Redaçãode Redação

 28 de setembro de 2023

A Lojas Renner S.A. está fortalecendo seu time feminino em carreiras ligadas à tecnologia em toda a empresa, à medida que celebra os dois anos de sua comunidade interna de talentos tech. Atualmente, aproximadamente 30% dos profissionais de tecnologia na varejista são mulheres, o que representa o dobro da média nacional de 12,3% em cargos de tecnologia.

A empresa busca expandir a presença feminina em setores como TI, Dados, Digital e Ágil, alinhando-se à predominância de mulheres em seu quadro de colaboradores, que supera os 60%. A Lojas Renner S.A. também estabeleceu parceria com a PrograMaria, uma organização focada na formação, engajamento e conexão de mulheres na área de tecnologia, que já beneficiou mais de 40 mil pessoas.

“O compromisso com o protagonismo feminino faz parte da história da Lojas Renner. Somos um ecossistema de moda e lifestyle guiado pelo propósito de encantamento e feito por mulheres e para mulheres”, afirma a diretora de Gente e Sustentabilidade, Regina Durante.

Essa parceria inclui o apoio a programas e eventos da PrograMaria no Brasil, bem como ações internas da varejista voltadas para atrair e recrutar talentos femininos, incluindo a indicação de candidatas para vagas em diferentes setores. Além disso, a Lojas Renner S.A. patrocinou a jornada online PrograMaria Sprint Dados: Ampliando Fronteiras, na qual profissionais da empresa compartilharam conhecimentos com a comunidade.

Comunidade tech

A comunidade tech da Lojas Renner S.A. opera no ritmo 4.0, atuando nas áreas de TI, dados, ágil e digital, promovendo conexões entre equipes internas, profissionais externos e estudantes. Essa iniciativa visa impulsionar carreiras profissionais globais, por meio da atração de talentos e da criação de um ambiente inovador que melhora a experiência do cliente.

“Buscar ferramentas que contribuam para aumentar a representatividade feminina em segmentos tradicionalmente masculinos é parte do nosso objetivo de construir um ambiente corporativo plural e igualitário”, destaca Regina.

Outras ações

A parceria da empresa com a PrograMaria inclui iniciativas destinadas ao público feminino. Entre elas, destacam-se encontros mensais com colaboradoras de tecnologia para discussões sobre carreiras. Além disso, a empresa produz periodicamente uma série de podcasts disponíveis no Spotify, nos quais profissionais das áreas tech discutem inovação, seu impacto no varejo da moda e sua aplicação dentro da Lojas Renner S.A. Um dos episódios abordou o protagonismo feminino no segmento de tecnologia.

“Somos menos de 20% do mercado de tecnologia e as mulheres da área buscam trabalhar em empresas comprometidas com diversidade e inclusão, porque sabem que o dia a dia ainda é muito desafiador. Além de apresentar talentos, a parceria cria impacto positivo na jornada das mulheres”, declara Iana Chan, fundadora e CEO da PrograMaria.

A Lojas Renner S.A. também promove workshops, eventos, conteúdos e programas de desenvolvimento de carreiras específicos para mulheres e lideranças femininas. Essas iniciativas estão

Por  Letícia Lopes  / Ana Flávia Pilar  — Rio de Janeiro 28/09/2023 / o globo

Ainda faltam alguns dias ou meses para as principais datas do calendário do comércio — Dia das Crianças, Black Friday e Natal —, mas varejistas de diferentes segmentos já iniciaram o processo de contratação de temporários.

Com inflação mais controlada, início do ciclo de queda dos juros e alguma ajuda da taxa de câmbio nos últimos meses, as expectativas são otimistas para o fim do ano. Nas projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a criação de vagas temporárias deve alcançar o maior patamar em dez anos.

— O Natal sem dúvidas vai ser melhor do que o do ano passado, e isso vai se converter em vagas. Tudo leva a crer que vamos passar do patamar de 110 mil postos temporários abertos, o que é um patamar expressivo. Se olharmos a série histórica, o patamar mais alto foi em 2013, com 115 mil vagas abertas. Com os juros e a inflação menores, certamente teremos o maior contingente de trabalhadores temporários para o período dos últimos dez anos — avalia Fábio Bentes, economista sênior da CNC.

