Fernando Modé será o novo CEO
REDAÇÃO Ver. Dig. Am,anha – 15/12/2020

“Deixarei o dia a dia da operação, em franco crescimento, e assumirei essa nova posição no conselho para ter mais qualidade de tempo para manter o olhar no futuro, não só dos negócios, mas do varejo brasileiro, e seguir defendendo os interesses do setor”, avalia Grynbaum
O Grupo Boticário adotará a partir de março de 2021 um novo modelo de gestão operacional. A nova estrutura terá mais integração entre as marcas e os diferentes canais de venda para manter o ritmo de crescimento e inovação que marcam a trajetória da companhia. Artur Grynbaum (foto), CEO desde 2008, assumirá como vice-presidente do Conselho Administrativo ao lado de Miguel Krigsner, atual presidente.
O redesenho do Grupo Boticário conta ainda com a ampliação de quatro para sete vice-presidências, dando protagonismo também para a área de tecnologia, marketing e experiência do consumidor e B2B. Com a mudança, Artur se dedicará de forma mais ampla a olhar o futuro do negócio, entendendo e se aprofundando nos caminhos e tendências do varejo, voltando a se aproximar de clientes e sendo uma voz ativa do setor.
Fernando Modé, vice-presidente corporativo desde 2015, assume como CEO para liderar essa nova fase, mantendo o propósito e os valores da companhia. Advogado de 52 anos, entrou no Grupo Boticário em 1999 para atuar na área jurídica. Em 2004 assumiu o cargo de CFO, na época ocupado por Grynbaum.
Desde a criação do Grupo Boticário, há 10 anos, essa é a segunda reestruturação da companhia. Em 2015, houve a integração das unidades de negócio e a centralização do comando das áreas corporativas, com o nascimento de quatro vice-presidências. O novo modelo de gestão é uma continuidade desse processo e se faz necessário frente aos desafios da próxima década.
“Quando assumi a presidência da marca O Boticário, em 2008, e depois do Grupo Boticário, em 2010, o desafio apresentado à época exigia um olhar para o futuro, visando a diversificação dos negócios. Deixamos de ser uma empresa mono para virar multimarcas, com multicanais, com sete unidades de negócios e mais de 4 mil pontos de venda em todo o País. Deixarei o dia a dia da operação, em franco crescimento, e assumirei essa nova posição no conselho para ter mais qualidade de tempo para manter o olhar no futuro, não só dos negócios, mas do varejo brasileiro, e seguir defendendo os interesses do setor”, avalia Grynbaum.

64% não comprarão presentes – Mais ricos têm mais intenção – 21% devem gastar até R$ 500
Movimento do comércio popular no mês do NatalRovena Rosa/Agência Brasil – 10.dez.2019
SABRINA FREIRE
14.dez.2020 (segunda-feira) – 19h20
Pesquisa PoderData mostra que só 25% dos brasileiros pretendem comprar presentes de Natal neste ano. Outros 64% afirmam que não irão gastar com as lembranças. Foram 11% os que não responderam ou disseram ainda não saber.

 

O levantamento mostra que, dos 25% que irão comprar presentes, 41% pretendem gastar até R$ 100. Outros 21% estimam gasto de R$ 100 a R$ 500 com as lembranças.
Há ainda os que devem gastar mais: 16% afirmam ter a intenção de comprar mais de R$ 500 em presentes. Outros 22% ainda não sabem.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 7 a 9 de dezembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas, em 505 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
Receba a newsletter do Poder360
todos os dias no seu e-mail

Os que mais pretendem comprar presentes são:
• homens (32%);
• pessoas de 16 a 24 anos (29%);
• moradores do Norte (49%);
• os que têm ensino superior (38%);
• os que ganham mais de 10 salários mínimos (69%).
Os que afirmam que não devem gastar com as lembranças são:
• mulheres (73%);
• pessoas de 16 a 24 anos (66%);
• moradores do Sudeste (70%);
• os que têm só o ensino fundamental (75%);
• os sem renda fixa (73%);

