A rede de artigos esportivos Centauro vai vender com exclusividade os produtos da UEFA Champions League. Ela se tornará, assim, a única varejista do Brasil e da América Latina a desenvolver artigos exclusivos da principal liga de futebol do mundo. Ao todo, para o primeiro ano da colaboração, serão investidos mais de R$ 1,5 milhão para o desenvolvimento de produtos, comunicação e ativações.

Para celebrar a chegada das novas peças, a varejista de artigos esportivos recebe a taça da Champions League na loja da Avenida Paulista até esta segunda-feira (25), com visitação aberta para o público. Nesta segunda, a ação ainda contará com a realização de um episódio do podcast Podpah, que terá como entrevistado o ex-jogador Kaká, campeão e artilheiro da liga pelo Milan na temporada 2006-2007.

 

Desde sábado (23), a loja da Centauro na Paulista vem contando coma presença de nove influenciadores, entre eles Júlio Cocielo, Juninho Manuela, Futirinhas, Banheristas e Raquel Frestyle.

Para a primeira coleção da parceria, serão ofertadas mais de sete modelos de peças, entre elas, polo e T-shirt de algodão para momentos casuais e modelos voltados para a prática de esportes, como a camiseta DryFit com aplicação do logotipo da Champions League.

As vendas já começaram e estão sendo realizadas em 113 lojas, das mais de 220 espalhadas pelo Brasil e pelo canal digital. Já para o segundo semestre, a Centauro e a UEFA têm a previsão de lançar ainda a coleção de inverno, com jaquetas, casacos, moletons e outros acessórios em desenvolvimento.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/04/25/centauro-e-uefa-champions-league-fecham-parceria-para-licenciamento-de-produtos/#:~:text=A%20rede%20de%20artigos%20esportivos,liga%20de%20futebol%20do%20mundo.

A rede varejista de artigos para casa e decoração Camicado, pertencente a Lojas Renner, está apostando em um novo modelo de lojas físicas. A ideia por trás do novo formato é transformar o ponto de venda, focado em exposição e comercialização, em uma local de experimentação, entretenimento e oferta de soluções.

Esse novo modelo estreou em janeiro na loja do Shopping Ibirapuera, em São Paulo, que passou por um processo de readequação durante dois meses sem interromper o funcionamento. Após o teste, a companhia decidiu que todas as lojas que serão inauguradas irão seguir o novo modelo. Atualmente, a Camicado recebe em média 40 milhões de visitas por ano em suas unidades físicas.

Entre as novidades, estão incluídas as retiradas das vitrines para facilitar o acesso do público, além do estimulo ao toque e à experimentação dos produtos. O ambiente interno também passou por um redesenho que favorece a circulação e facilita uma visão completa dos estilos e categorias de artigo à disposição.

Parceria com sellers

Neste novo modelo, os sellers do marketplace poderão vender nas lojas físicas itens antes não oferecidos nesse canal, como móveis, estofados, luminárias e cortinas. Nestes casos, eles fazem a entrega nas casas dos consumidores, sob supervisão da Camicado, que fechou 2021 com 200 parceiros em sua plataforma de e-commerce.

Outras inovações são mais simples, como mesas livres para que os consumidores montem e testem suas próprias combinações de peças, e também soluções mais digitais, como totens digitais. Nestes dispositivos, os clientes podem consultar o blog da Camicado para encontrar recomendações e dicas de decoração.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/30/camicado-aposta-em-novo-modelo-de-loja-focado-na-experiencia-do-cliente/

Mesmo com 12 milhões de pessoas procurando um emprego, é possível ver um processo de retomada no mercado de trabalho, segundo o economista Étore Sanchez.

“É possível falar em retomada, porque estávamos num patamar muito pior. Estamos vendo um fortalecimento do mercado e trabalho desde meados de 2021. A surpresa tem sido sistemática. Vagas estão sendo criadas, a taxa de desemprego vem em trajetória cadente, é o Brasil se reestabelecendo depois do evento traumático que foi a pandemia”, disse à CNN nesta quinta-feira (31).

taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (31). O número representa variação de 0,4 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (11,6%).

O especialista explica que, durante o pior momento da pandemia, muitas pessoas deixaram, inclusive de procurar emprego, devido à política de isolamento, o que reduziu a força de trabalho. “Agora, já estamos vendo mais pessoas procurando e encontrando emprego. É evidente que o número ainda é desolador. Mas é um processo de melhora”, diz.

