Da Agência Senado | 24/04/2023, 14h06

A Lei 14.554, de 2023, foi sancionada pelo Poder Executivo; um dos objetivos do Pronampe é preservação dos postos de trabalho em número igual ou superior ao que existia quando da contratação da linha de crédito
Gov. Espírito Santo

 

(Proposições legislativas MPV 1139/2022 )

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.554, que aumentou de 4 para 6 anos o prazo de pagamento dos empréstimos do Pronampe, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (MPEs). A nova lei também estabelece uma carência de 12 meses para o início destes pagamentos das MPEs.

O dinheiro dos empréstimos no âmbito do Pronampe pode ser usado para investimentos, como a compra de equipamentos e a realização de reformas; para despesas operacionais, como o pagamento de salários dos funcionários, o pagamento de contas e a compra de mercadorias. É proibido o uso dos empréstimos visando a distribuição de lucros.

A nova regulamentação do Pronampe é fruto da MP 1.139/2022. Essa MP foi aprovada no final de março no Senado, quando a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) foi a relatora.

— Sua edição auxilia a preservação das empresas afetadas pelas medidas de combate à covid-19; preserva empregos; reduz a demanda de amparo por trabalhadores desempregados; e corrige tempestivamente distorções nos critérios de distribuição dos recursos e no socorro às empresas endividadas no âmbito do Pronampe — disse Zenaide durante a aprovação da MP no final de março de 2022.

As micros e pequenas empresas são hoje 99% das 20 milhões de empresas do país, segundo o Mapa das Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que é atualizado quadrimestralmente. Elas são responsáveis por 62% da mão-de-obra empregada e 27% do Produto Interno Bruto (PIB).

Juros

Na votação da MP 1.139/2022, os parlamentares mantiveram o limite máximo das taxas de juros aplicadas atualmente, de taxa Selic mais 6% ao ano para os contratos firmados a partir de 2021. Mas a taxa máxima aplicável será fixada por ato do secretário de Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo, órgão que é subordinado ao Ministério do Desenvolvimento.

Será estendido de 5 para 6 anos o prazo de pagamento nos casos em que a empresa contratante tenha sido reconhecida pelo governo com o Selo Emprega + Mulher.

Empregos

Um dos objetivos do Pronampe é a preservação dos postos de trabalho em número igual ou superior ao que existia no último dia do ano anterior ao da contratação da linha de crédito. Os empregos devem ser mantidos entre a data da contratação e o 60º dia após o recebimento da última parcela da linha de crédito. A Lei 14.554 determina que as empresas deverão manter por igual prazo o quantitativo de empregados registrados no último dia do ano anterior ao da prorrogação.

A Lei 14.554 também torna permanente o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito na modalidade garantia (Peac-FGI), cuja vigência acabaria em 31 de dezembro de 2023. Ainda pelo Peac-FGI, o prazo de pagamento dos empréstimos passa de 5 para 6 anos. Já a carência máxima passa de 12 para 18 meses.

Fundos constitucionais

A nova lei também reabre, por mais um ano, o prazo para as empresas pedirem a renegociação de empréstimos no âmbito dos fundos constitucionais do Nordeste (FNE), Centro-Oeste (FCO) e Norte (FNO). 

A Lei 14.554 também trata da taxa de remuneração do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A lei estabelece a volta da Taxa Referencial (TR) na remuneração dos recursos do fundo usados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A TR, que acumulou 1,78% nos últimos 12 meses, será usada para remunerar tanto os empréstimos reembolsáveis quanto os não-reembolsáveis tocados pela Finep. Até então era usada a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 7,37% ao ano.

— Na prática, o FNDCT estava inviável com a TJLP. Era melhor ir ao banco comum e pedir empréstimo. Isso muda significativamente agora — destacou o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) quando a MP 1139/2022 foi votada no Senado.

Fonte: Agência Senado

Raquel Brandão

Publicado em 12 de abril de 2023 às, 15h55.  EXAME

O avanço acelerado da venda das plataformas online internacionais, especialmente as chinesas como Shopee, Shein e AliExpress, fez as varejistas brasileiras pressionarem o governo por medidas que mudassem a dinâmica de competição. A primeira ação nesse sentido deve sair do papel em breve: a Receita Federal confirmou que aumentará a fiscalização para taxar compras até US$ 50. “O  que queremos é uma competição justa”, disse o CEO da C&A (CEAB3), Paulo Correa, em entrevista às vésperas da decisão da Receita.

A principal alegação do setor varejista é de que essas companhias não pagam tributos como os nacionais, tampouco respeitam regras locais de segurança ao trabalho e combate à pirataria. “Temos zero problemas com competição. Só acreditamos que ela precisa ser justa, igual. Se ela não é justa, de algum jeito isso tem de ser corrigido”, argumenta Correa. 

Ainda assim, o executivo diz que a C&A não tem sido tão impactada pela competição dos sites internacionais. “O mercado de confecção no Brasil em relação a 2019 não cresceu. A C&A cresceu quase 20%. Certamente esses caras [plataforma internacionais] tão ganhando espaço, mas a gente está crescendo, então tem outros doando mais esse market share para eles”. 