INTENÇÃO DE COMPRA
O PoderData analisou o grupo dos que têm a intenção de comprar presentes de Natal, que soma 25% dos entrevistados, e verificou qual estimativa de gastos por sexo, idade, região, escolaridade e renda.
Os que mais afirmam que devem gastar até R$ 100 são:
• moradores das regiões Centro-Oeste (62%) e da região Nordeste (48%); pessoas de 45 a 59 anos e os que os que têm só ensino fundamental (47% em cada grupo);
• e os que recebem até 2 salários mínimos (46%).
Os que mais devem gastar de R$ 100 a R$ 500 são:
• moradores das regiões Sul (37%) e Sudeste (36%);
• pessoas de 16 a 24 anos (32%);
• os que recebem de 2 a 5 salários mínimos, de 5 a 10 salários mínimos, mais de 10 salários mínimos (33% em cada grupo);
• e os que têm ensino superior (26%).
Os que devem gastar mais com presentes, acima de R$ 500, são:
• os que recebem de 2 a 5 salários mínimos (46%);
• moradores do Nordeste (38%);
• pessoas de 60 anos ou mais (35%);
• os que têm só o ensino fundamental (20%).

 

Retomada dos gastos com cartão eleva endividamento dos que ganham mais de dez salários mínimos e favorece recuperação da economia
Cássia Almeida 21/11/2020 – o globo
RIO — A aposentada da Justiça do Trabalho Cassia Amorim, depois de seis meses de quarentena restrita para se proteger do novo coronavírus, começa, aos poucos, a voltar a sair e consumir. Ao salão preferido, ela tem ido sempre desde outubro, mas a viagem para ver o filho e os netos que moram em Nova York ficou para o ano que vem. Ela conta que reduziu os gastos em 30% durante o confinamento, mas a poupança forçada começou a diminuir com mais saídas. Ela já percebeu que seu consumo está agora 15% menor que antes da pandemia.
—Voltei a almoçar com minhas amigas, a comprar uma coisa no shopping. Cinema ainda não tive coragem de ir ainda — conta. — Ia ao cinema de 15 em 15 dias com uma amiga, mas ainda não fui.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) começou a ver esse consumo maior da classe média e classe média alta em setembro. A parcela das famílias com dívidas entre as que têm renda de dez salários mínimos para cima subiu pelo segundo mês consecutivo em outubro, chegando a 59,4%.
Assim que a quarentena começou, esse contingente representava 62,3%, mas caiu para 57,8% em agosto, menor patamar desde o início da pandemia. Como o gasto com cartão de crédito é considerado endividamento, acaba sendo mais um indicador de consumo do que de necessidade de financiamento.
— O aumento das dívidas entre as famílias com mais de dez salários indica que elas estão, aos poucos, retomando o consumo. Durante toda a pandemia, mês após mês, vimos queda atrás de queda do nível de endividamento. Agosto foi ponto de inflexão. Modalidades de crédito que cresceram são as mais associadas a consumo, como cartão de crédito e cheque especial — afirma Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa.
Reação lenta nos serviços
Os serviços prestados às famílias, que são divididos em alojamento e alimentação e outros serviços, são os que estão sofrendo mais com o distanciamento social desde o início da pandemia. No entanto, começam a esboçar reação e a se recuperar com a reabertura dos estabelecimentos.
Restaurantes e bares, por exemplo, faturaram mais em agosto e setembro, compensando parte das perdas desde março. Cresceram 9,1% em setembro, mas, no ano, o recuo ainda é de 38%. Já chegou a ser de 60% em maio e vem reduzindo com a alta no consumo das classes altas.
Os outros serviços, como os de cabeleireiros, tiveram desempenho um pouco melhor. Cresceram 10,9% em setembro frente a agosto e acumulam queda de 27,8% no ano, mas já tinham caído 44%.

