Nota Oficial da CNC sobre a aprovação do PLP. 68/2024 / 17.12.24

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reconhece o esforço do Congresso Nacional ao aprovar, nesta terça-feira (17), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo. O texto aprovado, fruto de um amplo debate entre parlamentares e setores econômicos, representa um passo importante na modernização do sistema tributário brasileiro.

A CNC destaca os avanços alcançados em pontos relevantes para os setores de comércio, serviços e turismo, como a redução de alíquotas para bares, restaurantes, hotéis e parques temáticos, a inclusão de novos itens na Cesta Básica Nacional e a manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) e das Áreas de Livre Comércio (ALCs), com ampliação de seus prazos até 2073. Essas medidas garantem o diferencial competitivo dessas regiões e contribuem para o desenvolvimento econômico e sustentável da Amazônia.

Contudo, a CNC reforça que o setor de serviços, um dos maiores empregadores do país e responsável por grande parte da geração de renda, segue como um setor sensível que exige atenção especial. O texto aprovado carece de mecanismos mais robustos que assegurem a não elevação da carga tributária, o que pode comprometer a sustentabilidade das empresas do setor. Também preocupa a ausência de medidas voltadas para micro e pequenas empresas, especialmente no âmbito do Simples Nacional.

Confira aqui os avanços obtidos na fase de regulamentação da reforma tributária (PLP.68/2024) e os pontos que ficaram pendentes.

AVANÇOS E PONTOS PENDENTES NO PLP 68/2024
Reivindicação da CNC Situação no texto aprovado Contemplado?
1. Preservação dos benefícios da ZFM Benefícios mantidos, com crédito presumido de 100% para produtos industrializados e ampliação do prazo das ALCs até 2073. Sim
2. Redução de alíquota para bares e restaurantes Alíquota reduzida em 40%, excluindo gorjetas e valores de intermediação de delivery da base de cálculo. Parcialmente
3. Alíquotas diferenciadas para hotelaria e turismo Redução de 40% nas alíquotas de IBS e CBS para hotéis e parques de diversão. Parcialmente
4. Uso de créditos para bens de uso e consumo pessoal Permissão de crédito para despesas com planos de saúde, educação e transporte de colaboradores. Sim
5. Manutenção de isenção para entidades sem fins lucrativos Rejeitada a proposta de isenção total de IBS e CBS para sindicatos e associações sem fins lucrativos. Não.
6. Exclusão do limite de restituição do Tax Free Proposta aceita; limite de US$ 1.000 foi eliminado para devolução de impostos a turistas estrangeiros. Sim
7. Regras diferenciadas para setor imobiliário Redução de alíquotas: 50% para vendas de imóveis e 70% para locações residenciais; regime de caixa para locações. Parcialmente
8. Transferência integral de créditos no Simples Nacional Proposta rejeitada, mantendo a restrição atual. Não
9. Inclusão de novos itens na cesta básica nacional Produtos como farinhas, massas, erva-mate, fórmulas infantis e bolachas foram incluídos na Cesta Básica. Sim
10. Inclusão de dispositivos médicos na alíquota zero Redução a zero das alíquotas de IBS e CBS para dispositivos médicos, incluindo materiais para pessoas com deficiência (PcD). Sim
11. Pegada de carbono no Imposto Seletivo Graduação de alíquotas do IS baseada na pegada de carbono foi incluída. Sim
12. Medicamentos com alíquota zero Redução a zero para medicamentos de cuidado oncológico, doenças raras, vacinas e outros itens essenciais. Sim
13. Serviços funerários e home care Inclusão dos serviços funerários, de cremação, embalsamamento e home care na redução de 60% das alíquotas. Sim

Entre as reivindicações trabalhadas pela CNC, na fase de regulamentação, segue resumo atualizado do que foi possível avançar e do que ficou pendente:

  • Contempladas: 8 reivindicações principais (ZFM, créditos de uso pessoal, Tax Free, cesta básica, pegada de carbono, dispositivos médicos, medicamentos e serviços funerários).
  • Parcialmente contempladas: 3 (bares/restaurantes, hotelaria/turismo e setor imobiliário).
  • Não contempladas: 2 (isenção para entidades sem fins lucrativos e transferência de créditos do Simples Nacional).

 

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *