Falou sobre alta dos preços Teve reunião com Bolsonaro site PODER

MAURÍCIO FERRO 09.set.2020
O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Sanzovo Neto, declarou na tarde desta 4ª feira (9.set.2020) que os supermercados não podem ser considerados “vilões” pela alta do preço dos alimentos que compõem a cesta básica brasileira.
“Nós não vamos ser vilões de uma coisa que não somos os responsáveis”, declarou Sanzovo em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, depois de reunião com o presidente Jair Bolsonaro.
O presidente da Abras disse que houve redução da produção de arroz, 1 dos itens que teve maior elevação no preço. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, teria orientado a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a retirar a tarifa de importação desse produto. Essa retirada foi confirmada pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), segundo Sanzovo, viabilizou a importação de 400 mil toneladas de arroz até dezembro.
“Isso já é uma sinalização do lado da oferta do produto porque vai ajudar a regular o preço. Do nosso lado, vamos continuar fazendo a nossa parte. Nós sempre defendemos os consumidores. Nós somos muito competitivos. Nós dependemos de ter preço barato para continuar vendendo e atraindo clientes”, afirmou.
Sanzovo também disse que os supermercados continuarão a negociar com os fornecedores. Ainda haverá, de acordo com ele, uma campanha “promovendo o consumo de massa, macarrão, que é o substituto do arroz”. Ele acrescentou: “E vamos orientar o consumidor que não estoque”.

01/09/2020 – Money times

1 – Lojas Renner é a empresa mais eficiente em seu segmento, mesmo após trimestre fraco

As vendas online da Lojas Renner saltaram 122% no segundo trimestre do ano (Imagem: YouTube/EstiloRenner)
A Lojas Renner (LREN3) apresentou resultados fracos do segundo trimestre de 2020, de acordo com o BB Investimentos. Impactada pelo fechamento das lojas devido à propagação da pandemia de covid-19, a companhia teve uma queda expressiva nas vendas do período, o que levou a uma receita líquida 73,3% menor no comparativo anual, para R$ 539,6 milhões.
O desempenho da varejista nos canais digitais minimizou os efeitos negativos. As vendas online saltaram 122% e, mesmo com a reabertura das unidades físicas, o e-commerce seguiu a trajetória crescente em julho, avançando 239% na comparação ano a ano.
Para o BB Investimentos, o principal aspecto positivo do balanço foi o reconhecimento de créditos fiscais de uma ação envolvendo a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, o que garantiu um lucro líquido de R$ 818,1 milhões à Lojas Renner no trimestre.
A recomendação neutra da ação foi reiterada, bem como o preço-alvo de R$ 37,10 para o fim de 2020. Segundo a analista Georgia Jorge, a indicação tem como base a ideia de que “a Lojas Renner é a companhia mais eficiente no seu segmento e, apesar dos percalços de curto prazo, deve retomar rapidamente o desempenho operacional pré-crise”.

