Forbes 11/07/2024

As vendas varejistas brasileiras cresceram pelo quarto mês seguido em abril e renovaram o maior patamar da série histórica, mas iniciaram o segundo trimestre com um desempenho abaixo do esperado.

 

O varejo registrou em abril aumento de 0,9% das vendas sobre o mês anterior, infirmou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

 

 

Ainda que as vendas tenham crescido em todos os meses deste ano, o resultado de abril ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,3%.

 

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 2,2%, contra projeção de 3,35% nessa base de comparação..

 

“Neste ano, o varejo veio com resultados mais expressivos e, nos últimos três meses, vem alcançando o último recorde da série com ajuste sazonal (a cada mês)”, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

 

 

O mercado de trabalho aquecido, aumento da renda, benefícios sociais, inflação controlada e condições melhores de crédito trazem um cenário mais favorável ao setor de varejo no Brasil neste ano.

 

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram ganhos em abril. As vendas em hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que responde por 55,2% do índice geral, cresceram 1,5% depois de dois meses negativos.

 

Já equipamentos e material para escritório, informática e comunicação tiveram aumento de 14,2%, recuperando a perda de 10,1% em março por conta do aumento do dólar. Essas duas atividades foram as principais influências sobre o resultado geral.

 

Também tiveram desempenhos positivos o setor de móveis e eletrodomésticos (+2,4%), combustíveis e lubrificantes (+2,2%) e artigos farmaceuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+0,6%).

 

Por outro lado, as atividades de livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) registraram retração no mês.

 

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve queda de 1,0% das vendas.

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