Raquel Brandão

Publicado em 9 de fevereiro de 2023, 19h45  / EXAME

O quarto trimestre da administradora de shoppings centers Multiplan (MULT3) concluiu o ano de 2022 com números recordes, refletindo a melhora do setor. De outubro a dezembro, o lucro líquido da companhia cresceu 11,9%, para R$ 239 milhões, impulsionado pelo avanço de 19% na receita bruta. No ano, o lucro líquido saltou nada menos que 69%, para R$ 769 milhões. A empresa também anunciou a troca de comando, com Eduardo Kaminitz Peres como novo CEO.

A receita líquida da companhia cresceu 15%, para R$ 512 milhões, enquanto, no ano, avançou 39,3%, para R$ 1,82 bilhão. Parte relevante desse avanço veio da venda de imóveis, mas a receita de estacionamento, de locação e de serviços, que são muito mais recorrentes, tiveram avanço importante: 49,9%, 34,9% e 37,7%, respectivamente.

 

Em 2022, as vendas dos lojistas terminaram o ano com um quarto trimestre recorde de R$6,3 bilhões, o que levou ao maior resultado anual já obtido pela companhia: R$20,0 bilhões. “O aumento de 37,1% vs. 2021, mais uma vez, reafirma a qualidade do portfolio da companhia. Todos os shoppings da Multiplan apresentaram um crescimento de dois dígitos sobre as vendas de 2021.” Quando comparadas com 2019, as vendas dos lojistas cresceram 22,8%.

Lucratividade

Apesar do avanço de 31%, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 374,56 milhões no quarto trimestre ficou abaixo da previsão do mercado. O BTG Pactual, por exemplo, previa um Ebitda de R$ 411,7 milhões. No ano, avançou 58%, para R$ 1,28 bilhão.

O resultado operacional líquido (NOI) da Multiplan aumentou 19,9%, para R$ 463,6 milhões. A margem NOI ficou em 89,6%, 1,5 ponto percentual acima do quarto trimestre do ano anterior. No ano, chegou a R$ 1,56 bilhão, 39,5% maior do que em 2021 e margem ficou 2,09 pontos maior em 87,9%. A margem NOI é um indicador de desempenho e eficiência para os imóveis que geram renda e muito observado pelos investidores do setor.

Lojas novas

No quarto trimestre, a Multiplan apresentou um turnover de 1,2% do total da ABL administrada (9.229
m2), o que corresponde a 107 novas lojas, todas elas lojas satélites.

O portfólio de shoppings centers da Multiplan apresentou uma taxa de ocupação média de 95,2% no trimestre, abaixo do quarto trimestre de 2021.

O custo de ocupação dos lojistas foi de 13,2% no quarto trimestre e 13,9% em 2022, aumentando leve aumento em comparação aos mesmos períodos de um ano antes.

“É válido ressaltar que, no quarto trimestre, o custo de ocupação dos lojistas atingiu o nível mais baixo do ano, mantendo a sazonalidade do quarto trimestre. As iniciativas bem sucedidas que centravam-se na redução dos encargos comuns, além das vendas mais elevadas, contribuíram para a redução da participação dos encargos comuns no custo de ocupação em todos os trimestres de 2022.”

 

Novo CEO

Com a troca de comando, sai José Isaac Peres, fundador da Multiplan, e entra Eduardo Kaminitz Peres como CEO. Eduardo entrou na companhia em 1988. Desde 2006, além de membro do conselho de administração, assumiu a vice-presidência de operações.

José Isaac assumirá a presidência do conselho da Multiplan e o atual chairman, José Paulo Ferraz do Amaral, seguirá como integrante. O assunto será votado em assembleia geral extraordinária (AGE) convocada para 3 de março.

