10 de novembro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Fecomércio/CNC. ·

Faturamento previsto é de R$ 4,2 bilhões, 1,1% maior que na mesma data do ano passado. CNC eleva para 1,3% expectativa de crescimento do varejo neste ano

De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday de 2022 deverá movimentar R$ 4,2 bilhões e registrar a maior movimentação financeira desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. A expectativa é que o faturamento seja 1,1% maior que no ano passado, descontada a inflação.

A combinação de promoções da Black Friday e da Copa do Mundo (ambas estão programadas para o mesmo período deste mês de novembro) é um dos fatores que indicam tendência de elevação das vendas no varejo até o fim deste ano. Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje (09/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve avanço de 1,1%, no mês de setembro, em relação a agosto. Nesse sentido, a CNC subiu para 1,3% a expectativa de crescimento do varejo em 2022.

“Esse é um momento muito importante para o comércio de bens e serviços e, com o incremento das promoções de itens voltados à Copa de Mundo de Futebol, o segmento deve encerrar bem o ano”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Oito dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram crescimento das vendas em setembro, com destaque para os combustíveis e lubrificantes, de 1,3%, e hiper e supermercados, de 1,2%. Por outro lado, as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram queda de 1% e as de móveis e eletrodomésticos tiveram redução de 0,1%.

Black Friday da Copa

A Black Friday é marcada, tradicionalmente, para a última sexta-feira do mês de novembro, mas os descontos já são oferecidos nos dias antecedentes, que, este ano, coincidirão, justamente, com a primeira semana da Copa do Mundo do Catar. A estimativa da CNC é que as vendas relacionadas ao Mundial de Futebol impactem em R$ 1,4 bilhão o faturamento do comércio varejista brasileiro, movimentando especialmente os ramos de móveis e eletrodomésticos e de artigos pessoais e eletroeletrônicos. Esses dois segmentos devem ser responsáveis por 48% da movimentação prevista na Black Friday (R$ 1 bilhão e R$ 920 milhões, respectivamente). A tendência é que o ramo de hiper e supermercados alcance R$ 910 milhões e o de vestuário, calçados e acessórios gire em torno de R$ 700 milhões.

Alta dos juros deve frear vendas

“Apesar da tendência de desaceleração da inflação, o processo de encarecimento do crédito deverá impedir um avanço mais significativo nas vendas, em uma data caracterizada pela predominância do consumo de bens duráveis, que são, tradicionalmente, mais dependentes das condições de crédito”, analisa o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

De acordo com o Banco Central, a taxa média de juros das operações com recursos livres envolvendo pessoas físicas se encontra, atualmente, no maior patamar dos últimos quatro anos. “A facilidade de comparação de preços on-line em uma data comemorativa caracterizada pelo forte apelo às promoções evidencia a tendência de aumento expressivo deste evento do calendário do varejo quando comparado às demais datas, especialmente, nos espaços virtuais”, pontua Bentes. A Black Friday já é considerada a quinta data mais importante do varejo, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

Percentual de descontos efetivos será maior que em 2021

Para avaliar o potencial de descontos efetivos durante a data, a CNC coletou diariamente os preços de 180 dos itens mais buscados na internet, agrupando-os em 36 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias. Nesse período, 39% revelaram tendência de redução – percentual que contrasta com os 26% observados às vésperas da Black Friday de 2021. Em novembro do ano passado, a inflação anualizada medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) era de 10,7% – a maior desde o início de 2016 e significativamente acima do patamar esperado para novembro de 2022, que era de 6%.

“Desse modo, a desaceleração dos preços tende a elevar o potencial de descontos na Black Friday deste ano, favorecendo, com maior intensidade, a prática de descontos efetivos em relação ao ano passado”, indica Bentes. Pela ordem, os produtos com as maiores chances de descontos efetivos e respectivas variações de preços nos últimos 40 dias são: sapatos masculinos (queda observada de 17%); lavadora de roupas (redução de 13%); smartwatches (diminuição de 10%); fones de ouvido (queda de 8%); e purificadores de água (redução de 7%).

