O Grupo Boticário anunciou a meta de banir matérias-primas de origem animal até 2025 para todas as suas marcas (O Boticário, Eudora, Quem Disse, Berenice?; BeautyBox, Multi B, Vult e O.u.i). A novidade é mais uma etapa do projeto Uma Beleza de Futuro, que estabelece compromissos de sustentabilidade e responsabilidade social até 2030.

Para atingir a nova meta, todos os lançamentos a partir deste mês serão completamente veganos. Os demais produtos passarão por um processo de reformulação e adequação nos próximos três anos. Alguns deles já estão sendo reformulados. É o caso da linha de maquiagem Intense, do Boticário, que foi relançada em 2020 em versão totalmente vegana.

“Em 2020, 85% dos desenvolvimentos do Grupo Boticário não usaram ingredientes de origem animal, isso corresponde a mais de mil opções veganas. Com este compromisso que assumimos agora, queremos chegar a um portfólio 100% vegano o quanto antes”, afirma o diretor de Produto&Desenvolvimento do Grupo Boticário, Gustavo Dieamant.

Sem testes em animais
Há 21 anos a companhia não realiza seus testes em animais e, desde 2017, não usa ingredientes de origem animal que são provenientes de sofrimento. Há mais de cinco anos, criou uma pele 3D, que replica células de pele humana no laboratório.

No último mês, o Grupo Boticário anunciou a criação da plataforma “Beleza Transparente”, um movimento por mais transparência e sustentabilidade que reúne conteúdos sobre o universo químico e científico da cadeia de produção do mercado de beleza.

Ao compartilhar conhecimento, a empresa diz que quer estimular o consumo consciente e convidar os consumidores a refletirem sobre inovação em prol de uma cadeia produtiva mais sustentável. A iniciativa faz parte dos “Compromissos para o Futuro”.

A plataforma reúne podcasts, vídeos, conteúdos exclusivos sobre economia circular e diversos outros temas que têm gerado curiosidade entre consumidores.

Recentemente, o Grupo Boticário também fechou uma parceria com a DHL Supply Chain para a utilização de veículos elétricos nas operações logísticas. O projeto faz parte da meta de ter 100% das entregas feitas por veículos elétricos em todo o País até 2025. Com a parceria, estima-se que mais de 48 toneladas de gases deixarão de ser emitidas por ano a partir de 2022.

Fonte: https://www.aberje.com.br/grupo-boticario-banira-materias-primas-de-origem-animal-ate-2025/

Depois de uma crise tão grave e duradoura – e que ainda não chegou ao fim, a bem da verdade –, é de se esperar que muitas mudanças no comportamento das pessoas sejam definitivas, ou pelo menos perdurem por longo tempo.

Caberá às marcas entenderem esses comportamentos e adaptarem-se a um novo cenário. Saadia Zahidi, diretora-gerente do Fórum Econômico Mundial, foi incisiva no relatório que a organização publicou depois do evento. “Temos agora uma oportunidade única de usar essa crise para fazer as coisas de forma diferente e construir economias melhores, que sejam mais sustentáveis, resilientes e inclusivas”, alertou.

“Nunca mais seremos os mesmos”, sentencia Gabriel Daudt, professor do curso de publicidade e propaganda e gerente de marketing da Universidade Feevale. Na visão dele, pessoas e empresas ainda estão em uma fase de transição, na qual é difícil chegar a respostas definitivas.

Para Daudt, as marcas deverão ser movidas por um propósito e se manterem fiéis a ele. Ele alerta que o consumidor exigirá das marcas com as quais se identifica comprometimento com valores, especialmente no que se refere às questões de sustentabilidade e inclusão social. “Se a sua marca ainda não tem um propósito, arranje um”, aconselha.

O diagnóstico evidenciado por Daudt ganha corpo em um levantamento recente. Nas peças publicitárias, as pessoas querem ver mais o propósito das marcas do que um mero argumento de venda ou estímulo à compra por si só. Segundo a pesquisa Covid-19 Barometer, da consultoria Kantar, o público quer saber o que as marcas estão fazendo para ajudar os seus funcionários (78%), o cliente (71%) e a comunidade (75%). Apenas 28% querem ver propagandas convencionais, como eram antes da crise.