Redação O Antagonista

09/02/23 09:56
Apesar do desempenho ruim no último mês de 2022, o índice fechou o ano com alta de 1%, segundo o IBGE

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O volume de vendas do comércio varejista caiu 2,6% em dezembro e registrou o segundo mês consecutivo de queda. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE.
Apesar do desempenho ruim no último mês de 2022, o índice fechou o ano com alta de 1%. Já em relação a dezembro de 2021, o avanço foi de 0,4%.

Segundo o IBGE, sete dos oito grupos pesquisados registraram atividade negativa, com destaque para tecidos, vestuário e calçados (-6,1%), artigos de uso pessoal e doméstico (-2,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,6%) e móveis e eletrodomésticos (-1,6%). No comércio varejista ampliado – que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção – o comércio varejista teve alta de 0,4% em dezembro, mas acumulou queda de 0,6% em 12 meses.

Com renda de R$ 4.215 por habitante, Florianópolis lidera ranking da FGV Social, seguida por Porto Alegre. Curitiba é a quinta colocada

REDAÇÃO / AMANHA  14/02/2023

A capital catarinense encabeça o estudo feito pela FGV Social

 

Onde estão os mais ricos no Brasil? Como a pandemia afetou a desigualdade geral e a distribuição geográfica da riqueza da nação? Qual é a verdadeira desigualdade brasileira se levarmos em conta o topo da distribuição de renda que só o imposto de renda permite aproximar? Estas são algumas perguntas que foram respondidas com a nova pesquisa Mapa da Riqueza, desenvolvida pelo FGV Social.

Em um dos recortes, o estudo da FGV Social usou dados de rendimentos declarados no Imposto de Renda divididos pelo total da população. Com isso, pode fazer, por exemplo, a renda por habitante das 27 capitais brasileiras. O Sul ficou, mais uma vez, muito bem representado, pois as três capitais estão entre as cinco primeiras. Com renda de R$ 4.215 por habitante, Florianópolis é a capital brasileira mais rica do país. São Paulo, que ocupava a segunda posição em 2019, cai para quarta em 2020 e foi ultrapassada por Porto Alegre, que passa a ser a segunda mais rica e Vitória a terceira. Curitiba é a quinta. Veja o ranking completo a seguir.

 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um cenário de estabilidade nas vendas em 2023, com alta de 0,8%. A estimativa comedida baseia-se em um contexto em que a taxa básica de juros da economia somente deve recuar a partir da sexta reunião do Comitê de Política Monetária, que será […]

Publicado em 11/01/2023 17:18 • Atualizado em 11/01/2023 17:18

 Por Luciana Neto site CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta um cenário de estabilidade nas vendas em 2023, com alta de 0,8%. A estimativa comedida baseia-se em um contexto em que a taxa básica de juros da economia somente deve recuar a partir da sexta reunião do Comitê de Política Monetária, que será realizada em setembro. Mesmo com esse recuo esperado, a taxa Selic deverá encerrar em patamar elevado de 12,25% ao ano.

Soma-se a isso a expectativa de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 tenha alta de 5,4%, acima do teto do regime de metas de inflação para o ano, que é de alta de 4,75% em relação a 2022. Além disso, a perspectiva de crescimento da economia abaixo de 1% deve manter o ritmo de geração de emprego sem aceleração.

“O panorama revela um 2023 desafiador para o varejo brasileiro, que deve enfrentar ainda momentos de instabilidade nos primeiros meses do ano”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Os juros elevados, o aumento da inflação e o mercado de trabalho estabilizado são responsáveis pela primeira queda depois de três altas mensais consecutivas do volume de vendas do varejo. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11 de janeiro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo foi de 0,6% no mês de novembro, em relação a outubro do ano passado, ligeiramente abaixo da expectativa da CNC, que projetava queda de 0,4%. No comparativo com novembro de 2021, houve avanço de 1,5% – a quarta alta consecutiva nessa base comparativa.

