Desde o início da pandemia, as empresas de comércio de bens, serviços e turismo foram as mais afetadas. Juntas, elas representam 73% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, e seu funcionamento é essencial para a retomada econômica. Quando as companhias começavam a se recuperar da primeira onda, veio a segunda, que deixou o setor sem fôlego para continuar parado.

Para lidar com essa situação, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) tem buscado medidas de apoio junto ao governo federal e ao Congresso Nacional para minimizar os impactos tanto para as empresas quanto para os empregados. O Sistema Comércio também colocou o Sesc e o Senac à disposição para auxiliar na vacinação em todo o país, seja com campanhas de conscientização, seja no apoio ao movimento Unidos pela Vacina.

Além disso, a confederação lançou uma campanha que exalta a essencialidade do comércio de bens, serviços e turismo. O material mostra como esses segmentos estão preparados para atender com cuidado e segurança a população. Nas redes sociais, a campanha utiliza as hashtags: #comercioaberto, #serviçoaberto e #turismoaberto.

Queda nas vendas

— A demora na vacinação da população, o aumento de casos de Covid e restrições ao comércio de bens, serviços e turismo serão refletidos na crise. Estamos dialogando com as autoridades para mostrar que o comércio formal trabalha com segurança e responsabilidade. A saúde é prioridade, sem dúvidas, mas acreditamos que é possível se proteger sem descuidar do emprego, da economia e do social — afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Ao longo da crise sanitária, tem se observado a clara correlação negativa entre o isolamento social e o desempenho mensal das vendas do varejo, como, por exemplo, em abril do ano passado, quando o ápice do isolamento social coincidiu com a maior retração mensal do volume de vendas da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao fim do primeiro trimestre, apenas três segmentos apresentavam nível de faturamento mensal superior ao observado no período pré-pandemia: hiper e supermercados (+3,9%), artigos farmacêuticos (+12,7%) e lojas de material de construção (+1,9%).

— Sobressaem negativamente nesse comparativo as perdas de mais de 50% ainda registradas pelas livrarias e papelarias e pelas lojas de tecidos, vestuário e calçados — observa Fabio Bentes, economista da CNC. Somente no ano passado, foram fechados 110 mil estabelecimentos de varejo e turismo em todo o

O turismo é o segmento mais afetado pela Covid-19 na geração de receita. Ao fim do primeiro trimestre de 2021, o nível de produção do setor está 44% abaixo do período pré-pandemia. A Confederação calcula que, em 14 meses (de março de 2020 a abril de 2021), o turismo brasileiro perdeu R$ 341,1 bilhões.

Vacinação

Programas de estímulo do governo, como o auxílio emergencial, também podem impulsionar as vendas. Apesar da redução, o benefício é uma medida positiva como estímulo à economia e garantia à população. Estima-se que 31,2% do que for sacado pela população atendida será gasto no setor.

A CNC também solicitou à Presidência da República e ao Ministério da Saúde que os trabalhadores do comércio sejam incluídos no grupo prioritário de vacinação. Nos ofícios, a instituição ressalta a importância dos serviços prestados no comércio para fornecer à sociedade bens e serviços indispensáveis durante o combate à pandemia.

— A vacinação em grande escala é imprescindível para fomentar a economia. Somente com a segurança da vacina a população se sentirá totalmente apta a consumir os serviços e, assim, movimentar o setor novamente — declara o economista-chefe da CNC, Carlos Thadeu de Freitas.

Fonte: https://valor.globo.com/patrocinado/cnc/noticia/2021/06/01/comercio-nao-tem-mais-folego-para-parar.ghtml

O mundo de negócios está extremamente aquecido diante da quantidade de dinheiro que foi injetada nas economias para amenizar as consequências da pandemia de Covid-19. Quem souber escolher bem os investimentos e aprender a gerencia-los vai sair na frente nessa corrida. As afirmações são do empresário Abilio Diniz, atual presidente do Conselho de Administração da Península Participações e membro dos Conselhos de Administração do Grupo Carrefour e do Carrefour Brasil.

