10 de novembro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Fecomércio/CNC. ·

Faturamento previsto é de R$ 4,2 bilhões, 1,1% maior que na mesma data do ano passado. CNC eleva para 1,3% expectativa de crescimento do varejo neste ano

De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday de 2022 deverá movimentar R$ 4,2 bilhões e registrar a maior movimentação financeira desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. A expectativa é que o faturamento seja 1,1% maior que no ano passado, descontada a inflação.

A combinação de promoções da Black Friday e da Copa do Mundo (ambas estão programadas para o mesmo período deste mês de novembro) é um dos fatores que indicam tendência de elevação das vendas no varejo até o fim deste ano. Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (09/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve avanço de 1,1%, no mês de setembro, em relação a agosto. Nesse sentido, a CNC subiu para 1,3% a expectativa de crescimento do varejo em 2022.

“Esse é um momento muito importante para o comércio de bens e serviços e, com o incremento das promoções de itens voltados à Copa de Mundo de Futebol, o segmento deve encerrar bem o ano”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Oito dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram crescimento das vendas em setembro, com destaque para os combustíveis e lubrificantes, de 1,3%, e hiper e supermercados, de 1,2%. Por outro lado, as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram queda de 1% e as de móveis e eletrodomésticos tiveram redução de 0,1%.

Black Friday da Copa

A Black Friday é marcada, tradicionalmente, para a última sexta-feira do mês de novembro, mas os descontos já são oferecidos nos dias antecedentes, que, este ano, coincidirão, justamente, com a primeira semana da Copa do Mundo do Catar. A estimativa da CNC é que as vendas relacionadas ao Mundial de Futebol impactem em R$ 1,4 bilhão o faturamento do comércio varejista brasileiro, movimentando especialmente os ramos de móveis e eletrodomésticos e de artigos pessoais e eletroeletrônicos. Esses dois segmentos devem ser responsáveis por 48% da movimentação prevista na Black Friday (R$ 1 bilhão e R$ 920 milhões, respectivamente). A tendência é que o ramo de hiper e supermercados alcance R$ 910 milhões e o de vestuário, calçados e acessórios gire em torno de R$ 700 milhões.

Alta dos juros deve frear vendas

“Apesar da tendência de desaceleração da inflação, o processo de encarecimento do crédito deverá impedir um avanço mais significativo nas vendas, em uma data caracterizada pela predominância do consumo de bens duráveis, que são, tradicionalmente, mais dependentes das condições de crédito”, analisa o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros das operações com recursos livres envolvendo pessoas físicas se encontra, atualmente, no maior patamar dos últimos quatro anos. “A facilidade de comparação de preços on-line em uma data comemorativa caracterizada pelo forte apelo às promoções evidencia a tendência de aumento expressivo deste evento do calendário do varejo quando comparado às demais datas, especialmente, nos espaços virtuais”, pontua Bentes. A Black Friday já é considerada a quinta data mais importante do varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

Percentual de descontos efetivos será maior que em 2021

Para avaliar o potencial de descontos efetivos durante a data, a CNC coletou diariamente os preços de 180 dos itens mais buscados na internet, agrupando-os em 36 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias. Nesse período, 39% revelaram tendência de redução – percentual que contrasta com os 26% observados às vésperas da Black Friday de 2021. Em novembro do ano passado, a inflação anualizada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 10,7% – a maior desde o início de 2016 e significativamente acima do patamar esperado para novembro de 2022, que era de 6%.

“Desse modo, a desaceleração dos preços tende a elevar o potencial de descontos na Black Friday deste ano, favorecendo, com maior intensidade, a prática de descontos efetivos em relação ao ano passado”, indica Bentes. Pela ordem, os produtos com as maiores chances de descontos efetivos e respectivas variações de preços nos últimos 40 dias são: sapatos masculinos (queda observada de 17%); lavadora de roupas (redução de 13%); smartwatches (diminuição de 10%); fones de ouvido (queda de 8%); e purificadores de água (redução de 7%).

Confira a análise completa da Divisão de Economia e Inovação

Fonte: Portal do Comércio/CNC

Mercado & Consumo –  de Luiz Alberto Marinho– 10.11.22

Muitos anos atrás, durante um workshop com um cliente, recomendamos que ele formasse um time multidisciplinar, caso quisesse realmente construir uma estratégia consistente de marketing. Afinal, nos shopping centers, o marketing costumava cuidar basicamente de comunicação e eventos, com honrosas exceções.