O salão de beleza foi o primeiro lugar que Cássia foi quando começou a sair:
— Voltei ao salão com força total. Vou toda a semana.
Segundo Izis, da CNC, ainda há espaço para o consumo das classes de renda alta crescer:
— Antes da pandemia, 62,3% desse grupo estavam endividados. Chegou a 59,4%, ainda há margem para crescer.
Nas favelas. Há R$ 159 bilhões para consumir
Lucas Assis, economista da Tendências Consultoria que estuda mobilidade entre as classes de renda, diz que a recuperação recente da economia tende a favorecer os que ganham mais em momentos seguintes a retrações do Produto Interno Bruto (PIB):
— Nas classes A e B, há participação maior de empregadores, os primeiros a sentir efeitos de reação econômica, antes de outros trabalhadores. Há participação grande também da elite do funcionalismo público. A flexibilização das medidas de isolamento contribuiu para um ritmo mais positivo da economia, o que acaba beneficiando o consumo das classes sociais mais altas.
Mais gente no topo
Bancos e consultorias têm melhorado projeções do desempenho da economia brasileira. A previsão de queda do PIB chegou a 6,6% no fim de junho. Caiu para -4,66% na semana passada, de acordo com o Boletim Focus, pesquisa do Banco Central com mais de cem instituições financeiras.
A classe A, com renda superior a R$ 19.257 mensais, vai crescer 4% em 2021, pelas previsões da consultoria, maior alta entre as faixas de renda.
O diretor da FGV Social, Marcelo Neri, com outra metodologia, identificou um aumento na classe AB (renda familiar acima de dois salários mínimos per capita). Em julho, 5,8 milhões de pessoas da Classe AB tinham descido para Classe C (de meio a dois salários per capita). Em agosto, 1 milhão já tinha voltado ao patamar de renda superior, indicando que os ganhos melhoraram mais para esse grupo com a flexibilização da quarentena:
— A renda do trabalho está voltando para esse grupo.
Outro indicador de que o consumo começa a voltar é a captação da poupança. Continua recebendo mais depósitos do que saques, só que num ritmo menor. No início do isolamento social, em meados de março, os depósitos superaram os saques em R$ 12,1 bilhões.
Em maio já pulara para R$ 37,2 bilhões. No mês passado, essa captação líquida diminuiu para R$ 7 bilhões, já refletindo esse consumo maior com o relaxamento da quarentena e pela redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300 em setembro.
Assis diz que parte da economia forçada com a quarentena para combater a Covid-19 está sendo destinada ao consumo. Isso era uma dúvida logo no início da pandemia.
— Mas, as incertezas sobre a evolução da doença e do cenário fiscal podem voltar a inibir esse consumo — diz o economista sobre o risco de uma segunda onda forte de infecções.
Cássia espera que, no ano que vem, possa voltar a visitar o filho e os netos nos EUA. Por enquanto, já voltou a caminhar na praia.

 

Com um histórico de resultados consistentes, a varejista reportou seu primeiro prejuízo em 15 anos no terceiro trimestre, diante dos efeitos da pandemia. E aposta agora na retomada das vendas nas lojas físicas e nas estratégias multicanal para recuperar seu posto de porto seguro dos investidores
Moacir Drska •06/11/20 • NEOFEED

