gastos desde o início do ano e 20% pegaram algum empréstimo ou contraíram dívidas nos últimos 12 meses. Em relação a situações específicas, 34% dos entrevistados atrasaram contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas.

Outros hábitos foram afetados pela inflação. Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros pararam de comer fora de casa, 43% diminuíram gastos com transporte público e 40% deixaram de comprar alguns alimentos.

Entre os que reduziram o consumo, 61% acreditam na melhora das finanças pessoais nos próximos meses. O otimismo, no entanto, não se refletirá em consumo maior. Apenas 14% da população pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.

Pechincha

Entre os itens que mais pesaram no bolso dos entrevistados nos últimos seis meses, o gás de cozinha lidera, com 68% de citações. Em seguida, vêm arroz e feijão (64%), conta de luz (62%), carne vermelha (61%) e frutas, verduras e legumes (59%). Os combustíveis aparecem em sexto lugar, com 57%. No caso dos alimentos, a percepção de alta nos preços de itens como arroz, feijão e carne vermelha aumentou mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, em abril.

Com a alta dos preços, a população está recorrendo a um hábito antigo: pechinchar. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados admitiram ter tentado negociar um preço menor antes de fazer alguma compra neste ano. Um total de 51% parcelou a compra no cartão de crédito, e 31% admitiram “comprar fiado”. Os juros altos estão tornando o crédito menos atrativo. Menos de 15% dos brasileiros recorreram ao cheque especial, crédito consignado ou empréstimos com outras pessoas.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, os rescaldos da pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia comprometeram a recuperação econômica do país. A aceleração da inflação levou à alta dos juros, o que tem desestimulado o consumo e os investimentos. Em contrapartida, afirma Andrade, o desemprego está caindo, e o rendimento médio da população está se recuperando gradualmente, o que dá um alento para os próximos meses.

O levantamento, encomenda do pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa, é o segundo realizado no ano com foco na situação econômica e nos hábitos de consumo. Foram entrevistados presencialmente 2.008 cidadãos, em todas as unidades da Federação, de 23 a 26 de julho.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-08/inflacao-muda-comportamento-dos-brasileiros-mostra-pesquisa

O endividamento e a inadimplência das famílias brasileiras voltaram a subir e bateram recorde em julho, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (8) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Segundo o levantamento, 78% das famílias brasileiras estão endividadas, e 29% estão com contas atrasadas –​altas de 0,7% e de 0,5%, respectivamente, na comparação com junho. Os números são os maiores desde o início da pesquisa, em 2010.

Tanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos quanto as que recebem abaixo desse patamar viram o endividamento crescer no mês passado. Para os mais ricos, a obtenção dívidas cresceu 0,8%, enquanto no segundo grupo a alta foi de 0,6%.

Já a parcela dos inadimplentes que declararam não ter condição de quitar débitos ficou em 10,7% em julho, acima de junho (10,7%). Em julho de 2021 o resultado foi de 10,9%.

Esse grupo é composto principalmente por consumidores que não concluíram o ensino médio (13%), que também foram os que mais precisaram atrasar pagamentos no próprio mês de julho (33,3%).

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“A alta dos indicadores de inadimplência, após queda nos meses de abril, maio e junho, indica que as medidas extraordinárias de suporte à renda, como os saques extras do FGTS e a antecipação do 13º salário aos beneficiários do INSS, aparentemente tiveram efeito momentâneo no pagamento de contas ou dívidas já atrasadas, concentrado no segundo trimestre deste ano”, apontou em nota o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

A proporção de mulheres com dívidas aumentou 0,5 ponto percentual entre junho e julho, mas cresceu ainda mais entre os homens, 1,0 ponto. O público feminino é atualmente o mais endividado e, embora o endividamento venha desacelerando entre as mulheres nos últimos meses, no ano, o incremento na proporção de endividados foi maior entre as mulheres (+8,3 pontos percentuais).

O número de famílias endividadas no cartão de crédito caiu pelo terceiro mês em julho, movimento que novamente ocorreu entre os consumidores nos dois grupos de renda. Do total de endividados no país, 85,4% possuem dívidas no cartão de crédito, proporção que havia chegado a 88,8% em abril deste ano.