Confira a análise completa da Divisão de Economia e Inovação

Fonte: Portal do Comércio/CNC

Mercado & Consumo –  de Luiz Alberto Marinho– 10.11.22

Muitos anos atrás, durante um workshop com um cliente, recomendamos que ele formasse um time multidisciplinar, caso quisesse realmente construir uma estratégia consistente de marketing. Afinal, nos shopping centers, o marketing costumava cuidar basicamente de comunicação e eventos, com honrosas exceções.

O produto, do ponto de vista de mix de lojas, ficava sob a responsabilidade da área comercial. Outros atributos relevantes da oferta, como ambiente, limpeza, segurança, estacionamento, mobiliário e paisagismo, geralmente eram responsabilidade do pessoal de operações. Portanto, para cuidar da experiência do consumidor, no sentido mais amplo, seria necessário integrar diferentes profissionais e competências de maneira coordenada e harmônica.

A ideia, apresentada muito tempo antes da popularização dos squads das metodologias ágeis, foi delicadamente reprovada. Ninguém estava disposto a mexer no vespeiro que seria intervir nos silos bem delimitados e controlados por cada gerente de área.

A história acima fala sobre marketing, mas poderia se aplicar à comercialização, relacionamento com lojistas, gestão de receitas e por aí vai. E continua tão atual quanto naquele tempo.

Temos observado, em diversos clientes, o esforço que é necessário fazer para que áreas obviamente complementares consigam trabalhar juntas, em prol de um objetivo comum. Pensar em marketing, comercial, digital e financeiro apoiando-se mutuamente para comercializar lojas, desenhar um novo tenant mix, desenvolver novos varejistas e apoiar o desempenho de pequenos lojistas não deveria ser tão complicado, não acha?

Então, por que é tão difícil abandonar o pensamento territorialista?

Em primeiro lugar, porque fomos treinados a vida inteira a pensar o mundo como uma máquina perfeita e previsível. Margareth Wheatley explicou essa lógica brilhantemente em sua obra “Leadership and the New Science” (Liderança e a Nova Ciência).

Ela escreveu: “A imagem mecanicista, enfatizada no século 17 por gênios como Isaac Newton e René Descartes, conduz à crença de que o estudo das partes é a chave para o entendimento do todo. As coisas são separadas, dissecadas literal ou figurativamente (como temos feito com as funções nas empresas, disciplinas acadêmicas, áreas de especialização, partes do corpo humano) e depois recolocadas juntas sem nenhuma perda significativa. A premissa é que quanto mais sabemos sobre o funcionamento de cada parte, mais vamos aprender sobre o todo”.

Em resumo, a gente continua encaixando as coisas, pessoas e funções em “caixinhas”. Enquanto isso, o mundo evolui e se transforma, como um organismo vivo que é, obrigando todas as empresas, e não apenas os shoppings, a abraçar novas estratégias. O digital apenas acelerou a velocidade dessas transformações.

Margareth propõe como solução o foco holístico e não nas partes. O objetivo das empresas deve ser a criação de sistemas integrados, onde relacionamento é o fator determinante. Em outras palavras, quem não for capaz de se relacionar com outras áreas, com lojistas, outras empresas e até com os concorrentes, vai ficar fora do jogo.

No entanto, para solucionar um problema, é preciso primeiro admitir que ele existe, certo? Pois bem, acontece que muita gente prefere acreditar que o mundo não mudou tanto assim. Que a lógica que prevaleceu até agora pode ser mantida por mais tempo. E que velhas práticas, desde que atualizadas com pitadas de marketing digital, ainda dão conta do recado.

Será mesmo possível?

