Após quatro anos de pausa, por conta da covid-19, a 17ª edição do Congresso da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) atraiu grande público e apresentou tendências do mercado, gestão, economia, comunicação, comportamento, marketing e branding. Realizado entre os dias 22 a 24 de junho no Expo Center Norte, em São Paulo, o evento ocorreu simultaneamente à Exposhopping, feira de negócios com a presença de expositores de diversos segmentos do setor.
Na primeira noite do evento houve a entrega do Prêmio Abrasce, que reconhece os melhores projetos desenvolvidos pelos centros de compras. Essa edição bateu recorde de inscrições de cases, com 285 ações inscritas.
Durante as conferências, foram discutidos temas como tendências de comportamento do consumidor, diversidade, omnicanalidade, inovação e o impacto de novas tecnologias, como o metaverso, no varejo em todo o mundo.
“Em termos de conteúdo, os temas discutidos nas palestras expõem a nova agenda dos shoppings. Assuntos como omnicanalidade, ESG, novas tecnologias e transformação digital, ganharam destaque, o que reflete o impacto das mudanças neste período de 4 anos que separa o último congresso, em 2018, deste de agora”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.
Shopping do futuro
A feira também contou com uma área exclusiva dedicada ao Shopping do Futuro, com estandes de tecnologia, inovação, sustentabilidade, entretenimento e lazer.
Kate Ancketill, CEO e fundadora da consultoria inglesa GDR Creative Intelligence, deu exemplos de protótipos de lojas de conveniência, supermercados e outras lojas do varejo que podem se tornar uma tendência no futuro e revelou que o e-commerce de hoje em pouco tempo será apelidado de “old-commerce” com o advento do metaverso.
Outro tema em destaque no Congresso foi a mesa com os pesquisadores de Ásia e Pacífico da CBRE Group Henry Chin e Liz Hung, que apresentaram as similaridades e diferenças entre os shoppings do mercado asiático. Como exemplo, Chin reforçou que no continente asiático os centros comerciais são concentrados em bairros comerciais e em tamanhos menores para absorver as capacidades de cada economia.
“Vale ressaltar que as referências dos shoppings brasileiros, que sempre foram norte- americanas, agora parecem ter se deslocado para a Ásia. Por outro lado, a integração com a América Latina foi também ponto de destaque, com o lançamento da CLICC (Câmara Latinoamericana da Indústria de Centros Comerciales), que congrega associações de países como Mexico, Panama, Colombia, Peru, Argentina e Uruguai, além do Brasil”, diz Marinho.
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