Já o estudo 2021 Global Marketing Trends – Find your focus, realizado pela Deloitte, dá outras pistas sobre o que as pessoas esperam das organizações. A pesquisa revela que um em cada quatro respondentes presta atenção nas ações positivas das empresas. E que um em cada cinco encara isso como um diferencial para efetuar uma compra e preferências em relação à marca.

Entretanto, dados mostram que 66% estavam cientes de ações negativas realizadas pelas marcas e, desses, um em cada quatro se afastou da marca. Dos quase 2.500 entrevistados, um a cada quatro concordou que se distanciou de marcas que mostraram agir apenas para interesse próprio.

O levantamento ainda lista três pontos, além dos valores, nos quais as marcas devem focar para atingir um melhor objetivo: emoções, ações e confiança. Como se vê, o branding também não será o mesmo quando tudo isso passar.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/comportamento/nao-seremos-os-mesmos

Senhores Lojistas

Após uma série de reuniões, envolvendo a Comissão de Negociação (constituída em AG) e sob a coordenação da Companheira Carolina M. Assis Silva, com os dirigentes laborais, firmamos a CCT para 01.05.21 a 30.4.22.
Foi uma boa negociação, contemplando o difícil momento que vivenciamos.
Resultou uma CCT viável, mutuamente considerando a realidade e o possível.
A taxa assistencial historicamente cobrada em 10/06 e 10/07 foi adiada para 10/08. e 10/09. Uma situação pro forme, já que o MTE, não registraria uma convenção com parcelas vencidas.
Assim sendo, cobramos alguns lojistas por e-mail e tivemos a cooperação valiosa de lojistas que fizeram o pagamento antecipado, pelo que somos muito agradecidos.
Não aplicamos correção ou juros, quando o pagamento ocorre após o vencimento.
Pedimos que ajude o Sindishopping recolhendo sua contribuição!
Encaminharemos nos próximos dias boletos respectivos, com os vencimentos da CCT e caso não tenha recebido, pode contatar nosso setor competente.
A integra da CCT está disponível no site ( www.sindishopping.com.br).
Ao ensejo, nosso melhor apreço.

Atenciosamente

A Presidência

A pandemia de Covid-19 deixa cada vez mais evidente suas consequências nas finanças dos consumidores. Um levantamento da Boa Vista indica que mais da metade dos consumidores precisam de crédito no atual cenário econômico.

Dos consumidores que alegam a necessidade de crédito, quase metade deles opta por soluções mais tradicionais para equilibrar as finanças – 49% pretendem solicitar empréstimos em bancos e financeiras. Como alternativa, 29% dos entrevistados dizem que irão escolher o cartão de crédito, seja de bancos, seja de lojas. A pesquisa teve como objetivo identificar novos hábitos e perspectivas de compra dos consumidores brasileiros diante do momento atual da economia (veja os principais índices ao final).

Com o avanço da crise, em 2021, 82% dos consumidores disseram ter revisado seu orçamento doméstico. “A economia tem tudo para ser retomada nos próximos meses, conforme a vacinação progride no país. Diante disso, é natural que muitos consumidores passem a procurar por alternativas de crédito para equilibrar a vida financeira e, eventualmente, retomar o consumo”, explica Flavio Calife, economista da Boa Vista.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/brasil/mais-da-metade-dos-consumidores-precisa-de-credito

Com o avanço da vacinação no Brasil, o setor de serviços deve ser o mais beneficiado na economia, principalmente os de eventos e turismo. A recuperação já pode ser observada em maio, com crescimento de 1,2%. Serviços prestados as famílias atingiram crescimento de 17,9%, seguidos de transportes com 3,7%.

No cenário internacional, o destaque é para o CPI (índice de preços ao consumidor) nos Estados Unidos, que subiu 5,4% anualizado, o maior índice em 13 anos.

Esses e outros temas são tratados no “Panorama Mercado&Consumo” desta semana, produzido pelo time da Gouvêa Analytics, integrante da Gouvêa Ecosystem. Confira, a seguir, os principais pontos de atenção nos próximos dias na economia.

Cenário econômico nacional
O IBC Br, índice do Banco Central que tenta antever o crescimento do PIB, caiu 0,43% em maio, surpreendendo o mercado que esperava forte alta. O índice de abril teve relevante revisão, passando de 0,44% para 0,85%, um dos motivos da queda em maio. Altas nos serviços, varejo e indústria no mês contradizem o indicador, mas a visão do mercado sobre o PIB ainda é positiva, dado o avanço da vacinação no País.