O produto, do ponto de vista de mix de lojas, ficava sob a responsabilidade da área comercial. Outros atributos relevantes da oferta, como ambiente, limpeza, segurança, estacionamento, mobiliário e paisagismo, geralmente eram responsabilidade do pessoal de operações. Portanto, para cuidar da experiência do consumidor, no sentido mais amplo, seria necessário integrar diferentes profissionais e competências de maneira coordenada e harmônica.

A ideia, apresentada muito tempo antes da popularização dos squads das metodologias ágeis, foi delicadamente reprovada. Ninguém estava disposto a mexer no vespeiro que seria intervir nos silos bem delimitados e controlados por cada gerente de área.

A história acima fala sobre marketing, mas poderia se aplicar à comercialização, relacionamento com lojistas, gestão de receitas e por aí vai. E continua tão atual quanto naquele tempo.

Temos observado, em diversos clientes, o esforço que é necessário fazer para que áreas obviamente complementares consigam trabalhar juntas, em prol de um objetivo comum. Pensar em marketing, comercial, digital e financeiro apoiando-se mutuamente para comercializar lojas, desenhar um novo tenant mix, desenvolver novos varejistas e apoiar o desempenho de pequenos lojistas não deveria ser tão complicado, não acha?

Então, por que é tão difícil abandonar o pensamento territorialista?

Em primeiro lugar, porque fomos treinados a vida inteira a pensar o mundo como uma máquina perfeita e previsível. Margareth Wheatley explicou essa lógica brilhantemente em sua obra “Leadership and the New Science” (Liderança e a Nova Ciência).

Ela escreveu: “A imagem mecanicista, enfatizada no século 17 por gênios como Isaac Newton e René Descartes, conduz à crença de que o estudo das partes é a chave para o entendimento do todo. As coisas são separadas, dissecadas literal ou figurativamente (como temos feito com as funções nas empresas, disciplinas acadêmicas, áreas de especialização, partes do corpo humano) e depois recolocadas juntas sem nenhuma perda significativa. A premissa é que quanto mais sabemos sobre o funcionamento de cada parte, mais vamos aprender sobre o todo”.

Em resumo, a gente continua encaixando as coisas, pessoas e funções em “caixinhas”. Enquanto isso, o mundo evolui e se transforma, como um organismo vivo que é, obrigando todas as empresas, e não apenas os shoppings, a abraçar novas estratégias. O digital apenas acelerou a velocidade dessas transformações.

Margareth propõe como solução o foco holístico e não nas partes. O objetivo das empresas deve ser a criação de sistemas integrados, onde relacionamento é o fator determinante. Em outras palavras, quem não for capaz de se relacionar com outras áreas, com lojistas, outras empresas e até com os concorrentes, vai ficar fora do jogo.

No entanto, para solucionar um problema, é preciso primeiro admitir que ele existe, certo? Pois bem, acontece que muita gente prefere acreditar que o mundo não mudou tanto assim. Que a lógica que prevaleceu até agora pode ser mantida por mais tempo. E que velhas práticas, desde que atualizadas com pitadas de marketing digital, ainda dão conta do recado.

Será mesmo possível?

Em 2001, Spencer Johnson lançou um livro despretensioso, que acabou vendendo mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo. Chamava-se “Quem mexeu no meu queijo”. A parábola de Johnson conta a história de dois ratos, Sniff e Scurry, que habitavam um labirinto, onde também viviam dois duendes, Hem e Haw. Todos os dias, ratos e duendes andavam pelo labirinto em busca do queijo com o qual se alimentavam. Resumindo a história, os duendes se acomodaram com a ideia de que o queijo estaria sempre ali à espera deles e não perceberam que o estoque diminuía a cada dia. Quando o queijo finalmente acabou, os ratos saíram farejando pelo labirinto atrás de novos alimentos, enquanto os duendes esbravejavam e tentavam descobrir quem havia mexido no queijo, que eles pensavam que era inesgotável.

Também no mundo dos shoppings, tem gente farejando novos alimentos, enquanto outros simplesmente embalam a ideia de que é possível seguir a rotina de sempre, pois o queijo estará ali à sua espera. Nessa jornada pelo novo, o primeiro passo precisa ser enxergar a necessidade de descobrir novas soluções.

Como dizia Albert Einstein, nenhum problema pode ser resolvido a partir da mesma lógica que o criou. É preciso mudar o modelo mental. A inevitável evolução dos shopping centers obrigará essas empresas a repensarem suas estruturas e relações entre áreas. Profissionais precisarão adquirir novas competências. E todos deveremos encarar os negócios como um sistema vivo, em permanente transformação.