Em entrevista ao portal Mercado&Consumo, ele falou sobre o momento atual do varejo no Brasil e no mundo. Para Abilio Diniz, daqui para a frente, lojas de grandes superfícies, como as dos hipermercados, não serão mais construídas em grande quantidade. A tendência é que o consumidor dê cada vez mais preferência a lojas de proximidade, menores, mais especializadas.

Além disso, apesar da formação de grandes Ecossistemas de Negócios em vários países, o varejo regional brasileiro deve permanecer forte. “As características do consumidor precisam ser atendidas de maneira local. Você precisa estar atento ao consumidor brasileiro, argentino, americano e europeu”, afirma. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Mercado&Consumo: A forma de consumir mudou muito neste mais de um no e meio de pandemia de Covid-19. Como o senhor vê o período de retomada do varejo e do consumo?

Abilio Diniz: Nós precisamos olhar para o retrovisor, olhar para o passado. Essa questão de lojas mais convenientes já vinha se acentuando. A tendência de as pessoas não quererem ir sempre a grandes lojas, a grandes superfícies, porque perde-se muito tempo, porque é cansativo muitas vezes, essa tendência já vinha se acentuando há bastante tempo. A tendência é você ir para lojas de proximidade, menores, ou até lojas especializadas, o supermercado especializado em alimentação, muito focado em perecíveis e alimentos saudáveis.

Esse tipo de loja de supermercado de 3 mil m² até 5 mil m² vai continuar existindo, mas eu acho que essas grandes superfícies vão diminuir. Não vão se fazer mais tantas nesse modelo. Nós temos hipermercados que têm sucesso dentro do Carrefour e outros nem tanto. Precisamos olhar caso a caso. Não podemos dizer “ah, na pandemia as pessoas querem só loja de proximidade”. Isso já era uma tendência que vinha acontecendo. Da mesma forma, hoje as pessoas podem comprar mais online e normalmente as pessoas compram online grandes volumes, garrafas de água, pacotes de papel higiênico, de fralda. Quando se fala de produtos industrializados que as pessoas compram em maior quantidade e sabem de que marca vão comprar, é natural que comprem no online.

Não existe hoje uma tendência que não existisse anteriormente. Elas estão se acentuando mais, sim, talvez por causa da pandemia, mas também talvez por causa do tempo que está passando e fazendo com que as pessoas queiram mais comodidade.

“A tendência é você ir para lojas de proximidade, menores, ou até lojas especializadas, o supermercado especializado em alimentação, muito focado em perecíveis e alimentos saudáveis.”

M&C: O que ainda atrai público a lojas grandes?

Abilio Diniz: Não existe consumidor que só quer loja online, ou que só quer loja pequena, ou que só quer loja grande. Não existe. As pessoas gostam de ter um leque de possibilidades e oportunidades. Há dias em que as pessoas têm tempo e gostam de ir a uma loja maior, onde elas não encontram somente aquilo que elas especificamente foram buscar. Elas gostam de ver outros produtos, outro tipo de mercadoria. Essas lojas não vão deixar de existir. A visão presencial da mercadoria, o toque, isso as pessoas não vão deixar de procurar de vez em quando. O que vai acontecer é que a quantidade de lojas de grandes superfícies não vai se fazer mais em grande quantidade. Vai se fazer uma ou outra. Aquelas que existiam e que estejam acessíveis vão continuar existindo, vão procurar se adaptar melhor àquilo que o consumidor gostaria de ter lá, a escolha do sortimento vai ficar mais apurada e as pessoas vão continuar indo nelas. Não existe uma morte nem existe um nascimento.

M&C: Essas tendências exigiram mudanças no perfil dos executivos de varejo?