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/endividamento-das-famílias-bate-recorde-212900144.html

Muita gente se surpreendeu quando, dois meses atrás, a Renner inaugurou sua primeira loja no Shopping Villa Lobos, em São Paulo. O inusitado não foi a entrada de um dos maiores varejistas de vestuário no mix do Villa, mas o formato da loja. Com apenas 300 m², a Renner adotou o modelo de guide shop, onde as pessoas escolhem, experimentam e compram os produtos, mas não levam na hora – a mercadoria é enviada depois para a casa dos clientes.

Uma pergunta começou logo a inquietar corações e mentes dos profissionais de shoppings: será que, assim como acontece nos Estados Unidos, as lojas encolherão aqui também?

A resposta não é simples. Algumas das nossas lojas vão diminuir. E outras, no caminho oposto, vão até aumentar de tamanho.

Para compreender o que anda acontecendo com o varejo, aqui e lá fora, é preciso recuar um pouco no tempo. A área das lojas, em vários países, diminuiu nos últimos anos. A culpa é de uma combinação de fatores, que incluem a necessidade de redução de custos e a transformação de um setor marcado pela integração do digital com o físico.

Porém, assim como em outros segmentos, tudo foi tremendamente acelerado pela pandemia. Para se ter ideia, o tamanho médio das lojas locadas nos Estados Unidos caiu, no ano passado, para 300 m², o que é bem pouco para os padrões americanos. Nos malls, a área média das unidades locadas caiu 12,5% entre 2019 e 2021, chegando a 500 m². Os dados são da JLL.

É preciso levar em consideração que as lojas de departamento e discounters americanos operam grandes áreas, o que eleva bastante a metragem média. E foram exatamente as mudanças promovidas por esses operadores que derrubaram os índices. A Target, que chega a contar com 14 mil m² em suas Super Stores, tem hoje explorado espaços até com 2 mil m².

Na mesma direção, a Macy’s decidiu investir na bandeira The Market by Macy’s, onde utiliza apenas 20% da área de uma das suas lojas tradicionais. Kohl’s, Best Buy, Walmart, Ikea e Nordstrom são outros varejistas que abraçaram a ideia de pensar pequeno.

Além das questões relacionadas a custos e logística, impulsionam o encolhimento das lojas físicas americanas a valorização da conveniência e da proximidade pelos consumidores. Nesse sentido, espaços comerciais menores, mais flexíveis, com atendimento humanizado e, acima de tudo, convenientes, ganham importância. “Queremos ser convenientes e queremos facilitar a vida das pessoas” disse o diretor de lojas da Macy’s, Marc Mastronardi, em entrevista recente à CNBC.

Explicado o que acontece lá fora, vamos retornar ao cenário nacional?

Marcas como Decathlon e Cobasi, na mesma linha da Renner, abriram lojas compactas em shoppings. Outras, como Ri Happy, por exemplo, planejam espaços menores para acelerar a expansão por meio de franquias. A estratégia aqui é estar mais perto dos consumidores.

Ao mesmo tempo, varejistas importantes estão dando mais visibilidade para algumas de suas submarcas, o que inclui abrir novas lojas, em uma estratégia de diversificação e conquista de mercado. A C&A abriu unidades da sua marca esportiva Ace, a Riachuelo investiu na Riachuelo Casa, a Renner já havia feito bem antes o spin off da YouComm.

Os exemplos são muitos e não param por aí. Mas todos eles refletem a necessidade de grandes varejistas em estarem mais próximos dos consumidores, seja para ampliar a presença da marca ou para facilitar operações logísticas.

Por outro lado, varejistas continuam investindo em lojas conceito de grande porte, capazes de posicionar a marca, oferecer experiências, a conveniência e a proximidade e engajar consumidores. Um bom exemplo é a flagship da Cacau Show, que se espalhou por shoppings de todo o país. Amaro e Track&Field, para citar apenas alguns, seguem o mesmo caminho.

