Muita gente se surpreendeu quando, dois meses atrás, a Renner inaugurou sua primeira loja no Shopping Villa Lobos, em São Paulo. O inusitado não foi a entrada de um dos maiores varejistas de vestuário no mix do Villa, mas o formato da loja. Com apenas 300 m², a Renner adotou o modelo de guide shop, onde as pessoas escolhem, experimentam e compram os produtos, mas não levam na hora – a mercadoria é enviada depois para a casa dos clientes.

Uma pergunta começou logo a inquietar corações e mentes dos profissionais de shoppings: será que, assim como acontece nos Estados Unidos, as lojas encolherão aqui também?

A resposta não é simples. Algumas das nossas lojas vão diminuir. E outras, no caminho oposto, vão até aumentar de tamanho.

Para compreender o que anda acontecendo com o varejo, aqui e lá fora, é preciso recuar um pouco no tempo. A área das lojas, em vários países, diminuiu nos últimos anos. A culpa é de uma combinação de fatores, que incluem a necessidade de redução de custos e a transformação de um setor marcado pela integração do digital com o físico.

Porém, assim como em outros segmentos, tudo foi tremendamente acelerado pela pandemia. Para se ter ideia, o tamanho médio das lojas locadas nos Estados Unidos caiu, no ano passado, para 300 m², o que é bem pouco para os padrões americanos. Nos malls, a área média das unidades locadas caiu 12,5% entre 2019 e 2021, chegando a 500 m². Os dados são da JLL.

É preciso levar em consideração que as lojas de departamento e discounters americanos operam grandes áreas, o que eleva bastante a metragem média. E foram exatamente as mudanças promovidas por esses operadores que derrubaram os índices. A Target, que chega a contar com 14 mil m² em suas Super Stores, tem hoje explorado espaços até com 2 mil m².

Na mesma direção, a Macy’s decidiu investir na bandeira The Market by Macy’s, onde utiliza apenas 20% da área de uma das suas lojas tradicionais. Kohl’s, Best Buy, Walmart, Ikea e Nordstrom são outros varejistas que abraçaram a ideia de pensar pequeno.

Além das questões relacionadas a custos e logística, impulsionam o encolhimento das lojas físicas americanas a valorização da conveniência e da proximidade pelos consumidores. Nesse sentido, espaços comerciais menores, mais flexíveis, com atendimento humanizado e, acima de tudo, convenientes, ganham importância. “Queremos ser convenientes e queremos facilitar a vida das pessoas” disse o diretor de lojas da Macy’s, Marc Mastronardi, em entrevista recente à CNBC.

Explicado o que acontece lá fora, vamos retornar ao cenário nacional?

Marcas como Decathlon e Cobasi, na mesma linha da Renner, abriram lojas compactas em shoppings. Outras, como Ri Happy, por exemplo, planejam espaços menores para acelerar a expansão por meio de franquias. A estratégia aqui é estar mais perto dos consumidores.

Ao mesmo tempo, varejistas importantes estão dando mais visibilidade para algumas de suas submarcas, o que inclui abrir novas lojas, em uma estratégia de diversificação e conquista de mercado. A C&A abriu unidades da sua marca esportiva Ace, a Riachuelo investiu na Riachuelo Casa, a Renner já havia feito bem antes o spin off da YouComm.

Os exemplos são muitos e não param por aí. Mas todos eles refletem a necessidade de grandes varejistas em estarem mais próximos dos consumidores, seja para ampliar a presença da marca ou para facilitar operações logísticas.

Por outro lado, varejistas continuam investindo em lojas conceito de grande porte, capazes de posicionar a marca, oferecer experiências, a conveniência e a proximidade e engajar consumidores. Um bom exemplo é a flagship da Cacau Show, que se espalhou por shoppings de todo o país. Amaro e Track&Field, para citar apenas alguns, seguem o mesmo caminho.

No setor de alimentação, o fenômeno se repete. A Ragazzo recentemente anunciou que vai entrar no segmento de casual dining, com restaurantes mais amplos, sem abrir mão do modelo express. No caminho inverso, o Madero lançou o Jerônimo para também alcançar consumidores de fast-food por meio de lojas menores.