AD: Não vejo que houve mudança no perfil dos executivos. Hoje todas as pessoas estão se voltando para coisas de inovação. É natural que mesmo um executivo de logística esteja atento a todas as inovações que estão surgindo, todas as coisas que estão acontecendo. É preciso estar atualizado. Mas a pessoa tem de estar sempre aberta para aprender. O mundo hoje caminha numa velocidade extraordinária. Você tem de estar muito disposto a aprender e a usar esse aprendizado naquilo que você faz. Quem não faz isso evidentemente fica para trás.

M&C: Vemos no mundo todo a formação de grandes conglomerados, em especial na China. Como o senhor enxerga esse movimento aqui no Brasil?

Abilio Diniz: A Amazon e o Alibaba já estão por aqui. Hoje o mundo se conecta de forma extraordinária. Mas o varejo brasileiro é pouco concentrado. É disperso, formado por várias cadeias, com redes regionais que são importantes. Existem duas ou três empresas maiores, mas sua concentração perante o todo, sua importância perante o todo, é muito baixa. Nós mesmos, do Carrefour, acabamos de adquirir o Big, antigo Walmart, mas também somos pequenos em relação ao todo, embora sejamos a maior empresa de varejo e distribuição não só do Brasil, mas da América Latina. O varejo é muito disperso, com pequenas lojas, pequenas organizações, redes regionais.

Hoje, nas grandes redes de varejo e distribuição, você olha muito que não é bom você as ter espalhadas pelo mundo. Você pega o Walmart, que já esteve em vários países e já saiu, procurando se concentrar única e exclusivamente no Estados Unidos, que é uma imensidão. Você pega nós mesmos, do Carrefour, que já estivemos muito mais espalhados do que estamos hoje. Vendemos em 2019 nossa operação na China e já tínhamos vendido outras na Ásia e aqui mesmo na América do Sul, na Colômbia. Então o que você vê é o seguinte: a distribuição deve ser administrada de maneira local. Todos os países são iguais, mas as características do consumidor precisam ser atendidas de maneira local. Você precisa estar atento ao consumidor brasileiro, argentino, americano, europeu. Você tem que prestar atenção no consumidor, procurar adivinhar não só o que ele quer, mas o que ele gostaria de querer – até aquilo que ele não sabe direito, você tem de tentar adivinhar e oferecer. E isso você só faz de maneira regional.

Por exemplo: mesmo nos Estados Unidos, o Walmart, que é o maior distribuidor do mundo, não está em todos os lugares. Existem cadeias que são regionais que estão mais na Costa Leste, outras mais para o Meio Oeste, outras mais no Centro.

“Você tem que prestar atenção no consumidor, procurar adivinhar não só o que ele quer, mas o que ele gostaria de querer – até aquilo que ele não sabe direito, você tem de tentar adivinhar e oferecer. E isso você só faz de maneira regional.”

M&C: Está otimista com relação aos próximos meses?

Abilio Diniz: Não é que estou otimista; eu sou otimista por natureza e tenho muito orgulho disso. Mas sou realista, não me descolo da realidade. Neste momento, estou otimista com tudo. As vacinas estão aí, você vê os Estados Unidos, [em que o presidente Joe] Biden já disse que até o final do verão todo estarão os americanos vacinados e só aqueles que não quiserem se vacinar não estarão. Nós, aqui, temos uma promessa do governo de que até o final do ano teremos todos os brasileiros praticamente vacinados. Eu gostaria que isso fosse mais rápido, que essa concentração maior se desse mais agora para o meio do ano do que para o fim. Mas a retomada está garantida. É preciso olhar para ela para ver como se dará.

Foram injetadas quantidades monumentais de dinheiro nas economias em todos os países – nuns mais, outros menos. Mesmo aqui no Brasil, injetamos uma quantidade de dinheiro muito grande. Nos Estados Unidos, tanto [Donald] Trump quanto Biden injetaram trilhões de dólares, na Europa foram trilhões de euros. Evidentemente que isso alavanca crescimento e desenvolvimento. Isso alavanca mais do que a retomada, alavanca um desenvolvimento mundial.