No setor de alimentação, o fenômeno se repete. A Ragazzo recentemente anunciou que vai entrar no segmento de casual dining, com restaurantes mais amplos, sem abrir mão do modelo express. No caminho inverso, o Madero lançou o Jerônimo para também alcançar consumidores de fast-food por meio de lojas menores.

A esta altura do campeonato, você já deve ter percebido que a tendência em shopping centers não é o aumento nem a redução do tamanho das lojas. É o uso estratégico desses espaços para diversas finalidades, que vão muito além das vendas que produzem. A diferença, em relação aos Estados Unidos, é que as estratégias são distintas e as lojas lá, historicamente, sempre foram maiores.

A boa notícia para os shoppings é que, sem sombra de dúvida, a loja física é hoje essencial para a estratégia do varejo. Por esse motivo, profissionais que comandam as áreas comerciais dos shopping centers deverão buscar ainda mais proximidade com seus lojistas. E precisarão compreender em profundidade suas necessidades mercadológicas, para oferecer melhores soluções em termos de espaços e geografias. Simples assim.

A Gouvêa Malls conduzirá um painel sobre esse tema no Latam Retail Show, que acontecerá de 13 a 15 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/04/08/2022/artigos/o-tamanho-das-lojas-em-shoppings-esta-diminuindo/

A partir desta segunda-feira (25), interessados em contratar empréstimos pelo Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronamp) já podem procurar as instituições financeiras. Criado há pouco mais de dois anos para socorrer empresários durante a pandemia, o programa oferece empréstimos para pequenas empresas com juros mais baixos e prazo maior para começar a pagar.

O dinheiro pode ser usado para investimentos, como aquisição de equipamentos ou realização de reformas, e para despesas operacionais, como salário dos funcionários, pagamento de contas e compra de mercadorias. Podem pleitear o Pronampe Microempreendedores Individuais (MEIs); microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano; pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões; e empresas de médio porte com faturamento até R$ 300 milhões. É proibido o uso dos recursos para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios do negócio.

Desde de sua criação, o Pronampe passou por várias mudanças. Em junho do ano passado, ele se tornou permanente e mais recentemente inclui Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresas de médio porte. A última mudança foi feita em junho por uma portaria publicada pelo Receita Federal. A norma determina a necessidade do compartilhamento de informações sobre o faturamento do pequeno negócio. Após esse procedimento, o empresário pode negociar o empréstimo com a instituição financeira de sua preferência.

Pelas regras do programa, a empresa que optar pelo financiamento precisa manter o número de empregados por até 60 dias após a tomada do crédito. A companhia pode pegar empréstimos de até 30% da receita bruta anual registrada em 2019. No caso de negócios com menos de um ano de funcionamento, o limite do financiamento é de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal. Todas as instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem operar a linha de crédito. Os empréstimos têm a garantia, pela União, de até 85% dos recursos.

O valor tomado poderá ser parcelado em até 48 parcelas, sendo o máximo de carência de 11 meses e mais 37 parcelas para pagamento. A taxa de juros anual máxima será a mesma da taxa Selic, hoje em 13,25% ao ano, acrescida de 6%. O prazo para começar a pagar o empréstimo é de 11 meses. De acordo com o Ministério da Economia, a data de contratação da operação de crédito segue até 31 de dezembro de 2024. Até lá, o governo estima que R$ 50 bilhões possam ser emprestados para os pequenos negócios.

Para obter o empréstimo, os empresários precisam compartilhar com a instituição financeira de sua preferência os dados de faturamento de suas empresas. Feito isso, o empresário estará apto a negociar o empréstimo junto ao banco. Caso o banco não esteja listado na relação de possíveis destinatários, o dono de uma empresa deve entrar em contato com a agência bancária e verificar a previsão de adesão ao sistema. O compartilhamento é feito de forma digital, por meio do portal e-CAC, no site da Receita Federal. Basta clicar em “Autorizar o compartilhamento de dados”.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/brasil/pronampe-ja-esta-disponivel-para-pequenas-empresas

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou de forma expressiva a estimativa para o crescimento da atividade brasileira, neste ano, apesar das dificuldades enfrentadas pela economia global. Entretanto, passou a ver desempenho mais fraco em 2023.