A esta altura do campeonato, você já deve ter percebido que a tendência em shopping centers não é o aumento nem a redução do tamanho das lojas. É o uso estratégico desses espaços para diversas finalidades, que vão muito além das vendas que produzem. A diferença, em relação aos Estados Unidos, é que as estratégias são distintas e as lojas lá, historicamente, sempre foram maiores.

A boa notícia para os shoppings é que, sem sombra de dúvida, a loja física é hoje essencial para a estratégia do varejo. Por esse motivo, profissionais que comandam as áreas comerciais dos shopping centers deverão buscar ainda mais proximidade com seus lojistas. E precisarão compreender em profundidade suas necessidades mercadológicas, para oferecer melhores soluções em termos de espaços e geografias. Simples assim.

A Gouvêa Malls conduzirá um painel sobre esse tema no Latam Retail Show, que acontecerá de 13 a 15 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/04/08/2022/artigos/o-tamanho-das-lojas-em-shoppings-esta-diminuindo/

A partir desta segunda-feira (25), interessados em contratar empréstimos pelo Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronamp) já podem procurar as instituições financeiras. Criado há pouco mais de dois anos para socorrer empresários durante a pandemia, o programa oferece empréstimos para pequenas empresas com juros mais baixos e prazo maior para começar a pagar.

O dinheiro pode ser usado para investimentos, como aquisição de equipamentos ou realização de reformas, e para despesas operacionais, como salário dos funcionários, pagamento de contas e compra de mercadorias. Podem pleitear o Pronampe Microempreendedores Individuais (MEIs); microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano; pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões; e empresas de médio porte com faturamento até R$ 300 milhões. É proibido o uso dos recursos para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios do negócio.

Desde de sua criação, o Pronampe passou por várias mudanças. Em junho do ano passado, ele se tornou permanente e mais recentemente inclui Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresas de médio porte. A última mudança foi feita em junho por uma portaria publicada pelo Receita Federal. A norma determina a necessidade do compartilhamento de informações sobre o faturamento do pequeno negócio. Após esse procedimento, o empresário pode negociar o empréstimo com a instituição financeira de sua preferência.

Pelas regras do programa, a empresa que optar pelo financiamento precisa manter o número de empregados por até 60 dias após a tomada do crédito. A companhia pode pegar empréstimos de até 30% da receita bruta anual registrada em 2019. No caso de negócios com menos de um ano de funcionamento, o limite do financiamento é de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal. Todas as instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem operar a linha de crédito. Os empréstimos têm a garantia, pela União, de até 85% dos recursos.

O valor tomado poderá ser parcelado em até 48 parcelas, sendo o máximo de carência de 11 meses e mais 37 parcelas para pagamento. A taxa de juros anual máxima será a mesma da taxa Selic, hoje em 13,25% ao ano, acrescida de 6%. O prazo para começar a pagar o empréstimo é de 11 meses. De acordo com o Ministério da Economia, a data de contratação da operação de crédito segue até 31 de dezembro de 2024. Até lá, o governo estima que R$ 50 bilhões possam ser emprestados para os pequenos negócios.

Para obter o empréstimo, os empresários precisam compartilhar com a instituição financeira de sua preferência os dados de faturamento de suas empresas. Feito isso, o empresário estará apto a negociar o empréstimo junto ao banco. Caso o banco não esteja listado na relação de possíveis destinatários, o dono de uma empresa deve entrar em contato com a agência bancária e verificar a previsão de adesão ao sistema. O compartilhamento é feito de forma digital, por meio do portal e-CAC, no site da Receita Federal. Basta clicar em “Autorizar o compartilhamento de dados”.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/brasil/pronampe-ja-esta-disponivel-para-pequenas-empresas

Não é mera coincidência.

Nas últimas semanas, temos percebido ações mercadológicas de várias marcas direcionadas especificamente ao público acima dos 50 anos. Não é por acaso. Essas empresas começaram a perceber (antes tarde que mais tarde) que esse grupo etário possui enorme potencial de compra. Os números são elevados, crescentes e animadores:

  • São 55 milhões de brasileiros. Um consumidor 50+ “nasce” a cada 21 segundos.
  • Possuem o maior poder aquisitivo entre todas as faixas etárias.
  • Concentram mais de 70% da riqueza do Brasil.
  • No Brasil, a “Economia Prateada” movimenta mais de R$ 2 trilhões/ano e não para de crescer.
  • Os 50+ são os principais compradores no e-commerce brasileiro, com 33,9% do consumo e 58,7 milhões de pedidos em 2021.