Foram ao menos 17 citações, em pouco mais de uma hora. Durante a teleconferência da Renner com analistas realizada na tarde desta sexta-feira, 6 de novembro, a palavra normal, ou algumas de suas variações, como normalização e normalidade, surgiu de forma recorrente no discurso dos executivos da varejista.
A frequência com que o termo foi empregado contrasta com um fato raro na trajetória não tão recente da empresa. Na noite da quinta-feira, a companhia divulgou seu balanço do terceiro trimestre. E com ele, seu primeiro prejuízo em 15 anos, de R$ 89,2 milhões.
Com o resultado, os papéis da empresa, acostumada a agradar os investidores, abriram o pregão na B3 em queda superior a 3% e chegaram a cair mais de 5% nas horas seguintes. Mas a ação encerrou o dia com uma baixa de 3,06%.
“O pior já passou e estamos mais próximos de um cenário normal”, afirmou Fabio Faccio, CEO da Renner, buscando reforçar a perspectiva de recuperação da varejista. “Estamos bastante confiantes e, mês a mês, nos aproximando do contexto pré-pandemia.”
Depois de ressaltar que boa parte dos indicadores foi afetada pelas restrições de funcionamento das lojas físicas, o executivo observou que, atualmente, a rede tem cerca de 93% de sua carga horária tradicional já em operação.
Nessa retomada, as unidades em regiões como Norte e Nordeste já estão próximas dos patamares de vendas, de estoques, de custos e de fluxos tradicionais da companhia.
Em contrapartida, esse retorno tem sido mais lento em mercados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que concentram boa parte dos pontos de venda da rede, dona ainda das bandeiras Camicado, Ashua e YouCom.
Enquanto monitora e projeta um cenário mais estável, a Renner segue investindo e dando mais velocidade aos projetos para atravessar esse momento e se preparar para o chamado novo normal. E nesse trajeto, as iniciativas de digitalização e dentro do conceito de multicanal são o destaque.
Uma das principais ações é a Prateleira Infinita, que envolve a oferta de todo o mix de produtos, incluindo itens exclusivos, no e-commerce da marca. “Esse projeto potencializa as vendas online, amplia o sortimento e a profundidade do que ofertamos”, disse Faccio. “Hoje, estamos com mais de 5 milhões de peças disponíveis no online e subindo todo estoque, de 50 milhões.”
Outra iniciativa, batizada de Visão Única do Cliente, passa pela captura, integração e análise de informações dos clientes – dentro dos preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – para obter maior conhecimento sobre esse consumidor e estabelecer um relacionamento mais personalizado.
Segundo a varejista, sob essa ótica, 75% do faturamento já têm “identificação”. E com a integração dos dados, houve um crescimento de 35% na base de clientes que já recebem comunicações dirigidas durante o terceiro trimestre.
“De ações com grandes grupos estamos caminhando para uma comunicação com os clientes cada vez mais granular”, afirmou Faccio. “Com isso, nós tivemos maior participação no omnichannel. Lembrando que esse cliente gasta três vezes mais que um cliente offline”, acrescentou, ressaltando a expectativa de que, em alguns anos, todos os consumidores se enquadrem nesse perfil multicanal.
Dentro dessa abordagem, reforçada pela orientação de personalização, 17 lojas da Renner e da Ashua já tocam um projeto piloto chamado Fashion Delivery, que consiste no envio de ofertas selecionadas para a casa de clientes com base nas preferências desses consumidores compiladas no big data do grupo.
Outros projetos estão em curso. Hoje, mais de 20% das vendas das lojas já são efetivadas sem que os clientes precisem passar pelos caixas. Entre as alternativas, figuram o pagamento com vendedores nas unidades, pelos totens de autoatendimento ou por meio do aplicativo da rede.
Ao mesmo tempo, a empresa conta com outros modelos de vendas multicanal, como o ship from store, que usa as lojas como mini-hubs para agilizar a entrega de pedidos feitos via e-commerce. O formato está disponível em mais de 180 unidades e mais de 20% das vendas online já são atendidas com estoques dos pontos de venda.
Com essas e outras frentes, as vendas via canais digitais alcançaram uma participação de 16% nas vendas totais da companhia que, no trimestre, apurou uma receita líquida de R$ 1,6 bilhão, queda de 14,5% sobre igual período de 2019.
No terceiro trimestre, as vendas via canais digitais alcançaram uma participação de 16% nas vendas totais da companhia
Um componente essencial nessa equação multicanal, a expansão das lojas físicas também foi tema da teleconferência. Nessa ponta, Faccio manteve o plano da Renner, hoje com 392 unidades, chegar a 520 lojas em 2025. Nesse caminho, ele destacou que as lojas de rua, localizadas em cidades médias e de menor porte serão um dos destaques.
Em linha com a mensagem passada pelos executivos da empresa, o Credit Suisse destacou em relatório a melhora gradual dos indicadores da Renner, em especial, a estratégia multicanal, a alta penetração das vendas digitais e a perspectiva mais positiva com a reabertura de todas as lojas no quarto trimestre.
Os analistas Victor Saragiotto e Pedro Pinto ressaltaram que é inegável que a Renner é uma grande empresa, com capacidade de execução comprovada. Mas ressaltaram que há desafios no caminho para que ela volte ao seu “velho normal”, ou seja, ao seu posto habitual de porto seguro para os investidores.
“Isso não significa, porém, que a empresa esteja imune aos desafios impostos pela Covid-19 e, principalmente, às condições sombrias de um consumo mais restrito em 2021”, escreveram os analistas. “Reconhecemos os esforços para acelerar as vendas online e estabelecer rapidamente projetos estratégicos, mas ainda não estamos confortáveis com a perspectiva do ano que vem.”
Siga o NeoFeed nas redes sociais. Estamos no Facebook, no LinkedIn, no Twitter e no Instagram. Assista aos nossos vídeos no canal do YouTube e assine a nossa newsletter para receber notícias diariamente.