Em 2022, a C&A registrou um avanço de 20% na receita líquida, para R$ 6,18 bilhões. lucro líquido do ano, no entanto, não chegou a R$ 1 milhão, ficando 99,8% menor. O grande impacto veio das despesas financeiras, que cresceram 239%, para R$ 311,5 milhões. “Queremos crescer este ano, com margem bruta e rentabilidade, independentemente do cenário macro.”

Ritmo de abertura de lojas vai cair por causa dos juros

O ambiente de juros elevados, com a Selic a 13,75%, fez a C&A, assim como diversas varejistas, revisar seus planos de abertura de lojas.  “Se o custo do capital está a 14%, não é qualquer projeto que consegue parar em pé. O que para de pé? aquele que tem uma velocidade de captura maior, com poucos meses tem upside seja na venda, seja na margem e até redução de despesas, com nível de investimento menor. Essa é a equação.”

Com 331 lojas abertas atualmente, a companhia dizia ver 150 aberturas potenciais em seu documento de abertura de capital, em 2019, quando tinha 276 unidades. Com os juros elevados, a decisão foi diminuir o ritmo de abertura de lojas em 2023. O foco, explica Correa, vai ser abrir em lojas de cidades com até 500 mil habitantes.

Segundo o executivo, embora se perceba menos flexibilidade entre as administradoras de shopping centers, as negociações estão acontecendo. Essa dificuldade maior na negociação se deve ao cenário mais complexo do varejo, com diversas empresas precisando renegociar aluguéis e suas dívidas de curto prazo.  

Ainda assim, a companhia está apostando no formato double door com a marca ACE. São espécie de lojas da marca esportiva dentro das lojas da C&A. Hoje já são 13 lojas do tipo e, nesse formato, as vendas da ACE são o dobro do que nas lojas comuns. Outra aposta é seguir crescendo no canal digital, que era menos do que um dígito das vendas em 2019 e chegou a quase 15% no fim de 2022, com destaque para as vendas por  WhatsApp.

Nada de venda da C&A

Apesar do momento mais complexo do varejo, Correa afastou a possibilidade de venda da C&A ou diminuição da fatia do controlador no capital social da empresa. “Não olhamos para movimento de fusão e aquisição e de jeito nenhum de venda da empresa.”

De acordo com Correa, é “impensável” falar em saída do controlador. “Acreditamos que nossa ação tem um upside potencial que talvez seja um dos maiores do segmento, porque o valuation atual não corresponde ao tamanho da empresa e à força da marca nem ao tamanho que estamos hoje e o nosso negócio. E ao longo do tempo isso vai ser corrigido”, diz ele. Hoje, o papel está cotado a R$ 3,08, com valorização de 40% no ano, mas mais de 80% abaixo do preço do IPO, de R$ 16,50.  

Nesse cenário, a busca por recursos no mercado de capitais também está em compasso de espera, segundo Correa. “Estamos sempre olhando para operações de captação, mas está de fato mais caro pegar dinheiro hoje em dia. Um caso como esse que surgiu no começo do ano [crise da Americanas] e de outras empresas não ajuda ninguém. Mas é preciso ter consistência”, afirma. 

 

Raquel Brandão

Repórter de InvestJornalista há mais de uma década, foi repórter do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas

 

REDAÇÃO   AMANHA
05/04/2023 09:20 | Atualizado 05/04/2023 09:20

A melhora da renda disponível com a evolução positiva do mercado de trabalho e a desaceleração da inflação atenuaram os indicadores de inadimplência

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou estabilidade no endividamento, no primeiro trimestre de 2023. O mês de março terminou com 78,3% das famílias endividadas, mesmo índice de fevereiro. Um dos destaques da pesquisa é o percentual de renda comprometida com dívidas, que se estabeleceu em 29,9% do rendimento das famílias e é o menor patamar desde fevereiro de 2020. O nível de inadimplência também caiu pela quarta vez consecutiva e atingiu 29,4% das famílias, uma queda de 0,4 ponto percentual em março. No último dia 23, a economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira, apresentou os estudos ao secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para auxiliar no desenvolvimento do programa Desenrola, que terá o objetivo de reduzir o endividamento e a inadimplência das famílias que ganham até dois salários mínimos.

Do total de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa), 17,1% consideravam-se muito endividadas, indicador que também se manteve inalterado na passagem mensal, após duas altas consecutivas. “O endividamento dos consumidores vem apontando moderação desde outubro, cresceu entre janeiro e fevereiro, com orçamentos apertados pelas despesas típicas do início do ano, e encerrou o trimestre em estabilidade”, explicou Izis. Conforme a economista, a melhora da renda disponível com a evolução positiva do mercado de trabalho e a desaceleração da inflação atenuaram os indicadores de inadimplência, que fechou o trimestre em 29,7% das famílias. “Apesar disso, quem tem dívidas atrasadas há mais tempo continua com dificuldades de sair da inadimplência por causa dos juros elevados”, afirma Izis. A Peic mostrou que a proporção de consumidores sem condições de pagar dívidas atrasadas de meses anteriores chegou a 11,5% do total em março, com ligeira queda de 0,1 ponto percentual em relação a fevereiro, mas apresentou o maior nível desde novembro de 2020, no comparativo entre as médias trimestrais.