Na revisão das estimativas em seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado hoje (26), o FMI passou a estimar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano em 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.

Para 2023, o relatório do FMI indica que a expansão da atividade será de 1,1%, 0,3 ponto percentual a menos do que o previsto em abril.

A estimativa do FMI, no entanto, ainda está um pouco abaixo da do governo, que calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2%, neste ano. A previsão do Ministério da Economia para 2023 é de 2,5%.

A melhora do cenário para o Brasil ajudou a impulsionar a projeção para o crescimento da América Latina e Caribe, com o FMI vendo agora aumento do PIB da região de 3% este ano, 0,5 ponto a mais do que no relatório anterior.

Mas da mesma forma, a estimativa para a América Latina e Caribe no ano que vem piorou em 0,5 ponto, para 2%.

Economia mundial

De acordo com as previsões do FMI, o crescimento do PIB global desacelerará para 3,2% em 2022, ante uma previsão de 3,6%, divulgada em abril.

O crescimento mundial se recuperou em 2021 para 6,1% depois que a pandemia da covid-19 esmagou a produção global em 2020 com contração de 3,1%.

“A perspectiva piorou significativamente desde abril. O mundo poderá em breve estar à beira de uma recessão global, apenas dois anos após a última”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em comunicado.

Entre os motivos que levaram o FMI a reduzir a projeção para o PIB mundial em 2022 em 0,4 ponto estão a inflação mais elevada em todo o mundo, desaceleração mais forte do que o esperado na China devido a novos surtos de covid-19 e repercussões negativas da guerra na Ucrânia.

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Para a China, o fundo cortou as perspectivas de crescimento em 1,1 ponto para 2022 e em 0,5 ponto para 2023, indo respectivamente a 3,3% e 4,6%.

“Os riscos para o cenário são predominantemente negativos. A guerra na Ucrânia pode levar a uma interrupção repentina das importações de gás da Rússia pela Europa; pode ser mais difícil reduzir a inflação do que o esperado se os mercados de trabalhos estiverem mais apertados ou se as expectativas de inflação desancorarem”, destacou o FMI.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/fmi-eleva-projecao-de-crescimento-do-pib-do-brasil-a-17-em-2022/

O cenário está posto: a mão de obra qualificada se tornou escassa, os empresários começaram a investir na formação de seus funcionários dentro das próprias empresas e as universidades estão tentando reinventar o modelo de ensino.

Com essas afirmações, apresenta-se, mais uma vez, uma reflexão que sempre gerou muita polêmica, mas que, agora, está difícil de ser contrariada: a formação acadêmica atual não entrega o que mercado de trabalho precisa e a necessidade de transformação da jornada de aprendizado está nítida e, mais do que isso, urgente de ser repensada e praticada.

Uma pesquisa organizada pelo ManpowerGroup revelou que a falta de mão de obra qualificada no Brasil atingiu a marca de 81% em 2022, seis pontos percetuais acima da média global de 75%.

As dificuldades relatadas pelos empresários estão diretamente relacionadas ao processo de aceleração da digitalização das companhias, em especial na área de tecnologia que, a cada dia que passa, pede soluções ágeis e alta competência dos colaboradores.

Entretanto, essas competências não estão ancoradas apenas na formação da “execução da atividade em si”, mas, também, em comportamentos e habilidades humanas. Reparem nesta palavra: “também”.

As já conhecidas e tão faladas “soft skills” são um bom exemplo, mas que, “também”, não são suficientes de forma isolada. A pergunta óbvia que surge é: o que é possível ser feito para melhorar o cenário da falta de mão de obra qualificada?

Alguns pontos polêmicos e importantes a se considerar:

  • Nenhum conteúdo é completamente entendido pelo participante de qualquer curso em apenas um ou dois dias, mesmo que seja de total imersão com os melhores professores do mundo.
  • Qualquer habilidade emocional não se aprende da noite para o dia, mesmo que a pessoa tenha muita força de vontade.
  • Alta performance exige formação continuada em hard e soft skills.
  • A alta qualificação profissional deve começar pelas lideranças como exemplo de conduta.
  • Essa alta qualificação exige que os líderes sejam pessoas que se preocupam, sempre, com sua formação pessoal e profissional.
  • Se o líder não se importa com a própria formação contínua, como os colaboradores vão levar isso realmente a sério?