Renato Pezzotti / uol marketing 28.8.20

Menos discurso, mais ação. A pandemia fez com que as marcas entrassem na era do “pós-propósito” —uma evolução do conceito de propósito. Agora, o desafio das empresas é assumir uma postura social mais ativa, com projetos que tenham impacto real, e não somente criados para comunicação.
Esta é uma das tendências apontadas pelo estudo Creative Insights 2020, encomendado pelo UOL e produzido pela GoAd Media. O relatório destaca os temas que moldam a relação entre marcas e pessoas e os principais assuntos apresentados nos festivais de criatividade D&AD e Lions Live, realizados de forma online este ano.
“É o momento de as empresas conectarem seu propósito conceitual a projetos que melhorem as condições humanas. Iniciativas sólidas, que toquem em temas urgentes, como combate ao racismo, desemprego, acesso a moradia e a serviços de saúde, diversidade e meio ambiente, por exemplo”, afirma José Saad Neto, publisher da GoAd.
Relações autênticas e honestas
Para Saad, o marketing ganha relevância ao liderar o desenvolvimento desses projetos, para irem além da publicidade e promoverem a inovação com foco na transformação social.
“É essencial que as empresas desenvolvam relações autênticas e honestas, principalmente com as gerações mais jovens, acostumadas a monitorar as práticas das grandes organizações. No ano da maior crise sanitária da nossa geração, a atuação responsável das marcas pode minimizar dores humanas”, diz.
Transformação digital é o assunto de 2020
Transformação digital e conteúdo são outros temas fundamentais de discussão para as marcas que almejam sucesso no mundo pós-pandêmico, segundo o estudo.
Para Saad, muitas empresas já trabalhavam com o conceito de transformação digital, mas se viram forçadas a acelerá-lo em 2020 por questão de sobrevivência. O tema vai além da digitalização da experiência do consumidor, do atendimento ao pós-venda.
“É a reinvenção de modelos de negócios, com produtos, serviços e soluções que se conectam a uma jornada do consumidor, que passou a ser mais híbrida e multitela. A transformação digital não é só investimento em tecnologia. É mudança de cultura organizacional”, declara.
Storytelling e experiências imersivas
A pandemia fez crescer a necessidade de as marcas estabelecerem relações mais próximas com as pessoas. A conexão emocional das histórias nunca foi tão importante e o storytelling (a “arte de contar histórias”) tem um papel crucial nesse sentido.
“A atenção das pessoas é um ativo hiperdisputado. Com o crescimento comprovado do consumo de mídia digital, conteúdo é o que amarra a experiência das pessoas com as marcas em diferentes formatos, como anúncios, notícias, podcasts, streamings e e-commerce, entre outros”, diz Saad.
O uso de tecnologias imersivas, como realidade virtual (VR, ou “virtual reality”) e realidade aumentada (AR, ou “augmented reality”) tem promovido uma disrupção no modo de contar histórias —e isto tem grande impacto para as marcas.
Segundo estudo da desenvolvedora Unity Technologies, empresas que abraçarem experiências imersivas nos próximos cinco anos estarão entre as 25% companhias com melhores resultados financeiros em suas categorias. A Unity ainda aponta que, até 2030, as lojas físicas deixarão de ser espaços de venda e se tornarão showrooms, com um extenso inventário 3D em exposição.
“O conteúdo que funciona é aquele que fala sobre o que as pessoas precisam e querem ouvir – e não aquele que destaca somente o que a marca quer falar”, afirma Saad.

Os dados encorajadores de venda e lucratividade de julho (Imagem: LinkedIn/Arezzo&Co)
As companhias do varejo de vestuário apresentaram diferentes resultados no segundo trimestre de 2020, considerado pelo mercado o período mais incomum do ano devido ao fechamento das lojas para conter a disseminação do coronavírus.
Na avaliação do Credit Suisse, a Arezzo (ARZZ3) foi o destaque positivo do trimestre, tendo em vista os dados encorajadores de venda e lucratividade de julho, que sugerem que o próximo balanço será promissor.
“A pandemia de covid-19 atingiu o segmento de moda, mas encontrou a Arezzo relativamente preparada para navegar as águas turbulentas. As vendas no e-commerce cresceram 200% na comparação ano a ano, ajudando a minimizar a perda de receita líquida e dando suporte a margens brutas melhores”, comentaram Victor Saragiotto e Pedro Pinto, autores do relatório divulgado pelo banco e obtido pelo Money Times.
Além disso, a empresa também deu a entender que mira novas oportunidades de fusões e aquisições para se consolidar no setor.
No caso da Centauro (CNTO3), …o Credit Suisse destacou o bom trabalho feito pela administração da empresa, o que resultou em uma geração de caixa de R$ 50,7 milhões em meio a um cenário desafiador.
Para as ações da Arezzo e da Centauro, o banco defendeu a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado).

Companhia antecipou desempenho das vendas em julho, com aumento de 82% na comparação anual