Isadora Jacoby 03 de novembro de 2020 JC

NO GE DE CASA, CONVERSAMOS SOBRE ESTRATÉGIAS PARA A DATA NESTE ANO

Natal deve ser bom para vendas pois público presenteará mais após o estresse de 2020
No GE de Casa, conversamos sobre estratégias para a data neste ano
Depois de um ano em que as vendas online ganharam mais espaço na rotina dos consumidores, o Natal, uma das principais datas do varejo, deve seguir essa tendência. No GE de Casa, recebemos João Finamor, professor de Marketing da ESPM, e Sabrina Rolim, proprietária da PresentearPoa, para debater sobre as melhores estratégias para consolidar vendas no fim do ano.
Faltando menos de dois meses para a data, João alerta que as marcas devem traçar suas metas e estratégias para o Natal com urgência. O especialista destaca, ainda, que antes do Natal, há uma outra data importante para o varejo: a Black Friday. No entanto, ele pondera que os objetivos de cada uma delas é diferente. “A Black Friday é uma ação muito de eliminar o estoque, de saldão, mas efetivamente o Natal, para o varejo, é fundamental para lucro. Enquanto a Black Friday é muito para escoamento, a gente tem no Natal uma data mais relevante”, pontua João, que acredita que, neste ano, o desejo de presentear no Natal pode ser ainda maior. “As pessoas vão querer presentear, talvez até mais, por tudo que passaram. A diferença é o novo formato de compra. As empresas que ainda não passaram totalmente pela sua transformação digital tem que ver como elas vão proporcionar essa nova experiência de compra”, ressalta.
O especialista alerta que os empreendedores devem apostar na essência do Natal na hora de traçarem suas estratégias para atrair clientes. “Natal é uma das datas mais empáticas, tem muita emoção. E nesse ano a grande questão é essa: trazer emoção, uma história, entender como vai te conectar com as pessoas. Todo mundo ficou triste. Então, posso usar isso a favor de uma forma legal, levando alegria para as pessoas ao presentear”, aconselha João.
Proprietária de uma loja especializada em presentes personalizados desde 2014, Sabrina sentiu na rotina de seu negócio as transformações apontadas por João. Ela conta que a demanda não diminuiu durante a pandemia e que o negócio ajudou as pessoas a ficarem mais próximas, mesmo a distância. “Somos o elo de ligação da pessoa que está longe, do idoso que não pode ver o filho porque está confinado em casa. Trabalhamos muito as emoções aqui. O trabalho da Presentear é pegar o teu melhor, transformar em um presente, e entregar para a pessoa”, afirma Sabrina. Segundo ela, os últimos meses foram de mudança na forma de escolher um presente. “As pessoas aprenderam a ressignifcar o presente nesse período. O espumante caro, o bombom, nada disso está valendo. O que vale agora é a intenção de lembrar da pessoa”, afirma.

Incerteza é o principal motivo – Pesquisa realizada pelo FGV Ibre – Confirma tendência PoderData
O principal motivo apontado para frear o consumo é a incerteza com relação à pandemiaTomaz Silva/Agência Brasil
PODER360 26.out.2020 (segunda-feira) –
A pandemia de covid-19 fez com que os consumidores ficassem cautelosos. Estudo feito pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) mostra que 58% dos brasileiros adiaram a compra de bens e serviços.
O principal motivo apontado para frear o consumo é a incerteza com relação à pandemia (53%). Os entrevistados também afirmam que estão economizando por precaução (31%), estão com medo de que alguém na família fique desempregado (19%) ou com dificuldade de encontrar novo emprego (13%). O instituto entrevistou 1.171 pessoas.
O resultado confirma tendência apontada em pesquisa realizada em julho pelo PoderData. Os entrevistados foram questionados se pretendiam fazer alguma grande compra, como carro, casa, apartamento ou eletrodomésticos nos próximos meses.
Só 18% dos brasileiros responderam que pretendiam fazer uma grande compra nos meses seguintes. A maioria (74%) não pretendia fazer grandes aquisições. Outros 8% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada de 20 a 22 de julho de 2020 pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 560 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
“O consumidor continua se mantendo bastante cauteloso em relação à compra de bens ou serviços. Esse percentual é mais alto para as faixas de renda mais baixas, que foram as que mais sofreram na pandemia, com perda de emprego e suspensão de contrato de trabalho e estão com nível de endividamento mais alto”, disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do FGV Ibre, à Folha de S.Paulo.
Segundo a pesquisa do FGV Ibre, 10% dos entrevistados dizem não ter como pagar as contas. O fim do auxílio emergencial foi citado por 7% dos entrevistados para justificar a pausa no consumo.