O mercado popular do Saara, no centro do Rio, é uma área comercial que tem o movimento intensificado no fim do ano — Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

O setor ainda não conta com dados fechados de 2022, mas a expectativa à época era de criação de 109,4 mil vagas. Foi um ano atípico, de reabertura pós-pandemia. No auge da crise da Covid, o comércio tinha fechado muitos postos de trabalho. Na reabertura, além das vagas extras típicas de fim de ano, muitas empresas contrataram temporários até para repor posições efetivas que tinham sido suspensas na pandemia.

 

Caso as projeções para este ano se confirmem, o resultado significará expansão sobre uma base alta de comparação. A CNC espera alta de 4% sobre a projeção de 2022.

— Foi uma década com muitas crises para o varejo. Nos últimos anos, o Natal foi fraco ou teve quedas nas vendas e no trabalho temporário. Do ponto de vista do varejo, acredito que estamos diante de um ciclo mais positivo. Com vendas e empregos um pouco mais fortes — complementa Bentes, que espera que as contratações ganhem tração a partir da segunda quinzena de outubro.

Aposta nas vendas

Entre os analistas ainda não há consenso, embora existam sinais de otimismo. Projeções fechadas para o fim do ano costumam ser divulgadas após o Dia das Crianças, que funciona como um primeiro termômetro para o varejo. Mas os anúncios de contratações se multiplicaram nos últimos dias.

Para dar conta dos presentes dos pequenos no 12 de outubro, RiHappy e PBKids estão com inscrições abertas para 1,3 mil vagas para auxiliar de loja.

Vagas temporárias 2012-2022 — Foto: Editoria de Arte

Expectativa de carteira assinada

Na expectativa de conseguir assinar sua carteira de trabalho pela primeira vez, Joyce Santos, de 24 anos, se inscreveu no processo seletivo da varejista de brinquedos e foi contratada temporariamente como auxiliar de loja.

  • Microrreformas: 

— Tentei o temporário porque pensei que era o primeiro passo para a CLT. Se você não consegue ser CLT de primeira, como temporário já está dentro da loja. Eu quero ficar — diz Joyce, que agora trabalha no estoque.

Joyce Souza, temporária na rede de lojas de brinquedos RiHappy: expectativa de ter carteira assinada — Foto: Roberto Moreyra

Rodolpho Tobler, economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), estima que o número de vagas abertas no fim de 2023 deve ser maior que no ano passado, mas ainda não deve repetir o patamar observado antes da pandemia. Isso porque atividades de venda de tecidos, calçados, vestuário e eletrodomésticos ainda operam abaixo do patamar de 2019.

Na Centauro, por exemplo, serão 2,3 mil vagas em lojas físicas e nos centros de distribuição. O patamar é similar ao número de postos abertos pela varejista de itens esportivos no ano passado, quando 2 mil temporários foram contratados. Josiane Lima, diretora de Talentos do Grupo SBF, atribui as novas oportunidades à demanda:

— Existe a sazonalidade do último trimestre, em especial pelo Natal. Além disso, os consumidores já adotaram a prática de aproveitar os preços reduzidos da Black Friday para adiantar os presentes de Natal, pagando menos.

Queda da inflação favorece contratações

Segundo Tobler, a melhora no mercado de trabalho se deve à inflação mais controlada e à redução na taxa básica de juros, mas também à manutenção de programas assistenciais do governo, que aumentaram o poder de compra da população.

— O mercado de trabalho está reagindo, mas a renda média segue baixa — pondera.

Na Americanas — que está em recuperação judicial após revelar rombo de R$ 20 bilhões em suas contas no início do ano —, foram abertos 1,2 mil postos em áreas logísticas dos centros de distribuição. E há ainda expectativa de novas oportunidades entre outubro e novembro para as lojas.

— Iniciamos o ano de 2023 com muitos desafios, mas seguimos resilientes e focados na recuperação e em acelerar a transformação da Americanas, marca reconhecida pelos brasileiros — diz o diretor de Gente da Americanas S.A., Leonardo Ferreira.

Quarto trimestre de oportunidades

Professor emérito do Instituto de Economia da UFRJ, João Saboia analisa que, apesar das recentes melhorias no desemprego — a taxa recuou para 7,9% em julho, menor patamar para o período desde 2014 —, a conversão das vagas temporárias em postos formais efetivos depende de diferentes fatores:

— Vamos ter uma boa geração de emprego para o último trimestre, mas não acredito que o percentual de conversão de postos temporários em permanentes será elevado. Vai depender das expectativas do varejo na virada do ano, depois dessas datas — afirma, citando crescimento do PIB e avanço da Reforma Tributária como fatores de peso no cenário.