Por Graziella Valenti
Publicado em: 17/08/2020 exame

O Magazine Luiza teve um trimestre com recorde em vendas. O total movimentado pela empresa em lojas e no comércio online próprio e para terceiros — o tal GMV, que o mercado tanto olha — foi de 8,6 bilhões de reais, o que representa um crescimento de 49% sobre igual período do ano passado. Desse total, 78%, ou seja, 6,7 bilhões de reais, vieram do comércio eletrônico, após uma expansão anual de 182%.
Se o Mercado Livre não existisse, esse desempenho equivaleria a alcançar, ao mesmo tempo e pela primeira vez, a liderança em vendas de bens duráveis, em e-commerce e ainda em varejo esportivo. Trocando em miúdos: ultrapassar de uma só vez a Via Varejo, a B2W e a Centauro. “A gente nunca foi líder em nada. Não é um objetivo isolado, mas é um feito. Liderança importa no varejo”, afirmou Frederico Trajano, presidente da companhia, em entrevista ao EXAME In. “Essa é uma fotografia. Não é um filme. Precisamos nos esforçar para manter isso.”
O segundo trimestre, na opinião de Trajano, foi “o mais difícil da história para qualquer CEO.” Mas, ele enfatiza, que é uma história com três capítulos bem diferentes e lembra que em março a receita caiu pela metade abruptamente com o fechamento das lojas. Em abril, as vendas totais da companhia já tiveram crescimento, mas de 7%, com queda de 84% nas lojas físicas e aumento de 138% nas vendas digitais. Em maio, a receita subiu 46%, puxada pela alta de 203% no faturamento do e-commerce, enquanto as lojas físicas ainda tinham queda de 53%. Em junho, a expansão alcançou 85%, pois o online manteve expansão de 206% na comparação anual, mas a redução da receita nas lojas físicas caiu para 6%, mesmo com o percentual de lojas abertas ainda em 64%.
A companhia teve, no acumulado dos três meses, prejuízo de 62,2 milhões de reais, comparado a um lucro líquido superior a 85 milhões de reais, em relação a igual período de 2019. Os três capítulos se repetem na análise da última linha do balanço. Enquanto em abril houve um prejuízo de 148 milhões de reais, o resultado passou a um lucro líquido de 93 milhões de reais no mês de junho.
O Ebitda, como não poderia deixar de ser, seguiu a mesma trajetória: a margem saiu de 8,8% para 2,6% na comparação anual. Mas, do começo ao fim do trimestre, variou de -10% para 7,8%.
E a companhia já quis antecipar o que aconteceu em julho: as vendas totais subiram 82% na comparação anual, com aumento de 10% na receita de lojas físicas e 162% no e-commerce — isso com 70% das lojas abertas.
O executivo destacou que houve dois grandes efeitos além da digitalização que impulsionaram o trimestre: o fato de as pessoas terem ficado mais em casa e investido mais nela nesse período e o voucher de 600 reais mensais do governo. “Foi uma medida muito poderosa, talvez a de maior resultado no mundo. E o Brasil tinha uma plataforma muito sólida para fazer essa distribuição.” Trajano defendeu a manutenção do benefício, pelo impacto social eficaz que vem promovendo. “Espero que se o governo tiver de cortar que seja fazendo a reforma administrativa e com privatizações.”
A companhia reforçou a posição de marketplace e tem hoje 32.000 vendedores — os sellers (outros varejos não digitalizados), no jargão do mercado — plugados em sua plataforma. “Costumo dizer que eu quero ser o sistema operacional do varejo brasileiro.” Há um ano, esse total era de 8.000. O número de itens vendidos de terceiros saltou de 538.000 para 1,83 milhão, na comparação anual dos trimestres.
O desempenho de margem do trimestre contou com impacto positivo, pela primeira vez, da Netshoes. Sem revelar valor, Trajano contou que a unidade teve resultado positivo pela primeira vez em julho. “Essa companhia queimava 250 milhões de reais por ano quando a compramos, um ano atrás.”
Com essa combinação, o Magazine Luiza registrou uma geração de caixa de 2,2 bilhões entre abril e junho. “Costumo dizer que receita é necessidade, lucro é opinião e caixa é realidade.” Ao fim de junho, em razão disso, a empresa tinha 7,5 bilhões em caixa. O dinheiro disponível, considerados recebíveis do cartão, excedia os compromissos financeiros em 5,8 bilhões de reais — ante 800 milhões de reais um ano antes.
Trajano está otimista com o terceiro e quarto trimestre. “Eu não sou de fazer previsões, mas espero que o varejo responda bem até o fim deste ano, pelo menos.” Apesar disso, ele já vem destacando que os investidores não devem tomar as margens de junho como base para o próximo trimestre.
“Não houve custo de aquisição de cliente na pandemia. Mas vai subir daqui para a frente.” Ele destacou que a empresa lançou a iniciativa de cash back em julho e vai acelerar isso nos próximos meses. “Um dos meus maiores gaps em relação a grandes companhias do mundo é melhorar minha frequência e fazer o cliente comprar mais. E acho que o cash back vai ser uma ferramenta importante para isso. É um ponto muito importante para nossa estratégia de superapp.” Além disso, ele destacou que a empresa não demitiu mas também não contratou e que agora vai ampliar o total de funcionários em 2,5 mil, principalmente em atendimento e logística.