Mais pobres estão menos endividados
A redução da contratação de dívidas em março se deu entre os consumidores nas duas primeiras faixas de renda, de até três salários mínimos e de três a cinco salários mínimos. Nas faixas de maior renda, entre cinco e dez salários e acima de dez salários mínimos, a proporção de endividados cresceu. De acordo com Izis, isso é reflexo de maior consumo de serviços pelos mais ricos. O indicador de dívidas atrasadas também diminuiu na margem para os dois grupos considerados mais pobres, enquanto avançou entre os com renda entre cinco e dez salários mínimos. “O Bolsa Família com valores maiores e as contratações formais de pessoas com menor nível de escolaridade têm auxiliado as famílias de menor renda no pagamento de dívidas”, analisa a economista da CNC. Apesar disso, na comparação anual, a Peic demonstrou que o volume de famílias com dívidas atrasadas aumentou em todas as faixas de rendimento. O percentual de consumidores com dívidas atrasadas de meses anteriores também encerrou o trimestre em queda entre os mais pobres, mas avançou 1,1 ponto percentual no ano. O índice cresceu na comparação anual apenas nas duas primeiras faixas de renda, de até cinco salários mínimos.

Comprometimento da renda com dívidas é o menor desde antes da pandemia
O comprometimento da renda com dívidas de todos os brasileiros caiu para 29,9% dos rendimentos: a cada R$ 1 mil, o consumidor gastou, em média, R$ 299 com o pagamento de dívidas em março. Esse valor é o menor desde fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19. Entre as famílias de menor renda, a redução da proporção dos endividados também foi acompanhada da queda do comprometimento da renda dessas famílias com dívidas. Os consumidores que recebem até três salários mínimos fecharam o trimestre dedicando 30,9% da sua renda para pagar dívidas, o menor percentual desde junho de 2021. A cada R$ 1 mil, eles gastaram R$ 309 para pagar dívidas com instituições financeiras. Por outro lado, a parcela média da renda dos mais ricos comprometida com dívidas aumentou: foram 0,4 ponto percentual entre aqueles que recebem de cinco a dez salários mínimos, resultando em 29,4% da renda, e 0,3 ponto percentual entre os com mais de dez salários mínimos, com 27% comprometidos.

Mesmo com renegociações, a cada 100 consumidores com dívidas atrasadas, 45 chegaram em março com atrasos por mais de 90 dias. “Ou seja, quem tem dívidas atrasadas, acumuladas de meses anteriores, acaba com maior dificuldade de pagá-las, pois, com os juros mais altos, o valor da dívida aumenta mais ao longo do tempo”, comenta Izis. A economista aponta que a alta da proporção de consumidores com dívidas atrasadas por mais de três meses mantém aceso o alerta para a necessidade de renegociações e monitoramento do sucesso das dívidas renegociadas pelas instituições financeiras. Conforme ela, as concessões de crédito aos consumidores estão desacelerando, mas permanecem elevadas, e há uma deterioração da qualidade dos recursos que estão sendo contratados. As concessões de crédito, neste momento, estão concentradas e avançando no crédito rotativo de curto ou curtíssimo prazo (como cheque espec

 

Reflexões de um líder: afinal, o que faz sentido para o seu negócio e para o seu cliente no processo de busca, compra e consumo? (Reprodução/Reprodução)

Felipe Mendes, colunista  EXAME

Publicado em 10 de abril de 2023 às, 13h01. Última atualização em 11 de abril de 2023 às, 13h28.

Algo que observo nas interações com colegas líderes de empresas é que nem sempre todos eles têm tempo para organizar o pensamento sobre as principais tendências do mundo, no ponto de vista dos consumidores. 

A quantidade de informação às quais executivos são expostos é tamanha que a priorização é uma questão de “sobrevivência” mental. Mas ela normalmente é feita por influência do momento em que a empresa está vivendo ou mesmo por algum fato que executivos tenham mais interesse ou receio.

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Pensando nisso, organizei uma lista de elementos que acredito merecer alguma reflexão, seja para a construção de ações concretas, seja para que simplesmente entrem em sua matriz de riscos e oportunidades para os próximos anos. 

1. A inspiração do Smart Power

Vivemos a era das narrativas e isso confunde o brasileiro “médio”. A batalha econômica Estados Unidos e China, a encruzilhada de crescimento europeu, o papel da Rússia e, especialmente, a influência crescente da Índia no mundo, assim como o crescimento da voz árabe em questões inovadoras chegam por meio de notícias que vão construindo uma nova visão de mundo menos ocidentalizada. Como isso impactará o consumo das marcas e dos seus produtos?

2. Desafios de um mundo sustentável

É claro que todos buscamos o mesmo: um planeta sustentável. E não apenas do ponto de vista ambiental, mas também social e das relações de governança. No entanto, cada vez mais nos damos conta que a transição energética irá pesar no bolso de cada um de nós e será mais lenta que o previsto.

Cada dia vemos que algumas certezas que tínhamos são questionáveis, como por exemplo a questão dos carros elétricos versus carros movidos a etanol. A reciclagem dá vez à circularidade, isso é, usar o mesmo produto por mais tempo.

