A Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR) relativa ao mês de novembro de 2021 mostra que o varejo teve crescimento de 1,33% em relação a outubro. O bom desempenho foi movido pelas lojas de departamentos (17,13%), materiais de construção (10,58%), móveis, decorações e utilidades domésticas (7,42%), farmácias (6,70%) e vestuário e tecidos (6,16%), setores que se beneficiaram pela Black Friday.

Porém, as vendas nesta edição da data promocional ficaram aquém das registradas em 2020. Na comparação de novembro/2021 com novembro/2020 o faturamento dos estabelecimentos comerciais paranaenses teve redução de 1,75%, demonstrando que a Black Friday não foi suficiente para alavancar o varejo. As lojas de departamentos, que tradicionalmente aderem a essa campanha de descontos, registraram queda de 14,43% na comparação com novembro de 2020. Da mesma forma, as vendas de móveis, decorações e utilidades domésticas caíram 9,48%.

Mesmo assim, o comércio paranaense acumula alta de 8,23% de janeiro a novembro, consolidando a retomada dos negócios. Os ramos que mais se destacaram na parcial de 2021 foram calçados (19,50%), óticas, cine-foto-som (17,94%), materiais de construção (17,25%), autopeças (14,97%), vestuário e tecidos (14,60%) e farmácias (12,44%).

Análise regional

Somente Maringá e Ponta Grossa apresentaram resultados negativos em novembro, com quedas de 3,28% e 6,50%, respectivamente, em relação a outubro. O melhor desempenho foi registrado pela região Sudoeste, com elevação de 7,02%, seguida por Londrina (4,35%), Oeste (2,52%) e Curitiba e RM (1,03%).

No acumulado parcial de 2021 o saldo é positivo em todas as regiões: Londrina (19,88%), Curitiba e RM (6,76%), Sudoeste (6,13%), Maringá (5,05%), Oeste (3,83%) e Ponta Grossa (3,67%).

Fonte: https://www.fecomerciopr.com.br/sala-de-imprensa/noticia/pesquisa-conjuntural-nov2021/

O risco fiscal foi o principal determinante do desempenho da economia brasileira e dos preços dos ativos financeiros (câmbio, juros e bolsa) em 2021. Com as previsões de déficit primário de R$ 220 bilhões e a dívida em 100% do PIB no início do ano, os preços dos ativos financeiros mostraram forte queda no primeiro trimestre. Com desvalorização cambial e preços das commodities em alta, a inflação acelerou, forçando o Banco Central a aumentar a taxa de juros já em março e a adotar uma política monetária mais dura que o esperado.

O bom desempenho do PIB (crescimento de 1,3% t/t), e o surpreendente superávit primário do primeiro trimestre (R$ 51,6 bilhões) reverteu as expectativas e os preços dos ativos entraram em trajetória de elevação.

A mudança no teto do gasto gerou perda de credibilidade do regime fiscal e pressão negativa sobre os preços dos ativos. A economia entrou em desaceleração. O PIB recuou — 0,4% no segundo e — 0,1% no terceiro trimestre do ano.

A queda do número de casos e de óbitos, o fim das medidas de isolamento social e a mobilidade urbana, evitaram uma desaceleração mais acentuada. A demanda por serviços mostrou forte elevação. O mercado de trabalho reagiu e a taxa de desemprego caiu de 14,9% da força de trabalho no primeiro trimestre para 12,1% no trimestre encerrado em outubro. A maior queda da série histórica.

No cenário microeconômico, o governo conseguiu grandes vitórias. Reformas e novos marcos regulatórios foram aprovados. A autonomia do Banco Central, reformas do mercado de crédito e de capitais, o novo marco regulatório do mercado de câmbio. A aprovação do regime de autorização para a construção de ferrovias e o marco regulatório da cabotagem..

Concessões de 13 rodovias, 22 aeroportos, uma ferrovia, sete linhas de transmissão, sistemas de água e esgoto de várias regiões. Os leilões foram concorridos com o pagamento de ágios e investimento expressivos. O leilão do 5G na telefonia celular movimentou R$ 46,7 bilhões dos quais R$ 42 bilhões a serem investidos em infraestrutura.