Entre as mil siglas que os especialistas de varejo acompanham aparece: GMV quase estável, de R$ 7,26 bilhões no segundo trimestre
Por Graziella Valenti
Publicado em: 13/08/2020 às 00h06Alterado em: 13/08/2020 às 02h09access_timeTempo de leitura: 5 min

O resultado que a Via Varejo estava “louca para mostrar”, conforme o presidente Roberto Fulcherbeguer afirmou à Exame em entrevista no mês passado, traz um marco para a empresa: lucro líquido de 65 milhões de reais, ante prejuízo de 162 milhões em igual período do ano passado. Nos três primeiros meses do ano, o lucro líquido foi de 13 milhões de reais. A empresa reúne as marcas Casas Bahia, Via Varejo e Extra.com.
Mesmo com 80% de suas lojas fechadas, em média, durante o segundo trimestre, a companhia conseguiu registrar uma receita líquida 12,4% menor na comparação anual, de 5,3 bilhões de reais. O Ebitda (o indicador que significa lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, para tentar simular a geração de caixa) foi 71,7% maior, de 532 milhões de reais. Na prática, significa que a margem Ebitda da companhia dobrou, na comparação anual, alcançando 10,1% — ficou maior, inclusive, do que os 8,9% dos três primeiros meses do ano.
A receita bruta foi de 6,5 bilhões de reais, 7,8% menor do que a comparação anual. Até aqui são os números que o mercado gosta de saber para ver o status de desempenho do negócio. Mas os dados que representam a trajetória da companhia — que concluiu em junho o primeiro ano de um processo de reestruturação operacional com uma pandemia e uma fraude contábil da gestão anterior revelada no meio — começam a partir da decomposição da receita.
Do total faturado, 2,18 bilhões de reais vieram das lojas físicas, com redução acima de 63% nessa linha. Isso significa dizer que 4,3 bilhões de reais vieram das vendas online — um aumento de 300%. A companhia começou o trimestre com 86 lojas abertas e terminou com 790, de um total superior a 1.000.
Daqui em diante, prepare-se, caro leitor: começa uma chuva de dados e números no balanço. Um dado que o mercado passou a adorar é um tal de GMV (Gross Merchandise Volume) — algo como volume bruto de mercadorias vendidas. Nesse indicador, houve um micro crescimento anual: 7,26 bilhões de reais antes 7,23 bilhões de reais. Esse total inclui o que a Via Varejo vendeu de suas marcas (chamado de 1P) e o que foi vendido em sua plataforma, de outras empresas, mas no seu espaço virtual (conhecido pela sigla 3P) — o chamado “market place”. Sim, é muita coisa: GMV, 1P, 3P. De forma simples: o total movimento pela Via Varejo, próprio e de terceiros, ficou estável porque as vendas físicas caíram, mas as digitais cresceram muito.
As vendas online desse tal GMV eram 18,5% há um ano e 27% no primeiro trimestre e totalizaram 70% na média do segundo trimestre. Dentro dessa conta, as vendas online do que é Via Varejo apenas subiram 311% na comparação anual e o que é de terceiros teve aumento de 180%. A companhia processou mais vendas diárias do que na média do trimestre com Black Friday e Natal: 50 mil ao dia em abril e com picos de 70 mil diários ao longo do trimestre.
A Via Varejo fez questão de contar que há um ano tinha 1,5 milhão de clientes ativos em sua base de cadastro e esse total subiu para 15 milhões no segundo trimestre da pandemia. As vendas por meio dos apps (ou seja, móveis, nos celulares e tabletes) foram 32% do GMV (o dado veio sem comparativo). O percentual de visitas ao aplicativo subiu de 14% para 30% na comparação anual.
Futuro
A Via Varejo fez questão de contar — a companhia gosta de dar as boas novas — que, nas lojas que abriram na pandemia e continuaram abertas, o crescimento nas vendas tem sido de 15% na comparação com os níveis pré-pandemia. “Essa análise considera 18 lojas reabertas no início de abril, 203 lojas reabertas no início de maio e mais 343 lojas reabertas no início de junho, totalizando 564 lojas que representam 53% do total de lojas”, explica a empresa em seu relatório.
Caixa
A Via Varejo realizou uma oferta de ações no segundo trimestre que trouxe 4,4 bilhões de reais em dinheiro novo à empresa. Com isso, a empresa terminou junho com 7,4 bilhões de reais em caixa, ante 238 milhões de reais em junho de 2019. O patrimônio líquido encerrou o segundo trimestre em 5 bilhões de reais, comparado a 1,8 bilhão de reais, um ano antes. A companhia tinha 2,9 bilhões de reais a mais em dinheiro — considerando recebíveis do cartão e do crediário — do que os compromissos.
O caminho
A Via Varejo está em busca da percepção, pelos investidores, de que tem feito o dever de casa. Mais do que isso: de que tem avançado e muito em seus canais digitais. Embora as vendas da companhia não sejam tão diferentes da rival Magazine Luiza, a diferença de valor de mercado entre elas é de nada menos do que 100 bilhões de reais. A Magalu fechou o dia ontem avaliada em 130 bilhões de reais, enquanto a Via Varejo estava em pouco mais de 29 bilhões de reais.
Ambas viram seus valores se multiplicarem na pandemia. Mas a empresa tocada por Frederico Trajano, filho da Luiza Helena Trajano (a dona Lu), conquistou na pandemia o tal do selo tech. Passou a ser percebida com uma empresa altamente relacionada à tecnologia. O balanço para comparação sai no dia 17, a próxima segunda-feira. A Via Varejo, por sua vez, mostrou que a nova gestão colocou tudo na direção certa — mas ainda falta a estrelinha tecnológica para os múltiplos se multiplicarem também. Um trimestre pandêmico bom está longe de resolver essa equação.

