O otimismo marcou o tom dos debates, diante da forte recuperação dos shopping centers no primeiro trimestre do ano, com vendas, taxas de ocupação e receita já superando os níveis de 2019, um movimento que continua no segundo trimestre, segundo as prévias operacionais.

O cenário econômico sugere mais dificuldade nas captações e aponta para oportunidades de fusões e aquisições, como já se tem visto no mercado. As iniciativas de integração ao e-commerce também foram destaque ao longo do encontro.

Após quatro anos de pausa, por conta da covid-19, a 17ª edição do Congresso da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) atraiu grande público e apresentou tendências do mercado, gestão, economia, comunicação, comportamento, marketing e branding. Realizado entre os dias 22 a 24 de junho no Expo Center Norte, em São Paulo, o evento ocorreu simultaneamente à Exposhopping, feira de negócios com a presença de expositores de diversos segmentos do setor.

Na primeira noite do evento houve a entrega do Prêmio Abrasce, que reconhece os melhores projetos desenvolvidos pelos centros de compras. Essa edição bateu recorde de inscrições de cases, com 285 ações inscritas.

Durante as conferências, foram discutidos temas como tendências de comportamento do consumidor, diversidade, omnicanalidade, inovação e o impacto de novas tecnologias, como o metaverso, no varejo em todo o mundo.

“Em termos de conteúdo, os temas discutidos nas palestras expõem a nova agenda dos shoppings. Assuntos como omnicanalidade, ESG, novas tecnologias e transformação digital, ganharam destaque, o que reflete o impacto das mudanças neste período de 4 anos que separa o último congresso, em 2018, deste de agora”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.

Shopping do futuro

A feira também contou com uma área exclusiva dedicada ao Shopping do Futuro, com estandes de tecnologia, inovação, sustentabilidade, entretenimento e lazer.

Kate Ancketill, CEO e fundadora da consultoria inglesa GDR Creative Intelligence, deu exemplos de protótipos de lojas de conveniência, supermercados e outras lojas do varejo que podem se tornar uma tendência no futuro e revelou que o e-commerce de hoje em pouco tempo será apelidado de “old-commerce” com o advento do metaverso.

Outro tema em destaque no Congresso foi a mesa com os pesquisadores de Ásia e Pacífico da CBRE Group Henry Chin e Liz Hung, que apresentaram as similaridades e diferenças entre os shoppings do mercado asiático. Como exemplo, Chin reforçou que no continente asiático os centros comerciais são concentrados em bairros comerciais e em tamanhos menores para absorver as capacidades de cada economia.

“Vale ressaltar que as referências dos shoppings brasileiros, que sempre foram norte- americanas, agora parecem ter se deslocado para a Ásia. Por outro lado, a integração com a América Latina foi também ponto de destaque, com o lançamento da CLICC (Câmara Latinoamericana da Indústria de Centros Comerciales), que congrega associações de países como Mexico, Panama, Colombia, Peru, Argentina e Uruguai, além do Brasil”, diz Marinho.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/06/28/pluralidade-metaverso-e-novas-tecnologias-foram-destaques-em-congresso-de-shoppings/

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) a Medida Provisória 1107/22, que cria o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores (SIM Digital). A MP segue para o Senado.

No texto aprovado, o relator, deputado Luis Miranda (Republicanos-DF), aumentou o valor dos empréstimos que poderão ser obtidos para R$ 1,5 mil, no caso de pessoas físicas, ou R$ 4,5 mil, para microempreendedores individuais (MEI). No texto original, os valores eram de R$ 1 mil e R$ 3 mil.

Luis Miranda reconhece que os valores ainda são modestos, mesmo para os negócios dos empreendedores de baixa renda. “É preciso ter cautela para não induzir o endividamento de população e para manter um volume de recursos que possa atender o máximo de empreendedores que busque pelo financiamento”, ponderou.

FGTS
A MP também autoriza o uso de R$ 3 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para garantir operações de microcrédito e muda normas sobre infrações por falta de recolhimento de valores ao fundo pelas empresas.

Emenda do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) incorporada ao texto ainda aumenta o prazo máximo de empréstimos imobiliários financiados pelo FGTS de 30 anos para 35 anos.