O ano de 2021 foi negativo do ponto de vista macroeconômico, com o rompimento do teto do gasto e perda de credibilidade do regime fiscal, porém, do ponto de vista microeconômico, o ano foi positivo, com a volta dos investimentos privados à economia.

O que esperar para 2022?

O ano de 2022 será desafiador. Nossa projeção para 2022 é de baixo crescimento do PIB, diante da elevação da taxa de juros para combater o processo inflacionário. A mudança do teto do gasto gera desconfiança quanto à manutenção do processo de consolidação fiscal.

Projetamos desaceleração da inflação no ano diante do aumento da Selic para um terreno significativamente contracionista, visando ancorar as expectativas de inflação para o horizonte de 2023 em diante.

A importante exceção é o setor de serviços. A diminuição das medidas de restrição à mobilidade urbana e de isolamento social deverá manter a demanda por serviços em crescimento. Entretanto, o cenário para atividade é de crescimento fraco no quarto trimestre de 2021 e início de 2022 e o consumo das famílias deverá ser limitado pelo elevado endividamento.

Com a inflação em alta, o Brasil terá, provavelmente, a maior taxa de juros entre os emergentes. Projetamos que a Selic chegue a 11,75% ao final do primeiro trimestre de 2022. Esse elevado diferencial de juros deve ser um vetor para apreciação do real. Entretanto, avaliamos que será um ano com muita volatilidade e aumento dos prêmios de risco. Projetamos uma taxa de câmbio em R$ 5,70/US$ 1,00.

Do lado positivo, vemos sinais de crescimento da economia mundial, o que ajuda as exportações brasileiras, expectativa de boas safras, a existência de um elevado caixa nos Estados, que poderá gerar investimento, o Auxílio Brasil, e volta dos investimentos privados com os leilões de concessões e privatizações, são fatores de crescimento da economia.

O arrefecimento da pandemia deverá ser o principal driver de crescimento. A normalização de setores que ainda estão muito abaixo do nível pre-pandemia implicaria em um avanço de, aproximadamente, 3% do setor serviços. O comportamento da variante Ômicron será um importante fator de risco.

A inflação deverá desacelerar para 5,3% em 2022. Nossa projeção aponta para crescimento do PIB de 0,6% sustentado pelos avanços do setor de serviços, investimentos e agropecuária.

Fonte: https://exame.com/bussola/o-que-aprendemos-com-a-economia-em-2021-e-o-que-esperar-do-futuro/

O nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 foi o maior em 11 anos. É o que aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo o levantamento, o último ano apresentou recorde do total de endividados, registrando uma média de 70,9% das famílias brasileiras, enquanto dezembro alcançou o patamar máximo histórico para os meses consecutivos, 76,3% do total de famílias. A taxa de incremento de famílias com dívidas também foi a maior já observada, revelando que as famílias recorreram mais ao crédito para sustentar o consumo.

Na comparação com 2020, das cinco regiões do País, apenas o Centro-Oeste apresentou queda do índice, 0,3 ponto percentual. O Norte registrou estabilidade, e o Sudeste se destacou com aumento de 5,9 p.p., seguido pelo Sul (+5,5 p.p.) e o Nordeste (+4,5 p.p.). Contudo, considerando o total de endividados, o Sul contou com o maior percentual, aproximando-se de 82%. Já na avaliação por faixa de renda, o endividamento médio das famílias com até 10 salários mínimos mensais aumentou 4,3 p.p., chegando a históricos 72,1% do total. Na faixa de renda superior, acima de 10 salários mínimos, o indicador aumentou ainda mais, 5,8 p.p., e fechou em 66,0%.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, entre as famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos, a demanda represada, em especial pelo consumo de serviços, fez o endividamento aumentar ainda mais expressivamente, em especial no cartão de crédito. “O processo de imunização da população possibilitou a flexibilização da pandemia, refletindo no aumento da circulação de pessoas nas áreas comerciais ao longo do ano, o que respondeu à retomada do consumo, principalmente de serviços”, observa.