Nada será como antes. Quem viver, verá.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.

REDAÇÃO  AMANHA 

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e reduziu a estimativa oficial para a inflação. As projeções estão no Boletim Macrofiscal. A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 6,3% para 5,85%. Mas ainda está acima da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. No ano, o IPCA já acumula alta de 4,7% e, em 12 meses, o índice total está em 6,47%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo, deverá encerrar este ano com variação de 6%, segundo a previsão da SPE, queda de 0,54 ponto percentual em relação ao boletim anterior. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 6,11%, abaixo da estimativa anterior de 9,44% e inferior à taxa registrada em 2021, de 17,74%.

A estimativa para o aumento do PIB ficou em 2,7%, mesmo número divulgado no boletim anterior, em setembro. Segundo a SPE, o desempenho do emprego, do setor de serviços e da taxa de investimento justificaram a manutenção. “Conforme salientado nos boletins anteriores, já era esperada desaceleração da atividade econômica no segundo semestre deste ano, resultado dos efeitos defasados do ciclo de ajuste da política monetária [aumento de juros pelo Banco Central]. No entanto, projeta-se que os impactos advindos da elevação da taxa de juros se reduzam ao longo do próximo ano”, informou a SPE.

Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Apesar de manter a estimativa para 2022, a SPE reduziu a previsão de crescimento em 2023 de 2,5% para 2,1%. Segundo o órgão, o cenário externo mais adverso, com a alta dos juros da economia norte-americana e a guerra na Ucrânia, afeta a expansão econômica no resto do mundo. A projeção para 2024 foi mantida em 2,5%. De acordo com o Ministério da Economia, houve expansão no mercado de trabalho, com a taxa de desocupação caindo para 8,7% no terceiro trimestre, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE, os indicadores do setor de serviços tiveram expansão anualizada de 3,2% de julho a setembro.

Perspectivas
Apesar de reconhecer a desaceleração da economia no terceiro trimestre, a SPE espera que a recuperação econômica se mantenha no quarto trimestre, puxada pelos serviços e pela estabilidade na agropecuária. Segundo o órgão, os efeitos do aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) pelo Banco Central são os principais responsáveis pela queda no ritmo de crescimento. “Após a forte recuperação até o 2T22 [segundo trimestre], a atividade econômica desacelerou ao longo do terceiro trimestre de 2022, decorrente sobretudo do desempenho da indústria e do comércio. Dados mensais dos indicadores antecedentes e coincidentes sinalizam a continuidade da recuperação da economia no quarto trimestre, embora em ritmo menos intenso, devido, em grande medida, aos efeitos defasados da política monetária, conforme sinalizado nos boletins anteriores”, destaca o boletim.

Com Agência Brasil

26 de outubro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Micro & Pequenas Empresas.

As micro e pequenas empresas já correspondem por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), o conjunto de produtos, serviços e riquezas produzidas no país. Com um faturamento que chega até R$ 3 trilhões por ano, o setor é responsável por 78% dos empregos gerados, além de promover em larga escala a inclusão produtiva dos microempreendedores individuais (MEI).

Diferentes fatores determinam o tipo de empresa nesse segmento, e  o critério preponderante é o do faturamento anual. De acordo com o Secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Alexandre Iwata, “no caso do MEI, empresas que vão até o faturamento anual de R$ 81 mil. Quando a gente olha para pequenas empresas a gente está com faturamento de R$ 360 mil até R$ 4,8 milhões. E quando a gente olha para microempresa, são empresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano.”

O setor de Serviço é o que mais detém micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, sinalizando mais da metade dos cadastros ativos no país. Outros setores também se destacam como o Comércio, a Indústria e a  Construção Civil.

Essa concentração na área de Serviços é comum nas economias maduras, por alavancar os arranjos produtivos dos demais setores, o que impulsiona a criação de empregos. “Quando a gente olha a geração de emprego que o Brasil observou ao longo deste ano de 2022 – a gente gerou quase 1 milhão e novecentos mil empregos no setor formal – desse montante, 72% foi justamente nesse segmento de micro e pequenas empresas, e aí novamente o setor de serviços teve uma representatividade muito importante nesse processo”, destaca o secretário Alexandre Iwata.