Em 2001, Spencer Johnson lançou um livro despretensioso, que acabou vendendo mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo. Chamava-se “Quem mexeu no meu queijo”. A parábola de Johnson conta a história de dois ratos, Sniff e Scurry, que habitavam um labirinto, onde também viviam dois duendes, Hem e Haw. Todos os dias, ratos e duendes andavam pelo labirinto em busca do queijo com o qual se alimentavam. Resumindo a história, os duendes se acomodaram com a ideia de que o queijo estaria sempre ali à espera deles e não perceberam que o estoque diminuía a cada dia. Quando o queijo finalmente acabou, os ratos saíram farejando pelo labirinto atrás de novos alimentos, enquanto os duendes esbravejavam e tentavam descobrir quem havia mexido no queijo, que eles pensavam que era inesgotável.

Também no mundo dos shoppings, tem gente farejando novos alimentos, enquanto outros simplesmente embalam a ideia de que é possível seguir a rotina de sempre, pois o queijo estará ali à sua espera. Nessa jornada pelo novo, o primeiro passo precisa ser enxergar a necessidade de descobrir novas soluções.

Como dizia Albert Einstein, nenhum problema pode ser resolvido a partir da mesma lógica que o criou. É preciso mudar o modelo mental. A inevitável evolução dos shopping centers obrigará essas empresas a repensarem suas estruturas e relações entre áreas. Profissionais precisarão adquirir novas competências. E todos deveremos encarar os negócios como um sistema vivo, em permanente transformação.

Nada será como antes. Quem viver, verá.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.

28 de outubro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Micro & Pequenas Empresas. 

As mudanças vão permitir aos bancos ofertar créditos em prazos mais ajustados às necessidades das empresas e, também, prorrogar os financiamentos já contratados

O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi aperfeiçoado nesta quinta-feira (27/10) com a publicação da Medida Provisória nº 1.139, de 27 de outubro de 2022. As normas, respectivamente, flexibilizam e regulamentam o prazo de pagamentos das operações do Programa para até 72 meses – ante prazo anterior, que estava fixado em 48 meses sendo admitida uma prorrogação por até 12 meses.

Os bancos poderão também ofertar às empresas que já contrataram o Pronampe com prazos inferiores a prorrogação dos créditos, e aliviar o caixa dessas empresas, ou mesmo abrir margem para novos financiamentos.

De acordo com a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME) que coordena as ações propostas pelo Pronampe, a redução da capacidade de pagamento dos tomadores – em boa parte consumida pelos financiamentos já contratados e cujos recursos foram utilizados no custeio das atividades durante o período de pandemia – impedia que o Pronampe tivesse maior efetividade no auxílio das empresas na retomada econômica. Por isso, segundo a Secretaria, deixar que o tomador e banco credor ajustem o prazo da operação, no limite de até 72 meses é uma mudança importante, pois dará maior flexibilidade no atendimento de diferentes tomadores.

Renegociação

Os contratos em aberto poderão ser beneficiados com a nova medida.  A MP possibilita a renegociação com o novo prazo sem obrigar as instituições financeiras, cabendo a estas a renegociação dos novos prazos, inclusive os contratos inadimplentes. O prazo que aumentou para 72 meses, no máximo, vai beneficiar aproximadamente 500 mil empresas que poderão se habilitar a renegociar os créditos do Pronampe. As taxas de juros não foram alteradas e passam a ser reguladas pelo Ministério da Economia.

Impactos

Conforme a Sepec, a edição de novas regras sobre o Pronampe auxiliará a preservação das empresas de pequeno e médio porte afetadas pela Covid-19, preservará empregos e reduzirá a demanda de amparo por trabalhadores desempregados. Com as mudanças, as empresas contribuirão para uma melhor velocidade na retomada econômica pós-Covid-19.