Entidade prevê problemas neste ano -Pandemia ainda impacta resultados

Apesar da redução de vagas, há expectativa de salários maiores em 2020Tomaz Silva/Agência Brasil
PODER360

21.out.2020 (quarta-feira) – 22h19
Pesquisa divulgada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), nesta 4ª feira (21.out.2020), aponta que a oferta de vagas temporárias para o Natal deve ser a menor em todo o Brasil, desde 2015. Segundo a entidade, as empresas do setor ainda sofrem com os efeitos econômicos da pandemia.
A CNC estima que sejam abertas 70.700 vagas de emprego temporárias no país, neste fim de ano, o que representa queda de 19,7%, em relação a 2019. Para o varejo, o Natal é a principal data comemorativa que impulsiona vendas.
Apesar da queda nas contratações, a CNC prevê que a movimentação financeira do comércio seja maior neste ano e chegue a R$ 37,5 bilhões, alta de 2,2%, na comparação com o mesmo período de 2019. O estudo aponta que o comércio eletrônico deve ajudar a impulsionar as vendas, ainda que não seja suficiente para aumentar a demanda por novos funcionários.

DADOS REGIONAIS
O levantamento aponta que a queda na abertura de vagas temporárias será percebida em todos os Estados. A expectativa é de que São Paulo seja o local com mais oportunidades de trabalho neste fim de ano, onde se espera a abertura de 17.900 vagas. O número é mais que o dobro do 2º lugar, que deve ficar com Minas Gerais, com 8.330 contratações, aproximadamente.
Em todos os Estados, a maior parte das vagas será aberta em lojas de vestuário e calçados. Esse setor deverá abrir 30.700 vagas, neste fim de ano.

SALÁRIOS MAIORES
O estudo da CNC diz que o salário médio oferecido pelas empresas deve ser 4,6% maior que o oferecido em 2019, chegando a R$ 1.319. Lojas especializadas em produtos de informática e comunicação terão os maiores salários, chegando a R$ 1.618. No entanto, essas empresas devem representar apenas 7% do total de vagas temporárias.
Embora os salários sejam maiores, quem for contratado neste período terá menos chances de ser efetivado. Isso porque a taxa de efetivação tende a ser menor, por causa da incerteza dos empresários quanto ao futuro da economia em 2021.

Decreto será publicado no ‘Diário Oficial’ desta quarta ( abaixo ) diz Palácio do Planalto. Extensão já havia sido anunciada por Paulo Guedes; acordos podem vigorar até 31 de dezembro. Programa foi criado em abril em razão da pandemia do coronavírus.
______________________________
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (13) o decreto que prorroga, até 31 de dezembro, o programa que autoriza empresas a reduzirem proporcionalmente, ou suspenderem, a jornada e o salário dos funcionários.
Criado em razão da pandemia do coronavírus, o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) foi instituído com uma medida provisória em abril e já tinha passado por outras duas prorrogações.
O novo decreto deve ser publicado no “Diário Oficial da União” desta quarta-feira (14), segundo informou o Palácio do Planalto. O prazo atual terminava neste mês, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia anunciado que o programa seria estendido.
Como as medidas só valem enquanto durar o estado de calamidade pública, os acordos deverão ser encerrados no último dia de 2020.
• Redução de jornada e salário: veja perguntas e respostas
“Diante do cenário atual de crise social e econômica, e com a permanência de medidas restritivas de isolamento social, faz-se necessária a prorrogação, mais uma vez, do prazo máximo de validade dos acordos”, diz material divulgado pelo Palácio do Planalto nesta terça.
“Essa ação irá permitir que empresas que estão em situação de vulnerabilidade possam continuar sobrevivendo a este período e, desta forma, preservar postos de trabalho e projetar uma melhor recuperação econômica”, afirma o governo.
sido prorrogado em julho; veja as prncipais regrasO que prevê programaO programa foi criao em razão da pandemia do novo o.
O valor da recomposição corresponde a uma porcentagem do que o empregado receberia de seguro-desemprego e é depositado diretamente na conta do trabalhador.
Como contrapartida, o empregador é obrigado a garantir o emprego desse funcionário por um período igual ao da redução. Ou seja: se o contrato for reduzido ou suspenso por quatro meses, o trabalhador não poderá ser demitido nos quatro meses seguintes.
Se optar pela demissão no período, além dos valores normais da decisão, o empresário terá de indenizar o empregado.