Da mesma forma, o nível de informalidade no Brasil ainda é muito alto. Cerca de metade dos trabalhadores estão no mercado informal, ressalta. No entanto, os dados do Caged vêm mostrando um fortalecimento do setor de trabalhadores com carteira assinada.

“Apesar do PIB não crescer tanto como se observou em 2021, em perspectiva para 2022, o mercado de trabalho deve mostrar formalização maior, ou seja, melhorar sua qualidade na margem e abarcar mais pessoas ao longo desse ano”, diz.

*Publicado por Ligia Tuon

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/mesmo-com-12-mi-desempregados-vemos-mercado-se-reestabelecendo-diz-economista/#:~:text=Compartilhe%3A,trabalho%20desde%20meados%20de%202021.

A prévia da carga tributária (peso dos impostos e demais tributos sobre a economia) subiu para 33,9% do Produto Interno Bruto, em 2021, divulgou o Tesouro Nacional. Em 2020, o mesmo indicador tinha atingido 31,76%, diferença de 2,14 ponto percentual. Segundo o Tesouro, dois fatores pesaram para a diminuição da carga tributária. O primeiro foi a reversão de várias isenções e reduções de tributos concedidas durante a fase mais aguda da pandemia de covid-19. Somente a restauração das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o crédito respondeu por um aumento de 0,27 ponto percentual do PIB.

O segundo fator foi a recuperação da atividade econômica após a contração de 2020. Com a alta na produção e no consumo, mais pessoas pagam impostos. Isso pode ser explicado pelo aumento de 1,28 ponto percentual do PIB na arrecadação de tributos sobre bens e serviços. A arrecadação do Imposto sobre a Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados, aumentou 0,58 ponto percentual do PIB em 2021. Além da recuperação do consumo, a alta reflete o encarecimento de produtos e serviços que subiram acima da inflação no ano passado, como eletricidade e combustíveis.

Outros tributos com destaque na subida da carga tributária foram o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com crescimento de 0,22 ponto percentual, e o Imposto sobre Serviços (ISS), administrado pelos municípios, com alta de 0,06 ponto percentual. Os dois tributos são ligados ao consumo e refletem a alta nas vendas.

Todo mês de março, o Tesouro divulga uma estimativa própria da carga tributária do ano anterior. No entanto, por causa da operação-padrão e das paralisações dos servidores do órgão, a divulgação passou para a primeira semana de abril. Segundo o Ministério da Economia, a elaboração de uma prévia da carga tributária é necessária porque os dados são incluídos na prestação de contas da Presidência da República. O número oficial, divulgado pela Receita Federal, só sai ao longo do segundo semestre.

Com Agência Brasil

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/tributos/previa-da-carga-tributaria-sobe-para-33-9-do-pib-em-2021#:~:text=A%20prévia%20da%20carga%20tributária,de%202%2C14%20ponto%20percentual.

Pela primeira vez desde o começo da pandemia o volume de inadimplentes no Brasil ultrapassou os 65 milhões, segundo o mapa da inadimplência e renegociação de dívidas no Brasil elaborado mensalmente pela Serasa. O estudo registra 65,1 milhões de endividados em fevereiro, número recorde para o mês no comparativo dos últimos três anos: em 2021 foram 61,56 milhões, em 2020 63,8 milhões e, em 2019, 62,1 milhões. A Serasa só registrou índice acima dos 65 milhões de inadimplentes no começo da pandemia, em 2020, nos meses de abril (65,9 milhões) e maio (65,2 milhões).

Já a soma de todas as dívidas cresceu 1% em relação a janeiro, atingindo o total de R$ 263 bilhões, valor mais alto registrado na série histórica dos últimos 3 anos.O valor médio da dívida de cada brasileiro também aumentou, alcançando agora R$ 4.042,08, equivalente a quase quatro salários-mínimos.

Com relação aos segmentos, o estudo apontou que as finanças dos brasileiros continuam mais comprometidas com bancos e cartões, que representam 28,6% das dívidas de fevereiro. Em segundo lugar, aparecem os débitos de utilities (contas básicas como água, gás e energia) com uma pequena queda na representatividade, ficando em 23,2%, contra 23,7% em janeiro. Já as contas do varejo seguem em terceiro lugar e apresentam um leve crescimento, passando de 12,4% (janeiro) para 12,5% (fevereiro).

Entre os inadimplentes, o maior número está na faixa etária dos 26 a 40 anos (35,3%), seguida pela de 41 a 60 anos (34,9%). Os homens (50,2%) devem mais do que as mulheres (49,8%).