Desburocratização

Outro fator que acelerou a criação de arranjos produtivos no país foi o processo de abertura do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).  O tempo gasto para abrir uma empresa no país é decrescente desde 2019; o tempo médio era de 5 a 6 dias. Em agosto deste ano, o tempo é de 23 horas. Em alguns estados brasileiros, o marco é de 5 horas.

Tal facilidade revela um ambiente de negócios favorável à criação de novas empresas, e é visto por empresários nacionais como um diferencial. Um avanço que reflete a adoção de medidas para reduzir a burocracia e facilitar a vida de quem quer empreender, como explica o secretário “para gente chegar nessa marca, teve todo um processo de facilitação regulatória, que não foi um ato isolado. A gente teve o marco de melhoria do ambiente de negócios – uma medida provisória de 2021; antes disso a gente teve a Lei da Liberdade Econômica, que traz a definição de atividade de baixo risco. Com isso, identificam-se cerca de 300 atividades que para entrar em operação não precisam de alvará, e isso traz uma celeridade muito grande para a empresa começar a funcionar.”

Além do tempo ímpar, as novas empresas também ganham a facilidade da assinatura digital, que dispensa o empreendedor do tempo e do custo de preparar documentação em cartório. Ficam livres de licenciamento ambiental, e autorização de órgãos como Corpo de Bombeiros e  da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Tecnologia 5G impulsiona micro e pequenas empresas no Brasil

A implantação da tecnologia 5G no Brasil simboliza grande oportunidade para micro e pequenos empreendedores, especialmente pela demanda por desenvolvimento de softwares e outras soluções digitais como automação industrial, estimada em R$101 bi até 2030, segundo informa o secretário Iwata. Ele afirma ainda que a tecnologia 5G vai trazer outros impactos positivos, como ganhos de produtividade e redução de custos.

A demanda por inovação tecnológica é outra fonte de oportunidades para novas empresas, em especial para as startups – um segmento que vem crescendo muito no país, com o apoio de políticas públicas específicas, como o InovAtiva Hub.

“O InovAtiva Hub é um processo de aceleração de startups que traz maior conhecimento, tira dúvidas, traz orientações. E até hoje já conseguimos acelerar 2,8 mil startups nesse projeto InovAtiva Hub”, explica Alexandre Iwata.

Fonte: Agência Brasil

Publicado em 26/10/2022 10:30 •  Por Luciana Neto site CNC

Para dar conta do aumento previsto para as vendas no varejo relativas ao Natal de 2022, estimado em 2,1%, a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que sejam contratados 109,4 mil trabalhadores temporários no País. Essa deve ser a maior oferta de trabalho temporário em nove anos, quando, em 2013, foram abertos 115,5 mil postos. A estimativa da CNC é que a taxa de efetivação seja de 11%, o que representa 3 pontos percentuais a menos do que em 2021.

Regionalmente, São Paulo (30,3 mil), Minas Gerais (12,2 mil), Paraná (8,9 mil) e Rio de Janeiro (8 mil) concentrarão 54% da oferta de vagas para o Natal deste ano. As previsões da CNC são baseadas em aspectos sazonais das admissões e desligamentos no comércio varejista, registrados mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

“A conversão de vagas temporárias em efetivas em 2022 não deve ser tão expressiva quanto depois do Natal de 2021, quando chegou a 15%, porque, no ano passado, o varejo ainda estava repondo os postos que haviam sido fechados nas duas primeiras ondas de covid-19”, pontua o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Em 2021, 97 mil trabalhadores temporários foram contratados, 46% a mais do que o registrado em 2020, o primeiro ano da pandemia. Dois meses antes dos Natais de 2020 e 2021, a circulação de consumidores no varejo ainda estava, respectivamente, 22,1% e 4,8% abaixo do nível pré-pandemia. Atualmente, o fluxo de consumidores nas lojas já é 3,1% acima do período imediatamente anterior ao início da crise sanitária.

Mais contratações em hiper e supermercados

Os maiores volumes de contrato devem se concentrar no ramo de hiper e supermercados, no qual a previsão é de abertura de 45,5 mil vagas temporárias, e no setor de vestuário, com 25,8 mil. “Se, por um lado, os hiper e supermercados, que são o segmento que mais emprega no varejo, têm destaque no número absoluto de vagas, as lojas de roupas, acessórios e calçados são, historicamente, as mais beneficiadas pelas vendas natalinas”, aponta o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes. Enquanto o faturamento do varejo cresce, em média, 34% no período de fim de ano, o setor de vestuário costuma registrar alta de até 90%.