DECRETO Nº 10.517, DE 13 DE OUTUBRO DE 2020
Prorroga os prazos para celebrar acordos de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário e de suspensão temporária de contrato de trabalho e para efetuar o pagamento dos benefícios emergenciais de que trata a Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020,
DECRETA:
Art. 1º Este Decreto prorroga os prazos para celebrar acordos de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário e de suspensão temporária de contrato de trabalho e para efetuar o pagamento dos benefícios emergenciais de que tratam a Lei nº 14.020, de 6 de julho de 2020, o Decreto nº 10.422, de 13 de julho de 2020, e o Decreto nº 10.470, de 24 de agosto de 2020.
Art. 2º Os prazos máximos para celebrar acordo de redução proporcional da jornada de trabalho e de salário e de suspensão temporária de contrato de trabalho, de que tratam, respectivamente, o caput do art. 7º e o caput do art. 8º da Lei nº 14.020, de 2020, consideradas as prorrogações do Decreto nº 10.422, de 2020, e do Decreto nº 10.470, de 2020, ficam acrescidos de sessenta dias, de modo a completar o total de duzentos e quarenta dias, limitados à duração do estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º da Lei nº 14.020, de 2020.
Art. 3º Os prazos máximos para celebrar acordo de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário e de suspensão temporária de contrato de trabalho, ainda que em períodos sucessivos ou intercalados, de que trata o art. 16 da Lei nº 14.020, de 2020, consideradas as prorrogações do Decreto nº 10.422, de 2020, e do Decreto nº 10.470, de 2020, ficam acrescidos de sessenta dias, de modo a completar o total de duzentos e quarenta dias, limitados à duração do estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º da Lei nº 14.020, de 2020.
Art. 4º Os períodos de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário e de suspensão temporária de contrato de trabalho utilizados até a data de publicação deste Decreto serão computados para fins de contagem dos limites máximos resultantes dos acréscimos de prazos de que tratam o art. 2º e o art. 3º, o Decreto nº 10.422, de 2020, e o Decreto nº 10.470, de 2020, limitados à duração do estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º da Lei nº 14.020, de 2020.
Art. 5º O empregado com contrato de trabalho intermitente, nos termos do disposto no § 3º do art. 443 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, formalizado até 1º de abril de 2020 fará jus ao benefício emergencial mensal no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), pelo período adicional de dois meses, contado da data de encerramento do período total de seis meses de que tratam o art. 18 da Lei nº 14.020, de 2020, o art. 6º do Decreto nº 10.422, de 2020, e o art. 5º do Decreto 10.470, de 2020.
Art. 6º A concessão e o pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda e do benefício emergencial mensal de que tratam, respectivamente, o art. 5º e o art. 18 da Lei nº 14.020, de 2020, observadas as prorrogações de prazos previstas no Decreto nº 10.422, de 2020, no Decreto nº 10.470, de 2020, e neste Decreto, ficam condicionados às disponibilidades orçamentárias e à duração do estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º da Lei nº 14.020, de 2020.
Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 13 de outubro de 2020; 199º da Independência e 132º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes
Este texto não substitui o publicado no DOU de 14.10.2020.
*

Por G1 e TV Globo — Brasília

13/10/2020
__________

 

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o comércio avançou 6,1%
REDAÇÃO / AMANHA DIGIT.
08/10/2020