“Foram injetadas quantidades monumentais de dinheiro nas economias e evidentemente isso alavanca crescimento e desenvolvimento.”

A Península é uma empresa fundamentalmente financeira, uma empresa que olha investimentos e oportunidades, e uma coisa que eu tenho dito é que o mundo de negócios está extremamente aquecido. Veja governos fazendo investimentos em infraestrutura, empresas privadas investindo em infraestrutura, em consumo, em tecnologia, em inovação, em todo lugar, tudo isso porque existe dinheiro.

O que vai determinar os vencedores é a capacidade de escolher os investimentos, escolher os negócios e gerencia-los. A coisa mais importante é a capacidade de as pessoas e das empresas de gerenciar essa monumental quantidade de dinheiro que existe no mundo principalmente por empresas que são investidoras. Porque a economia está muito aquecida, os negócios estão muito aquecidos, as oportunidades são enormes. Isso evidentemente vai separar os competentes dos incompetentes. Quem tiver competência vai ganhar muito dinheiro, quem não tiver vai perder, provavelmente. É um momento não só de retomada, mas até certo ponto de explosão da economia, um momento muito forte. Nossa bolsa, apesar da pandemia, atingiu limites que não tinham sido alcançados; nos Estados Unidos as bolsas também estão batendo recordes. Antes se falava muito que a explosão era só no mundo tech, mas hoje as empresas de tech não estão assim ganhando tanto das outras. Todas as empresas estão crescendo, o mundo está excitado em termos de business, em termos de negócios, e o Brasil não vai ficar para trás. O crescimento do PIB está sendo revisado todos os dias. Antes era esperado um crescimento do PIB de 3,5% [para 2021], depois de 3,8%, depois de 4%, e hoje o mais possível é em fique em torno de 5% ou mais. Tomara que isso aconteça porque a coisa mais importante que precisa ocorrer agora é gerar emprego.

“É um momento não só de retomada, mas até certo ponto de explosão da economia, um momento muito forte.”

M&C: Qual o papel das empresas nessa retomada?

Abilio Diniz: Eu nunca fiquei esperando nada do governo. O governo tem de colocar a economia andando, fazer com que ela funcione, que as coisas aconteçam, mas nunca esperei nada do governo. Acho que as coisas estão comigo, estão com os empresários. Os empresários têm de investir e acho que eles estão com disposição para investir. Eu sinto todos os empresários brasileiros tirando projeto da gaveta e com disposição para investir e é isso que estão fazendo.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2021/06/14/abilio-diniz-momento-nao-e-de-retomada-mas-de-explosao-na-economia/

O governo vai propor uma alíquota diferenciada para o setor de comércio e serviços na 1ª fase da reforma tributária. A alíquota será inferior aos 12% propostos para a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) para que a carga tributária do setor não aumente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou a congressistas que essa alíquota pode ficar em 8%. O chefe da equipe econômica discutiu o assunto com a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, na noite dessa 2ª feira (07.jun.2021) e nesta 3ª feira (08.jun), e afirmou que “não quer de jeito nenhum aumentar” a carga tributária dos serviços.

“Estamos considerando a possibilidade de ter 2 alíquotas. Uma para comércio e serviços, mais baixa, e outra para a indústria, um pouco mais alta”, disse Guedes, em live com o setor de serviços.

O ministro afirmou que a ideia inicial era que todos os setores tivessem a mesma alíquota na CBS, que vai unificar os impostos que incidem sobre o consumo. Porém, disse que o tratamento especial está em estudo já que o governo não vai conseguir desonerar a folha de pagamento neste momento.

