A varejista de roupas C&A é uma das maiores redes de varejo de roupas do mundo e, claro, mais uma das vítimas da pandemia do novo coronavírus. A empresa, que abriu capital na bolsa de valores no ano passado, esperava crescer 3% em 2020. Ledo engano. No primeiro trimestre, que pegou menos de um mês da quarentena causada pela Covid-19, a empresa já apresentou uma redução de 6,1% das vendas, a R$ 975 milhões.

Atualmente, a companhia possui apenas 20% de suas 286 lojas no Brasil abertas. Para Paulo Correa, CEO da C&A Brasil, ainda é difícil prever quando todas as lojas estarão em funcionamento. No entanto, ele acredita que grande parte das unidades sejam reabertas até o fim de julho.

“Estamos muito atentos a percepção das autoridades locais de cada município”, disse Correa em entrevista ao programa CNN Líderes. “À medida em que exista o alinhamento das autoridades municipais e estaduais, começa a nossa preparação para a reabertura.”

A empresa, no entanto, sabe que precisará mudar muito a forma de atender quando a economia reabrir. Uma das questões é a questão da prova de roupas: pelo menos a princípio, a prática será proibida dentro das lojas. Inclusive, as trocas de peças passarão por uma espécie de quarentena dentro das unidades para, só depois, voltar a ser comercializada.

Além disso, a empresa também começa a acelerar mais as suas vendas online. Segundo Correa, de uma hora para a outra, 96% do faturamento da empresa sumiu dada a dependência que a companhia possui do varejo físico.

“Isso gerou uma mobilização muito grande da companhia para tentar levar a C&A às casas das pessoas”, diz ele. “Afinal, mais de um milhão de pessoas entravam em nossas lojas todos os dias, antes da pandemia.”

fonte:Do CNN Brasil Business, em São Paulo 03 de junho de 2020 às 20:16

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