As frases ditas acima, com toda a certeza, vão gerar incômodo em centenas de leitores. Se você foi uma dessas pessoas, minha pergunta é: qual o seu nível real de preocupação com sua formação profissional?

O mercado de trabalho exige que todos os colaboradores, desde a alta liderança até os primeiros cargos operacionais, sejam capazes de: resolver problemas inesperados, lidar com os clientes mais difíceis, pensar em soluções objetivas para os maiores desafios da empresa, formar uma equipe competente que possa entregar o mesmo resultado que os melhores colaboradores entregam, colaborar para um ótimo ambiente de relacionamento.

Para que essas capacidades sejam adquiridas, todos precisamos entender que formação continuada, ou o já conhecido life long learning, não é apenas a prática de, sempre que possível, fazer cursos legais.

life long learning é a prática constante de viver multiexperiências técnicas e comportamentais que, todos os dias, consigam criar as competências. A maior prova disso é que a maioria dos profissionais, depois que sai das faculdades, fala: eu não aprendi quase nada no curso superior, eu aprendi mesmo é na prática, ao enfrentar cada problema inesperado, cada desafio.

Ora, a solução está posta. Vamos criar unidades de educação, na academia e no mercado, que possam entregar às empresas e seus colaboradores a realidade, a vivência, as experiências, os inesperados, os problemas, os desafios; e não roteiros prontos e infalíveis, postados em slides lindos que fazem brilhar os olhos de todos os presentes, mas que, na prática, quando a pessoa volta para a empresa, não geram o resultado pretendido.

Os líderes do presente e do futuro não serão formados – apenas – a partir de livros, diplomas e certificados. Eles vão contar com conteúdos diversos capazes de transformá-los pessoal e profissionalmente. É o que chamo de multiexperiência de conteúdo. Ainda vamos conversar muito sobre isso.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/artigos/falta-de-mao-de-obra-qualificada-uma-realidade-desafiadora-para-empresarios-e-dura-para-a-atividade-economica-do-pais

Não é mera coincidência.

Nas últimas semanas, temos percebido ações mercadológicas de várias marcas direcionadas especificamente ao público acima dos 50 anos. Não é por acaso. Essas empresas começaram a perceber (antes tarde que mais tarde) que esse grupo etário possui enorme potencial de compra. Os números são elevados, crescentes e animadores:

  • São 55 milhões de brasileiros. Um consumidor 50+ “nasce” a cada 21 segundos.
  • Possuem o maior poder aquisitivo entre todas as faixas etárias.
  • Concentram mais de 70% da riqueza do Brasil.
  • No Brasil, a “Economia Prateada” movimenta mais de R$ 2 trilhões/ano e não para de crescer.
  • Os 50+ são os principais compradores no e-commerce brasileiro, com 33,9% do consumo e 58,7 milhões de pedidos em 2021.

Essas louváveis iniciativas vêm ocorrendo nos mais diversos segmentos. Vamos a alguns exemplos:

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Com orgulho, o Mercantil do Brasil enfatiza em sua comunicação ser o “primeiro banco com foco no público 50+”. E convidou o cantor Fábio Jr., de 68 anos (não será Fábio Sênior?), para protagonizar a campanha “50 e tantos anos”. Ele regravou a canção 20 e poucos anos, que fez um enorme sucesso no final dos anos 1970, com nova letra:

“Sou capaz de ir, vou muito mais além do que você imagina”

“Quero fazer bem mais nos meus 50 e tantos anos”…

“Quero viver bem mais nos meus 50 e tantos anos”

Sensacional!

Realmente, se vamos viver bem mais, também temos de fazer bem mais!

Os 50+ são muito capazes; podem ir muito mais além!

Este também foi o conceito transmitido pela Natura; “É hora de enxergar a idade apenas como um número e não como uma definição de quem somos”.

Exatamente!