Maiores salários em lojas de comunicação e informática

O salário médio de admissão deverá alcançar R$ 1,6 mil, avançando, portanto, 2,5% em termos nominais, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a remuneração média ficou em R$ 1,5 mil. Os valores mais altos, de R$ 2,3 mil, devem ser pagos pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação, seguidas pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos, que deve pagar em torno de R$ 1,8 mil. Contudo, esses segmentos respondem por apenas 2,3% das vagas totais a serem criadas.

Alta de 2,1% nas vendas de Natal

A previsão da CNC é que haja aumento de 2,1% nas vendas de fim de ano no varejo como um todo. O ramo de hiper e supermercados tende a registrar alta de 4,8% nas vendas, já descontada a inflação, mas as vendas nas lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos devem cair 3,4% em relação ao ano passado. “Essa perspectiva decorre do somatório entre a desaceleração da inflação e o encarecimento do crédito, já que a taxa de juros de operações envolvendo pessoas físicas atingiu o maior patamar desde abril de 2018, o que favorece as compras em segmentos que dependem menos de empréstimos e financiamentos”, explica Bentes.

Fonte: site CNC

28 de outubro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Micro & Pequenas Empresas. 

As mudanças vão permitir aos bancos ofertar créditos em prazos mais ajustados às necessidades das empresas e, também, prorrogar os financiamentos já contratados

O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi aperfeiçoado nesta quinta-feira (27/10) com a publicação da Medida Provisória nº 1.139, de 27 de outubro de 2022. As normas, respectivamente, flexibilizam e regulamentam o prazo de pagamentos das operações do Programa para até 72 meses – ante prazo anterior, que estava fixado em 48 meses sendo admitida uma prorrogação por até 12 meses.

Os bancos poderão também ofertar às empresas que já contrataram o Pronampe com prazos inferiores a prorrogação dos créditos, e aliviar o caixa dessas empresas, ou mesmo abrir margem para novos financiamentos.

De acordo com a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME) que coordena as ações propostas pelo Pronampe, a redução da capacidade de pagamento dos tomadores – em boa parte consumida pelos financiamentos já contratados e cujos recursos foram utilizados no custeio das atividades durante o período de pandemia – impedia que o Pronampe tivesse maior efetividade no auxílio das empresas na retomada econômica. Por isso, segundo a Secretaria, deixar que o tomador e banco credor ajustem o prazo da operação, no limite de até 72 meses é uma mudança importante, pois dará maior flexibilidade no atendimento de diferentes tomadores.

Renegociação

Os contratos em aberto poderão ser beneficiados com a nova medida.  A MP possibilita a renegociação com o novo prazo sem obrigar as instituições financeiras, cabendo a estas a renegociação dos novos prazos, inclusive os contratos inadimplentes. O prazo que aumentou para 72 meses, no máximo, vai beneficiar aproximadamente 500 mil empresas que poderão se habilitar a renegociar os créditos do Pronampe. As taxas de juros não foram alteradas e passam a ser reguladas pelo Ministério da Economia.

Impactos

Conforme a Sepec, a edição de novas regras sobre o Pronampe auxiliará a preservação das empresas de pequeno e médio porte afetadas pela Covid-19, preservará empregos e reduzirá a demanda de amparo por trabalhadores desempregados. Com as mudanças, as empresas contribuirão para uma melhor velocidade na retomada econômica pós-Covid-19.

Pronampe

O Pronampe se juntou a outros programas de apoio ao crédito lançados em 2020, em resposta um cenário de expectativa de represamento do crédito e redução do consumo. O Programa tornou-se permanente com a publicação da Lei nº 14.161/2021. A reutilização dos recursos em novas garantias foi autorizada até dezembro de 2024 pela Lei nº 14.348/2022, permitindo a contratação de mais de R$ 50 bilhões em créditos neste ano e no próximo.

Fonte: Ministério da Economia

Por Ricardo Leopoldo

02/11/2022 | Estadao

Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua estimativa para a inflação no Brasil neste ano de 9,4% para 6,0%, apontou o relatório de perspectiva econômica regional do hemisfério ocidental. Para 2023, o FMI manteve a previsão de 4,7% relativa ao IPCA. A instituição não alterou as previsões para o crescimento do País de 2,8% em 2022 e 1,0% para o próximo ano.