Pronampe

O Pronampe se juntou a outros programas de apoio ao crédito lançados em 2020, em resposta um cenário de expectativa de represamento do crédito e redução do consumo. O Programa tornou-se permanente com a publicação da Lei nº 14.161/2021. A reutilização dos recursos em novas garantias foi autorizada até dezembro de 2024 pela Lei nº 14.348/2022, permitindo a contratação de mais de R$ 50 bilhões em créditos neste ano e no próximo.

Fonte: Ministério da Economia

Redação de Redação  3 de novembro de 2022

Mais de mil marcas inauguraram novas lojas em shoppings brasileiros no segundo trimestre de 2022. É o que mostra um levantamento feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

No total, 1.193 marcas promoveram inaugurações no período. O resultado representa um crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ano passado, que contou com 969 marcas abertas nos empreendimentos. Sobre o 1° trimestre deste ano, a alta foi de 34%.

Este foi o terceiro melhor resultado da série histórica, ficando atrás apenas do registrado no terceiro e quarto trimestres de 2021, com 1.221 e 1.560 inaugurações, respectivamente, segundo a pesquisa “O varejo dos shoppings: marcas em expansão”.

Segmentos de destaque

Os segmentos que mais se destacaram em termos de expansão nos shoppings foram: alimentação e bebidas, ao reunir 26% das marcas; seguidos por vestuário (19%); calçados (6%); artigos para o lar, decoração e presentes (6%); serviços estéticos (4%); perfumaria e cosméticos (4%); acessórios (4%); relojoaria e joalheria (4%); entretenimento (4%); artigos esportivos (3%) e telefonia e acessórios (2%).

Entre as 1.193 empresas que mais inauguraram novas unidades nos shoppings, estão: Cololido Algodão Doce (alimentação e bebidas), The B-Burgers (alimentação e bebidas), Milky Moo (alimentação e bebidas), Fini (alimentação e bebidas), Kekala Custom Picolé (alimentação e bebidas), Yes! Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Touti Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Laser Fast (serviços estéticos), Youcom (vestuário) e Stop&Go (entretenimento).

Outros destaques no período foram as entradas de novas marcas como a Funlab, do Grupo Guararapes, e a Katon Restaurante, estabelecimento temático da Piticas.

“É muito positiva a evolução de marcas expandindo suas operações em shopping centers e atraídas por um ambiente em constante evolução. Somos reconhecidos como centros de conveniência e convivência, muito mais que um espaço de compras e os players enxergam o setor cada vez mais atrelado ao entretenimento e a experiência com seus produtos”, finaliza Glauco Humai, presidente da Abrasce.

O levantamento “Varejo dos shoppings: marcas em expansão” ainda constatou que, de abril a junho, o nível de vendas registrou uma alta de 38,2% em relação ao trimestre anterior.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/03/11/2022/shopping-centers/mais-de-mil-marcas-abriram-novas-lojas-em-shoppings-do-brasil-no-segundo-trimestre/

REDAÇÃO AMANHA 03/11/2022

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 129,7 pontos, o que representa um avanço de 0,7% em outubro, com ajuste sazonal, após dois meses de queda. A alta levou o otimismo dos varejistas a superar em 1,3 ponto o nível de antes da pandemia (que era de 128,4 pontos em março de 2020), o que demonstra completa recuperação do indicador dos efeitos negativos da crise sanitária. Em relação a outubro de 2021, a confiança aumentou 8,8%, com destaque para a avaliação do desempenho atual da economia, que teve crescimento de 18,4%. A percepção dos comerciantes sobre o desempenho da atividade econômica atingiu 104,5 pontos, avançando 3,8% no mês, percentual que levou esse indicador à zona de otimismo pela primeira vez desde março de 2020.

A CNC avalia que a confiança dos empresários varejistas é diretamente conectada à Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa apurada pela CNC que apontou, em outubro, crescimento de 2,1%, em relação a setembro, e teve o nono mês consecutivo de aumento. Para a entidade, a combinação entre a queda da inflação e as transferências de renda tem favorecido o poder de compra dos consumidores, que estão mais satisfeitos com o nível de consumo e mais dispostos a consumir nos próximos meses, o que naturalmente impulsiona a confiança do varejo nacional. Segundo a CNC, esses fatores se aliam à previsão de 2,1% de aumento das vendas de fim de ano e à consequente necessidade de mais contratações de trabalhadores temporários – que devem superar os números de 2013.