E, crescendo a velocidades quânticas, está a questão da proteção e governança de dados pessoais, bem como as barreiras e escolhas éticas necessárias para a aplicação da Inteligência Artificial, aí incluída a inteligência generativa como GPT 4, DALL-E, etc

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3. Valores pessoais em transformação

A pandemia e a crise econômica global afetaram nosso pensamento do mundo. Se até 2020 a visão era que todos precisamos apoiar uns aos outros, o medo gerado pela saúde em risco, o desemprego e o retorno da inflação, levou a um pensamento mais centrado na família e nas suas necessidades.

As discussões perderam altura e deixaram a sociedade mais pragmática, como forma de responder às externalidades negativas. Temos uma geração jovem menos sonhadora e  mais racional, e esse grupo irá dominar o consumo dos próximos anos.

Em paralelo, temos mulheres e homens de 50 anos que terão carreiras mais longevas, com mais saúde e, por consequência, mais poder de escolha por pelo menos duas ou três décadas. Em que geração eu aposto o desenvolvimento do meu negócio? Que dificuldades e oportunidades surgem do pragmatismo?

4. Um mundo totalmente digital

O Brasil se digitalizou através do acesso à internet de qualidade em todas as regiões, idades e classes sociais. Além disso, aprendemos a pesquisar de tudo na rede, porém o fazemos cada vez menos nos mecanismos clássicos de busca e cada vez mais nos sites de varejo, das marcas ou nas mídias sociais.

Encontramos diversão no mundo digital, mas, paradoxalmente, isso tem levado ao crescimento de uma nostalgia analógica em jogos e outras atividades lúdicas, inclusive a leitura. Fica muito difícil definir o que é físico ou digital, já que quase toda a atividade de consumo passa por ambos os mundos, em algum momento.

Ter um app basta? Ou é preciso criar um metaverso, quando nem a Meta mais investirá nisso? Devo apostar na realidade virtual, artificial ou aumentada? O que faz sentido para o meu negócio, para a minha/meu cliente, em seu processo de busca, compra e consumo?

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5. A reinvenção do trabalho

Com o home office, o trabalho passou a ser algo que você faz e não um lugar aonde você vai todos os dias. Isso ressignificou o trabalho, tornando-o mais portátil e monetizável. Aquilo que você sabe fazer bem, pode ocupá-lo em uma empresa formal durante o dia, e vendê-lo a outra empresa no fim de semana. Ou pode ainda realizar uma outra atividade, que te dá prazer mas (ainda) não paga as suas contas, e vendê-la através de sites como GetNinjas, Elo7 e outros.

Finalmente, com a chegada do GPT 4, há novas profissões que irão desaparecer e outras que não precisarão de profissionais sem experiência. Como aproveitar esses profissionais em sua empresa? Qual o nível de desenvolvimento constante seus funcionários irão demandar?

Como você já percebeu, esses cinco elementos afetam os negócios de maneira distinta, portanto convido que separe 20 minutos, assim que terminar de ler o texto, para imaginar como cada um deles pode impactar a sua empresa.

Escreva uma lista curta para cada elemento e envie à sua diretoria, para que juntos definam quais delas merecem uma discussão na próxima reunião de board.

 

Felipe Mendes

ColunistaFelipe é membro do YPO, e atua em Conselhos de Empresas e associações, além de ser palestrante em eventos de tecnologia, varejo e comércio Eletrônico e investidor de startups nesses segmentos.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), espera desaceleração do crescimento econômico na América Latina e no Caribe em 2023, com um avanço de 1,2% no ano. Para o Brasil, a perspectiva é de alta de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB). O menor avanço da atividade econômica em outras regiões do mundo e o fraco avanço do comércio mundial, bem como altas de taxas de juros em âmbito global e turbulências financeiras recentes são alguns argumentos apontados para sustentar a estimativa. “Embora as pressões inflacionárias tenham se desacelerado, cabe esperar que as taxas de política monetária permaneçam altas durante 2023 nas principais economias desenvolvidas”, acrescenta a Cepal.

A comissão estima que todas as sub-regiões devem registrar menor crescimento em 2023 ante 2022. Para a América do Sul, a estimativa é de avanço de 0,6% em 2023 (contra 3,8% em 2022); para América Central e México, a projeção é crescimento de 2% (3,5% em 2022); Caribe (excluindo a Guiana), 3,5% (ante 5,8% em 2022).

A América do Sul deve ser afetada pela queda dos preços de produtos básicos e por limitações da política interna para impulsionar a atividade. “A alta inflação impactou a renda real e está tendo efeitos sobre o consumo privado e o investimento dos países”, afirma a Cepal. Nas economias do Caribe, a desaceleração prevista se baseia principalmente no fato de que a inflação afetou tanto a renda real e o consumo como os custos de produção, prejudicando a competitividade das exportações de bens e o turismo.

Para as economias da América Central (Cuba, Haiti e República Dominicana) e o México, embora o crescimento deste ano represente uma desaceleração em relação a 2022, houve uma revisão para cima em alguns casos, em comparação ao que a Cepal previu no fim de 2022. Isso se deu após a revisão para cima do crescimento dos Estados Unidos, principal parceiro comercial e primeira fonte de remessas de seus países, que afeta o setor externo e o consumo privado. Além disso, os menores preços da energia previstos para este ano em comparação com 2022 atuariam a favor, dado que vários países são importadores líquidos de combustíveis.