Inadimplência teve queda

No caminho oposto dos indicadores de endividamento, no último ano, os números de inadimplência apresentaram queda. De acordo com a pesquisa, o percentual médio de famílias com contas e/ou dívidas em atraso diminuiu 0,3 p.p. na comparação com 2020, chegando a 25,2%. Após iniciar 2021 em patamar superior ao observado no fim do ano anterior, o percentual mensal teve redução até maio, mas passou a apresentar tendência de alta desde então, alcançando 26,2% em dezembro e ficando acima da média anual.

O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas e/ou dívidas em atraso e que, portanto, devem permanecer inadimplentes também contou com uma redução na comparação com 2020, 0,6 p.p., totalizando 10,5% dos lares no País. Os números indicam que essa parcela de consumidores apresentou movimentos diferentes ao longo do ano. Enquanto, no primeiro semestre, o indicador de inadimplência recorrente oscilou entre baixa e alta, a partir de julho passou a registrar tendência de queda, encerrando o ano em 10% do total de famílias, abaixo da média anual.

A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, avalia que os números indicam que, ainda que em condições financeiras mais acirradas, os consumidores conseguiram quitar os compromissos financeiros e evitaram incremento da inadimplência até o fim do terceiro trimestre. Nos últimos três meses do ano, no entanto, o indicador de contas em atraso acirrou-se, já indicando tendência de alta para o início de 2022. “Os consumidores seguirão enfrentando os mesmos desafios financeiros da segunda metade de 2021, principalmente inflação, juros elevados e mercado de trabalho formal ainda frágil. Soma-se a isso o vencimento de despesas típicas do primeiro trimestre, que deverá apertar ainda mais os orçamentos domésticos neste período”, estima.

Fonte: https://www.poder360.com.br/economia/brasil-encerrou-2021-com-recorde-de-endividados-diz-cnc/

A defasagem na tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) fará a Receita Federal cobrar da população no próximo ano R$ 149 bilhões acima do que seria devido caso os números fossem reajustados integralmente pela inflação desde 1996.

Foi no segundo ano do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que a atualização anual deixou de ser feita. A Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal), autora do levantamento, calcula ser necessário promover uma correção da tabela a partir daquele ano.
Com isso, a defasagem da tabela afetará, em 2022, em especial 15,1 milhões de pessoas de menor renda. Essa parcela da população poderia estar livre da tributação caso a faixa salarial tivesse sido atualizada.

Após a gestão tucana, a correção passou a ser feita de maneira inconstante, como em 2002 e, nos governos do PT, entre 2005 e 2015 -último ano em que houve reajuste.
A defasagem acumulada no período passa de 130% em toda a tabela, segundo a Unafisco.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu na campanha elevar a faixa de isenção para R$ 5.000. Porém, disse depois que não seria possível aplicá-la.

A tabela não foi corrigida nenhuma vez na atual gestão. Procurado, o Ministério da Economia não se posicionou.

Essa situação penaliza mais quem ganha menos, de acordo com a Unafisco. “Quem tem renda mais baixa vai pagar um imposto que não deveria estar pagando”, disse Mauro Silva, presidente da entidade.

Hoje, por exemplo, a tabela do IR da pessoa física concede isenção a quem ganha até R$ 1.903,98 por mês. Essa faixa abrange 9,1 milhões de pessoas, segundo os auditores.

Caso aplicada a correção defendida pela Unafisco, a faixa salarial isenta subiria para R$ 4.469,02, um crescimento de 134%. A medida isentaria 24,2 milhões de contribuintes.

Tathiane Piscitelli, professora de finanças públicas e tributação da FGV (Fundação Getulio Vargas), afirmou que a tabela do IR está muito defasada, o que, segundo ela, prejudica em particular as classes mais baixas.