Queda da avaliação do cenário atual
A avaliação das condições atuais do comércio caiu, entre setembro e outubro, 0,4%, com a performance negativa das vendas no varejo, apurada nos meses recentes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O volume de vendas reduziu 0,1% em agosto, com desempenho heterogêneo dos segmentos do comércio. Os dados de arrecadação do ICMS nos estados, em setembro, também corroboram o menor dinamismo das vendas do comércio”, analisa a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. Conforme ela, a deflação registrada desde julho desafoga os rendimentos dos consumidores, mas ainda não foi sentida nos resultados das vendas de agosto, por exemplo.

Segundo a economista, outros obstáculos são o nível de endividamento elevado e a alta dos juros, que seguem desafiando a gestão dos orçamentos das famílias. A mudança de comportamento dos consumidores, que estão retomando o consumo de serviços no lugar de produtos, também explica a moderação do varejo. No entanto, a proximidade das festas de fim de ano, que serão impulsionadas este ano pela Copa do Mundo, já impacta as expectativas para o varejo nos próximos meses. A perspectiva para o comércio no curto prazo avançou 0,6%, com o indicador alcançando 160,9 pontos, o maior nível desde março de 2020.

O calendário de eventos que aumentam mais expressivamente tanto o fluxo de consumidores nas lojas quanto as vendas terá o incremento da Copa do Mundo. Com isso, a intenção de contratação avançou 4,5% em relação a outubro de 2021, embora esteja menor do que em setembro, na série com ajuste sazonal. O indicador está atrás apenas de outubro de 2013, e 82,8% dos varejistas consultados pretendem contratar mais colaboradores, maior proporção desde dezembro de 2013.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/otimismo-do-comerciante-retoma-nivel-pre-pandemia

Comprinhas… Segundo uma pesquisa, mesmo com o fim do isolamento social, o hábito de ir ao shopping não voltou ao que era antes da pandemia.

Esses centros receberam 100 milhões de pessoas a menos em 2022, o que corresponde a uma queda de 21% em relação a 2019 — que registrou 505 milhões.

Aqueles que batiam ponto nos shoppings até seis vezes por mês, atualmente, frequentam o ambiente de quatro a cinco vezes no mesmo período. E existem duas principais razões para isso:

  1. Grande parte dos shoppings no país estão localizados em regiões de escritórios — ou seja, a praça de alimentação era o point do almoço. Como boa parte passou a adotar o home office em alguns dias, a visita diminuiu.
  2. Por conta do aumento de vendas on-line, os compradores buscam de tudo na internet, “roubando” uma parcela das compras que antes eram feitas nos shoppings.

Nova proposta 

Se antes era preciso ir até uma loja física, agora, bater perna pra comprar, é só questão de preferência. Por conta disso, os shoppings estão criando novos atrativos voltados para lojas, gastronomia, cinema e eventos.

poder dos influencers, por exemplo, têm se colocado como uma oportunidade de criação de experiências físicas vinculadas ao digital. 

Um dos maiores youtubers dos EUA abriu sua primeira unidade de hamburgueria física em um shopping — o que atraiu mais de 10.000 pessoas para o local. Será que os influencers conseguem salvar o setor?

Fonte: https://thenewscc.com.br/2022/10/14/os-shoppings-ainda-nao-voltaram-ao-que-eram-antes-da-pandemia/

O que o próximo governo deve fazer para estimular a geração de empregos? A maioria dos empresários brasileiros (56%) acredita que a medida mais importante é realizar a reforma tributária, segundo uma pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além do modelo complexo e ineficiente de cobrança de impostos, que freia o crescimento da economia, os altos tributos e a falta de qualificação profissional também são vistos como gargalos para ampliar as oportunidades de trabalho no país.