Essas louváveis iniciativas vêm ocorrendo nos mais diversos segmentos. Vamos a alguns exemplos:

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Com orgulho, o Mercantil do Brasil enfatiza em sua comunicação ser o “primeiro banco com foco no público 50+”. E convidou o cantor Fábio Jr., de 68 anos (não será Fábio Sênior?), para protagonizar a campanha “50 e tantos anos”. Ele regravou a canção 20 e poucos anos, que fez um enorme sucesso no final dos anos 1970, com nova letra:

“Sou capaz de ir, vou muito mais além do que você imagina”

“Quero fazer bem mais nos meus 50 e tantos anos”…

“Quero viver bem mais nos meus 50 e tantos anos”

Sensacional!

Realmente, se vamos viver bem mais, também temos de fazer bem mais!

Os 50+ são muito capazes; podem ir muito mais além!

Este também foi o conceito transmitido pela Natura; “É hora de enxergar a idade apenas como um número e não como uma definição de quem somos”.

Exatamente!

A Reserva, por sua vez, produziu uma belíssima ação que viralizou no “Dia dos Namorados” com um casal de idosos. De acordo com a empresa, a ideia foi celebrar a paixão, o amor e a sensualidade “por quem sabe que tem coisas que não mudam com o tempo”.

O cofundador Rony Meisler, complementa: “O amor não tem idade. É a campanha mais linda que já fizemos na vida, não tem mais nada para falar além disso. Superemocionado. Me perguntaram se precisei de coragem para fazer, respondi que precisaria de coragem para não fazer”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, em 2050, 30% da população no Brasil e em outros 64 países terão mais de 60 anos.

Campanhas como estas são exemplos da tendência das marcas em se comunicarem de maneira direta e assertiva com este público.

Se por um lado, as empresas só têm a ganhar promovendo empatia e identificação com estes consumidores, por outro este público se sente prestigiado e com a autoestima em alta. E isto é extremamente benéfico para uma vida saudável, produtiva e longeva.

De acordo com estudo da Universidade de Yale, pessoas que têm ideias positivas sobre seu próprio envelhecimento (que concordavam com comentários como “tenho tanta vitalidade quanto no ano passado” e que discordavam que à medida que você envelhece fica menos útil) viveram, em média, 22,6 anos após terem participado do estudo pela primeira vez, enquanto aquelas que se sentiam menos positivas sobre a velhice viveram, em média, apenas 15 anos a mais.

O trabalho foi liderado por Becca Levy, da Escola de Saúde Pública de Yale, que usou dados do Estudo Longitudinal de Envelhecimento e Aposentadoria de Ohio, que acompanhou mais de mil pessoas que tinham pelo menos 50 anos na época.

Já os pesquisadores Hannah Kuper e Michael Marmot avaliaram o resultado do “Whitehall II”, um estudo longitudinal com mais de 10 mil funcionários públicos que trabalhavam em Londres.

A conclusão foi de que as pessoas que pensam que a velhice começa mais tarde podem estar mais conscientes sobre sua saúde e seu condicionamento físico e, portanto, tomam medidas ativas para se manter em forma. “Elas acreditam que são mais jovens e, se comportam desta forma, criando um círculo virtuoso”.

Susanne Wurm, que desenvolveu um trabalho sobre este tema na Universidade de Greifswald, acrescenta que “pessoas que viam a velhice de forma mais positiva, como um momento para aprender coisas novas e fazer novos planos, por exemplo, viviam mais em média”. Ela declara: não importava tanto o que as pessoas pensavam sobre as implicações físicas do envelhecimento, mas sim se elas acreditavam que ainda iriam se desenvolver e crescer mentalmente.

O livro “The Expectation Effect”, do jornalista especializado em ciência David Robson, reforça este conceito e dá uma dica: em vez de lamentar a perda da juventude, devemos nos concentrar nas experiências e no conhecimento que adquirimos à medida que envelhecemos — e perceber o quão melhor lidamos com as situações.