As vendas no varejo cresceram 1,4% em maio, na comparação com abril. Entre as altas, os destaques foram tecidos, vestuário e calçado (16,8%), combustíveis (6,9%) e artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%). Os resultados demonstram que, com o avanço da vacinação, a nova tendência deve ser reforçada no segundo semestre, de concentração em comércio fora de supermercados e farmácias.

O setor de serviços também apresentou dado positivo em maio. O crescimento de 1,2% colocou o setor no azul novamente em relação ao pré-pandemia, depois de meses seguidos de baixa. Serviços prestados a famílias atingiram crescimento de 17,9%, seguidos de transportes com 3,7%. O setor deve ser o mais beneficiado com o avanço da vacinação, e diminuir a disparidade de crescimento entre setores. Eventos e turismo devem ter os grandes impulsos com os números melhores da covid.

A inflação oficial de junho, medida pelo IPCA, teve alta de 0,53%, o que levou o índice em 12 meses para 8,35%, muito acima da meta. No ano, o índice já acumula alta de 3,77% reforçando a tendência de alta na Selic. A energia elétrica foi a grande vilã e deve ser novamente em julho, com a tarifação vermelha 2. O índice no ano deve passar de 6% e agora o BC já olha a inflação de 2022, para manter a ancoragem de expectativas.

Cenário econômico internacional
Nos EUA, o assunto do momento é a inflação. No último dado, em junho, o CPI (índice de preços ao consumidor) subiu 5,4% anualizado, o maior em 13 anos. Mesmo o “core” que desconsidera preços mais voláteis, subiu 4,5%. A meta no País é de 2%. Carros usados, por conta da falta de microprocessadores e escassez de carros novos, passagens aéreas e restaurantes colaboraram para o aumento, mostrando uma mistura de efeitos de oferta e demanda. A má notícia para o Banco Central é que os consumidores estão aumentando suas expectativas para o índice, e, caso passem para contratos, a inflação pode se disseminar na economia. O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan caiu muito por conta da piora das expetativas de inflação dos agentes.

O índice de vendas em varejo norte americano subiu 0,8% em junho comparado com maio, acima das expectativas do mercado. Restaurantes e bares contribuíram para esse aumento, assim como vestimentas e acessórios. Por outro lado, móveis e materiais de construção caíram, mostrando a nova tendência: “tudo menos casa” do pós-vacina.

Na China, o PIB do segundo semestre cresceu 7,9%, desacelerando em relação ao primeiro, mas dentro das expectativas dos agentes. Esse número deve ficar muito próximo da média do ano, com números de junho para produção industrial, varejo e investimentos em patamar alto.

Por outro lado, o Banco Central liberou empréstimos compulsórios para os bancos, o que mostra preocupação com o crescimento da economia nos próximos trimestres e anos. A China deve escolher exportar inflação (dobrando aposta em políticas expansionistas) e não recessão (ajustando com políticas contracionistas).

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2021/07/18/panorama-mercadoconsumo-o-que-esperar-da-economia-nos-proximos-dias-6/#:~:text=Com%20o%20avanço%20da%20vacinação%20no%20Brasil%2C%20o%20setor%20de,transportes%20com%203%2C7%25.

A confiança está voltando no setor comercial. Depois de amargar cinco meses seguidos de queda, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), pesquisa mensal realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou um crescimento de 12,2% em relação a maio, atingindo 98,4 pontos. A avaliação positiva reflete a percepção de que os fundamentos da economia estão melhorando. Entre os fatores que ajudam a contribuir para a avaliação está o incremento gradual nas vendas do varejo, o que motivou recentemente a CNC a revisar para cima a projeção de vendas para 2021. Isso com base nas estatísticas de abril do IBGE da estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O saldo positivo das vendas de Dia dos Namorados foi outro fator relevante para o resultado do mês. O resultado completo do Icec será divulgado nesta quinta-feira, 17.