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/brasil/brasil-volta-a-ultrapassar-a-marca-de-65-milhoes-de-inadimplentes

O ano de 2021 foi marcado pela retomada do consumo presencial. E, segundo a pesquisa realizada pela CNC, o setor de varejo, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), encerrou o ano com 2.407.821 estabelecimentos ativos, revelando, portanto, um saldo positivo de 204,4 mil registros em relação ao fim de 2020. Já o faturamento real do setor (no conceito ampliado) no último ano registrou o maior avanço anual desde 2018, compensando a retração verificada no ano retrasado.

No entanto, 2022 começou com um grande desafio. Diante da crise provocada pela guerra no Leste Europeu, a tendência é que as pressões inflacionárias se mostrem persistentes nos próximos meses, segundo a perspectiva da CNC. A previsão é que o setor supermercadista seja fortemente impactado pelos reajustes em commodities agrícolas e da possível escassez de fertilizantes, produto cujo a Rússia é um dos principais fornecedores.  Considerando que o varejo de combustíveis e o setor supermercadista respondem por quase metade (48,5%) das vendas anuais no varejo, a CNC revisou para +0,5% a previsão de variação do volume de vendas do setor em 2022.

O comércio deve ter a ajuda do momento favorável para se recuperar, pois as vendas no setor voltadas para a Páscoa deverão totalizar R$ 2,16 bilhões este ano, representando um aumento de 1,9% em comparação a 2021. Ainda assim, caso seja confirmada a previsão, o resultado ficará 5,7% abaixo do alcançado antes do início da pandemia de covid-19, em 2019 (R$ 2,29 bilhões).

Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de janeiro de 2022, divulgada pelo IBGE, apontaram recuo no volume de vendas do setor de serviços, na comparação com dezembro de 2021. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o segmento registrou crescimento de 9,5%, a 11ª expansão mensal consecutiva. A estimativa da CNC é que, com a maior permanência dos juros mais altos, o volume de receitas do setor de serviços apresente queda de 0,9% neste ano.

O turismo brasileiro já acumula um prejuízo de R$ 485,1 bilhões desde o início da crise sanitária e a expectativa da instituição é que, em 2022, o segmento apresente um crescimento no volume

de receitas de 1,6%, percentual bem mais modesto do que os 22,1% registrados no ano passado.

O mercado de trabalho está sendo primordial para recuperação econômica. Contudo, dados apresentados pelo Caged apontam a geração de 328,5 mil empregos formais em fevereiro deste ano, resultado 17% menor em relação ao mesmo mês do ano passado. Além disso, os salários iniciais dos trabalhadores voltaram a cair.

Além dessa desaceleração, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado CNC, recuou 1,3% em março, mantendo a tendência apresentada em fevereiro (-1,2%). Segundo o levantamento, os efeitos da inflação persistente e a recente transmissão do aumento dos combustíveis a outros preços são elementos-chave que explicam a evolução da baixa confiança empresarial.

Mesmo com as incertezas econômicas, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou, em março, o terceiro aumento mensal consecutivo e o maior nível desde maio de 2020, de crescimento de 1,8%. Na comparação anual, o aumento foi de 5,9%.

Para arcar com os gastos desse maior consumo, a proporção de brasileiros endividados alcançou novo recorde em março. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também apurada pela CNC, o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer alcançou 77,5% neste mês, a maior proporção já registrada nos 12 anos do levantamento.

A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso também alcançou o maior patamar da pesquisa, de 27,8%. Enquanto a parcela de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerão inadimplentes também aumentou, alcançando 10,8% do total de famílias.

Durante o mês observou-se uma valorização do real, de 7,8%, beneficiando as importações e, consequentemente, os preços que dependem desses produtos. Esse movimento também ajuda a amenizar a inflação e a atrair investidores externos, tendo vários aspectos favoráveis para o país.

Artigo escrito pela Economista Catarina Carneiro da Silva

 

 

A inflação fez com que quase oito em cada dez brasileiros, ou 76%, diminuíssem a compra de produtos e serviços que estavam habituados a consumir, segundo pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva. O processo inflacionário também fez com que 71% precisassem trocar de marca no último ano.

A inflação acelerou para 1,62% em março, após ficar em 1,01% em fevereiro. Esse foi o maior resultado para o mês desde 1994 (42,75%), antes da implantação do Plano Real. No ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE.

O levantamento indica que, entre os que reduziram a compra de produtos por causa da inflação, 78% disseram ter economizado com a alimentação em geral. Os principais itens que saíram do cardápio foram as carnes (64%), feijão (36%) e aves/frango (36%).