Na opinião de 48% dos executivos, é preciso reduzir os impostos sobre a folha de pagamento e 35% apontaram também, entre as principais medidas para gerar emprego, a necessidade de fortalecer a

Ainda aparecem como medidas relevantes para a geração de empregos, de acordo com os empresários entrevistados pela pesquisa, liberar crédito para as empresas investirem e/ou expandirem a sua capacidade produtiva (29%) e realizar novos aperfeiçoamentos na legislação trabalhista (25%). Os percentuais são o somatório total de entrevistados que citaram a medida como primeira e segunda mais Importante.

A pesquisa Agenda de Prioridades da CNI, encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, ouviu 1.001 executivos de empresas industriais de pequeno, médio e grande porte de todas as regiões do país. As entrevistas, feitas por telefone, foram realizadas entre os dias 10 e 24 de agosto de 2022. O questionário, além de perguntas relacionadas à geração de emprego e outras questões importantes para o crescimento da economia, também aborda saúde, educação e segurança. Confira o estudo na íntgra:

 

Para um em cada três empresários, o próximo presidente deve priorizar educação

A pesquisa mostra, ainda, que os empresários reconhecem a relevância da formação dos jovens brasileiros para o crescimento da indústria e para o desenvolvimento do país. Para um em cada 3 entrevistados, a educação deve ser a principal prioridade do presidente eleito nos próximos quatro anos. Foi o tema mais citado pelos executivos como primeira e segunda principal prioridade do país.

O segundo tópico mais citado para ser a prioridade do governo a partir de 2023 foi saúde pública (26%) e na terceira posição aparece crescimento econômico, tendo sido apontado por 20% dos entrevistados como primeira ou segunda principal medida. Em seguida, redução de impostos (14%) e geração de emprego (12%).

 

A urgência em investir em educação e saúde acompanha a avaliação dos empresários sobre as áreas que mais pioraram nos últimos quatro anos: as duas áreas aparecem no topo da lista, com 22% e 21% das citações, respectivamente. Os próximos tópicos que os empresários destacaram como aqueles com desempenho abaixo, mas com percentuais menores, foram inflação (9%) e segurança pública (7%). Nesta pergunta, cada um dos entrevistados apontou apenas uma opção. 

Maioria dos empresários defende fortalecer ensino técnico e básico

Entre os caminhos possíveis para melhorar a educação no país, a maioria dos empresários apontou que, entre os diferentes níveis de formação, os que mais precisam do olhar do poder público são o ensino técnico (34%) e o ensino básico (32%). Em seguida, aparece a alfabetização, com um total de 18%. Os demais níveis de formação, como ensino médio, ensino superior e pós-graduação, somam 14%.

Já com relação às ações específicas para a área, um em cada três executivos acredita que a prioridade do próximo governo deva ser melhorar a capacitação dos professores. A qualificação aparece muito acima da necessidade de contratar mais docentes, citada apenas por 2% dos entrevistados. No topo da lista de medidas mais importantes para a área, na visão dos empresários, também estão priorizar os cursos técnicos/profissionalizantes (20%) e aumentar os salários dos professores (20%). Como cada um dos entrevistados respondeu duas prioridades para a área, o percentual é a soma das escolhas da primeira e segunda principal medida.

 

“A pesquisa mostra que há uma demanda do setor empresarial por maior investimento no ensino técnico, que está mais alinhado às necessidades do mercado de trabalho. Outro ponto é a preocupação dos executivos com a qualidade do ensino. Diante de uma indústria cada vez mais tecnológica, o ensino precisa acompanhar as habilidades exigidas pelas empresas”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Saúde e segurança pública precisam avançar 

Sobre as prioridades do próximo governo para a área da saúde, para um em cada quatro empresários deve ser a melhoria das condições dos hospitais e postos de saúde. Em seguida, os entrevistados elegeram como ações urgentes qualificar melhor os médicos e enfermeiros (19%), contratar mais médicos e enfermeiros (19%) e a necessidade de mais investimentos em saúde (19%). Como os entrevistados elegeram duas prioridades, cabe ressaltar, no entanto, que aportar mais recursos foi eleita por 16% como primeira principal medida, percentual que supera os tópicos que ficaram no somatório em segundo e terceiro lugar.