“Fechado desde abril, o Polloshop pode reabrir em setembro. O estudo de viabilidade de negócio para a reabertura foi concluído pelo grupo Cia. Iguaçu, dono do imóvel, e tudo indica que o shopping no bairro Alto da XV, em Curitiba, reabrirá as portas mês que vem.
“O estudo começou no fim de abril, dias após o fechamento do shopping. O levantamento foi feito pela empresa Argo, do Rio de Janeiro, que administra o Shopping Crystal, no bairro Batel, e mais 18 empreendimentos no Brasil. A Argo também deve ser a gestora do centro comercial. Em abril, a informação da administradora de que o Polloshop fecharia pegou não só os lojistas de surpresa, como a própria dona do imóvel.
“Shopping no Alto da XV, em Curitiba, pode retomar suas atividades|
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Fechado desde abril, o Polloshop pode reabrir em setembro. O estudo de viabilidade de negócio para a reabertura foi concluído pelo grupo Cia. Iguaçu, dono do imóvel, e tudo indica que o shopping no bairro Alto da XV, em Curitiba, reabrirá as portas mês que vem.

O estudo começou no fim de abril, dias após o fechamento do shopping. O levantamento foi feito pela empresa Argo, do Rio de Janeiro, que administra o Shopping Crystal, no bairro Batel, e mais 18 empreendimentos no Brasil. A Argo também deve ser a gestora do centro comercial. Em abril, a informação da administradora de que o Polloshop fecharia pegou não só os lojistas de surpresa, como a própria dona do imóvel.

Segundo Marcello Almeida, porta-voz e sócio da Cia. Iguaçu, o estudo realizado pela Argo levou em conta diversos indicadores para concluir a viabilidade do negócio. O principal deles foram as cartas de intenção de continuidade assinadas por cerca de 120 lojistas do Polloshop.

“Quando o shopping fechou, recebemos da maioria dos lojistas a indicação de que eles gostariam de seguir no shopping. Trabalhamos para que isso pudesse ocorrer, mas precisávamos realizar estudos sobre essa possibilidade. Foi quando optamos por contratar a Argo, que já conhecia a dinâmica de Curitiba por administrar um shopping na cidade”, disse Almeida.

A reabertura do Polloshop, segundo a Cia. Iguaçu, deve gerar cerca de 5 mil empregos indiretos, levando em conta os comércios do entorno da região do Alto da XV, que sentiu o impacto do fechamento.