Portanto, o olhar das marcas para a economia prateada abre um promissor mercado, não apenas para promover a aproximação com este público através de ações publicitárias, mas também para o desenvolvimento de produtos e serviços voltados para este cada vez mais longevo e atrativo consumidor. E este é um tema para um outro artigo…

*Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em comunicação. Foi nomeado Linkedin Top Voice e atua como mentor de executivos sobre marca profissional. É sócio-fundador do HUB 40+, consultoria empresarial focada no público acima dos 40 anos

Fonte: http://Ageless: consumidores perennials, marcas perenes

Os resultados da pesquisa “Os porto-alegrenses e o consumo” produzida com exclusividade para o Jornal do Comércio, mostram que os gaúchos passaram por um período de reconfiguração de consumo, mas que nem tudo mudou. Isto pode ser observado, por exemplo, na preferência declarada entre “comprar online” ou “comprar em lojas físicas”, quando 53,8% da amostra indicou preferência pela compra em lojas físicas (ante 46,2% online). Em tempos de varejo phygital, que é a junção do físico com o digital, cerca de 47% dos consumidores afirmaram que buscam produtos na loja física depois de comprar online (showroaming). Além disso, cerca de 50% afirmaram pesquisar produtos online para depois comprar na loja física (webroaming).

Fonte: https://www.jornaldocomercio.com/especiais/comercio/2022/07/855059-gauchos-ainda-preferem-as-lojas-fisicas.html

Após quatro anos de pausa, por conta da covid-19, a 17ª edição do Congresso da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) atraiu grande público e apresentou tendências do mercado, gestão, economia, comunicação, comportamento, marketing e branding. Realizado entre os dias 22 a 24 de junho no Expo Center Norte, em São Paulo, o evento ocorreu simultaneamente à Exposhopping, feira de negócios com a presença de expositores de diversos segmentos do setor.

Na primeira noite do evento houve a entrega do Prêmio Abrasce, que reconhece os melhores projetos desenvolvidos pelos centros de compras. Essa edição bateu recorde de inscrições de cases, com 285 ações inscritas.

Durante as conferências, foram discutidos temas como tendências de comportamento do consumidor, diversidade, omnicanalidade, inovação e o impacto de novas tecnologias, como o metaverso, no varejo em todo o mundo.

“Em termos de conteúdo, os temas discutidos nas palestras expõem a nova agenda dos shoppings. Assuntos como omnicanalidade, ESG, novas tecnologias e transformação digital, ganharam destaque, o que reflete o impacto das mudanças neste período de 4 anos que separa o último congresso, em 2018, deste de agora”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.

Shopping do futuro

A feira também contou com uma área exclusiva dedicada ao Shopping do Futuro, com estandes de tecnologia, inovação, sustentabilidade, entretenimento e lazer.

Kate Ancketill, CEO e fundadora da consultoria inglesa GDR Creative Intelligence, deu exemplos de protótipos de lojas de conveniência, supermercados e outras lojas do varejo que podem se tornar uma tendência no futuro e revelou que o e-commerce de hoje em pouco tempo será apelidado de “old-commerce” com o advento do metaverso.

Outro tema em destaque no Congresso foi a mesa com os pesquisadores de Ásia e Pacífico da CBRE Group Henry Chin e Liz Hung, que apresentaram as similaridades e diferenças entre os shoppings do mercado asiático. Como exemplo, Chin reforçou que no continente asiático os centros comerciais são concentrados em bairros comerciais e em tamanhos menores para absorver as capacidades de cada economia.

“Vale ressaltar que as referências dos shoppings brasileiros, que sempre foram norte- americanas, agora parecem ter se deslocado para a Ásia. Por outro lado, a integração com a América Latina foi também ponto de destaque, com o lançamento da CLICC (Câmara Latinoamericana da Indústria de Centros Comerciales), que congrega associações de países como Mexico, Panama, Colombia, Peru, Argentina e Uruguai, além do Brasil”, diz Marinho.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2022/06/28/pluralidade-metaverso-e-novas-tecnologias-foram-destaques-em-congresso-de-shoppings/

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) a Medida Provisória 1107/22, que cria o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores (SIM Digital). A MP segue para o Senado.

No texto aprovado, o relator, deputado Luis Miranda (Republicanos-DF), aumentou o valor dos empréstimos que poderão ser obtidos para R$ 1,5 mil, no caso de pessoas físicas, ou R$ 4,5 mil, para microempreendedores individuais (MEI). No texto original, os valores eram de R$ 1 mil e R$ 3 mil.