Empreendedores
A expectativa do governo é que o SIM Digital beneficie um total de 4,5 milhões de empreendedores. Até abril deste ano, a Caixa tinha concedido o crédito a mais de 1 milhão de pessoas com essa garantia.

Segundo o texto aprovado, metade dos recursos deve ser destinada às mulheres. “Hoje, 53% do microcrédito já atende as mulheres. São microempreendedoras que mantêm o lar com a luta diária do seu negócio”, elogiou Luis Miranda.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 1,0% para 1,7%. A nova estimativa consta de apresentação realizada pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, nesta quinta-feira, 23. Guillen adiantou algumas informações que serão divulgadas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que por conta da greve dos servidores, só será publicado na próxima quinta-feira, 30.

Pelo lado da oferta, o BC alterou a estimativa para a expansão da agropecuária de avanço de 2,0% para 2,2%, enquanto a revisão para a indústria foi de recuo de 0,3% para avanço de 1,2%. No caso dos serviços, o BC mudou a previsão de alta de 1,4% para 2,1%.

Em relação aos componentes da demanda, o RTI informou alteração de 1,1% para 1,7% na expectativa de crescimento do consumo das famílias e de 2,3% para 1,8% previsão de alta do consumo do governo.

O documento desta quinta-feira indica ainda que a projeção para 2022 da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – passou de queda de 1,5% para recuo de 2,7%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em março.

Na atualização parcial do Boletim Focus, divulgada pelo BC no dia 6 de junho, a projeção de PIB dos economistas consultados semanalmente pela autarquia estava em alta de 1,20%, enquanto a mediana para 2023 era de 0,76%.

O Banco Central estimou o hiato do produto do segundo trimestre de 2022 em -1,3%. Já o hiato no 4º trimestre de 2023 foi projetado em -1,7%.

Crédito

O Banco Central promoveu ainda ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2022. A instituição alterou sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 8,9% para elevação de 11,9%.

Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 11,2% para elevação de 14,4%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 5,7% para 8,5%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre – aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES – passou de alta de 13,0% para elevação de 15,2%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 13,0% para alta de 17%. No caso das pessoas jurídicas, foi mantida em elevação de 13,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de alta de 2,8% para de 7,0%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 9,0% para avanço de 11,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de queda de 8,0% para estabilidade (0,0%).

Transações correntes

O Banco Central atualizou também nesta quinta suas projeções para o balanço de pagamentos em 2022. A projeção para o resultado das transações correntes do País passou de superávit de US$ 5 bilhões para resultado positivo de US$ 4 bilhões. Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) neste ano foi mantida em US$ 55 bilhões.

Em relação ao saldo líquido de investimento de estrangeiros em carteira – incluindo ações e títulos de renda fixa -, a projeção passou de superávit de US$ 11 bilhões para US$ 7 bilhões.

Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/bc-eleva-projecao-para-a-alta-do-pib-de-2022-de-10-para-17/

 

Datafolha: 63% dos brasileiros afirmam não ganhar o necessário e ter problemas financeiros

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” neste domingo (25) aponta que 63% dos brasileiros afirmam não ganhar o necessário e ter problemas financeiros em casa.

Desse total, 37% declaram que o orçamento familiar não é suficiente e que, às vezes, chega a faltar. Já uma parcela de 26% diz que ganha muito pouco.

Datafolha ouviu 2.556 brasileiros em 181 cidades na quarta-feira (22) e quinta (23). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos.

Segundo a publicação, a pesquisa divulgada neste domingo mostra uma reversão de tendência.

A parcela de brasileiros que declarava ter limitações financeiras vinha recuando desde o seu pico, alcançado em julho de 2016, quando 67% responderam ter problemas com o orçamento. Há um ano, essa parcela havia retraído para 55%.

Veja o resultado:

Você diria que o dinheiro que você e sua família ganham:

  • Não é suficiente, às vezes falta: 37%
  • É exatamente o que precisam para viver: 32%
  • É muito pouco, trazendo muitas dificuldades: 26%
  • Mais do que suficiente: 5%

Daqui pra frente a inflação vai aumentar, vai diminuir ou vai ficar como está?

  • Aumentar: 63%
  • Ficar como está: 19%
  • Diminuir: 13%

Daqui pra frente o desemprego vai aumentar, vai diminuir ou vai ficar como está?

  • Aumentar: 45%
  • Ficar como está: 27%
  • Diminuir: 23%

E o poder de compra dos salários vai aumentar, diminuir ou ficar como está?