De modo geral, a comissão considera que os países da América Latina e Caribe têm mais uma vez, em 2023, espaço limitado para políticas fiscais e monetárias. Assim como no resto do mundo, a inflação na região mostra uma tendência à baixa. Apesar da possibilidade de estar próxima uma conclusão do processo de elevação de taxas em vários países da região, seus efeitos sobre o consumo privado e os investimentos se farão sentir com mais força neste ano, de acordo com o grupo.

A Cepal tampouco espera um ciclo relaxamento monetário generalizado na região, dada a recente volatilidade financeira global desencadeada por problemas nos bancos de países desenvolvidos e o fato de que a inflação regional permaneceria em níveis elevados ante os vigentes antes da pandemia.

No campo fiscal, a Cepal avalia que há pouca margem de manobra para as autoridades, enquanto os níveis de dívida pública permanecerem altos. “Num contexto de altas demandas por gasto público, serão necessárias medidas para fortalecer a sustentabilidade fiscal e ampliar o espaço fiscal mediante o fortalecimento da capacidade de arrecadação e redistribuição da política tributária”, diz o organismo.

A Cepal pondera, por fim, que a projeção de crescimento da região em 2023 pode sofrer redução caso ressurjam e se acentuem as turbulências do sistema bancário global (ou do sistema financeiro), o que resultaria num endurecimento mais persistente das condições financeiras mundiais, com os consequentes impactos sobre o acesso e custo do financiamento. Também persistem incertezas sobre os efeitos para o crescimento econômico, preços das matérias-primas e comércio mundial do prolongamento da guerra na Ucrânia e aumento da fragmentação geoeconômica

Desconexão com grandes grifes é ligeiramente maior na Geração Z

REDAÇÃO  AMANHA 18/04/2023

“É urgente que a indústria repense o desenvolvimento de produtos e a comunicação com os brasileiros e busque uma nova relação baseada em propósito e valores comuns”, alerta Marco Bebiano, diretor de negócios para o segmento de bens de consumo do Google Brasil

Quase dois terços dos brasileiros (64%) não têm marcas “queridinha”, ou seja, aquelas que estão sempre presentes em sua cesta de compras de itens do dia a dia, como alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza. Os dados fazem parte de uma nova pesquisa do Google encomendada à Offerwise com mais de 2 mil brasileiros de todas as idades, classes sociais e regiões do país. Entre os consumidores da Geração Z, a infidelidade é ligeiramente maior e 65% declaram que não são fiéis às marcas. Entre os consumidores pouco fiéis, o principal fator que leva à troca de uma marca na hora das compras é o preço, já que 37% das pessoas afirmam que costumam trocar de marca quando encontram uma boa oferta. Outros 21% dos consumidores estão de olho em atributos de conexão da marca com seus valores pessoais, como sustentabilidade. Somente 6% do total se autodeclaram como “desapegados”, ou seja, como aqueles que estão sempre mudando de marcas.

Ao olhar especificamente os consumidores da Geração Z, comprar produtos de grandes marcas não é um fator determinante para a decisão de compra para 10% dos entrevistados (na média geral, 7% dizem não levar em conta o reconhecimento de marca na hora de comprar produtos na categoria de bens de consumo). Além disso, as pessoas na faixa etária mais jovem estão em busca de experiências e produtos personalizados. A maioria dos brasileiros (88%) acredita que há marcas nos segmentos analisados que conseguem se conectar melhor com os consumidores. Para boa parte deles, a base dessa conexão está no posicionamento delas sobre temas como sustentabilidade (43%), além de diversidade e igualdade (38%). Quando perguntados sobre o que consideram mais importante para escolher uma marca, o propósito (20%) foi o quinto fator mais citado. Inclusão ficou em sétimo lugar na lista com 18%.

“Vivemos um período de transformação na forma como o consumidor interage com as marcas de bens de consumo, criando um cenário mais desafiador para a continuidade do crescimento dessas empresas”, explica Marco Bebiano, diretor de negócios para o segmento de bens de consumo do Google Brasil. “É urgente que a indústria repense o desenvolvimento de produtos e a comunicação com os brasileiros e busque uma nova relação baseada em propósito e valores comuns”, alerta. Além da sustentabilidade, outros atributos ganham destaque na preferência do consumidor. Produtos desenvolvidos sob medida são valorizados por 65% dos consumidores. Mais da metade (54%) também afirmou dar mais valor a produtos produzidos por pequenos produtores e 48% declarou valorizar produtos feitos no Brasil. Na maioria dos casos, tratam-se de atributos mais importantes para o grupo de mulheres que participaram da pesquisa.

“Relações duradouras estão cada vez mais difíceis de serem construídas e a tecnologia pode ajudar as empresas a entenderem melhor as motivações dos consumidores ao tomar uma decisão de compra”, diz Letícia Arslanian, head de negócios para o segmento de bens de consumo do Google Brasil. “Assim como fazem os criadores de conteúdo no YouTube, que se conectam a milhões de pessoas, as empresas também precisam buscar formas de criar conexões mais genuínas e relevantes com os consumidores.”