Levantamento da Roit Consultoria realizado a pedido do Poder360 mostrou que a CBS pode elevar a carga de impostos de 20% das empresas do setor de serviços. Isso ocorre porque o segmento é intensivo em mão de obra e costuma ter menos gastos com insumos para deduzir o imposto.

Guedes defende a volta da CPMF como forma de desonerar a folha de pagamento. Contudo, deixou o assunto para depois por conta da resistência política e quer fazer a reforma “que é possível” agora.

“Não vai ter grande novidade na reforma tributária. É uma reforma moderada. Eu gostaria de fazê-la um pouco mais ampla, inclusive com a desoneração da folha. Não é o momento ainda, mas nós não vamos desistir. Vamos fazer gradualmente”, afirmou o ministro.

REPASSE
Na reunião desta 3ª feira, empresários e representantes do setor de serviços afirmaram que a alíquota de 12% proposta pelo governo para a CBS poderia elevar a carga tributária do segmento. Há uma preocupação de que o aumento precise ser repassado para o consumidor ou trave as contratações do setor, que responde por boa parte da atividade econômica e dos empregos do país.

Líder do PP na Câmara, Cacá Leão (BA) disse aos empresários que participaram da reunião que a bancada vai defender o setor na discussão sobre a reforma tributária. O presidente da Frente Parlamentar do Setor de Serviços, deputado Laércio Oliveira (PP-SE), também tem defendido o assunto.

Segundo Cacá Leão, o encaminhamento da reforma tributária será discutida hoje na reunião de líderes convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A ideia é que a reforma tramite de forma paralela na Câmara e no Senado.

Os deputados devem iniciar o debate sobre o projeto de lei que propõe a unificação do PIS/Cofins na CBS. Já o Senado deve começar o debate sobre um novo Refis. Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, Jorge Luiz de Lima afirmou nesta 3ª feira (08.jun) aos empresários do setor de serviços que “tem um Refis vindo”.

Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/reforma-tributaria-governo-avalia-aliquota-menor-para-comercio-e-servicos/

O governo e o Senado trabalham para que o projeto de renegociação de dívidas de empresas, chamado de Refis, seja aprovado na Casa até o fim de maio.

A medida ainda não foi à pauta da Casa Alta por falta de concordância do Ministério da Economia, de Paulo Guedes, que não apoia a ideia. Articuladores do governo no Senado negociam com a pasta para viabilizar a votação no prazo.

A proposta é do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O senador defende a ideia como uma forma imediata de ajudar empresas em meio à pandemia da covid-19.

Há baixa controvérsia no Congresso, e Guedes reconhece a necessidade de apoiar empresas que devem ao Fisco, mas resiste ao Refis porque prefere que a negociação seja dentro da reforma tributária.

A Economia também diz que a negociação individual de dívidas é possível por meio da transação tributária –modalidade que foi regulamentada em 2020 pela Lei 13.988.

Para a equipe econômica, o ideal seria analisar caso a caso antes de autorizar a renegociação. Por isso, auxiliares de Guedes admitem as conversas com o Senado sobre o Refis, mas querem negociar o modelo do programa.

O receio é criar um programa com regras genéricas, que beneficiem as empresas que precisam do parcelamento, mas também empresas que ainda têm condições de manter os pagamentos ao governo.

Programas de regularização como o proposto pelo presidente do Senado custaram R$ 176 bilhões. A informação está em estudo de 2020 feito pela Receita Federal. R$ 176 bilhões em 18 anos. Houve 40 programas no período. O órgão não vê a ideia com bons olhos.

As renegociações de dívidas dos pagadores de impostos têm como objetivo regularizar a situação dos devedores. Técnicos argumentam, porém, que as regras tornam vantajoso deixar de pagar os tributos para aplicar os recursos no mercado financeiro.

O programa tenta conseguir o pagamento de pelo menos parte do valor devido, mas a arrecadação fica abaixo da esperada porque muitas empresas ficam inadimplentes.

Fonte: https://www.poder360.com.br/congresso/senado-e-economia-negociam-para-novo-refis-ser-aprovado-ate-o-fim-de-maio/

Vídeo: https://sindishopping.com.br/wp-content/uploads/2021/05/Untitled-Project.mp4

Rodrigo Pacheco apoia a ideia

-Guedes é contra renegociação

O governo e o Senado trabalham para que o projeto de renegociação de dívidas de empresas, chamado de Refis, seja aprovado na Casa até o fim de maio.

A medida ainda não foi à pauta da Casa Alta por falta de concordância do Ministério da Economia, de Paulo Guedes, que não apoia a ideia. Articuladores do governo no Senado negociam com a pasta para viabilizar a votação no prazo.

A proposta é do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O senador defende a ideia como uma forma imediata de ajudar empresas em meio à pandemia da covid-19.

Há baixa controvérsia no Congresso, e Guedes reconhece a necessidade de apoiar empresas que devem ao Fisco, mas resiste ao Refis porque prefere que a negociação seja dentro da reforma tributária.

A Economia também diz que a negociação individual de dívidas é possível por meio da transação tributária –modalidade que foi regulamentada em 2020 pela Lei 13.988.

Para a equipe econômica, o ideal seria analisar caso a caso antes de autorizar a renegociação. Por isso, auxiliares de Guedes admitem as conversas com o Senado sobre o Refis, mas querem negociar o modelo do programa.

O receio é criar um programa com regras genéricas, que beneficiem as empresas que precisam do parcelamento, mas também empresas que ainda têm condições de manter os pagamentos ao governo.

Programas de regularização como o proposto pelo presidente do Senado custaram R$ 176 bilhões. A informação está em estudo de 2020 feito pela Receita Federal. R$ 176 bilhões em 18 anos. Houve 40 programas no período. O órgão não vê a ideia com bons olhos.

As renegociações de dívidas dos pagadores de impostos têm como objetivo regularizar a situação dos devedores. Técnicos argumentam, porém, que as regras tornam vantajoso deixar de pagar os tributos para aplicar os recursos no mercado financeiro.

O programa tenta conseguir o pagamento de pelo menos parte do valor devido, mas a arrecadação fica abaixo da esperada porque muitas empresas ficam inadimplentes.

Fonte: https://www.poder360.com.br/congresso/senado-e-economia-negociam-para-novo-refis-ser-aprovado-ate-o-fim-de-maio/

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia elevou a projeção de alta do PIB em 2021 para 3,5%. Os dados constam no Boletim Macrofiscal de maio, divulgado hoje.

Na última versão, publicada em março, a equipe econômica estimava um crescimento de 3,2%. No boletim mais atual, as projeções de inflação também cresceram: de 4,42% para 5,05%, puxada principalmente, segundo a SPE, pelas pressões nos combustíveis e na bandeira de energia elétrica.

A projeção mais otimista de crescimento está em linha com estimativas de mercado. Boletim Focus divulgado nesta semana mostra que o mercado financeiro prevê um PIB de 3,45% em 2021 e inflação de 5,15% este ano.

“Pode-se destacar a expectativa do bom resultado da atividade econômica no primeiro trimestre, mesmo diante do aumento das regras legais de distanciamento e a despeito do fim do auxílio emergencial”, assinalou a SPE no Boletim.

Segundo a equipe, “os resultados melhores no começo deste ano e a expectativa de continuidade do processo de vacinação, impulsionando o setor de serviços no segundo semestre, possibilitaram a revisão do crescimento do PIB para 2021 em 0,3 p.p., para 3,5%”.

O secretário de política econômica, Adolfo Sachsida, afirmou, no entanto, que essa é uma projeção conservadora e ainda há incertezas sobre a evolução da pandemia – possível chegada de uma terceira onda – e o risco fiscal.