Fonte: https://exame.com/bussola/confianca-do-comerciante-sobe-pela-primeira-vez-no-ano-diz-cnc/

A estimativa do mercado financeiro para o IPCA deste ano subiu de 5,97% para 6,7%

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram novamente a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,05% para 5,18%. As estimativas estão no boletim Focus de hoje (5), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,97% para 6,7%. O IPCA é a inflação oficial do país. A estimativa supera o limite superior da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. O centro da meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

A expectativa do mercado financeiro para a taxa básica de juros (Selic) é de que encerre o ano em 6,5%. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, fixada atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa para a cotação do dólar caiu para R$ 5,04 ante os R$ 5,10 projetados há uma semana.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/mercado-financeiro-preve-pib-e-inflacao-maiores

O Instituto Riachuelo busca investir e capacitar as oficinas de costura, o bordado do sertão de Caicó e o artesanato potiguar

O berço da Riachuelo, uma das maiores redes de lojas de departamento do Brasil, fica no Rio Grande do Norte. Mais especificamente, na capital do estado, Natal. Foi em meio a suas ruas que o jovem empresário Nevaldo Rocha, nascido em Caraúbas, uma pequena cidade do interior, aprendeu a lidar com negócios e decidiu fundar sua própria empresa de vestuários.

Próximo aos anos 1970, com foco na expansão da marca no centro sul, a família inteira mudou para São Paulo, o que, certamente, influenciou na popularização da marca em âmbito nacional. Agora, com cerca de 70 anos de história, a Riachuelo retoma suas raízes com a criação de um instituto para promover o desenvolvimento econômico e social no Nordeste – principalmente, no sertão do Rio Grande do Norte.

“Para o meu avô, era importante ver a evolução da cadeia produtiva no dia a dia e enxergar oportunidades de geração de emprego”, revela Marcella Kanner, diretora de comunicação do Instituto Riachuelo. “Nós identificamos uma porta aberta para resgatar esses valores e fortalecer cada vez mais a produção nacional. Por isso, nos dedicamos a estudar mais a fundo a região, que é a nossa casa, para ajudar de maneira efetiva em diferentes ações que gerem trabalho e renda.”

O novo projeto inicia suas atividades com apoio para cerca de 150 pequenos e médios empreendedores e mais de quatro mil pessoas no sertão nordestino. Entre as iniciativas, está a capacitação de integrantes do programa Pró-Sertão – projeto de incentivo à geração de empregos no semi-árido do Rio Grande do Norte lançado em 2013 pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado em parceria com a FIERN (Federação das Indústrias) e o Sebrae/RN -, que já gerou cerca de cinco mil empregos diretos, beneficiando, indiretamente, aproximadamente 50 mil pessoas.

Além disso, o Instituto Riachuelo busca investir e capacitar as oficinas de costura, o bordado do sertão de Caicó e o artesanato potiguar, fortalecendo as produções típicas do estado, uma forma de manutenção da cultura brasileira. “Queremos desenvolver a região e preparar esses empreendedores para que o Rio Grande do Norte se torne um polo têxtil de referência para todo o país e mundo afora”, destaca Marcella.

Facilitando o contato dos artesãos com possíveis compradores, auxiliando na produção e no nivelamento da qualidade dos produtos e apoiando a operação e a logística das peças, a executiva espera incentivar a atividade local. “Nossa missão é fazer o trabalho deles serem vistos e reconhecidos, além de ajudar para que eles possam caminhar com as próprias pernas”, afirma.

Mais do que o compromisso de sustentabilidade social, Marcella também destaca os esforços do Instituto Riachuelo para conquistar uma cadeia produtiva que converse com práticas ecológicas. A utilização do algodão agroecológico, por exemplo, é uma novidade da rede em termos de matéria-prima sustentável. Quando se trata de comportamento, a circularidade das peças por meio de doações e as iniciativas de ressignificação de resíduos têxteis são as protagonistas da empresa para mergulhar na onda ESG. “Queremos evidenciar a produção nacional desde a base até o consumidor final. Por isso, escolhemos estes pilares prioritários como formação-base do nosso Instituto”, conclui Marcella.

Fonte: https://forbes.com.br/forbesesg/2021/06/riachuelo-cria-instituto-para-fortalecer-cadeia-produtiva-no-sertao-do-rio-grande-do-norte/

O mundo de negócios está extremamente aquecido diante da quantidade de dinheiro que foi injetada nas economias para amenizar as consequências da pandemia de Covid-19. Quem souber escolher bem os investimentos e aprender a gerencia-los vai sair na frente nessa corrida. As afirmações são do empresário Abilio Diniz, atual presidente do Conselho de Administração da Península Participações e membro dos Conselhos de Administração do Grupo Carrefour e do Carrefour Brasil.