 

Na área de segurança, a prioridade do governo que assume em 2023, na opinião dos empresários, deve ser aumentar o efetivo de policiais nas ruas (23%) e equipar a polícia (20%). Aumentar o salário dos policiais, evitar que pessoas que cometam crimes fiquem pouco tempo na prisão e reformulação do código penal aparecem como ações importantes para 15%, 13% e 12% dos entrevistados, respectivamente. Assim como nas demais áreas (saúde e educação), os percentuais são a soma da escolha como primeira e segunda principal prioridade para o tema. 

Simplificação de impostos e controle dos gastos públicos impulsionariam a economia

Quando se trata do cenário atual, quase a metade (48%) dos empresários avalia a situação da economia brasileira como ótima ou boa. Do total, 35% avaliaram a economia como regular e 17%, ruim ou péssima. Para melhorar a economia brasileira, 43% dos empresários apontaram que o próximo presidente deve priorizar, nos próximos dois anos, reduzir os impostos. A segunda prioridade apontada para a área foi simplificar os impostos, tendo sido citada por 28% dos entrevistados como primeira ou segunda opção. 

Um percentual relevante dos executivos também acredita que é preciso controlar os gastos públicos (24%), combater a inflação (23%), gerar empregos (23%) e reduzir as taxas de juros (17%). 

Em relação às prioridades do próximo governo pensando nas empresas dos executivos e no ambiente de negócios do país, o resultado é muito similar à pergunta sobre as prioridades para a economia brasileira: 41% acreditam que o poder público deve avançar com a redução de impostos e 23% citaram a realização da reforma tributária. Em terceiro lugar aparece a oferta de linhas de crédito facilitadas, tendo sido citadas por 17% dos entrevistados. 

7 em cada 10 empresários acreditam na melhora da economia

Em relação ao futuro do país, a expectativa é positiva: sete em cada dez empresários estão otimistas ou muito otimistas. Um percentual ainda maior (77%) está otimista quanto ao futuro da indústria brasileira. Sobre a economia do país, 69% disseram que deve melhorar um pouco ou muito nos próximos quatro anos.

“A discussões em torno da reforma tributária avançaram no país e hoje temos um inédito consenso em relação à importância e urgência dessa agenda. O texto em tramitação no Congresso Nacional, a PEC 110, é resultado de um amplo debate, com a participação dos mais diversos segmentos da sociedade e especialistas. Há uma expectativa dos empresários industriais em relação à prioridade que será dada ao tema no próximo governo. Aprovar a reforma tributária, com adoção de um sistema de tributação do consumo que seja mais moderno, eficiente e alinhado ao padrão mundial, é um passo fundamental para aumentar a competitividade das empresas e, assim, acelerar o ritmo de crescimento da economia, gerando mais empregos e renda para os brasileiros”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Fonte: Agência de Notícias da Indústria

Os paranaenses estão mais propensos a consumir em setembro. É o que demonstra a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Pelo segundo mês consecutivo, o indicador teve alta, desta vez de 4,1%, e voltou a patamar de satisfação – acima de 100 pontos.

O ICF paranaense marca 100,8 pontos no mês de setembro, elevação puxada principalmente pelos aspectos Nível de Consumo Atual (9%), Perspectiva de Consumo (7,7%), Perspectiva Profissional (4,8%) e Momento para Duráveis, que após oito meses de queda, cresceu 4,7% neste mês. Outros quesitos avaliados pela pesquisa também tiveram crescimento: Emprego Atual (1,2%), Renda Atual (2,2%) e Acesso ao crédito (2,4%).