O FMI destacou o aumento da taxa básica de juros no País de 2% para 13,75% ao ano para conter a crescente inflação entre 2021 e 2022. “Depois de retirar o apoio excepcional (ao combate) da pandemia, o governo relaxou a postura fiscal neste ano, inclusive com a aprovação de medidas para reduzir impostos para diminuir preços de energia e expandir a rede de proteção social”, segundo a instituição.

Na avaliação do Fundo em relação ao Brasil, “a dívida pública continua alta em meio ao potencial de crescimento relativamente modesto.”

Para o FMI, entre as prioridades de política econômica para promover um crescimento inclusivo e consolidação fiscal estão as reformas tributária e administrativa, “reduzir o distorcivo gasto obrigatório, promover o comércio internacional e diminuir a rigidez do mercado de trabalho.”

Fonte: https://www.estadao.com.br/economia/fmi-baixa-projecao-do-ipca-de-94-para-6-em-2022

Redação de Redação  3 de novembro de 2022

Mais de mil marcas inauguraram novas lojas em shoppings brasileiros no segundo trimestre de 2022. É o que mostra um levantamento feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

No total, 1.193 marcas promoveram inaugurações no período. O resultado representa um crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ano passado, que contou com 969 marcas abertas nos empreendimentos. Sobre o 1° trimestre deste ano, a alta foi de 34%.

Este foi o terceiro melhor resultado da série histórica, ficando atrás apenas do registrado no terceiro e quarto trimestres de 2021, com 1.221 e 1.560 inaugurações, respectivamente, segundo a pesquisa “O varejo dos shoppings: marcas em expansão”.

Segmentos de destaque

Os segmentos que mais se destacaram em termos de expansão nos shoppings foram: alimentação e bebidas, ao reunir 26% das marcas; seguidos por vestuário (19%); calçados (6%); artigos para o lar, decoração e presentes (6%); serviços estéticos (4%); perfumaria e cosméticos (4%); acessórios (4%); relojoaria e joalheria (4%); entretenimento (4%); artigos esportivos (3%) e telefonia e acessórios (2%).

Entre as 1.193 empresas que mais inauguraram novas unidades nos shoppings, estão: Cololido Algodão Doce (alimentação e bebidas), The B-Burgers (alimentação e bebidas), Milky Moo (alimentação e bebidas), Fini (alimentação e bebidas), Kekala Custom Picolé (alimentação e bebidas), Yes! Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Touti Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Laser Fast (serviços estéticos), Youcom (vestuário) e Stop&Go (entretenimento).

Outros destaques no período foram as entradas de novas marcas como a Funlab, do Grupo Guararapes, e a Katon Restaurante, estabelecimento temático da Piticas.

“É muito positiva a evolução de marcas expandindo suas operações em shopping centers e atraídas por um ambiente em constante evolução. Somos reconhecidos como centros de conveniência e convivência, muito mais que um espaço de compras e os players enxergam o setor cada vez mais atrelado ao entretenimento e a experiência com seus produtos”, finaliza Glauco Humai, presidente da Abrasce.

O levantamento “Varejo dos shoppings: marcas em expansão” ainda constatou que, de abril a junho, o nível de vendas registrou uma alta de 38,2% em relação ao trimestre anterior.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/03/11/2022/shopping-centers/mais-de-mil-marcas-abriram-novas-lojas-em-shoppings-do-brasil-no-segundo-trimestre/

REDAÇÃO AMANHA 03/11/2022

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 129,7 pontos, o que representa um avanço de 0,7% em outubro, com ajuste sazonal, após dois meses de queda. A alta levou o otimismo dos varejistas a superar em 1,3 ponto o nível de antes da pandemia (que era de 128,4 pontos em março de 2020), o que demonstra completa recuperação do indicador dos efeitos negativos da crise sanitária. Em relação a outubro de 2021, a confiança aumentou 8,8%, com destaque para a avaliação do desempenho atual da economia, que teve crescimento de 18,4%. A percepção dos comerciantes sobre o desempenho da atividade econômica atingiu 104,5 pontos, avançando 3,8% no mês, percentual que levou esse indicador à zona de otimismo pela primeira vez desde março de 2020.

A CNC avalia que a confiança dos empresários varejistas é diretamente conectada à Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa apurada pela CNC que apontou, em outubro, crescimento de 2,1%, em relação a setembro, e teve o nono mês consecutivo de aumento. Para a entidade, a combinação entre a queda da inflação e as transferências de renda tem favorecido o poder de compra dos consumidores, que estão mais satisfeitos com o nível de consumo e mais dispostos a consumir nos próximos meses, o que naturalmente impulsiona a confiança do varejo nacional. Segundo a CNC, esses fatores se aliam à previsão de 2,1% de aumento das vendas de fim de ano e à consequente necessidade de mais contratações de trabalhadores temporários – que devem superar os números de 2013.