João Saboia, professor emérito da UFRJ — Foto: Divulgação

Na capital fluminense, a expectativa do setor é que 12 mil vagas temporárias sejam abertas, segundo Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDLRio)e Sindilojas Rio, 2 mil a mais que em 2022.

Para quem tenta transformar a vaga temporária em efetiva, o analista de Comunicação e Marketing do Instituto Brasileiro Pró-Educação, Trabalho e Desenvolvimento (Isbet), Luã Queiroz Christo, recomenda mostrar compromisso, conhecer a empresa e estar disposto a aprender.

Aumento das vendas é 1,2% maior que em 2022, mas preços estão 7% mais caros

Publicado em 03/10/2023 10:30 • Por Luciana Neto – site cnc

Este ano, as vendas devem ter um aumento 1,2% maior que em 2022, mas preços estão 7% mais caros.

O setor varejista brasileiro está otimista na medida em que se aproxima o Dia das Crianças. A estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que as vendas destinadas a essa data comemorativa deverão atingir R$ 8,4 bilhões. Caso essa projeção seja confirmada, representará um crescimento de 1,2% em relação a 2022. No ano passado, ainda sob os efeitos da inflação e dos juros elevados, o setor registrou movimentação financeira de R$ 8,3 bilhões. Com o avanço previsto para este ano, a tendência é que o volume financeiro supere o nível de vendas observado antes do início da pandemia.

“O Dia das Crianças ocupa a terceira posição no calendário de eventos mais relevantes para o varejo nacional em termos de volume de vendas, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães”, reforça o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Tadros ressalta que o Dia das Crianças deste ano promete ser um impulsionador significativo para o varejo brasileiro. “Os consumidores podem aproveitar preços mais estáveis para adquirir presentes, enquanto o setor varejista continua sua trajetória de recuperação econômica após os desafios impostos pela pandemia”, analisa o presidente da Confederação.

Preços aumentam menos que em 2022

A expectativa da CNC é que o preço médio da cesta composta por 11 grupos de bens e serviços relacionados à data fique 7% mais caro que no Dia das Crianças de 2022. Isso representa uma desaceleração em relação ao aumento de 9,9% registrados no ano anterior em relação a 2021. Terão alta nos preços itens como sapatos infantis (12,4%), livros (10,3%) e tênis (9%). Por outro lado, os videogames estão 8,5% mais baratos.

Comparado ao mesmo período do ano passado, observa-se uma redução significativa na taxa de inflação, com o IPCA registrando apenas 4,61% de aumento em relação aos 8,73% do ano anterior. “Isso significa que os consumidores podem adquirir presentes para as crianças sem sentir um impacto tão expressivo em seus orçamentos”, afirma o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes.

No entanto, Bentes destaca que as condições do mercado de crédito ainda não estão totalmente favoráveis. Apesar do Banco Central ter iniciado um processo de flexibilização da política monetária, a taxa média de juros das operações livres destinadas às pessoas físicas ainda permanece acima do patamar registrado no ano anterior, chegando a 57,71% ao ano, como ressalta o economista.

Roupas e calçados para a criançada

Quanto às categorias de produtos, o segmento de vestuário e calçados responde por 33% do volume projetado, o equivalente a R$ 2,8 bilhões. Já o setor de eletroeletrônicos e brinquedos representa 25% (R$ 2,1 bilhões). As perfumarias e farmácias devem registrar o maior crescimento em relação ao ano anterior, com um avanço de 2,8% e um volume esperado de R$ 1,4 bilhões de vendas.

Em termos regionais, São Paulo (R$ 2,7 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 840 milhões), Minas Gerais (R$ 838 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 675 milhões) devem contribuir com aproximadamente 60% do total movimentado com o Dia das Crianças. Entretanto, o maior crescimento regional em relação à data de 2022 é esperado no Ceará, com uma taxa de 7,7%.