  • Diminuir: 34%
  • Ficar como está: 33%
  • Aumentar: 29%

Situação econômica do país – nos últimos meses, como evoluiu?

  • Piorou: 67%
  • Ficou como estava: 17%
  • Melhorou: 15%
  • Não sabe: 1%

Situação econômica do entrevistado – nos últimos meses, como evoluiu?

  • Piorou: 47%
  • Ficou como estava: 32%
  • Melhorou: 20%
  • Não sabe: 0

Nos próximos meses, a situação econômica do país vai melhorar, vai piorar ou vai ficar como está?

  • Piorar: 34%
  • Melhorar: 33%
  • Ficar como está: 29%

Nos próximos meses, a sua situação econômica vai melhorar, vai piorar ou vai ficar como está?

  • Piorar: 34%
  • Melhorar: 33%
  • Ficar como está: 29%

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/06/26/datafolha-63percent-dos-brasileiros-afirmam-nao-ganhar-o-necessario-e-ter-problemas-financeiros.ghtml

Muito orgulho dessa conquista e dos nossos times! O Boticário é a quarta marca brasileira mais valiosa de 2022 e a primeira do nosso setor.

Segundo a matéria da ISTOÉ Dinheiro que traz o ranking, o maior atributo que o consumidor busca em uma marca é o seu propósito na prática — indo além do discurso e deixando um legado para as próximas gerações.

Isso representa a definição do que acreditamos. Todos os dias trabalhamos para criar oportunidades para a beleza transformar a vida de cada um e o mundo ao nosso redor. O resultado do ranking é um bom exemplo da materialização desse nosso propósito, que há 45 anos norteia as nossas ações em O Boticário e todo o Grupo Boticário.

Parabenizo nossos mais de 12 mil colaboradores, franqueados e revendedoras. Essa conquista é resultado do belo trabalho conjunto!

Para ler a matéria, acesse https://lnkd.in/dZ2v5Vhp

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Apesar da corrosão no poder de compra, a disponibilização de recursos extraordinários deverá contribuir para acelerar as vendas no segundo trimestre de 2022, na comparação com o primeiro. É o que projeta a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de março, divulgados hoje (10/05), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo análise da entidade, a expectativa é que as vendas deste ano apresentem crescimento de 1,5% em relação a 2021.

De acordo com a PMC, no encerramento do primeiro trimestre, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 1,0%, representando o terceiro aumento seguido (janeiro e fevereiro registraram altas de 2,3% e 1,3%, respectivamente) e superando, assim, a expectativa da CNC, que projetava alta de 0,3% sobre fevereiro. No acumulado, os três primeiros meses de 2022 apresentaram avanço de 1,3% na comparação com o mesmo período de 2021 e de 4,8% ante o último trimestre do mesmo ano.

Na análise da CNC, o cenário econômico corrente não tem sido favorável para um avanço mais robusto do comércio, com inflação ao consumidor anualizada acima de 12%, juros em elevação, preços no atacado girando na casa dos 20% e a queda de 6,2% no rendimento real médio do trabalho nos 12 meses encerrados em março de 2022. No entanto, a retomada do fluxo de consumidores em estabelecimentos comerciais e a desaceleração dos preços do atacado têm contribuído para um cenário um pouco mais positivo.

Na média, os preços dos produtos comercializados pelo varejo ampliado, medidos por meio do deflator da PMC, foram reajustados em 14,2%, nos 12 meses encerrados em março deste ano. Por sua vez, os preços no atacado, avaliados pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) do IBGE, avançaram 18,4% no mesmo período, revelando um grau de repasse de 77% aos preços finais aos consumidores. “Embora o quadro atual esteja longe de se revelar confortável para a formação de preços, principalmente no varejo, as pressões advindas do atacado sugerem perda de força nos reajustes ao longo dos últimos meses, na medida em que a inflação no atacado chegou a superar os 35% em maio de 2021”, observa o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Preços no atacado e recursos extraordinários melhoram as expectativas

O economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, estima que, confirmada a tendência de desaceleração dos preços no atacado, os preços no varejo tenderão também a perder força, tornando menos acentuado o processo de avanço da taxa básica de juros nos meses subsequentes, o que explica o fato de a CNC ter revisado a projeção inicial, que antes era de +1,1%.