Inflação interrompe alta das vendas

Conforme o economista da CNC responsável pela análise, Fabio Bentes, a queda das vendas do varejo está relacionada ao aumento de preços após a sequência de deflações observada ao longo do terceiro trimestre do ano passado. O índice geral de preços, medido pelo IPCA, voltou a registrar alta, de 0,41%, em novembro, após avanço de 0,59% em outubro. Os grupos de vestuário e transportes foram os principais responsáveis pela alta dos preços em novembro, com aumentos de 1,1% e 0,83%, respectivamente.

Seis dos oito segmentos pesquisados pelo IBGE tiveram redução dos preços, com destaque para o ramo de combustíveis e lubrificantes (queda de 5,4%) e o de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (redução de 3,4%). Embora as pressões inflacionárias tenham se concentrado no grupo de alimentação ao longo de todo o ano passado, houve um aumento do preço dos combustíveis de 3,29% em novembro, o maior avanço observado nesse grupo desde março de 2022.

Juros seguraram vendas a prazo

“O aperto monetário no varejo se fez sentir ao longo de todo o ano de 2022 e, apesar do tímido crescimento, o volume de vendas no acumulado de 12 meses ainda se mantinha no campo positivo ao fim do primeiro quadrimestre do ano passado, em alta de 0,7%, mas despencou para uma queda de 1,8% em julho”, analisa Fabio Bentes. Em novembro, as vendas acumulavam crescimento de 0,6% nessa base comparativa.

Nas operações de crédito livremente contraídas por pessoas físicas, a taxa média de juros dos empréstimos e financiamentos atingiu 59% ao ano – maior patamar desde agosto de 2017 (quando estava em 62,3% a.a.). “Esse fenômeno, aliado ao grau de endividamento historicamente elevado dos consumidores nos últimos meses do ano, foi um empecilho ao crescimento das vendas, especialmente nos segmentos em que há predominância do consumo a prazo”, afirma o economista da CNC.

Desaceleração do mercado de trabalho reduz recursos para o consumo

A perda de fôlego nas contratações, que é a principal origem da geração de recursos destinados ao consumo, também tem contribuído para a desaceleração das vendas nos últimos meses, segundo Fabio Bentes. A desaceleração do ritmo de geração de vagas celetistas medidas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que, embora o saldo acumulado em 12 meses tenha sido positivo ao fim de novembro (com 2,18 milhões de postos abertos), o número de vagas naquele mês foi o menor registrado desde abril de 2021.

No mesmo sentido, o indicador de regeneração do nível de ocupação, contabilizado pela Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (realizada pelo IBGE), apontou aumento de 5,7 milhões de pessoas ocupadas, o menor nível de expansão em 12 meses desde junho de 2021.

Dois em cada cinco líderes expressaram preocupação de que suas empresas não durem uma década

Bloomberg / Publicado em 17/01/2023 às 16:59.

O início do Fórum Econômico Mundial em Davos foi marcado por previsões de executivos e economistas de que uma recessão global é provável este ano.

No primeiro dia do encontro da elite financeira global nos Alpes suíços, a PwC apresentou uma pesquisa com 4.410 líderes empresariais entrevistados em outubro e novembro, em que 73% previram que o crescimento global diminuiria nos 12 meses seguintes. Foi o resultado mais pessimista desde que a consultoria começou a pesquisa anual em 2011.

Dois em cada cinco líderes expressaram preocupação de que suas empresas não durem uma década.

Uma pesquisa separada de economistas-chefes, divulgada pelo Fórum, descobriu que dois terços esperam uma recessão mundial em 2023, à medida que as empresas cortam custos.

Mais de 2.700 executivos, banqueiros e economistas comparecem ao encontro de inverno na estação de esqui suíça pela primeira vez desde 2020. Embora dados recentes tenham aumentado as esperanças de que as economias ainda possam fazer um pouso suave, inflação e juros altos fizeram com que muitos se preparassem para uma contração econômica.

O presidente global da PWC, Bob Moritz, no entanto, disse que o nível de preocupação na pesquisa de sua empresa provavelmente foi exagerado.