Com 84,4 pontos, o índice nacional cresceu 1,4% em setembro, superando novamente os resultados do mesmo mês nos dois anos anteriores e mantendo a tendência de alta, iniciada em janeiro deste ano.

Na segmentação por faixa de rendimento, a maior variação mensal ocorreu entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, entre as quais o ICF marca 110,1 pontos, com aumento de 4,4% de agosto para setembro. As famílias dessa faixa de renda estão mais inclinadas a consumir, sobretudo bens duráveis, cuja avaliação de compra cresceu 9,3%, bem como a Perspectiva de Consumo, que teve alta de 9,2%. Ela também houve melhora considerável na Perspectiva Profissional, com crescimento de 7,7% na variação mensal.

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Nas famílias de menor renda o indicador cresceu 4,1% em relação a agosto e, por estar em 98,8 pontos – abaixo de 100 pontos –, ainda é considerado insatisfatório. Nesta faixa de rendimentos, o subindicador Nível de Consumo Atual foi o que mais subiu, com aumento de 10,1%, seguido pela Perspectiva de Consumo, com alta de 7,3%.

Fonte: Karla Santin/Fecomércio/PR

O último grande ciclo de expansão do parque de ativos do setor de shopping centers ocorreu há quase uma década. Com as mudanças conjunturais macroeconômicas decorrentes da crise de 2015 e do forte impacto da pandemia no setor, não se espera que um novo ciclo de aberturas se inicie tão cedo. Observa-se uma alteração nas estratégias de crescimento das empresas do ramo. Mais especificamente, a migração da antiga tendência de abertura de novos shoppings para o redirecionamento dos esforços rumo à ampliação e aperfeiçoamento dos seus ecossistemas de vendas on-line e pequenas reformas em seus estabelecimentos-chave têm ganhado força, revelando uma nova realidade para as operadoras do setor.

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Apesar dos baques que atingiram o setor, as principais métricas das operadoras listadas em Bolsa —Aliansce Sonae (ALSO3), brMalls (BRML3), Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTI11)— já superam os valores pré-pandemia. E isso indica não só a recuperação do segmento, mas sua resiliência sobre as demais vertentes do varejo.

É uma nova realidade vivenciada no setor de shopping center, onde há cada vez menos espaço para o modelo de megaprojetos. Em vez disso, é esperado um maior movimento relacionado à revitalização de seus estabelecimentos, com abertura de mais áreas livres e alamedas. Além disso, o setor também conta com investimentos em projetos de oportunidade, como os ligados a torres multiuso.

Entretanto, a despeito de perspectivas positivas quanto à ampliação dessas áreas, o que observamos ainda é um movimento tímido realizado pelas maiores empresas do setor, uma vez que estas ainda vêm recuperando fôlego após a pandemia do coronavírus.

Multiplan, Iguatemi, brMalls, Aliansce Sonae e JHSF —as cinco maiores companhias abertas que atuam no setor— somam 11 expansões, valor próximo ao estimado em 2019, com JHSF e Aliansce concentrando 70% deste total.

Em relação ao desempenho operacional dessas empresas, o cenário vem se mostrando bastante positivo, com elas se beneficiando da recuperação nas vendas e conseguindo, assim, reajustar os contratos de aluguel de seus lojistas, os quais tiveram descontos durante o enfrentamento da crise dos últimos anos.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

Reportagem do R7 afirma que eventos esporádicos acontecerão próximos a datas importantes para o comércio em 2022. No final do ano, além do Natal e da Black Friday, datas que tradicionalmente movimentam a economia, haverá a Copa do Mudo, em novembro. A CNC espera um crescimento de 7,9% , em relação ao faturamento de 2014, ano em que o Brasil foi sede da Copa.

fonte: CNC