“Sem a consolidação fiscal perderíamos a ancoragem das expectativas e isso desestabilizaria a trajetória inflacionária com resultados negativos sobre a atividade econômica”, assinala a SPE na apresentação.

Nesse sentido, Sachsida afirmou que “a melhor política econômica é a vacinação em massa”.

Já em relação às novas estimativas de inflação, a SPE destaca que, apesar de o valor estar acima da meta de inflação de 3,75% para o ano, “deve-se destacar que ele se encontra dentro do intervalo de tolerância”. “A projeção do IPCA converge para o centro da meta a partir de 2022 (3,5%)”, projeta a secretaria.

Fonte: https://www.jota.info/tributos-e-empresas/mercado/governo-crescimento-pib-ano-18052021#:~:text=economia-,Governo%20eleva%20projeção%20de%20crescimento,este%20ano%20para%203%2C5%25&text=A%20Secretaria%20de%20Política%20Econômica,Macrofiscal%20de%20maio%2C%20divulgado%20hoje.

Um manifesto publicado nesta 6ª feira (14.mai.2021) nos principais jornais impressos do país, por 100 entidades do comércio e de serviços, pede o fim do “abre e fecha” e de medidas de restrições de combate ao coronavírus, como o fechamento parcial de estabelecimentos. “Estão matando o comércio aos poucos”, diz.

O informe publicitário (íntegra – 170 KB) afirma que governadores e prefeitos fecham negócios e obrigam os proprietários ao pagamento de impostos. “Em algumas cidades, por mais de 6 meses”, afirma o texto, que diz que os empresários não aceitarão mais fechamentos –nem os que permitem uma operação parcial.

Integram o documento associações como Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers); Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping); Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes); CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas); LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) e dezenas de outras entidades.

 

“Não é possível viabilizar um negócio com ocupação de 30%”, destaca a peça. As entidades também dizem que há uma escolha desprovida de critérios em relação à autorização de funcionamento de alguns estabelecimentos: “certas atividades não essenciais foram autorizadas a abrir, enquanto outras foram fechadas”.

Afirmam, também, que milhões de pessoas perderam o emprego e atribuem a culpa à “incompetência do ao setor público, notadamente na área de [sic] Saúde”, que segundo os autores “já vinha em questão crítica e foi agravada pelo fechamento de hospitais de campanha construídos em 2020”.

O documento afirma que “25% do comércio quebrou e não volta mais”. Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publicado em 1 de março mostrou que 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam no Brasil em 2020. O cálculo é feito com base na diferença entre o total de aberturas e fechamentos de lojas no ano.

Autoridades de saúde afirmam que o distanciamento social é uma das medidas de contenção do avanço do coronavírus.

Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/100-entidades-do-comercio-e-servicos-pedem-fim-de-restricoes-em-manifesto/

2020 não foi tão ruim quanto se chegou a prever – mas também não podemos relativizar o desastre do ano passado

Há duas maneiras de se olhar o cenário econômico: pelo retrovisor e pelo para-brisa. É importante mirar ao mesmo tempo o que ficou para trás e o que vem pela frente: registrar o passado para compreender o presente e tentar antecipar o futuro.

Os dados do IBGE, divulgados no início do fevereiro, mostraram que 2020 não foi tão ruim quanto se chegou a prever. O PIB encolheu 4,1%, mas as expectativas iniciais davam conta de uma contração de cerca de 9%. Se o Brasil não foi bem, outros países tiveram desempenho ainda pior. De acordo com a OCDE, as economias de Japão, Alemanha e Canadá retraíram em torno de 5%. A França viu o PIB murchar em mais de 8%. O Reino Unido encostou na queda de 10%. A Espanha bateu em 11%.

Não é o caso de relativizar o desastre do ano passado. Foi o pior resultado em 30 anos. Com isso, o Brasil deixou de fazer parte do clube das dez maiores economias do mundo, como certamente mostrará o ranking a ser divulgado em abril pelo Fundo Monetário Internacional.