As expectativas de uma desaceleração foram incorporadas às previsões porque as pessoas já previam isso há muito tempo, disse ele. Comparado com a crise financeira de 2008, os CEOs estão mais temerosos com a economia agora, mas estão mais confiantes de que suas empresas conseguirão atravessar essa crise, disse.

Mesmo assim, a confiança dos líderes empresariais nas perspectivas de crescimento de suas próprias empresas teve a pior queda desde a crise de 2008.

Os três grandes riscos deste ano são inflação, volatilidade macroeconômica e conflito geopolítico, segundo a pesquisa.

Moritz disse que a principal surpresa foi a perspectiva de longo prazo, com 40% dos CEOs convencidos de que “suas organizações não serão economicamente viáveis em 10 anos se não se transformarem”.

“No curto prazo, o que preocupa é como gerenciar as pressões de custo e, no longo prazo, são as cadeias de suprimentos, clima, inovação tecnológica”, disse. Os chefes precisam agir agora para “sobreviver dois anos e prosperar nos próximos 10”, garantindo ao mesmo tempo que tenham o capital para investir no futuro, acrescentou.

Da Agência Senado | 18/01/2023, 18h49

Relatório da IFI divulgado nesta quarta analisa plano do Ministério da Fazenda para reduzir déficit
Edu Andrade/ Ascom/ MF

A Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI) avalia que, das medidas apresentadas pelo Ministério da Fazenda para redução do déficit do governo federal, as que têm mais chance de se concretizarem são os aumentos de impostos. A explicação está no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de janeiro, divulgado nesta quarta-feira (18).

O pacote de ajuste fiscal foi apresentado pelo ministro Fernando Haddad na semana passada e inclui principalmente medidas pelo lado da receita, como estímulo à quitação de débitos, mudanças em julgamentos administrativos de questões tributárias e novos parâmetros de projeção de arrecadação. De acordo com a IFI, porém, as medidas que devem prosperar são as que envolvem aumento de impostos.

“Entre as medidas anunciadas, a IFI considera que as de maior probabilidade de materialização em receitas para o governo central são as que configuram aumento de tributos, como a volta da cobrança de PIS/Cofins sobre combustíveis, e a transferência de recursos das contas do PIS-Pasep para o Tesouro. Algumas medidas podem ser consideradas de caráter incerto, tendo em vista a existência de questões que possam dificultar a realização das receitas, como a possibilidade de judicialização”, afirma o texto.

Pelo lado da despesa, as medidas anunciadas pelo governo se limitam a renegociação de contratos e autorização para execução orçamentária inferior ao estipulado na Lei Orçamentária Anual (Lei 14.535, de 2023). Esta última é considerada mais factível pela IFI, uma vez que o Orçamento de 2023 viu um aumento das despesas discricionárias em função da aprovação da PEC da Transição no ano passado, a Emenda Constitucional (EC) 126.

Mesmo assim, há dúvidas. Mudanças constitucionais de 2019 estabeleceram o dever de a administração pública executar certas programações orçamentárias discricionárias para “garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade” (EC 100 e EC 102). A IFI destaca, porém, que o Ministério da Fazenda entende que essa regra se subordina ao cumprimento de metas fiscais, limitações de despesa e outros impedimentos de ordem técnica.

Apesar das condicionantes apresentadas no relatório, a IFI conclui que o pacote serve para balizar as expectativas em relação aos rumos fiscais do governo.

“O anúncio das medidas reduz a incerteza em torno do financiamento da elevação de gastos promovida pela EC 126 e indica que a arrecadação terá papel preponderante na recuperação do equilíbrio fiscal nos próximos anos”, diz a instituição.

Indicadores

A IFI destaca também que o resultado primário do governo central atingiu superávit em 2022, o que não acontece desde 2014. No entanto, isso é resultado principalmente de receitas extraordinárias, que não devem ser repetir nos próximos anos.