Em entrevista ao portal Mercado&Consumo, ele falou sobre o momento atual do varejo no Brasil e no mundo. Para Abilio Diniz, daqui para a frente, lojas de grandes superfícies, como as dos hipermercados, não serão mais construídas em grande quantidade. A tendência é que o consumidor dê cada vez mais preferência a lojas de proximidade, menores, mais especializadas.

Além disso, apesar da formação de grandes Ecossistemas de Negócios em vários países, o varejo regional brasileiro deve permanecer forte. “As características do consumidor precisam ser atendidas de maneira local. Você precisa estar atento ao consumidor brasileiro, argentino, americano e europeu”, afirma. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Mercado&Consumo: A forma de consumir mudou muito neste mais de um no e meio de pandemia de Covid-19. Como o senhor vê o período de retomada do varejo e do consumo?

Abilio Diniz: Nós precisamos olhar para o retrovisor, olhar para o passado. Essa questão de lojas mais convenientes já vinha se acentuando. A tendência de as pessoas não quererem ir sempre a grandes lojas, a grandes superfícies, porque perde-se muito tempo, porque é cansativo muitas vezes, essa tendência já vinha se acentuando há bastante tempo. A tendência é você ir para lojas de proximidade, menores, ou até lojas especializadas, o supermercado especializado em alimentação, muito focado em perecíveis e alimentos saudáveis.

Esse tipo de loja de supermercado de 3 mil m² até 5 mil m² vai continuar existindo, mas eu acho que essas grandes superfícies vão diminuir. Não vão se fazer mais tantas nesse modelo. Nós temos hipermercados que têm sucesso dentro do Carrefour e outros nem tanto. Precisamos olhar caso a caso. Não podemos dizer “ah, na pandemia as pessoas querem só loja de proximidade”. Isso já era uma tendência que vinha acontecendo. Da mesma forma, hoje as pessoas podem comprar mais online e normalmente as pessoas compram online grandes volumes, garrafas de água, pacotes de papel higiênico, de fralda. Quando se fala de produtos industrializados que as pessoas compram em maior quantidade e sabem de que marca vão comprar, é natural que comprem no online.

Não existe hoje uma tendência que não existisse anteriormente. Elas estão se acentuando mais, sim, talvez por causa da pandemia, mas também talvez por causa do tempo que está passando e fazendo com que as pessoas queiram mais comodidade.

“A tendência é você ir para lojas de proximidade, menores, ou até lojas especializadas, o supermercado especializado em alimentação, muito focado em perecíveis e alimentos saudáveis.”

M&C: O que ainda atrai público a lojas grandes?

Abilio Diniz: Não existe consumidor que só quer loja online, ou que só quer loja pequena, ou que só quer loja grande. Não existe. As pessoas gostam de ter um leque de possibilidades e oportunidades. Há dias em que as pessoas têm tempo e gostam de ir a uma loja maior, onde elas não encontram somente aquilo que elas especificamente foram buscar. Elas gostam de ver outros produtos, outro tipo de mercadoria. Essas lojas não vão deixar de existir. A visão presencial da mercadoria, o toque, isso as pessoas não vão deixar de procurar de vez em quando. O que vai acontecer é que a quantidade de lojas de grandes superfícies não vai se fazer mais em grande quantidade. Vai se fazer uma ou outra. Aquelas que existiam e que estejam acessíveis vão continuar existindo, vão procurar se adaptar melhor àquilo que o consumidor gostaria de ter lá, a escolha do sortimento vai ficar mais apurada e as pessoas vão continuar indo nelas. Não existe uma morte nem existe um nascimento.

M&C: Essas tendências exigiram mudanças no perfil dos executivos de varejo?

AD: Não vejo que houve mudança no perfil dos executivos. Hoje todas as pessoas estão se voltando para coisas de inovação. É natural que mesmo um executivo de logística esteja atento a todas as inovações que estão surgindo, todas as coisas que estão acontecendo. É preciso estar atualizado. Mas a pessoa tem de estar sempre aberta para aprender. O mundo hoje caminha numa velocidade extraordinária. Você tem de estar muito disposto a aprender e a usar esse aprendizado naquilo que você faz. Quem não faz isso evidentemente fica para trás.