Bentes observa que o segundo trimestre deste ano deverá ser “irrigado” pela disponibilização de recursos extraordinários, como a antecipação do 13º salário a aposentados e pensionistas do INSS; saques do FGTS; e, principalmente, recursos decorrentes do Auxílio Brasil. “Se por um lado, essas iniciativas prolongam pressões inflacionárias, por outro, ajudam a recompor a renda das famílias no curto prazo, dando fôlego às vendas no varejo”, avalia o economista. A CNC projeta que o Auxílio Brasil e os saques do FGTS devam injetar no varejo R$ 39 bilhões ao longo de 2022.

 

Fonte: https://www.portaldocomercio.org.br/entidade/sincateva/noticias/cnc-projeta-retracao-no-volume-de-vendas-do-dia-das-maes/423634

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apresentou, esta semana, ao relator da Reforma Tributária, senador Roberto Rocha (PTB-MA), um documento no qual sugere adequações ao texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 110/19, sob o ponto de vista dos setores do comércio de bens, serviços e turismo.

A PEC está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Devido ao impasse entre os membros do colegiado, a votação foi adiada duas vezes. O setor de serviços é o mais prejudicado nesta PEC, com expectativa de aumento de até 200% dos tributos e encargos.

O texto foi analisado por um time de especialistas, por meio de um Grupo de Trabalho Temporário (GTT) da CNC, liderado pelo vice-presidente Financeiro, Leandro Domingos. Esse conjunto de sugestões foi entregue em mãos ao senador Roberto Rocha e à sua equipe técnica, no gabinete do parlamentar em Brasília (DF).

Na avaliação dos especialistas da CNC, a PEC 110/19 necessita de ajustes para propiciar aos contribuintes e à população um ambiente adequado de desenvolvimento. Entre os pontos de melhoria, eles destacam a importância de haver alíquotas setoriais e alíquotas e benefícios regionais; mais garantias quanto à existência de uma efetiva não-cumulatividade dos tributos; e mais proteção ao Simples Nacional.

No que se refere a alíquotas setoriais, a CNC reforça a necessidade de haver tributações diferenciadas para o setor de serviços, pois, ao equiparar os regimes tributários das empresas de serviços, comércio e indústria, a PEC 110/19 fere a razoabilidade no tratamento tributário desses diferentes setores, principalmente das empresas de serviços.

O grupo fez um destaque à Zona Franca de Manaus (ZFM) neste relatório, o qual pede readequação no texto, a fim de assegurar o amparo constitucional dos benefícios fiscais do modelo econômico incentivado.

Com relação à não cumulatividade dos tributos, o texto da PEC 110/19 não é claro e condiciona a tomada de créditos ao recolhimento dos tributos incidentes da operação, ou seja, o crédito individualizado de cada produto estaria atrelado ao recolhimento dos tributos no caso de sua saída.

Sobre o Simples Nacional, a CNC concluiu que o texto da PEC 110/19, na tentativa de alterar a concessão de crédito integral de PIS/Cofins aos fornecedores, faz mudanças que pioram as condições enfrentadas pelas empresas inscritas neste modelo, atingindo diretamente a competitividade dos pequenos e médios empresários. Em 2021, elas foram responsáveis por 68% dos empregos gerados.

 

Fonte: https://www.portaldocomercio.org.br/noticias/cnc-apresenta-ao-relator-da-pec-110-19-sugestoes-de-aperfeicoamento-do-texto/426447

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quarta, 25, em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei que cria novas regras para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Segundo Bolsonaro, as micro e pequenas empresas são responsáveis por gerar empregos no Brasil e precisam ter mais acesso à crédito.

A proposta sancionada autoriza o uso dos recursos já aportados pela União no Fundo de Garantia de Operações (FGO), que abastece o Pronampe, até 31 de dezembro de 2024, ao definir o prazo para devolução dos recursos não utilizados para 2025. A estimativa é que R$ 50 bilhões possam ser emprestados em uma nova fase do programa.

A lei sancionada também cria um novo programa de financiamento para empresas com receita bruta atual de até R$ 300 milhões, o chamado Programa de Estímulo ao Crédito (PEC). Do total, 70% dos recursos devem atender empresas de pequeno porte, ou seja, com faturamento de até R$ 4,8 milhões.