Ao todo, 68% dos brasileiros declararam que, no último ano, a qualidade dos alimentos que consomem piorou por causa da inflação. O índice é de 71% nas classes C, D e E e de 52% nas classes A e B. Além do que leva à mesa, a população também realizou cortes nos gastos com energia elétrica (62%), combustível (45%) e roupas (40%).

Maior importância ao preço

A pesquisa do Instituto Locomotiva aponta ainda que sete em cada dez brasileiros estão dando maior importância ao preço na hora de comprar produtos e serviços em comparação a um ano atrás. Mas, apesar da inflação em alta, apenas 17% aceitaram abrir mão de qualidade.

“O brasileiro enfrenta uma situação duríssima: renda estagnada diante da inflação que acelera. Aí não tem jeito. A saída é apertar o cinto para tentar fazer o dinheiro render até o final do mês”, explica o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles. “Nesse processo, o consumo prioriza preço e itens essenciais. Não há lugar para o que é considerado supérfluo.”

A pesquisa do Instituto Locomotiva foi feita a partir da análise de 1.950 entrevistas telefônicas, realizadas entre os dias 3 e 7 de março, em 78 cidades pelo Brasil.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/04/11/oito-em-cada-dez-brasileiros-reduziram-compras-por-causa-da-inflacao/#:~:text=A%20inflação%20fez%20com%20que,de%20marca%20no%20último%20ano.

O volume de vendas do comércio varejista no país cresceu 1,1% em fevereiro, na comparação com o mês anterior (2,1%), segunda alta consecutiva. Com isso, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia, e 4,9% abaixo do pico da série (outubro de 2020). No ano, o varejo acumula variação negativa de 0,1%. Já nos últimos 12 meses, cresceu 1,7%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.

Seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas positivas em fevereiro. Embora o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%, os maiores impactos vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%). Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria vem, ao longo do tempo, diminuindo. Basta observar as grandes cadeias de livrarias, por exemplo. É uma atividade que vem perdendo importância no varejo por conta dos grandes marketplaces, que vendem livros online, mas não estão inseridos nessa categoria.

“O que segurava a atividade era o mercado de livros didáticos, que foi bastante afetado pela pandemia com o ensino online e a migração do material impresso para o meio digital. Ocorre que no início deste ano houve uma retomada relacionada, principalmente, com os grandes contratos de livros didáticos. Esse avanço, porém, não foi suficiente para recuperar os níveis anteriores, já que algumas atividades didáticas continuam no ambiente online”, explica Santos.

Assim, as principais contribuições para o resultado do varejo em fevereiro vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%). “No caso de tecidos, vestuário e calçados, o crescimento ocorreu após uma alta de 4% em janeiro. Foi uma atividade que não teve um Natal muito bom, com uma queda de 5,6% em dezembro. Mas em janeiro, as empresas fizeram promoções muito fortes que se estenderam até fevereiro e contribuíram com esse resultado. Já móveis e eletrodomésticos, que desde junho do ano passado não crescia, teve uma retomada com a série de promoções feitas pelas empresas. No caso de combustíveis, pela primeira vez, nos últimos 12 meses, não há uma pressão inflacionária tão clara para essa atividade”, detalha o gerente da PMC.

Também avançaram, em fevereiro, outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%). Vale ressaltar que os indicadores de volume de vendas têm sido impactados pela inflação dos alimentos. Já o volume de vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria recuou 5,6% frente a janeiro, depois de três altas seguidas. O setor de equipamentos e material para escritório informática e comunicação ficou estável. No comércio varejista ampliado, o crescimento de 2% no volume de vendas, em fevereiro, foi influenciado pela taxa positiva de veículos, motos, partes e peças (5,2%). Material de construção teve variação negativa de 0,4%.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/vendas-no-varejo-crescem-1-1-em-fevereiro

Arthur Grynbaum,

Vice-presidente do conselho do grupo Boticário

 

Mais de 800 franqueados passaram os últimos três dias conectados na 25ª edição do Encontro de Franqueados do Grupo Boticário. Senti frio na barriga e energia como se fosse a primeira. Para mim, é sempre um momento de muita emoção. O evento reúne as pessoas responsáveis por sermos a maior franquia do Brasil e os maiores franqueadores do setor de perfumaria e cosmética do mundo.

 

Durante o evento, compartilhei visões sobre o futuro do varejo e as novas competências que, somadas às competências que nos trouxeram tão bem até aqui, serão essenciais para continuarmos inovando e abrindo caminhos.

 

– Nossa logística precisa ser cada vez mais rápida e melhor.