Publicado em 15/09/2023 16:29 • Atualizado em 15/09/2023 16:29

 Por Luciana Neto  site cnc

A consolidação do recuo da inflação e da taxa de câmbio, além dos sinais positivos do mercado de trabalho, leva a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a revisar a perspectiva de aumento das vendas no varejo de 1,8% para 2% neste ano. O volume de vendas no comércio varejista brasileiro voltou a avançar em julho (com crescimento de 0,7%, depois da alta de 0,1% do mês anterior), de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje, 15 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, houve crescimento de 1,5%, na comparação com o mesmo período de 2022, graças ao bom desempenho dos segmentos especializados na comercialização de bens essenciais, como hiper e supermercados (com alta de 2,7%); farmácias, drogarias e perfumarias (3%); e combustíveis e lubrificantes (11,3%). Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a expectativa positiva da Confederação também vem dos efeitos dos juros mais baixos sobre as condições de consumo. “Um ambiente mais propício ao consumo deve se fortalecer a partir da segunda metade deste ano. Aliada a isso, a aceleração do ritmo de atividade econômica, maior do que o esperado no segundo trimestre, compõe o cenário positivo para o varejo”, aponta Tadros.

Em relação ao primeiro semestre de 2020, considerada a fase mais aguda da perda de atividade econômica por conta da pandemia, as vendas no varejo cresceram 4,2%, apresentando uma tendência suave de recuperação. A retomada do nível de atividade do comércio também se evidencia na recuperação do ritmo das vendas no setor, na comparação com o mesmo mês de 2022 (aumento de 2,4%).

Produtos essenciais impulsionam o setor

O aumento das vendas de produtos essenciais deriva da desaceleração dos preços e da menor dependência que, historicamente, esses segmentos têm em relação às condições de crédito. Especialmente no caso dos combustíveis, os preços médios ao consumidor registraram variação significativamente descolada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos 12 meses encerrados em julho. Enquanto houve queda de 10,66% nos combustíveis, a inflação subiu 3,99%. “A transmissão dos efeitos da política monetária sobre a inflação ocorreu de forma acelerada, na medida em que o índice de referência de preços no Brasil cedeu para menos de 4% no acumulado de 12 meses, o que tornou evidente o peso que o aperto monetário vinha produzindo sobre o varejo brasileiro durante o primeiro semestre do ano”, explica o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes.

Crédito caro e seleto ainda freia alguns segmentos

Em 12 meses, as atividades mais dependentes do crédito registraram variações negativas, como os artigos de uso pessoal e doméstico, que tiveram queda de 11,1% nas vendas; tecidos, vestuário e calçados, com redução de 9,6%; e móveis e eletrodomésticos, com redução de 0,3%. Contribuiu também o alto grau de comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas, que era de 29,7% em julho deste ano, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela CNC.

18/09/2023 ag Brasil

A expectativa do mercado é que a taxa básica seja reduzida para 12,75% ao ano na próxima quarta-feira

Pela quarta semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 2,64% para 2,89%. A estimativa está no boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos. Superando as projeções, no segundo trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – teve queda de 4,93% para 4,86%. A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último relatório de inflação a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%.

Em agosto, influenciado pelo aumento do custo da energia elétrica, o IPCA foi de 0,23%, segundo o IBGE. O índice é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada deflação (queda de preços) de 0,36%. O IPCA acumula taxa de 3,23% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,61%. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante da forte queda da inflação, o Copom iniciou, no mês passado, um ciclo de redução da Selic.

A última vez em que o Banco Central tinha diminuído a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de Covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. A partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Nesta terça (19) e quarta-feira (20), ocorre a sexta reunião do ano do Copom para a definição da Selic. A expectativa do mercado é que a taxa básica seja reduzida para 12,75% ao ano. Na ata do último encontro, os membros do colegiado já previam cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Segundo o documento, o órgão avalia que esse será o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista [juros que desestimulam a economia] necessária para controlar a inflação. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Da redação, com agências Exame 20.9.23

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta quarta-feira, 20, que não há previsão de revisão da alíquota zero do imposto de importação para compras internacionais de até US$ 50 de empresas aderirem ao programa Remessa Conforme. Durigan participou de evento sobre a tributação de comércio eletrônico promovido pelo IDP.

Hoje, a alíquota é de 60%, mas a taxa é zerada para compras de até US$ 50 em plataformas que foram habilitadas no programa da Receita Federal. O número dois de Haddad disse que considera injusta a repercussão em redes de que está havendo taxação em compras internacionais e frisou que o programa Remessa Conforme convida empresas a aderirem e zera a alíquota federal. Em contrapartida, há cobrança uniforme de 17% de alíquota do ICMS, tributo estadual.

“Só vamos fazer a revisão dessa alíquota zero quando dialogarmos com empresas, varejo e verificarmos que há falta de isonomia tributária. O Ministério da Fazenda quer que haja concorrência”, afirmou o secretário-executivo.