Mais personalização e agilidade nas compras
O estudo encomendado pelo Google perguntou ainda aos brasileiros como as marcas poderiam se conectar melhor com eles, entre seis quesitos. Descontos ou benefícios atrelados a programas de fidelidade e experiências mais personalizadas foram os atributos mais citados. Confira, abaixo, alguns dos dados que são destaque:

  • 65% apontaram descontos ou benefícios — entre as mulheres, essa opção foi valorizada por 70% delas;
  • 45% dos entrevistados indicaram experiências de compra mais personalizadas e 40% deles escolheram produtos personalizados — entre a Geração Z, o número chega a 44%, no caso da segunda opção;
  • Ainda sobre propósito, falar menos e agir mais foi apontado por 29% dos entrevistados — entre a Geração Z, a preferência chega a 35%;
  • 24% apontaram a valorização da diversidade;
  • 17% recomendaram que as marcas trabalhem com criadores de conteúdo.

Os entrevistados também apontaram sua preferência em relação a como o processo de compra deve mudar no futuro:

  • As compras devem ser mais rápidas e práticas (78%);
  • Espera o surgimento de novos meios de pagamento (57%);
  • A experiência de compra deve cada vez mais personalizada (57%) — destaque para as mulheres (61%) e Geração Z (65%);
  • O ambiente virtual deve se aproximar cada vez mais do real (52%);
  • As marcas devem ser mais conscientes no aspecto ambiental (52%);
  • A experiência de compra deve ser mais inovadora e tecnológica (51%).

CNC, CNA, CNT, CNSaúde e CNCOOP endossam o documento

 Por Luciana Neto – site CNC

Confira o manifesto na íntegra:

A reforma tributária é fundamental para viabilizar um crescimento econômico mais sólido, a partir de um melhor ambiente de negócios e maior segurança jurídica, capaz de gerar mais emprego e renda para os brasileiros.

Na qualidade de Confederações de setores produtivos que empregam 41,7 milhões de trabalhadores e representam quase 60% da economia nacional, compete-nos alertar que as propostas em discussão no Congresso Nacional (PEC 45/2019 e PEC 110/2019) necessitam de ajustes para evitar impactos perversos e riscos à sociedade brasileira.

Não faz sentido reduzir a carga sobre bens nacionais e importados para aumentar sobre os alimentos e serviços, que geram tanta riqueza e empregos em todo o país. Diante disso, é preciso adotar diferentes alíquotas nos novos tributos que se aproximem das realidades atuais de carga incidentes sobre os respectivos setores, bem como considerar as particularidades dos seus diferentes sistemas de produção. Isso, sim, garantiria um crescimento econômico sustentável e distribuído.

Se prevalecer a ideia de alíquota única para bens e serviços, haverá um pesado aumento de impostos sobre setores estratégicos no Brasil. A reforma acarretará elevação geral nos preços dos alimentos (mais 22% sobre a cesta básica), dos transportes, da habitação, da mensalidade escolar, da saúde (mais 38% sobre medicamentos e 22% sobre planos de saúde), do advogado, do turismo, da ginástica, do lazer, da segurança e de diversos outros serviços.

Considerando que a população nacional está concentrada nas classes C, D e E, se a carga tributária de impostos sobre o consumo subir para 25% ou mais, os brasileiros teriam menos acesso aos serviços e alimentos. Haveria um forte aumento da informalidade. A reforma tributária destruiria parte importante do setor produtivo existente. O emprego sofreria fortes reflexos negativos. Setores de serviços são os mais intensivos em mão de obra e estão espalhados por cada cidade do Brasil, além de ter maior participação feminina e empregar mais a população de baixa renda.

Os setores econômicos signatários deste manifesto têm plena convicção de que o Brasil não pode errar na reforma tributária e, por isso, defendem que as propostas não podem onerar e prejudicar os diferentes setores econômicos e a população brasileira. É possível e necessário buscar consensos para avanços verdadeiros.

Por Cristiane Barbieri

Atualização: 

Reestruturador de empresas renomado, João Pinheiro Nogueira Batista assumiu o comando das Lojas Marisa há pouco mais de um mês, com a rede varejista enfrentando um de seus piores momentos. Afetada pela pandemia e com problemas de gestão, a empresa já tinha dificuldade em gerar caixa quando a crise deflagrada pelo calote das Americanas fechou totalmente o mercado de crédito ao setor, que já vinha sofrendo com os juros altos.

Para piorar, as importações feitas por meio das plataformas chinesas alcançaram um patamar insustentável: a Shein, por exemplo, que em 2019 não aparecia entre as maiores concorrentes do setor de vestuário, atingiu 16,1% dois anos depois, segundo o IDV. A Marisa despencou de 7,9% para 4,1% – e todas as concorrentes locais a acompanharam ladeira abaixo.

“Se economia estivesse melhor e sem esse contrabando todo, talvez eu não tivesse de fechar 90 lojas”, diz Nogueira Batista, referindo-se ao plano de recuperação que tem de executar. “É um processo extremamente doloroso, já que cada loja emprega, em média, 20 pessoas. Um período dificílimo para todos.”

João Pinheiro Nogueira Batista assumiu o comando das Lojas Marisa no momento em que a rede varejista enfrenta uma de suas piores crises

Nogueira Batista recebeu o Estadão/Broadcast na tarde de quinta-feira, 20, na sede da Marisa, que ocupa uma antiga e grande fábrica de pregos dos anos 1940 no bairro da Barra Funda, na capital paulista, com um interior moderno, aberto e com clima do coworking.

O encontro aconteceu logo após a conversa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 20 empresários do setor, entre eles, Luiza Helena Trajano, do Magalu, Sergio Zimerman, da Petz e o próprio Nogueira Batista.

“O ministro está firme na intenção de fazer com que os marketplaces (shoppings virtuais) que queiram operar no Brasil façam uma adesão ao programa de conformidade e respeitem a legislação brasileira, como a Amazon”, afirma. “Mas ele não sabia os detalhes do contrabando organizado que vem sendo praticado.”

Nogueira Batista referia-se ao fato de os empresários terem apresentado a Haddad um trabalho detalhado do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), que fez compras e constatou inúmeras ilegalidades das plataformas estrangeiras. Numa compra feita com produtos que já estavam no Brasil (a chamada cross-border com pedidos nacionais), os itens vendidos não recolhiam impostos, os pacotes feitos com sacos pretos não tinham identificação dos sete diferentes vendedores e nos quais havia declarações explícitas de que não eram contribuintes por não realizarem vendas com intuito comercial, apesar de a empresa ter CNPJ, inscrição estadual e loja física.

Num pedido internacional, o quadro era pior. Além de não haver qualquer menção a impostos (que se tornam responsabilidade do consumidor), não é cobrado o IOF (imposto sobre operações financeiras) internacional de 6,38% sobre a compra com cartão de crédito e os produtos são expedidos com valor subfaturado (no caso que exemplificou o estudo do IDV, o item de US$ 71 foi declarado por US$ 41).

Além disso, o remetente era uma pessoa física chamada Tong Fang e não uma empresa, já que a isenção de impostos é permitida apenas na transação entre pessoas físicas e em valor de até US$ 50. O pedido também é transportado em aviões dedicados e as embalagens são descaracterizadas, sem referência à plataforma chinesa, com valor declarado inferior a US$ 50, para ser liberado pela Receita Federal sem recolhimento de tributos.

Técnicos do IDV constataram que alguns detalhes tornam a situação ainda mais grave. Há posts, vídeos e contratação de influenciadores digitais que ensinam o comprador brasileiro a burlar a fiscalização e fugir da tributação, como “Foi taxado? Entenda a regra do imposto e saiba pedir reembolso” ou “Como revender produtos adquiridos sem nota fiscal”. Também foi identificada a prática de frete subsidiado pelo governo chinês, bem como a venda de produtos sem qualquer controle de agências reguladoras, como as companhias brasileiras estão submetidas. Além do uso de imagens e fotos de empresas nacionais para exposição de produtos nas plataformas.

O básico e sabido, a venda de produtos piratas, é elogiada pelos consumidores brasileiros. O IDV identificou camisas Nike do PSG vendidas por preço 81% menor do que o do site oficial da marca e boneca LOL 61% mais barata do que na Ri Happy, entre outros itens. Todos com elogios à impressão de serem “quase perfeitos aos originais”. Resultado: as importações de pequeno valor cresceram 74% ao ano entre 2018 e 2022, segundo o Banco Central. Foram quase R$ 70 bilhões só no ano passado.

“O brasileiro precisa entender que, quanto mais ele compra nesses mecanismos ilegais, mais força a empresa que está na formalidade a demitir”, diz Nogueira Batista.

Só o setor de vestuário emprega mais de 775 mil funcionários, com uma cadeia de 3,8 mil fornecedores diretos. Se a Marisa vende menos (por causa dos marketplaces chineses), são quase 4 mil empresas no Brasil que vendem menos

– João Pinheiro Nogueira Batista, CEO das Lojas Marisa

Em relação aos pequenos empreendedores que atuam na informalidade – e que foram um dos motivos para a volta atrás em relação à decisão de taxar todas as compras feitas no exterior -, Nogueira Batista é categórico: é um ato ilegal de concorrência desleal. “Não se pode basear um negócio num mecanismo ilegal”, afirma.

Agora, a intenção é correr contra o tempo junto aos técnicos da Fazenda. “A ideia é que em semanas, no máximo dois meses, esse sistema eletrônico esteja funcionando”, diz ele. “Não pode demorar muito.” O plano de recuperação da Marisa é baseado, entre outras coisas, na redução das importações ilegais.

Já sobre o anúncio da Shein, de que produzirá no Brasil e gerará 100 mil empregos em parcerias com 2 mil indústrias nacionais, Nogueira Batista não vê problemas. “Pode concorrer, desde que pague imposto”, afirma. “Concorro com a C&A, com a Riachuelo, com todo mundo, mas todo mundo paga imposto. Que vença o melhor. Faz parte do jogo. Só não pode ser nessa base que é hoje.”

Fonte: https://www.estadao.com.br/economia/contrabando-fechar-lojas-ceo-marisa

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A Ipsos apresentou nesta quarta-feira, 19, a décima edição da pesquisa The Most Influential Brands no Brasil. Baseado em análises do ano de 2022, o top 3 foi liderado por marcas ligadas à tecnologia e big techs. O Google apareceu em primeiro lugar, seguido do WhatsApp e YouTube.