Ainda de acordo com o porta-voz, durante o estudo, cerca de 120 lojistas assinaram cartas de intenção pela reabertura. Os lojistas que já estavam no Pollo terão prioridade em futuros contratos pela ocupação dos espaços. “Somente depois é que deveremos avaliar a possibilidade de novas lojas. O número de cartas de intenção nos dá um respaldo. Isso é importante, pois muitos dos lojistas de lá fizeram investimentos recentes e possuíam uma única loja como investimento de uma vida de trabalho”, ressaltou Marcello Almeida.

A Cia. Iguaçu, inclusive, disse que levou a informação em consideração na entrega do imóvel pelos locatários. “De imediato, indicamos a eles que nos dispúnhamos a receber o imóvel com as lojas dentro. Muitos lojistas não teriam como retirar a loja de lá e deixar o espaço vazio. Alguns relataram que sofreram bastante”, disse Almeida.

” https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/parana-sa/polloshop-pode-reabrir-em-setembro-com-comando-de-gestora-do-shopping-crystal/

Foto: Gerson Klaina / Tribuna do Paraná

Vendas do comércio em maio foram 28,8% maiores na comparação com abril
REDAÇÃO AMANHA DIGIT. 31/07/2020
Após o profundo impacto da pandemia, em abril, com lojas fechadas em muitas cidades, o varejo paranaense começou a se reerguer em maio. Segundo dados da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), as vendas foram 28,8% maiores em maio na comparação com abril. Isso porque os estabelecimentos comerciais puderam voltar a abrir as portas e receber seus clientes. Além disso, parte das empresas conseguiu adaptar seus negócios para o e-commerce.
Setores que vinham amargando grandes perdas voltaram a ter algum nível de faturamento, e na comparação com o mês de abril, tiveram melhora considerável, tais como calçados (399,6%), vestuário e tecidos (235,2%), óticas, cine-foto-som (113,9%), livrarias e papelarias (97,8%) e concessionárias de veículos (69,5%). O único ramo que não apresentou crescimento na variação mensal, com redução de 1,1%, foi o de supermercados, passada a urgência inicial dos consumidores em estocar alimentos e também pela reabertura dos restaurantes, fazendo com que as pessoas voltassem, ainda que em menor proporção, a fazer suas refeições fora de casa.
No entanto, esta retomada ainda é modesta diante das perdas na economia trazidas pelo coronavírus. A Pesquisa de Opinião, realizada pela Fecomércio PR, que ouviu os empresários do setor terciário sobre suas expectativas para este segundo semestre do ano, revela que 82,7% das empresas do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná tiveram redução nas suas receitas. Esse impacto significativo justifica os altos índices apresentados pelo comércio no mês de maio. Houve empresas que ficaram totalmente paradas em abril por causa do fechamento do comércio não essencial e que, ao reabrirem, em maio, saíram do faturamento zero para o patamar habitual de vendas.

José Galló, presidente do Conselho de Administração da Renner, revela como será o novo normal no varejo após a pandemia do coronavírus
REDAÇÃO
06/05/2020 11:43 | Atualizado 06/05/2020 11:47/ Ver.Amanha digital