M&C: Vemos no mundo todo a formação de grandes conglomerados, em especial na China. Como o senhor enxerga esse movimento aqui no Brasil?

Abilio Diniz: A Amazon e o Alibaba já estão por aqui. Hoje o mundo se conecta de forma extraordinária. Mas o varejo brasileiro é pouco concentrado. É disperso, formado por várias cadeias, com redes regionais que são importantes. Existem duas ou três empresas maiores, mas sua concentração perante o todo, sua importância perante o todo, é muito baixa. Nós mesmos, do Carrefour, acabamos de adquirir o Big, antigo Walmart, mas também somos pequenos em relação ao todo, embora sejamos a maior empresa de varejo e distribuição não só do Brasil, mas da América Latina. O varejo é muito disperso, com pequenas lojas, pequenas organizações, redes regionais.

Hoje, nas grandes redes de varejo e distribuição, você olha muito que não é bom você as ter espalhadas pelo mundo. Você pega o Walmart, que já esteve em vários países e já saiu, procurando se concentrar única e exclusivamente no Estados Unidos, que é uma imensidão. Você pega nós mesmos, do Carrefour, que já estivemos muito mais espalhados do que estamos hoje. Vendemos em 2019 nossa operação na China e já tínhamos vendido outras na Ásia e aqui mesmo na América do Sul, na Colômbia. Então o que você vê é o seguinte: a distribuição deve ser administrada de maneira local. Todos os países são iguais, mas as características do consumidor precisam ser atendidas de maneira local. Você precisa estar atento ao consumidor brasileiro, argentino, americano, europeu. Você tem que prestar atenção no consumidor, procurar adivinhar não só o que ele quer, mas o que ele gostaria de querer – até aquilo que ele não sabe direito, você tem de tentar adivinhar e oferecer. E isso você só faz de maneira regional.

Por exemplo: mesmo nos Estados Unidos, o Walmart, que é o maior distribuidor do mundo, não está em todos os lugares. Existem cadeias que são regionais que estão mais na Costa Leste, outras mais para o Meio Oeste, outras mais no Centro.

“Você tem que prestar atenção no consumidor, procurar adivinhar não só o que ele quer, mas o que ele gostaria de querer – até aquilo que ele não sabe direito, você tem de tentar adivinhar e oferecer. E isso você só faz de maneira regional.”

M&C: Está otimista com relação aos próximos meses?

Abilio Diniz: Não é que estou otimista; eu sou otimista por natureza e tenho muito orgulho disso. Mas sou realista, não me descolo da realidade. Neste momento, estou otimista com tudo. As vacinas estão aí, você vê os Estados Unidos, [em que o presidente Joe] Biden já disse que até o final do verão todo estarão os americanos vacinados e só aqueles que não quiserem se vacinar não estarão. Nós, aqui, temos uma promessa do governo de que até o final do ano teremos todos os brasileiros praticamente vacinados. Eu gostaria que isso fosse mais rápido, que essa concentração maior se desse mais agora para o meio do ano do que para o fim. Mas a retomada está garantida. É preciso olhar para ela para ver como se dará.

Foram injetadas quantidades monumentais de dinheiro nas economias em todos os países – nuns mais, outros menos. Mesmo aqui no Brasil, injetamos uma quantidade de dinheiro muito grande. Nos Estados Unidos, tanto [Donald] Trump quanto Biden injetaram trilhões de dólares, na Europa foram trilhões de euros. Evidentemente que isso alavanca crescimento e desenvolvimento. Isso alavanca mais do que a retomada, alavanca um desenvolvimento mundial.

“Foram injetadas quantidades monumentais de dinheiro nas economias e evidentemente isso alavanca crescimento e desenvolvimento.”

A Península é uma empresa fundamentalmente financeira, uma empresa que olha investimentos e oportunidades, e uma coisa que eu tenho dito é que o mundo de negócios está extremamente aquecido. Veja governos fazendo investimentos em infraestrutura, empresas privadas investindo em infraestrutura, em consumo, em tecnologia, em inovação, em todo lugar, tudo isso porque existe dinheiro.

O que vai determinar os vencedores é a capacidade de escolher os investimentos, escolher os negócios e gerencia-los. A coisa mais importante é a capacidade de as pessoas e das empresas de gerenciar essa monumental quantidade de dinheiro que existe no mundo principalmente por empresas que são investidoras. Porque a economia está muito aquecida, os negócios estão muito aquecidos, as oportunidades são enormes. Isso evidentemente vai separar os competentes dos incompetentes. Quem tiver competência vai ganhar muito dinheiro, quem não tiver vai perder, provavelmente. É um momento não só de retomada, mas até certo ponto de explosão da economia, um momento muito forte. Nossa bolsa, apesar da pandemia, atingiu limites que não tinham sido alcançados; nos Estados Unidos as bolsas também estão batendo recordes. Antes se falava muito que a explosão era só no mundo tech, mas hoje as empresas de tech não estão assim ganhando tanto das outras. Todas as empresas estão crescendo, o mundo está excitado em termos de business, em termos de negócios, e o Brasil não vai ficar para trás. O crescimento do PIB está sendo revisado todos os dias. Antes era esperado um crescimento do PIB de 3,5% [para 2021], depois de 3,8%, depois de 4%, e hoje o mais possível é em fique em torno de 5% ou mais. Tomara que isso aconteça porque a coisa mais importante que precisa ocorrer agora é gerar emprego.

“É um momento não só de retomada, mas até certo ponto de explosão da economia, um momento muito forte.”

M&C: Qual o papel das empresas nessa retomada?

Abilio Diniz: Eu nunca fiquei esperando nada do governo. O governo tem de colocar a economia andando, fazer com que ela funcione, que as coisas aconteçam, mas nunca esperei nada do governo. Acho que as coisas estão comigo, estão com os empresários. Os empresários têm de investir e acho que eles estão com disposição para investir. Eu sinto todos os empresários brasileiros tirando projeto da gaveta e com disposição para investir e é isso que estão fazendo.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2021/06/14/abilio-diniz-momento-nao-e-de-retomada-mas-de-explosao-na-economia/

A medida foi aprovada de forma simbólica e por isso não teve contagem de votos. A data de validade da MP se encerrava nesta 4ª feira (9.jun). Caso não fosse apreciada perderia seu efeito, já se fosse alterada teria que voltar para a análise dos deputados. Estes aprovaram o texto em 2 de junho.

“A norma dispensa os bancos de exigirem dos clientes a apresentação de certidões de quitação de tributos federais, certificado de regularidade do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e comprovante de regularidade eleitoral”, escreveu o relator Angelo Coronel (PSD-BA) em seu parecer.

O documento também explica que a isenção de exigências não alcança tributos previdenciários, já que as empresas que estiverem em débito com o governo nesse âmbito não podem trabalhar para o poder público ou receber benefícios.

A proposta dispensa instituições financeiras públicas e privadas de observarem as condições listadas a seguir nas contratações ou renegociações de crédito até o fim de 2021. Elas são necessárias em diferentes modalidades de crédito, não todas de uma só vez:

Rais – regularidade na entrega da Relação Anual de Informações Sociais sobre os empregados da empresa que busca crédito;
Quitação eleitoral – regularidade com as obrigações eleitorais (se não votou nem justificou, por exemplo);
Impostos federais – comprovação de quitação, incluindo certidão negativa de inscrição na dívida ativa da União;
FGTS – regularidade com o Fundo de Garantia de Tempo de Serviço;
CND – apresentação da Certidão Negativa de Débito;
ITR – comprovação de recolhimento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural;
Cadin – consulta ao Cadastro Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais.
O prazo inicial da medida era 30 de junho. Foram os deputados que passaram para 31 de dezembro.

Eles também escreveram no projeto que o governo deverá regulamentar “tratamento diferenciado” para micro e pequenas empresas, além de cooperativas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.

A proposta não explica qual tratamento seria esse, que também deverá valer para “os setores mais atingidos pela pandemia”. Também devem ter “tratamento diferenciado”, igualmente não especificado, aposentados e pensionistas.

O governo propôs, e os deputados mantiveram, a exclusão definitiva da necessidade de apresentação da CND para pessoas jurídicas contraírem empréstimos com recursos provenientes da Caderneta de Poupança.

A Câmara também incluiu a revogação do trecho do Código Civil que obrigava a contratação de seguro contra furto, avaria, perecimento e danos causados a terceiros para ser realizada uma operação de penhor de veículo.

Fonte: https://www.poder360.com.br/congresso/senado-aprova-reducao-de-burocracia-para-emprestimos-na-pandemia/