Queda da avaliação do cenário atual
A avaliação das condições atuais do comércio caiu, entre setembro e outubro, 0,4%, com a performance negativa das vendas no varejo, apurada nos meses recentes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O volume de vendas reduziu 0,1% em agosto, com desempenho heterogêneo dos segmentos do comércio. Os dados de arrecadação do ICMS nos estados, em setembro, também corroboram o menor dinamismo das vendas do comércio”, analisa a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. Conforme ela, a deflação registrada desde julho desafoga os rendimentos dos consumidores, mas ainda não foi sentida nos resultados das vendas de agosto, por exemplo.

Segundo a economista, outros obstáculos são o nível de endividamento elevado e a alta dos juros, que seguem desafiando a gestão dos orçamentos das famílias. A mudança de comportamento dos consumidores, que estão retomando o consumo de serviços no lugar de produtos, também explica a moderação do varejo. No entanto, a proximidade das festas de fim de ano, que serão impulsionadas este ano pela Copa do Mundo, já impacta as expectativas para o varejo nos próximos meses. A perspectiva para o comércio no curto prazo avançou 0,6%, com o indicador alcançando 160,9 pontos, o maior nível desde março de 2020.

O calendário de eventos que aumentam mais expressivamente tanto o fluxo de consumidores nas lojas quanto as vendas terá o incremento da Copa do Mundo. Com isso, a intenção de contratação avançou 4,5% em relação a outubro de 2021, embora esteja menor do que em setembro, na série com ajuste sazonal. O indicador está atrás apenas de outubro de 2013, e 82,8% dos varejistas consultados pretendem contratar mais colaboradores, maior proporção desde dezembro de 2013.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/otimismo-do-comerciante-retoma-nivel-pre-pandemia

Giuliana Saringer

Do UOL, em São Paulo

11/10/2022 04h00

O comércio eletrônico está bombando no Brasil. Impulsionadas pela pandemia, as vendas pela internet atingiram cifras recordes em 2021 e fortaleceram empresas nacionais como Magazine Luiza, que registrou crescimento médio anual de 61% nos últimos três anos.

Fundado na Argentina, mas operando no Brasil desde 1999, o Mercado Livre também cresceu demais no período. Só no ano passado, mais de 1 bilhão de itens com a etiqueta da empresa foram entregues nas portas dos clientes brasileiros.

O que não passou despercebido dos entregadores, porteiros de prédio e obviamente dos próprios clientes que compraram mais na pandemia, no entanto, foi o volume cada vez maior de pacotinhos com remetentes vindos do outro lado do mundo.

São as encomendas de AliExpress, Shopee e Shein, que caíram tanto nas graças dos consumidores e que fizeram gigantes do varejo digital por aqui declarar guerra aos pacotes estrangeiros.

Bom e muito barato: Esses são os principais motivos que têm levado brasileiros a preferir as asiáticas na hora da compra online.

“As roupas que eu compro no AliExpress são peças que não encontramos em lojas mais acessíveis. Se existe um modelo semelhante, tem uma variação de valor muito grande”, explica o arquiteto Matheus Freitas, 26, que compra em e-commerces asiáticos há pelo menos cinco anos.

Os prazos de entrega, que até pouco tempo atrás eram o principal empecilho para a compra de produtos de fora, vêm caindo drasticamente, com itens de Shein e AliExpress chegando em prazos de até 10 ou 15 dias —houve um tempo em que as entregas levavam literalmente meses para chegar.

Isso acontece porque as asiáticas já entendem o Brasil como um de seus principais mercados internacionais e passaram a investir pesado em vendedores locais, centros de distribuição e parceiros de entrega.

Mesmo tendo chegado só em 2019 por aqui, a Shopee já montou centro de distribuição próprio no final do ano passado. Com altos investimentos em marketing, a empresa de Singapura contratou ninguém menos que Xuxa como sua garota-propaganda na TV e, meses atrás, ultrapassou o Mercado Livre no ranking de aplicativos mais acessados pelos brasileiros, segundo relatório da agência Conversion.

Referência quando se fala em importados chineses no Brasil, a AliExpress trocou os navios que antes traziam as mercadorias por aviões. A meta é ousada: reduzir o tempo de entrega para apenas 7 dias.