A Reserva, por sua vez, produziu uma belíssima ação que viralizou no “Dia dos Namorados” com um casal de idosos. De acordo com a empresa, a ideia foi celebrar a paixão, o amor e a sensualidade “por quem sabe que tem coisas que não mudam com o tempo”.

O cofundador Rony Meisler, complementa: “O amor não tem idade. É a campanha mais linda que já fizemos na vida, não tem mais nada para falar além disso. Superemocionado. Me perguntaram se precisei de coragem para fazer, respondi que precisaria de coragem para não fazer”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, em 2050, 30% da população no Brasil e em outros 64 países terão mais de 60 anos.

Campanhas como estas são exemplos da tendência das marcas em se comunicarem de maneira direta e assertiva com este público.

Se por um lado, as empresas só têm a ganhar promovendo empatia e identificação com estes consumidores, por outro este público se sente prestigiado e com a autoestima em alta. E isto é extremamente benéfico para uma vida saudável, produtiva e longeva.

De acordo com estudo da Universidade de Yale, pessoas que têm ideias positivas sobre seu próprio envelhecimento (que concordavam com comentários como “tenho tanta vitalidade quanto no ano passado” e que discordavam que à medida que você envelhece fica menos útil) viveram, em média, 22,6 anos após terem participado do estudo pela primeira vez, enquanto aquelas que se sentiam menos positivas sobre a velhice viveram, em média, apenas 15 anos a mais.

O trabalho foi liderado por Becca Levy, da Escola de Saúde Pública de Yale, que usou dados do Estudo Longitudinal de Envelhecimento e Aposentadoria de Ohio, que acompanhou mais de mil pessoas que tinham pelo menos 50 anos na época.

Já os pesquisadores Hannah Kuper e Michael Marmot avaliaram o resultado do “Whitehall II”, um estudo longitudinal com mais de 10 mil funcionários públicos que trabalhavam em Londres.

A conclusão foi de que as pessoas que pensam que a velhice começa mais tarde podem estar mais conscientes sobre sua saúde e seu condicionamento físico e, portanto, tomam medidas ativas para se manter em forma. “Elas acreditam que são mais jovens e, se comportam desta forma, criando um círculo virtuoso”.

Susanne Wurm, que desenvolveu um trabalho sobre este tema na Universidade de Greifswald, acrescenta que “pessoas que viam a velhice de forma mais positiva, como um momento para aprender coisas novas e fazer novos planos, por exemplo, viviam mais em média”. Ela declara: não importava tanto o que as pessoas pensavam sobre as implicações físicas do envelhecimento, mas sim se elas acreditavam que ainda iriam se desenvolver e crescer mentalmente.

O livro “The Expectation Effect”, do jornalista especializado em ciência David Robson, reforça este conceito e dá uma dica: em vez de lamentar a perda da juventude, devemos nos concentrar nas experiências e no conhecimento que adquirimos à medida que envelhecemos — e perceber o quão melhor lidamos com as situações.

Portanto, o olhar das marcas para a economia prateada abre um promissor mercado, não apenas para promover a aproximação com este público através de ações publicitárias, mas também para o desenvolvimento de produtos e serviços voltados para este cada vez mais longevo e atrativo consumidor. E este é um tema para um outro artigo…

*Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em comunicação. Foi nomeado Linkedin Top Voice e atua como mentor de executivos sobre marca profissional. É sócio-fundador do HUB 40+, consultoria empresarial focada no público acima dos 40 anos

Fonte: http://Ageless: consumidores perennials, marcas perenes

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) cresceu pelo terceiro mês consecutivo no Paraná, chegando a 123,7 pontos em julho, com alta mensal de 1,2%. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Este foi o melhor índice para um mês de julho da série histórica. O cenário nacional também é de elevação do indicador, que atingiu 123,1 pontos neste mês.

Com 123,7 pontos, as micro e pequenas empresas são as mais confiantes. Na comparação com julho de 2021 a avaliação dos empreendedores de pequeno porte sobre os negócios e a conjuntura econômica cresceu dez pontos. Entre as médias e grandes empresas, verifica-se diminuição do otimismo, que passou de 132,1 pontos em junho para 127,1 pontos em julho. Mesmo assim, na comparação com julho do ano passado, quando marcava 114,2 pontos, a opinião dos empresários é mais favorável.