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Shein vai pagar ICMS para compras até US$ 50: o que muda para o cliente?

Amazon e Shopee pedem aval do governo para isenção de imposto em compras online de até US$ 50

Durigan afirmou que a sensação de aumento de alíquota reflete a ampliação da fiscalização da Receita Federal. Na visão do secretário, a alíquota de importação de 60% nas transações internacionais realizadas entre pessoa jurídica e pessoa física nunca teve uma fiscalização satisfatória e os estados não tinham adesão e coerência para fiscalizar e tributar o ICMS. O Remessa Conforme mudou esse cenário e quem não adere ao sistema é tratado na forma da lei.

“A importância de discutir a remessa até US$ 50 é porque quase 100% das nossas entradas são dessas remessas de baixo custo. Evidentemente toda a pressão popular que existe, o debate que existe com as empresas, e-commerce e varejo está focado nas remessas até US$ 50. Recebemos pouca demanda de remessas acima de US$ 50. O Remessa Conforme ataca a principal questão, que é de compras até US$ 50. Podemos fazer isso como próximo passo, de endereçar a discussão para remessas acima de US$ 50”, disse Durigan.

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Shein zera a cobrança do ICMS

O presidente da Shein na América Latina, Marcelo Claure, revelou na terça-feira, 19, em entrevista exclusiva à EXAME, que a varejista chinesa vai isentar de seus clientes a taxa do ICMS em compras de até US$ 50. O anúncio ocorre após a empresa aderir ao Remessa Conforme, da Receita Federal.

Hoje, as empresas participantes do Remessa Conforme têm isenção do imposto de importação, mas cobrança de 17% de ICMS sobre as compras. A decisão da empresa chinesa em subsidiar o imposto estadual, segundo Claure, pretende manter o poder de compra dos clientes.

Publicado em 21/09/2023 –  Por Luciana Neto  site cnc

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) ficou estável em setembro, descontados os efeitos sazonais, depois do crescimento que vinha sendo sustentado desde janeiro do ano passado. O indicador se manteve pelo segundo mês consecutivo acima dos 100 pontos (102,6), indicando satisfação dos consumidores.

A perspectiva de consumo para os próximos três meses e o momento para aquisição de bens duráveis se destacaram com as maiores altas de setembro (0,5% e 1,9%, respectivamente). Por outro lado, a perspectiva profissional e o nível de consumo atual caíram (2% e 0,2%), resultando no equilíbrio da intenção de compra em setembro. No ano, todos os indicadores da pesquisa seguem apontando recuperação. Além disso, quatro em cada 10 afirmam que têm intenção de compras nos próximos três meses, maior proporção desde março de 2015.

“Embora o indicador principal mostre estabilidade, a alta da projeção de consumo para o último trimestre do ano e a maior segurança no emprego, em geral, são boas notícias para o varejo, que se prepara para o período de maior faturamento do ano, com datas comemorativas importantes”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Ele lembra que, além das compras sazonais, os feriadões do segundo semestre também impulsionam a intenção de consumo das famílias, o que deve se refletir nas vendas do comércio, dos serviços e do turismo.

 Bom momento para duráveis

A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, explica que a melhora na percepção para aquisição de duráveis, cuja variação anual é de 54,9% de crescimento, está relacionada à redução dos juros e à inflação mais baixa desse tipo de produto. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o menor impacto no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto foi justamente dos preços de artigos como eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Com redução de 12,4 pontos percentuais (p.p.) em um ano, a inflação anual desses itens despencou de 12,7% em agosto de 2022 para 0,3% no mês passado.

“A maior segurança no emprego oferece mais tranquilidadepara os consumidores comprarem a prazo”, lembra Izis Ferreira. Do total de consumidores, 43% estão se sentindo mais seguros no emprego atual, maior volume desde janeiro de 2015. “Os dados refletem, principalmente, o momento do mercado de trabalho formal, que ainda apresenta alta nas contratações, mesmo que o ritmo da criação de novas vagas esteja desacelerando”, aponta a economista. Conforme ela, essa desaceleração, porém, faz com que os consumidores olhem com cautela o cenário nos próximos meses, com queda de 2% na perspectiva profissional. “Ou seja, os consumidores indicam que estão olhando com certo ceticismo as possibilidades no mercado de trabalhono futuro”, conclui.