Concorrência desleal, sonegação fiscal e venda de produtos falsificados: As companhias de varejo digital brasileiras têm um discurso afinado —e afiado— para revidar a invasão das asiáticas ao país.

O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne grupos como Magazine Luiza, Americanas e Via (Casas Bahia e Ponto Frio), pediu formalmente a congressistas medidas para combater o que considera mercado ilegal online.

A principal acusação é de que as asiáticas estariam se aproveitando de brechas que lhes permitem vender aqui sem pagar impostos e mesmo comercializar produtos ilegais, diz Maurício Morgado, professor e coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV/EAESP.

“Nosso marketplace é 100% legal e formal. Alguns concorrentes de fora não estão jogando de maneira formal e correta”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

Alberto Serrentino, consultor da Varese Consultoria de Varejo, diz que existe um “limbo regulatório” no Brasil que permite que encomendas de até US$ 50 entrem no país sem cobrança de impostos. A regra vale para encomendas de uma pessoa física para outra, mas Serrentino diz que isso foi “extrapolado” para a relação entre empresas e consumidores.

A compra e a venda de produtos de outros países está crescendo em todo mundo, mas ainda é uma novidade, segundo Serrentino. Para ele, essa situação é reflexo da complexidade desse novo sistema que, por ser desconhecido, ainda não é bem regulamentado.

UOL apurou que a Receita Federal estuda medidas para impedir que empresas de comércio eletrônico estrangeiras vendam mercadorias para brasileiros sem pagar os devidos impostos. A Receita não quis comentar essa iniciativa.

Empresas comentam: As empresas asiáticas dizem que não são apenas importadoras, mas principalmente plataformas que comercializam produtos de vendedores brasileiros ou marcas reconhecidas.

Felipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee no Brasil, destaca as parcerias da empresa com marcas como Heineken, Nivea, L’Oréal e com uma das distribuidoras oficiais de acessórios originais da Motorola e Philips. Segundo a Shopee, mais de 85% dos negócios são de vendedores brasileiros.

Briza Rocha Bueno, diretora da operação brasileira do AliExpress, rebate as acusações de falsificações e sonegação de impostos. “Essa acusação não faz sentido porque a AliExpress só vende produtos de sellers com CNPJ brasileiro e depois de um processo de validação desses CNPJs”, afirma.

A Shein, que, além de vender, também cria suas próprias coleções apostando em preços baixos, tem tentado conquistar a confiança dos brasileiros por meio de parcerias com influenciadores digitais e mesmo celebridades como Anitta e Khloe Kardashian.

Entregas mais rápidas e mais baratas: As gigantes do setor de e-commerce no Brasil sabem que não vencerão essa guerra de braços cruzados e também têm investido em suas cadeias de logística.

O Magazine Luiza, por exemplo, resolveu contra-atacar usando suas quase 1.500 lojas espalhadas pelo país como pontos de entrega para quem compra online de seus mais de 180 mil sellers.

“Com as lojas físicas, vamos fazer a melhor conexão entre vendedores e clientes, no menor prazo e com o custo mais baixo”, diz Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

O Mercado Livre afirmou estar investindo R$ 17 bilhões neste ano na abertura de quatro novos centros de distribuição, somando 12 no total, e na ampliação de sua frota de quatro para dez aviões. O objetivo é reduzir em 80% o tempo de entrega em mercados mais afastados, de estados no Norte e Nordeste.

Até a norte-americana Amazon, que atua no Brasil desde 2012, reconhece que precisa se fortalecer nessa briga. Sua aposta é nas entregas rápidas e gratuitas, que pretende estender para mais cidades no Brasil, e no aumento de vendedores brasileiros em sua plataforma de marketplace.

“Elas estão fazendo o que tem que ser feito, que é investir forte em infraestrutura logística e em tecnologia, acelerar o crescimento, desenvolver serviços e fazer aquisições estratégicas para ter diversificação de infraestrutura e tecnologia”, afirma o consultor Alberto Serrentino, sobre a reação do mercado local à invasão das asiáticas.

Para Eduardo Yamashita, diretor de Operações da Gouvêa Ecosystem, empresa focada em soluções para o varejo, o maior vencedor dessa guerra certamente é o consumidor. “Ele tem mais opções, e os preços tendem a diminuir. Isso é bom, desde que todos paguem os mesmos impostos”, conclui

Fonte:https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/10/11/asiaticas-invadem-venda-online-no-brasil-e-esquentam-disputa-pelo-seu-bolso.htm