Essa nova linha de crédito não contará com garantia da União ou aporte de recursos federais, prevendo que os bancos assumam totalmente o risco da operação. Em troca, as instituições financeiras poderão usar créditos tributários em caso de prejuízo, falência ou liquidação extrajudicial. A expectativa é que esse programa permita a contratação de até R$ 14 bilhões até o fim de 2022.

Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pronampe-jair-bolsonaro-sanciona-nova-fase,70004076117

Acontece nesta semana, em Las Vegas (EUA), a convenção do ICSC, que já foi a entidade global de shopping centers e hoje se apresenta como uma comunidade que congrega marketplaces, físicos e virtuais. Para o novo ICSC, os antigos templos de consumo tornaram-se espaços onde as pessoas, ao mesmo tempo, compram, comem, trabalham, se divertem e se encontram. Uma tremenda evolução.

Durante o evento, em Las Vegas, o ICSC divulgou um relatório sobre o momento do setor em 2022. Nas suas conclusões, o documento, chamado State of Industry 2022, lista cinco tendências para o futuro.

Quer saber quais são? Então, vamos lá.

  1. Lojas físicas funcionando como apoio logístico. Nelas, compras feitas online serão embaladas e despachadas, permitindo entregas mais rápidas em áreas densamente povoadas. Bem, isso já acontece bastante por aqui, em especial nas redes mais estruturadas, não é mesmo?
  2. Marcas usando automação para substituir mão de obra humana. Estudo da Deloitte prevê que loja autônoma, sem funcionário, será lugar comum nos próximos cinco anos. Será mesmo? Aqui tenho minhas dúvidas. Não apenas a mão de obra é mais barata no Brasil, como as pessoas apreciam muito a interação humana nas lojas. É certo que mais operações autônomas vão surgir, mas daí a virar lugar comum em cinco anos, é pouco provável que aconteça. Vamos ver.
  3. Dark stores devem se multiplicar para suportar as atividades de e-commerce. Antes restritas a áreas industriais, esses minicentros de distribuição invadirão os centros urbanos, expandindo a capacidade das marcas varejistas de operar a última milha. Espera, isso ainda é tendência lá fora? Aqui já é realidade. As dark stores, e também as dark kitchens, estão espalhadas pelas grandes cidades brasileiras, agregando rapidez e economia às entregas de produtos e alimentos comprados pela internet.
  4. Haverá um crescimento de complexos multiuso, envolvendo varejo, residências e restaurantes. As regiões mais distantes dos centros continuarão a receber mais pessoas que hoje podem trabalhar de casa, estimulando a multiplicação dos projetos de uso misto. Gente, essa história de varejo, residências e restaurantes foi exatamente o tema do meu artigo anterior aqui no Mercado&Consumo. O título, inclusive, era “Viver, comer e comprar: o novo mantra dos shoppings” e estava recheado de exemplos nacionais. Conclusão? Isso é realidade em nosso País. Digo mais: é caminho sem volta.
  5. Supermercados vão alimentar o crescimento dos shoppings abertos. Novas operações ganharão protagonismo como ancoragem de novos empreendimentos. Aqui vale um alerta: o mix nos shoppings americanos sempre foi muito padronizado. Ainda hoje, 50% da ABL dos centros comerciais nos EUA estão concentrados em lojas de departamento, como Macy’s, JCPenney, Nordstrom e outras mais. O restante é dominado por vestuário. No Brasil, o planejamento de mix sempre foi mais criativo. Academias de ginástica, centros médicos, áreas gastronômicas e parques de diversão, além de supermercados, é claro, fazem parte da nossa realidade há um bom tempo.

Resumo da ópera. O relatório do ICSC confirma que o mix dos shoppings vai continuar mudando, tanto para adaptar-se à realidade omnichannel quanto para contemplar novos hábitos dos consumidores.

Porém, o que mais chama a atenção, e você deve ter percebido isso também, é como muitos shoppings brasileiros estão bem sintonizados com as novas tendências.

Aliás, o que para o americano pode ser tendência, para os shoppings brasileiros já é pendência. Ponto para nós.

 

Fonte:  https://mercadoeconsumo.com.br/2022/05/26/5-tendencias-para-o-futuro-dos-shopping-centers-spoiler-algumas-ja-sao-realidade-no-brasil/