Empresário participou do evento Clear Master Trader On-line, organizado pela Clear Corretora, em parceria com a B3
Em sua participação no evento Clear Master Trader On-line, organizado pela Clear Corretora, em parceria com a B3, o presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner, José Galló, falou sobre as perspectivas do setor de varejo para a retomada da economia, reabertura das lojas, bem como será o novo normal pelo lado do consumidor e da estrutura do negócio. Ele acredita que a retomada da confiança do público para consumo do varejo virá de forma gradual e as lojas e shoppings terão papel fundamental nesse processo.
“Cada um vai ter de fazer seu papel, proporcionar a infraestrutura para gerar a confiança, ter cuidados de higienização, adoção do protocolo de segurança e proteção. Na Renner, não vamos abrir quando os shoppings estiverem abrindo. Vamos esperar três, quatro dias, para que o shopping ajuste todo esse protocolo de ganho de confiança. Uma quase normalidade deve ocorrer por volta de novembro e certamente o Natal deve ser um momento muito importante para a retomada dessa ida ao shopping, pois o Natal é mágico e ele será o acelerador de consolidação de um comportamento que vem ganhando confiança gradualmente na medida em que os shoppings reabrem”, prevê Galló.
Além do desafio da retomada da confiança por parte do consumidor, a volta para as ruas e shoppings exigirá uma nova forma de atendimento e de receber o cliente nas lojas. “O consumidor quer sair de casa. Ninguém mais aguenta ficar em casa. A última pergunta que você vai querer ouvir na loja é posso te ajudar? Temos de preparar nossas equipes para esse novo momento, com outra forma de abordagem ao cliente, mais humanizada, mais carinhosa”, acredita Galló.
“Não podemos resolver essa crise atual com práticas e números pré-crise. Temos de criar um novo normal, que venha junto com a solidariedade. E aí entra na quarta fase, que é da negociação. Não pode haver radicalismo. Hoje certamente estamos na fase das negociações. Não sabemos a intensidade da saída da crise. Estamos todos fazendo orçamentos, realistas e pessimistas, pois a realidade estará entre os dois”
O empresário também destacou o papel do digital nesse novo normal, nome que está sendo atribuído ao período pós-coronavírus. “O digital avança de forma importante e relevante em todos os setores. Então a gente acelera esse processo da multicanalidade, onde você tem a loja física e o e-commerce criando um grande ecossistema. Sabemos que o cliente que compra no ecossistema (físico e on-line) consome 30% mais do que quem compra só em um dos canais”, conta. Segundo ele, cerca de 30% das compras que eram feitas no canal on-line da Renner, os clientes iam buscar o produto na loja. “Será um novo mundo em que teremos maior participação do on-line e onde teremos como desafio encantar na loja física e no canal digital”, crê.
Galló costuma dividir o período de crise em quatro fases: a do pânico, da realidade, da solidariedade e da negociação. “No início da crise, pânico era generalizado, muitas opiniões, pessoas muito assustadas. Lideranças mais jovens passaram por recessões, mas não por crises, rompimentos. Elenquei a crise em quatro status: pânico, que tem seus momentos positivos pois estimula pessoas a fazerem, a saírem da situação do medo; a segunda fase que é a realidade, para entender o que esta crise e porque está acontecendo – aqui é necessário definir a realidade, diagnosticar o que está acontecendo. A terceira fase é a da solidariedade, onde estão todos em momentos complicados. Solidariedade num sentido mais amplo, das empresas com seus colaboradores, com os fornecedores e com a comunidade. Não podemos resolver essa crise atual com práticas e números pré-crise. Temos de criar um novo normal, que venha junto com a solidariedade. E aí entra na quarta fase, que é da negociação. Não pode haver radicalismo. Hoje certamente estamos na fase das negociações. Não sabemos a intensidade da saída da crise. Estamos todos fazendo orçamentos, realistas e pessimistas, pois a realidade estará entre os dois”, detalha.
O empresário revelou que ficou com medo da atual crise, mas isso é positivo. “Um bom líder não diz: Nós vamos para cá. Diz: Me ajude a construir para onde vamos. Não vamos acertar na primeira vez. Difícil responder em que estágio estamos. Estamos melhor do que há semanas atrás no sentido de saber como vamos sair da crise”, argumenta.
Para Galló, uma crise exige novas competências e um dos benefícios é desenvolver novas competências.”Ao desenvolver essas novas visões, meio emergenciais, farão você ver novas soluções, acelerar coisas que você estava fazendo, mas num ritmo mais lento, ajudam você a fazer coisas que não estava pensando em fazer. É uma oportunidade para você renovar a empresa, tornar ela mais eficiente, mais produtiva, usar novas tecnologias. O digital está aí. Algumas companhias mais avançadas e outras que não estavam usando essa ferramenta. Telemedicina, EAD, digitalização dos serviços bancários, teleconferências”, exemplifica.
“Uma crise é um grande teste de proposta de valor de uma empresa. Se uma empresa tem proposta de valor diferenciada e quem diz se é ou não é o consumidor, ela vai passar na crise com chances de sair até mais forte e com melhor aproveitamento dos caminhos que se abriram. Há empresas que estão surfando na crise, como as de e-commerce. Não adianta uma empresa que tem proposta de valor e um diferencial competitivo, digitalizar uma proposta de valor que não é competitiva”, ensina. “Independentemente de situação, de crise ou sem crie relacionamento com investidores tem que ter coisas básicas, como muita transparência, que gera confiança. É o momento de conversar, de estar próximo e contar a realidade para construir uma relação de confiança. Investidor gosta da sinceridade, da transparência”, resume Galló.