O Google manteve a liderança em relação a 2021. Entre as razões da permanência no topo está a consistência de performance, inovação e confiança construída junto ao consumidor ao longo dos tempo em que está no Brasil. Os dois últimos fatores também foram decisivos para a presença do WhatsApp na lista.

O aplicativo da Meta conta com uma penetração de 1 bilhão de usuários no mundo, sendo que o Brasil está entre seus três principais mercados, conforme explicou Beatriz Bottesi, head de marketing da Meta na América Latina. A executiva se juntou a Juliana Roschel, diretora de marketing no Nubank; Maia Mau, diretora de marketing do Google no Brasil; e Maria Paula Fonseca, diretora do CoE da marca Natura, em painel.

A marca da Meta desbancou a Samsung em relação ao ranking de 2021, que passou a ocupar a sexta posição. Já o YouTube mantém sua liderança na terceira colocação do estudo; endossando o valor do grupo Google na percepção dos usuários brasileiros e sua contribuição para o entretenimento, fonte de informação e aprendizado, entre outros.

Na sequência, o top cinco é endossado pelo Instagram e Amazon – antes em sexto lugar – que ocupam a quarta e quinta posição. Confira o ranking completo.

1º Google
2º WhatsApp
3º YouTube
4º Instagram
5º Amazon
6º Samsung Electronics
7º O Boticário
8º Netflix
9º Nubank e Mastercard
10º Natura

Veja a reportagem: https://lnkd.in/dwTA-sQ6

#marcas #influencia #google #youtube #comunicaçãoemarketing

Ative para ver a imagem maior.

Ericoh Mórbiz 

2 d

Sensacional a presença do nosso Boticário! Merecidamente! O trabalho qe vem sendo feito nesses últimos tempos faz ter certeza de qe crescerão mais! Parabéns!!!

Gostei

Grupo Boticário1.666.335 seguidores

2 d

Que orgulho termos nossa marca presente no ranking com outros grandes nomes do mercado Seguimos expandindo beleza!

de Gustavo Grohmann  –  21 de abril de 2023 no Destaque do diaNotíciasVarejo  – MERCADO & CONSUMO

A pandemia pegou todos de surpresa e acabou transformando boa parte da sociedade pelo mundo. No varejo não foi diferente. Desde a experiência e o comportamento dos consumidores, até a aceleração no desenvolvimento de algumas áreas, hoje fundamentais para companhias.

O digital avançou rapidamente e deixou um alerta para o físico. Mas a omnicanalidade demonstrou toda a sua importância para os negócios, chegando para ficar. E a experiência do consumidor, seja no digital ou, principalmente nas lojas físicas, se tornou um dos principais focos do mercado.

“A pandemia acabou ensinando a sociedade a se comportar de maneira diferente e por consequência acelerou o digital. Um pouco da crença que eu tenho é que o comportamento da cliente mudou”, revelou Fernando Brossi, VP de Operações da C&A, em entrevista exclusiva para a Mercado&Consumo.

Pensando na experiência de seus consumidores, principalmente nas lojas físicas, a C&A percebeu dois tipos de perfis de clientes: quem está com tempo sobrando para um passeio e quem chega com uma missão de compra já definida.

“Nas nossas lojas físicas, hoje contamos com uma cliente que está com menos tempo e quer decidir a vida rápido. Quando vem para a loja, mais de 70% delas já decidiram o que querem comprar. Então ela já vem com uma missão mais de compra. Mas tem ainda aquela que vem para passear. Então acredito que a experiência tem que estar dividida. Para aquela que está na C&A para passear, encontrar uma experiência agradável, visitar dependências. Uma experiência de passeio. E para aquela que está em uma missão de compra, dar uma experiência para resolver rápido seus objetivos”, afirmou Brossi.

Ele acredita que o momento é de deixar a balança nivelada visando a boa experiência. “No fim é um equilíbrio das duas coisas: uma boa jornada de passeio e uma jornada de resolução rápida, em um mundo muito atribulado e que pede agilidade para tudo”, admitiu.

Aprendizagem permanente

E se a pandemia acabou sendo responsável por alavancar e acelerar o desenvolvimento de algumas áreas, fica de aprendizado a abertura e, sempre que possível, o planejamento para novos saltos do mercado.

“A aceleração se deu por uma necessidade e por uma mudança de comportamento. Várias outras empresas tentaram antecipar essa aceleração, mas talvez não tenham sido bem-sucedidas, porque a sociedade não tinha mudado ainda para esse contexto”, revelou Brossi.

E qual poderia ser o novo salto do varejo? “Hoje eu acredito que novos ‘break thrus’ podem surgir pela parte tecnológica. Um exemplo atualíssimo é a adoção de Inteligência Artificial. Há dois anos a C&A de fora decidia o preço e mandava para o Brasil. Hoje o meu preço pode variar loja a loja e dentro do produto, por cor, por exemplo. E isso tudo é baseado em Inteligência Artificial. Isso não existia antes. E com isso eu consigo dar o preço que aquela parte específica da sociedade está disposta a pagar e está querendo comprar. Acredito que a tecnologia será o grande propulsor dessa próxima alavanca. Na verdade, já está acontecendo”, finalizou o VP de Operações da C&A.