 

– As novas tecnologias, como internet 5G, inteligência artificial e metaverso, reforçarão ainda mais a importância de coletarmos e trabalharmos os dados. Por mais que tenhamos dados, precisamos de pessoas inteligentes para nos mostrar o que está por trás dos insights.

 

– As lojas são um ponto de confiança e estão ganhando novos papéis, novas alavancas e formas de mensuração de resultados mais robustas do que no passado. Como sempre digo, “a loja é nosso templo”.

 

– O propósito das marcas importa mais do que nunca. Diversidade, equidade e inclusão precisam ser vividas na prática.

 

– A cultura e a liderança das empresas precisam estar preparadas para times e consumidores cada vez mais conscientes e exigentes. Como perguntei no final da apresentação, “como está a sua resiliência para isso?”.

 

Mas gosto de lembrar que existem duas competências que nunca mudam: a empatia e a habilidade de entender de gente. Nenhuma tendência ou tecnologia disruptiva terá importância se não entendermos as “dores” dos nossos parceiros e consumidores para oferecermos sempre a melhor experiência possível.

 

Isso é o que nos motiva a estarmos sempre olhando lá na frente. Nos inspiramos tanto em nossos clientes quanto em nossos franqueados. Hoje, nos reunimos para reafirmar esse nosso propósito e a nossa missão. Juntos, impactamos positivamente a vida de milhões de pessoas há 45 anos. Juntos, estamos construindo o melhor e maior ecossistema de beleza.

O percentual de famílias com dívidas e/ou contas em atraso apresentou, em fevereiro, o maior patamar desde março de 2010, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Alcançando 27% dos lares, o indicador de inadimplência apresentou, em fevereiro, aumento de 0,6 ponto percentual em relação a janeiro e de 2,5 p.p. na comparação com fevereiro de 2021. Já a parcela que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerá inadimplente também acirrou na passagem mensal, com aumento de 0,4 p.p., a proporção chegou a 10,5%, mesmo percentual registrado em fevereiro do ano passado.

O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) alcançou 76,6% em fevereiro, retomando o nível apurado em dezembro de 2021. Há um ano, a proporção de endividados era de 66,7%, 9,9 p.p. abaixo do número atual.

Sobre o cenário, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que a escalada dos juros, que encarece o crédito, dificulta a renegociação das dívidas. “O panorama mostra que, na margem, o custo do crédito mais elevado e o próprio endividamento alto entre as pessoas que vivem no mesmo domicílio dificultam a contratação de novas dívidas e o pagamento dos compromissos na data de seus vencimentos.”

Os dados do Banco Central (Bacen) mostram que as taxas de juros médias nas linhas de crédito com recursos livres às pessoas físicas aumentaram de 39,4%, em janeiro de 2021, para 46,3%, em janeiro de 2022. Em contrapartida, as concessões de crédito com recursos livres para pessoas físicas aumentaram 13,1% em termos reais na comparação interanual, mas caíram 2,7% em janeiro ante dezembro, na média diária.

Mais dívidas nas duas faixas de renda

Tanto o endividamento quanto a inadimplência cresceram entre os dois grupos de renda pesquisados. Nas famílias com ganhos até 10 salários mínimos, o percentual de endividados aumentou 0,4 p.p., chegando a 77,8% após ter apresentado queda na primeira leitura do ano. Já na parcela com renda acima de 10 salários mínimos, a proporção de endividados alcançou maior patamar histórico, 72,2%, com incremento anual de 10,1 pontos.

Entre os indicadores de inadimplência, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de até 10 salários mínimos atingiu o maior nível da série histórica para meses de fevereiro, 30,3%. Um ano antes, essa proporção era de 27,4%. Na parcela com maiores ganhos, o número também aumentou, chegando a 12,6%, o maior percentual desde abril de 2018.

O endividamento no cartão de crédito apresentou a primeira redução entre os endividados desde fevereiro de 2021, mas segue como o principal tipo de dívida no País. Representando 86,5% do total de famílias endividadas, o indicador está 6,5 p.p. acima do percentual de fevereiro de 2021 e ainda 7,9 p.p. maior do que em fevereiro de 2020, antes da crise sanitária.

Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, o encarecimento do crédito no Brasil e a fragilidade apontada no mercado de trabalho devem seguir afetando a dinâmica do endividamento e da inadimplência dos consumidores, especialmente em ano de maior incerteza pelo processo eleitoral. “Consideramos necessárias e relevantes as alternativas que suportem o pagamento dos compromissos financeiros assumidos e a renegociação das dívidas ou contas não pagas”, alerta.