“Os dados coletados pela IFI indicam que o governo central teve superávit primário de R$ 50,6 bilhões (0,5% do PIB) em 2022. O resultado ocorreu em um ambiente de forte expansão das receitas e relativo controle da despesa. Essa dinâmica não deverá ocorrer em 2023 e 2024, para quando se espera arrefecimento na arrecadação e crescimento mais acelerado das despesas.”

O cenário de juros deve continuar constante nos próximos anos, dadas as expectativas da inflação conforme medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A dívida bruta deverá encerrar o ano de 2023 na proporção de 77,8% do PIB, uma alta de alta de 3,6 pontos percentuais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Circe Bonatelli, do Estadão Conteúdo 30/12/2022 às 09:38

As vendas nos shoppings tiveram um crescimento nominal de 5,9% no Natal deste ano em comparação com a mesma data no ano passado. O setor movimentou R$ 5,6 bilhões na semana de 19 a 25 de dezembro. Os dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado, elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O resultado ficou acima da projeção inicial da entidade, que previa um crescimento nominal de 4%. Já o tíquete médio das vendas foi de R$ 205, o que representou um aumento de 8,5% em relação aos R$ 189 de 2021.

Para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, o desempenho dos shoppings melhorou graças ao arrefecimento da inflação e ao aumento das vagas de trabalho – fatores que fortaleceram a capacidade de consumo da população nos últimos meses.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/shoppings-registram-alta-de-59-nas-vendas-do-natal-de-2022-diz-associacao/

30 de dezembro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Inflação. ·

IGP-M subiu 0,45% em dezembro

 

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado para o reajuste dos contratos de aluguel, subiu 0,45% este mês, acumulando alta de 5,45% de janeiro a dezembro de 2022. Em novembro, o indicador caiu 0,56%, e em dezembro do ano passado, a variação foi de 0,87%, com alta de 17,78% acumulada em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, o índice foi afetado pela aceleração no preço de alimentos importantes na cesta, tanto para o produtor como para o consumidor.

“No índice ao produtor, os maiores aumentos foram registrados para feijão (de -1,45% para 15,36%), bovinos (de -2,20% para 1,55%) e óleo de soja refinado (de 2,57% para 7,35%). Já no âmbito do consumidor, as maiores altas foram registradas para alimentos in natura, com destaque para tomate (18,13% para 19,12%) e cebola (17,36% para 24,80%)”.

Componentes

Entre os componentes do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,47% em dezembro, após cair 0,94% em novembro. Por estágios de processamento, o grupo bens finais caiu 0,29%, após alta de 0,13% no mês anterior.

A principal influência veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,01% para -0,47%. O índice bens finais (ex), que exclui os alimentos in natura e combustíveis para o consumo, passou de 0,12% em novembro para -0,09% em dezembro.

A taxa dos bens intermediários, que havia caído 0,11% em novembro, teve queda de 0,30%, puxada pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 0,83% para -2,26%. O índice de bens intermediários (ex), que exclui esse subgrupo, subiu 0,13% em dezembro, depois de cair 0,32% em novembro.

Já o estágio das matérias-primas brutas teve alta de 2,09% em dezembro, após queda de 2,86%. As principais influências vieram do minério de ferro (-8,01% para 16,32%), café em grão (-20,97% para 0,40%) e bovinos (-2,20% para 1,55%). Entre as desacelerações no mês, os destaques são a soja em grão (1,25% para -1,52%), a laranja (8,88% para -3,04%) e a mandioca (6,33% para 1,72%).

IPC

O FGV Ibre também divulgou hoje o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que variou 0,44% em dezembro, após alta de 0,64% no mês passado. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, cinco desaceleraram, sendo a principal contribuição o grupo saúde e cuidados Pessoais, cujo índice passo de 1% em novembro para 0,37%. O destaque foram os artigos de higiene e cuidado pessoal, que passou de 2,03% para -0,25%.