Luis Miranda reconhece que os valores ainda são modestos, mesmo para os negócios dos empreendedores de baixa renda. “É preciso ter cautela para não induzir o endividamento de população e para manter um volume de recursos que possa atender o máximo de empreendedores que busque pelo financiamento”, ponderou.

FGTS
A MP também autoriza o uso de R$ 3 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para garantir operações de microcrédito e muda normas sobre infrações por falta de recolhimento de valores ao fundo pelas empresas.

Emenda do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) incorporada ao texto ainda aumenta o prazo máximo de empréstimos imobiliários financiados pelo FGTS de 30 anos para 35 anos.

Empreendedores
A expectativa do governo é que o SIM Digital beneficie um total de 4,5 milhões de empreendedores. Até abril deste ano, a Caixa tinha concedido o crédito a mais de 1 milhão de pessoas com essa garantia.

Segundo o texto aprovado, metade dos recursos deve ser destinada às mulheres. “Hoje, 53% do microcrédito já atende as mulheres. São microempreendedoras que mantêm o lar com a luta diária do seu negócio”, elogiou Luis Miranda.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Acontece nesta semana, em Las Vegas (EUA), a convenção do ICSC, que já foi a entidade global de shopping centers e hoje se apresenta como uma comunidade que congrega marketplaces, físicos e virtuais. Para o novo ICSC, os antigos templos de consumo tornaram-se espaços onde as pessoas, ao mesmo tempo, compram, comem, trabalham, se divertem e se encontram. Uma tremenda evolução.

Durante o evento, em Las Vegas, o ICSC divulgou um relatório sobre o momento do setor em 2022. Nas suas conclusões, o documento, chamado State of Industry 2022, lista cinco tendências para o futuro.

Quer saber quais são? Então, vamos lá.

  1. Lojas físicas funcionando como apoio logístico. Nelas, compras feitas online serão embaladas e despachadas, permitindo entregas mais rápidas em áreas densamente povoadas. Bem, isso já acontece bastante por aqui, em especial nas redes mais estruturadas, não é mesmo?
  2. Marcas usando automação para substituir mão de obra humana. Estudo da Deloitte prevê que loja autônoma, sem funcionário, será lugar comum nos próximos cinco anos. Será mesmo? Aqui tenho minhas dúvidas. Não apenas a mão de obra é mais barata no Brasil, como as pessoas apreciam muito a interação humana nas lojas. É certo que mais operações autônomas vão surgir, mas daí a virar lugar comum em cinco anos, é pouco provável que aconteça. Vamos ver.
  3. Dark stores devem se multiplicar para suportar as atividades de e-commerce. Antes restritas a áreas industriais, esses minicentros de distribuição invadirão os centros urbanos, expandindo a capacidade das marcas varejistas de operar a última milha. Espera, isso ainda é tendência lá fora? Aqui já é realidade. As dark stores, e também as dark kitchens, estão espalhadas pelas grandes cidades brasileiras, agregando rapidez e economia às entregas de produtos e alimentos comprados pela internet.
  4. Haverá um crescimento de complexos multiuso, envolvendo varejo, residências e restaurantes. As regiões mais distantes dos centros continuarão a receber mais pessoas que hoje podem trabalhar de casa, estimulando a multiplicação dos projetos de uso misto. Gente, essa história de varejo, residências e restaurantes foi exatamente o tema do meu artigo anterior aqui no Mercado&Consumo. O título, inclusive, era “Viver, comer e comprar: o novo mantra dos shoppings” e estava recheado de exemplos nacionais. Conclusão? Isso é realidade em nosso País. Digo mais: é caminho sem volta.
  5. Supermercados vão alimentar o crescimento dos shoppings abertos. Novas operações ganharão protagonismo como ancoragem de novos empreendimentos. Aqui vale um alerta: o mix nos shoppings americanos sempre foi muito padronizado. Ainda hoje, 50% da ABL dos centros comerciais nos EUA estão concentrados em lojas de departamento, como Macy’s, JCPenney, Nordstrom e outras mais. O restante é dominado por vestuário. No Brasil, o planejamento de mix sempre foi mais criativo. Academias de ginástica, centros médicos, áreas gastronômicas e parques de diversão, além de supermercados, é claro, fazem parte da nossa realidade há um bom tempo.