O comércio varejista de tecidos, vestuário e calçados liderou as altas em agosto, com 30,5%
O comércio varejista cresceu 3,4%, em agosto, na comparação com julho, a quarta alta mensal seguida, após quedas influenciadas pela pandemia em março e abril. Com o resultado, o setor atinge o maior patamar de vendas desde 2000, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.
Na comparação com agosto de 2019, o comércio cresceu 6,1%, terceiro resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o setor registrou menor ritmo de queda (-0,9%), enquanto nos últimos 12 meses, acumula crescimento de 0,5%, após três meses de estabilidade. “O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes, até que em agosto o setor ficou 8,2% acima de fevereiro”, explica o gerente da PMC, Cristiano Santos.
Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de julho para agosto. Entre as que apresentaram maior crescimento estão tecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%). O gerente da pesquisa diz ainda que fatores como o aumento da renda devido ao auxílio emergencial e a alta dos preços também têm influenciado o desempenho do varejo, especialmente o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuou 2,2% de julho para agosto, impactado pela inflação dos alimentos.
“Os produtos de supermercados têm uma elasticidade alta, um arroz mais caro é substituído por outro mais barato, mas o consumidor continua comprando. Os supermercados continuam próximos da margem, mesmo em queda, não sentem tanta diferença quanto em outras atividades”, explica Santos, complementando que o crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos pode ser consequência da renda extra do auxílio emergencial, utilizada pelas famílias para reposição de produtos antigos. Os demais setores em queda foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-24,7%).
Varejo ampliado
O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve alta de 4,6% em relação a julho, reduzindo o ritmo de crescimento com relação ao mês anterior (7,1%). Veículos, motos, partes e peças cresceu 8,8% e material de construção registrou aumento de 3,6%, ambos, respectivamente, após 12,3% e 5,9% registrados no mês anterior. Frente a agosto de 2019, houve aumento de 3,9%, segunda taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o varejo ampliado soma recuo de 5%. O acumulado em 12 meses, ao passar de -1,9% até julho para -1,7% até agosto, também apontou leve melhora no ritmo de venda.

 

 

( Icec apresenta alta em todos os itens pesquisados e registra o terceiro avanço seguido)

REDAÇÃO – AMANHA DIGIT – 01.10.20

Empresários do varejo afirmaram ter pretensão de aumentar o quadro de funcionários

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), renovou em setembro a maior alta da história (+14,4%), subindo a 91,6 pontos e se aproximando da zona de otimismo (acima dos 100 pontos). O crescimento mensal, o terceiro consecutivo, foi o maior desde o início da realização da pesquisa, em abril de 2011. No comparativo anual, entretanto, houve queda de 23,1%.

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a flexibilização das medidas de distanciamento social deve sustentar a retomada gradual da atividade econômica no terceiro trimestre. “O volume de vendas do comércio tem apresentado crescimento nos últimos meses, impulsionado pela reabertura das lojas do varejo não essencial, o que tem impactado na percepção cada vez mais otimista dos comerciantes”, destaca Tadros, ressaltando que a manutenção dos benefícios emergenciais, mesmo que em valores menores, deve seguir apoiando o consumo até o fim do ano.

Em setembro, o Icec registrou crescimento em todos os itens pesquisados. Entre os principais subíndices, o que apresentou a maior alta mensal foi o referente à satisfação dos comerciantes com as condições atuais (+42,1%), que chegou a 55 pontos – o segundo avanço seguido do item, depois de cinco meses de quedas intensas. O indicador, contudo, ainda está 41,5% atrás do nível verificado em setembro de 2019. Especificamente em relação à economia, os empresários do comércio se mostraram 65,6% mais satisfeitos do que em agosto – o maior percentual positivo da pesquisa e recorde para este item, que atingiu 40,1 pontos, após queda de mais de 90 pontos durante a pandemia.

O índice que mede as intenções de investimento também acumulou o segundo aumento mensal consecutivo (+13,1%) – o maior crescimento da série para este indicador. O resultado positivo do item, que chegou a 81,1 pontos, foi puxado pelo aumento da intenção de contratação de funcionários, que subiu a 98,8 pontos, após crescimento mensal recorde de 22,3%. Economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira chama a atenção para a proporção de empresários do varejo que afirmaram ter pretensão de aumentar o quadro de funcionários em setembro (50,6%, contra 33,2% em agosto). “A intenção de contratar pelo comércio avançou em todas as regiões e mais da metade dos comerciantes já pretende aumentar o quadro”, destaca.