Mesmo com crédito mais fácil, nível de consumo caiu

O início da redução na taxa Selic também impactou positivamente a percepção sobre o acesso ao crédito: a proporção de pessoas afirmando que está mais fácil contratar crédito do que no ano passado aumentou 0,8 p.p., chegando a 29,3% do total de entrevistados. “Embora otimistas, o endividamento e a inadimplência ainda elevados limitam a capacidade de consumo das famílias e os efeitos benéficos de haver mais renda disponível com a desaceleração inflacionária e as políticas de transferência de renda”, pondera Izis Ferreira. Tanto que o indicador do nível de consumo atual está em 87,4 pontos, na zona de insatisfação, e apresentou queda de 0,2% no mês.

Mais ricos estão mais descrentes com futuro do trabalho

A intenção de consumo das famílias com renda até 10 salários mínimos se manteve a mesma de agosto e diminuiu 0,3% entre as famílias com maior renda. O indicador de perspectiva de consumo para os próximos três meses entre os consumidores de renda média e baixa avançou 0,7%, mas caiu 1,3% entre os de renda alta. De acordo com a CNC, essa diferença se deve ao ceticismo das famílias com maior poder aquisitivo em relação ao seu futuro no mercado de trabalho, já que o indicador de perspectiva profissional caiu 2,3% entre esses consumidores.

No recorte por gênero, a intenção de consumo das mulheres atingiu 101,7 pontos e, pela primeira vez na série histórica, chegou ao nível de satisfação. O avanço na intenção de consumir em setembro, com relação ao mesmo mês do ano passado, foi maior entre as mulheres (24,4%) do que entre os homens (19,2%). Do público feminino, 40,4% pretende comprar mais nos próximos meses, uma alta mensal de 13,8 p.p., enquanto essa proporção chegou a 39,4% entre os homens, avanço de 10,9 p.p.

MARISA VALÉRIO
12/09/2023 / rev.  amanha

A estratégia definida pela Multiplan é criar um canal proprietário do shopping em contato direto com seus clientes para oferecer funcionalidades que o auxiliem em sua jornada, aumentando a frequência e consumo

O aplicativo Multi e o programa de relacionamento MultiVocê são duas ferramentas digitais inovadoras que estão mudando a relação entre lojistas e clientes do ParkShopping Barigüi, um dos maiores centros de compras de Curitiba. Lançado há três anos, o app Multi soma mais de 12 milhões de acessos ao ano e disponibiliza uma série de funcionalidades que complementam os serviços oferecidos: desde o cadastro de notas fiscais para participar das promoções, pagamento de estacionamento e acesso pelas cancelas, ofertas das lojas e compras de ingressos de cinema, entre outras funcionalidades. Apenas a participação no MultiVocê soma mais de 1 milhão de notas cadastradas, além de vantagens para as lojas incluírem benefícios exclusivos para os clientes.

A estratégia definida pela Multiplan é criar um canal proprietário do shopping em contato direto com seus clientes para oferecer funcionalidades que o auxiliem em sua jornada, aumentando a frequência e consumo.Os consumidores dos shoppings da Multiplan já realizaram mais de 4,5 milhões de operações dentro do aplicativo. O Multi oferece também a possibilidade de os clientes conhecerem os eventos e atrações disponíveis no shopping e garantirem o ingresso de forma antecipada e até mesmo reservas nos restaurantes, com maior comodidade. Com mais de 4 milhões de downloads, o app está disponível para todos os frequentadores e pode ser usado no PkB e nos demais shoppings da Multiplan, como o Barra Shopping Sul, em Porto Alegre. Além disso, o Multi já esteve entre os cinco apps mais baixados na AppStore.

“Estamos na vanguarda das tendências do varejo phygital, com base no trabalho dos times dos shoppings e de uma equipe dedicada ao tema, formada por profissionais altamente qualificados”, explica Richard Svartman, diretor de inovação digital da Multiplan, empresa que administra o ParkShopping Barigüi e é uma das maiores empresas de shoppings do Brasil. Outro serviço disponibilizado no PkB e no app Multi é o programa de relacionamento MultiVocê, que dá acesso a vantagens e benefícios exclusivos por meio do cadastro de notas fiscais das compras realizadas em todas as lojas do ParkShopping Barigui. Atualmente, o PkB possui uma das maiores bases de clientes participantes do MultiVocê, de toda rede Multiplan e cerca de 40% das vendas das promoções têm origem no programa de relacionamento.