Resumo da ópera. O relatório do ICSC confirma que o mix dos shoppings vai continuar mudando, tanto para adaptar-se à realidade omnichannel quanto para contemplar novos hábitos dos consumidores.

Porém, o que mais chama a atenção, e você deve ter percebido isso também, é como muitos shoppings brasileiros estão bem sintonizados com as novas tendências.

Aliás, o que para o americano pode ser tendência, para os shoppings brasileiros já é pendência. Ponto para nós.

 

Fonte:  https://mercadoeconsumo.com.br/2022/05/26/5-tendencias-para-o-futuro-dos-shopping-centers-spoiler-algumas-ja-sao-realidade-no-brasil/

O otimismo dos comerciantes ganhou força em maio, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), após o volume de vendas no varejo apresentar altas consecutivas e surpreendentes. O indicador atingiu 120,2 pontos, o maior nível desde dezembro de 2021, com variação positiva de 5,7%, na passagem mensal, e alta ainda maior, em comparação a maio de 2021, de 31,6%.

O índice em que o comerciante avalia as condições atuais retornou à zona favorável ao alcançar 102,2 pontos, o maior nível desde abril de 2020. Já o índice Expectativas do Empresário do Comércio apontou o primeiro avanço, de 3,7%, após quatro meses consecutivos de queda.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, ressalta que os dados indicam que os comerciantes estão antevendo um segundo semestre mais favorável diante do contexto atual. “As variações positivas entre janeiro e março do volume de vendas, com mais pessoas circulando nas lojas, e o crescimento da Intenção de Consumo das Famílias, a despeito da inflação e dos juros altos, melhoraram a percepção dos empresários sobre as condições correntes”, observa.

Mais facilidade em repor as prateleiras

A percepção sobre o nível dos estoques, no indicador Intenções de Investimento, apresentou a melhor pontuação desde abril de 2020, apesar de os preços no atacado ainda estarem comprimindo as margens e alterando a dinâmica de reabastecimento do comércio. Na avaliação da economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, o avanço demonstra que o comércio sentiu, em maio, mais facilidade em repor produtos nas prateleiras do que há um ano, quando o País ainda superava a segunda onda da pandemia de covid-19.

Outro aspecto favorável do Icec foi a melhora da confiança das empresas de pequeno porte. Enquanto o otimismo do grande varejo expandiu 10,2% no ano encerrado em maio, entre os pequenos empresários avançou 32%, fato que aproximou os dois índices. Segundo a análise, a normalização do fluxo de consumidores nas lojas até abril animou os pequenos lojistas, já que a modalidade de venda em pontos físicos responde majoritariamente pelo faturamento dessas empresas.

Diante do cenário, a economista explica que a CNC revisou para cima a projeção de crescimento das vendas em 2022 e espera um avanço de 1,5%. “Espera-se que as medidas de suporte à renda e ao consumo, como os saques extraordinários do FGTS e a antecipação dos benefícios do INSS, tenham efeitos mais concentrados no consumo e pagamento de dívidas, na segunda metade do ano”, destaca.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/crescimento-das-vendas-acima-do-esperado-injeta-otimismo-no-comercio

A Renner vendeu 35% mais no começo deste ano do que no início de 2019, indicando que a renovação do guarda-roupa na volta à normalidade está conseguindo driblar a bagunça macroeconômica no caso da varejista gaúcha.

Sua receita líquida fechou o primeiro trimestre em R$ 2,2 bilhões, 63,4% mais que no começo do ano passado — quando houve um repique do coronavírus — e 35,1% acima do que vendeu em 2019. O número veio dentro do que previam os analistas.

Já o lucro líquido somou R$ 191,6 milhões, contra prejuízo de R$ 147,7 milhões um ano antes. O valor é também 18% acima do registrado no primeiro trimestre de 2019. O Credit Suisse esperava cerca de R$ 127 milhões, mas o lucro deste trimestre foi parcialmente favorecido por questões tributárias.