Dos fatores que compõem o ICEC, todos tiveram crescimento na variação mensal. As Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) marcam 106,7 pontos, com aumento de 2,6% na comparação com junho e alta de 23,9% em relação a julho de 2021. Com 149,3 pontos as Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) aumentaram 0,8% sobre junho e caíram 1,7% na variação anual. Já os Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) estão em 115,2        pontos, com elevação de 0,4% ante junho e aumento de 12,1% sobre julho do ano passado.

Fonte: Assessoria de Imprensa/Fecomércio/PR

No Brasil ainda existe um certo preconceito com pessoas que vivem no departamento comercial, na linha de frente de um produto ou serviço. Esteja ele atrás de um balcão, do outro lado do telefone ou qualquer outro ambiente, as pessoas ainda depreciam, menosprezam ou até mesmo não levam a sério a figura do vendedor.

A grande barreira que os vendedores precisam quebrar é o estereótipo que é criado na cabeça das pessoas sobre o perfil desse profissional. Geralmente associam o vendedor com aquela pessoa focada em “empurrar” algo que não queremos, manipuladora, boa de lábia e interessada apenas em quanto será a sua comissão, não se importando com a satisfação do cliente visto que seus interesses pessoais serão sempre a prioridade.

Obviamente existem profissionais de vendas assim, nenhum estereótipo surge sem motivo algum, mas, não podemos balizar um setor pela minoria. Está cada vez mais nítido que só existe uma única profissão no mundo: o vendedor, afinal, sempre estamos vendendo algo a alguém, não importa qual seja nossa atividade central, a venda e a troca fazem parte da natureza humana.

Agora, como não se tornar uma pessoa chata? Como não se tornar aquele vendedor que ninguém gostaria de ser e ter por perto?

Trouxe alguns pontos que servirão como antídoto a essa “doença” do “vendedor chato”.

Conheça seu mercado

Quanto mais você dominar e conhecer o mercado em que atua, mais antenado estará, mais interessante se tornará e com um senso de direção muito apurado, fará com que a pessoa atendida por você perceba que está lidando com alguém que entende de seu produto e mercado.

Conheça o seu produto

Pode parecer básico, mas é justamente onde o vendedor chato erra: no óbvio! Conhecer seu produto deveria ser uma obrigação, mas, infelizmente ainda é uma virtude. Saber a fundo sobre aquilo que se vende lhe trará uma vantagem competitiva enorme, além de muito mais recursos e argumentos no momento da venda.

Conheça seu público-alvo

Vender é um processo de descobertas, quanto mais conhecermos a pessoa para a qual estamos vendendo, mais assertivos e eficientes seremos. Quanto mais a dor do meu cliente for resolvida, melhor será a minha venda, para isso acontecer tenho que conhecê-lo bem. O vendedor chato não tem tempo para te conhecer, ele quer logo fazer a venda, pegar sua comissão e ir para a próxima. Já o vendedor profissional sabe que investir tempo conhecendo o cliente é fundamental para a construção de uma boa venda.

Conheça as técnicas de vendas

Só de você saber que vendas são baseadas em um conjunto de técnicas, e que tais técnicas qualquer um pode aprender ao se dispor a estudá-las, isso já te colocará a frente da maioria do mercado. Enquanto ainda se acreditar que vender é algum tipo de dom, uma habilidade restrita apenas aqueles que falam bem, a figura do vendedor chato sempre existirá.

Ser profissional naquilo que se faz é o grande remédio para o amadorismo, em vendas não seria diferente, estude, aprenda e pratique, certamente você nunca vai passar perto de ser o tão temido vendedor chato.

*Caio Carneiro é empreendedor, investidor, expert em Vendas Diretas, palestrante e autor do best-seller Seja Foda!, livro de negócios mais vendido do país e também do livro Enfodere-se!

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Fonte: https://exame.com/bussola/caio-carneiro-so-ha-uma-profissao-no-mundo-o-vendedor-entao-seja-bom/