 25 de setembro de 2023  Mercado & Consumo

A Riachuelo vai passar a comercializar os uniformes oficiais de quadra das seleções brasileiras de vôlei masculinas e femininas. Limitadas, as peças estarão disponíveis a partir desta terça-feira, 26, exclusivamente no e-commerce da marca.

Os uniformes foram confeccionados com tecnologia a partir do uso de tecidos leves que garantem respirabilidade e mobilidade durante atividades que exigem movimento. Além disso, cada peça carrega o selo oficial do Vôlei Brasil.

e elementos gráficos que foram inspirados nos povos originários do nosso País. Além disso, a Riachuelo confeccionou a frase “que história você quer escrever hoje?” na barra das camisetas para homenagear os atletas.

“O Pré-Olímpico feminino está rolando e o Pré-Olímpico masculino e os Jogos Pan-Americanos estão chegando. De fato, não poderíamos ter um momento mais propício para fazermos esse anúncio. Sabemos da paixão dos brasileiros pelo vôlei, e estamos muito felizes em poder incentivar ainda mais a torcida pelas seleções”, comenta Cathyelle Schroeder, head de Comunicação & Marketing da Riachuelo.

Os uniformes carregam cinco estrelas que representam a soma das medalhas de ouro olímpicas das seleções masculina (três) e feminina (duas). E ao contrário das peças dos atletas, as estrelas ficarão expostas do lado de fora de cada produto, para reforçar o apoio da torcida aos jogadores e incentivar a conquista de novos títulos.

“Agora, os fãs da seleção poderão vestir o mesmo produto utilizado pelos atletas e sentir na pele os benefícios das tecnologias por trás de cada peça”, afirma Cathyelle.

REDAÇÃO 05/09/2023 AMANHA

O aumento da inadimplência acende um sinal de alerta para a economia brasileira como um todo, alerta a Confederação Nacional do Comércio

Em agosto, a economia brasileira testemunhou um cenário de endividamento em declínio, mas, ao mesmo tempo, um aumento dos níveis de inadimplência. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias endividadas no país apresentou sua segunda queda desde novembro de 2022, atingindo 77,4% das famílias em agosto, o menor nível desde junho de 2022.

Por outro lado, a inadimplência preocupa, com 12,7% da população afirmando não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, um recorde da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010. Para a CNC, a queda do endividamento é um sinal positivo de que mais famílias estão conseguindo controlar melhor suas dívidas e ajustar seus orçamentos. No entanto, a taxa de juros elevada e o crédito caro ainda são empecilhos à melhoria da situação financeira dos brasileiros, nota a entidade. A CNC estima que a proporção de consumidores endividados continuará a diminuir nos próximos meses, chegando a cerca de 77% em setembro. No entanto, a previsão é que o endividamento volte a crescer na reta final de 2023, encerrando o ano próximo de 78% do total de famílias em todo o Brasil.

A Peic de agosto revela que o percentual de famílias endividadas registrou uma queda de 0,7 ponto percentual, o menor nível desde junho do ano passado. Essa redução se soma a uma diminuição de 1,6 ponto percentual, no acumulado do ano. Além disso, entre os endividados, o número de pessoas que se consideram “muito endividadas” também diminuiu, alcançando seu ponto mais baixo desde abril de 2022. Por outro lado, a situação da inadimplência no país é motivo de preocupação. A pesquisa revela que o volume de consumidores com dívidas atrasadas atingiu a maior proporção desde novembro de 2022, com 30% das pessoas enfrentando algum compromisso financeiro em atraso. Para completar o cenário, o dado ainda mais alarmante é que 12,7% dos consumidores afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, marcando o ponto mais alto da série histórica.

“O aumento da inadimplência acende um sinal de alerta para a economia brasileira como um todo”, aponta a economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira. Segundo ela, a inflação em queda e o aumento do emprego formal têm contribuído para melhorar os orçamentos domésticos, reduzindo a necessidade de as pessoas recorrerem ao crédito, mas as altas taxas de juros e o aumento do número de dívidas a vencer continuam a desafiar as famílias brasileiras. Os dados da Peic também destacam que o endividamento está em declínio tanto no mês quanto no ano entre os consumidores de diferentes faixas de renda, com destaque para a queda mais significativa entre aqueles com renda média (de 3 a 5 e de 5 a 10 salários mínimos). No entanto, a inadimplência cresceu em todas as faixas de renda nas comparações mensal e anual.