— O crescimento foi bom sobretudo porque, em janeiro, houve a variante Ômicron. Logo, o primeiro mês do ano foi ruim, fevereiro foi médio e começamos a ver uma aceleração importante em março. Isso proporcionou ganhos tanto em termos de tíquetes médios quanto em volume de peças, na comparação com 2019. E essa aceleração continuou em abril — explicou Daniel Martins, CFO (diretor financeiro) que chegou à Renner este ano, após carreira na Unilever.

Lucratividade ainda abaixo de 2019

Martins admite que a inflação elevada e a escalada de juros aumentam seus custos operacionais e não ajudam no apetite de consumidores, mas o executivo argumenta que outros fatores tornam o negócio da Renner mais resiliente.

— O consumidor ficou muito tempo em casa. Quando tudo volta, as pessoas têm que renovar guarda-roupa. Também entra nessa equação o fato de que, diante do quadro econômico, as pessoas desistem de tíquetes mais caros, como os da linha branca, por exemplo. Aí, sobra mais renda para vestuário. Outra hipótese é que as pessoas estão buscando roupas com melhor relação custo-benefício — disse.

Mesmo assim, a lucratividade da Renner ainda não chegou aos níveis de 2019, o que tem sido alvo de preocupação entre analistas. Isso se traduz em algumas das margens da Renner, métricas contábeis usadas para se calcular quanto a companhia consegue ganhar a cada venda. A margem líquida, que era de 9,8% em 2019, ficou em 8,6%.

— Não estamos sacrificando margens para ganhar clientes, mas há ainda uma trajetória até que a gente se aproxime da lucratividade de 2019. Vamos reduzir esse “gap”, mas ele só será eliminado ao longo de 2023 e 2024. Estamos vivendo a maior inflação em décadas e fazendo investimentos no ecossistema, fatores que acabam pesando. Mas estamos no caminho para reduzir esse “gap” — esclareceu.

Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/capital/post/renner-vende-um-terco-mais-que-no-pre-pandemia-com-retorno-aos-shoppings-e-apesar-da-inflacao.html

A Aliansce Sonae informou que o Conselho de Administração da brMalls aprovou a combinação de negócios entre as companhias e recomendou a operação pelos seus acionistas.

A proposta aprovada foi apresentada no dia 19 de abril e prevê o pagamento em dinheiro no valor de R$ 1,25 bilhão e a entrega de 326,339 milhões de ações da companhia – o que corresponde a uma relação de substituição de 1 ação emitida pela brMalls para 0,3940 ação da companhia.

A BRMalls já havia recusado duas propostas de fusão anteriores, uma feita em janeiro e outra em março.

“A combinação de negócios permitirá investimentos mais robustos para manter os ativos das Companhias atualizados e o desenvolvimento da estratégia de negócios no ambiente “figital”, condição fundamental para manter a competitividade no longo prazo”, informou em fato relevante.

Segundo a companhia, tal visão estratégica está baseada na complementariedade e qualidade do portfólio combinado e no suporte de um grupo de acionistas de referência com visão de longo prazo e com amplo conhecimento de varejo e shopping centers em escala global.

Novo modelo de mercado

A fusão entre a Aliansce Sonae e a brMalls criará uma nova configuração de negócios, que deve proporcionar benefícios aos lojistas, melhorando a capacidade de negociação comercial, e aos anunciantes, fortalecendo os projetos de mídia.

“Estamos diante de um movimento extremamente importante, que provavelmente vai desencadear outros movimentos de consolidação. Essa fusão prova que estamos entrando numa nova era do mercado de shoppings, com uma nova configuração do modelo de negócios, onde, de fato, o tamanho e o alcance fazem a diferença”, afirma Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls.

Marinho explica que esses ganhos se devem à maior capilaridade e força comercial que serão promovidas com as sinergias operacionais.

“Além disso, uma série de movimentos de inovação vão ajudar a diversificar as receitas dessa nova companhia. Em especial, tudo o que diz respeito à mídia e base de dados de clientes. Imagina oferecer para anunciantes um alcance em tantas cidades difrentes diferentes de consumidores que frequentam shoppings dominantes nessas cidades”, diz

 

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2022/04/5004263-conselho-da-brmalls-brml3-anuncia-fusao-com-aliansce-sonae-also3.html#:~:text=A%20Aliansce%20Stonae%2C%20dona%20de,torna%20a%20maior%20do%20país.