Para efeitos de análise, convém destrinchar a performance da economia por trimestre. Em 2020, o país teve um terceiro trimestre de forte recuperação, com alta de 7,7% do PIB, o que se deveu não apenas a um efeito estatístico (pois a base de comparação era muito baixa), mas também à injeção de bilhões de reais na economia, por meio do auxílio emergencial aos mais necessitados. No último trimestre, no entanto, o ritmo arrefeceu para 3,2%. A esperada recuperação em V ficou no meio do caminho – a haste da direita foi cortada pela metade.

Este primeiro trimestre não dá sinais de que esteja havendo uma movimentação mais robusta nos vários setores econômicos. Ao contrário, os termômetros mais sensíveis indicam estagnação, se não algum grau de recessão O cenário não surpreende. O desemprego continua em patamar elevadíssimo, em torno de 14% da população economicamente ativa. O auxílio emergencial foi suspenso. O quadro pandêmico se agravou, causando mais de mil mortes por dia e esgotando as estruturas do sistema de saúde e debilitando as empresas.

O que esperar da economia a partir de agora? Em primeiro lugar, há que se rejeitar explicações mecânicas. A situação não vai continuar ruim, necessariamente, só porque estava ruim antes – não há moto-contínuo. Nem vai melhorar, necessariamente, porque antes estava ruim – no fundo do poço sempre pode haver um alçapão.

O que importa é avaliar as circunstâncias dadas e previstas. Com relação à pandemia, por exemplo, é possível prever algum alívio a médio prazo. O quadro ainda vai piorar antes de melhorar. Mas a melhora, salvo alguma surpresa sinistra, é inexorável, apesar dos muitos erros cometidos pelas autoridades. A vacinação ainda lenta vai se intensificar na medida em que a oferta aumentar, via importação
e produção nacional. A impaciência da população – com a demora do imunizante, com o abre e fecha da economia – é mais do que compreensível, mas não deve ser tomada como indicador de que a pandemia vai piorar indefinidamente.

Para que a economia volte a crescer com consistência – talvez a partir do segundo semestre – o governo deve fazer sua parte. Em primeiro lugar, continuar respeitando o regime fiscal, com a garantia de que o novo auxílio emergencial não leve ao descumprimento do teto de gastos – um desastre que atingiria a todos, com punição maior aos mais pobres. Em segundo, o Executivo deveria aproveitar a orientação das novas presidências das casas legislativas para aprovar, sem mais delongas, as reformas estruturais de que o Brasil depende para prosperar com mais justiça social.

Flávio Rocha é Presidente do Conselho de Administração do Grupo Guararapes

Fonte: https://forbes.com.br/colunas/2021/05/flavio-rocha-o-que-ainda-e-plausivel-esperar-em-2021/#:~:text=Há%20duas%20maneiras%20de%20se,e%20tentar%20antecipar%20o%20futuro.

Com o intuito de apoiar organizações de combate à fome em todo o Brasil, o ParkShopping Barigui, assim como os demais shoppings da Multiplan, está oferecendo 3 horas de estacionamento gratuito para todos os clientes que doarem 2kg de alimentos não perecíveis. As doações devem ser entregues exclusivamente no concierge (localizado na entrada principal – no mesmo acesso pelo chafariz – Entrada A) e o cliente retira na hora um voucher que dá direto à isenção do primeiro período de estacionamento (3 horas) – válido para doações até 9 de maio, no horário de funcionamento do shopping, das 11h às 22h.

Clientes com o sistema automático de cobrança do estacionamento também poderão doar e retirar o voucher para utilizar em outra ida ao shopping. O ParkShopping Barigui disponibiliza ainda um segundo ponto de coleta, em frente ao Festval (no piso térreo – próximo às entradas C e B). Mas para receber o voucher de estacionamento, o cliente precisa entregar os alimentos no ponto de coleta do concierge.