Na passagem de novembro para dezembro, o grupo educação, leitura e recreação foi de 0,60% para -0,26%, transportes passou de 0,79% para 0,31%, vestuário foi de 0,83% para 0,67% e despesas diversas desacelerou de 0,14% para 0,08%, com destaque para passagem aérea (2,07% para -1,71%), gasolina (1,58% para 0,18%), calçados (1,35% para -0,12%) e cigarros (0,01% para -0,72%).

Pelo lado das altas e acelerações no índice estão os grupos alimentação (0,83% para 0,99%), comunicação (-0,32% para 0,48%) e habitação (0,37% para 0,42%). As principais influências dessas classes de despesa foram o arroz e feijão (-0,82% para 3,74%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (-0,32% para 0,69%) e tarifa de eletricidade residencial (0,59% para 1,27%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,27% em dezembro, ante alta de 0,14% em novembro. Entre os três grupos componentes do INCC, materiais e equipamentos passaram de -0,35% para 0,37%, serviços foram de 0,35% para 0,43% e mão de obra passou de 0,53% em novembro para 0,16%.

Fonte: Agência Brasil

Amanda Rossi Do UOL, em São Paulo 04/01/2023 04h00Atualizada em 04/01/2023 08h04

 

O Brasil tem 208 milhões de habitantes, segundo a prévia do Censo 2022. Em média, a população cresceu apenas 0,7% ao ano desde o último recenseamento, em 2010. É o menor aumento populacional já registrado pelo país — a série histórica começa em 1872.Os dados refletem a queda no número de nascimentos. Ainda nascem mais pessoas do que morrem no Brasil, mas a diferença é cada vez menor. O resultado é o envelhecimento da população brasileira, o que gera impactos na força de trabalho, na saúde e na previdência. Dentro de uma ou duas décadas, o país deve começar a diminuir. Números preliminares do Censo 2022 mostram que o crescimento da população brasileira de 2010 a 2022 foi o mais baixo desde o início da medição, em 1872. O número de habitantes aumentou de 191 milhões para 208 milhões. O Nordeste teve a menor variação entre as regiões. Cresceu metade da média nacional. Os dados definitivos saem em março.

Dos 85% dos empresários que afirmaram contratar neste fim de ano, 21% devem “aumentar muito” o quadro de funcionários neste fim de ano  / Reuters

Lucas Janoneda CNN no Rio de Janeiro 27/11/2022 às 04:00

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que oito em cada dez (85%) empresários brasileiros contratem novos funcionários neste fim de ano.

O que aumentou o número de contratações para o período foi o aquecimento econômico provocado pela Copa do Mundo e as datas comemorativas do fim de ano, como Black Friday e Natal.

Caso a projeção divulgada nesta sexta-feira (25) se confirme, será o maior volume de contratações já feitas pelo comércio varejista brasileiro entre os meses de novembro e dezembro. É o que aponta a série histórica da CNC, que teve início em 2011.

Com a Black Friday, o comércio varejista movimentou mais de R$ 4,2 bilhões – maior faturamento desde 2010, quando a data foi incorporada no calendário do varejo nacional. Já no Natal, a CNC projeta que 109,4 mil trabalhadores temporários sejam contratados, o maior número em nove anos. Desses, espera-se que 11% sejam efetivados.

Dos 85% dos empresários que afirmaram contratar neste fim de ano, 21% devem “aumentar muito” o quadro de funcionários neste fim de ano. Já 64% esperam “aumentar pouco” o número de colaboradores até dezembro de 2022.

“A chegada das festas de fim de ano e o desempenho mais favorável da economia e do comércio estão incentivando as intenções de investir para absorver funcionários e incentivar o consumo”, aponta a economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/8-em-cada-10-comerciantes-brasileiros-devem-contratar-neste-fim-de-ano-diz-cnc/