“A tabela não reflete a capacidade econômica dos contribuintes, e isso é um problema especialmente para a população mais pobre, pois, nesse período em que não houve a correção, houve inflação e defasagem da moeda”, disse Piscitelli.

“Isso faz com que o salário líquido e a disponibilidade de recursos sejam reduzidos. Então essa [correção] seria uma medida importante para gerar justiça tributária”, afirmou.

A falta de correção prejudica outras classes também.

Hoje, por exemplo, quem ganha acima de R$ 4.664,69 precisa pagar a alíquota máxima de 27,5% sobre todo o valor que excede esse salário. Com a correção, só ficaria sujeito ao teto da cobrança quem ganha acima de R$ 10.948,96.

Piscitelli, porém, vê necessidade de mudanças ainda mais profundas na tabela para que os mais os pobres paguem menos impostos e os ricos, mais. Essa lógica atende ao princípio da progressividade.

Dessa forma, a professora defende alíquotas mais altas do que o teto atual de 27,5% sobre os maiores salários.

“A gente deveria cogitar a criação de alíquotas maiores para altas rendas, para imprimir algum grau de progressividade, que é uma demanda constitucional que fica prejudicada pelo fato de a gente ter isenção de dividendos”, disse.

O cálculo da Unafisco sobre a defasagem é feito após o projeto do governo que alteraria o IR ter travado no Senado.

A proposta contém a correção da tabela. No entanto, por causa de diversas resistências, o relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), anunciou que o texto será arquivado.

Mesmo no projeto, a correção proposta pelo governo ficaria em patamar aquém do defendido pela Unafisco. O texto aprovado pela Câmara e abandonado pelos senadores tinha reajustes que variavam de 13,2% a 31,3%, a depender da faixa salarial.

O projeto também daria um passo na direção da tributação sobre classes mais altas ao implementar a taxação de dividendos. Trata-se de parte do lucro da empresa transferida aos donos ou acionistas.

Porém, esse ponto recebeu diferentes flexibilizações, como as que beneficiaram micro e pequenas empresas, empresas que distribuem dividendos dentro de um grupo econômico e outras mudanças.

Na visão de Silva, da Unafisco, a versão final do projeto tinha como único ponto positivo a correção da tabela da pessoa física. “Até a parte da taxação de dividendos [que seria benéfica] tinha tantas exceções que manteria grande parte das injustiças de hoje”, afirmou.

Com o texto dado como morto, o senador Angelo Coronel disse que planeja apresentar uma proposta separada para corrigir a tabela.

O congressista afirmou que ainda pode apresentar o projeto neste ano, mas que o mais provável é que o texto não tenha tempo de ser discutido em 2021 e fique para 2022.

“Já falei com o presidente [do Senado, Rodrigo] Pacheco [(PSD-MG)]. O mais provável é que seja apreciado só no ano que vem. Mesmo assim, se for aprovada, [a correção] valeria para o ano todo”, disse o senador.

Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2021/12/13/internas_economia,1330719/imposto-de-renda-defasado-tira-r-149-bi-da-populacao-em-2022.shtml

O novo Refis tem como o objetivo de viabilizar a recuperação de empresas prejudicadas pela pandemia da Covid-19.

Os créditos tributários de ICM, ICMS e ITCMD decorrentes de fatos geradores ocorridos até 31 de julho de 2021, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, poderão ser pagos em parcela única com redução de 80% na multa e nos juros; em até 60 parcelas mensais, iguais e sucessivas, com redução de 70% na multa e nos juros; em até 120 parcelas mensais com redução de 60% na multa e nos juros; e em até 180 parcelas mensais com redução de 50% na multa e nos juros.

Os parcelamentos também poderão ser quitados parcialmente com até 95% do valor, mediante Regime Especial de Acordo Direto com Precatórios, sendo realizados em até 60 meses.

Para as dívidas não tributárias, as reduções ocorrem somente sobre os encargos moratórios, e são de 80% para pagamento em parcela única, 70% nos parcelamentos em até 60 meses e, por fim, de 60% caso o contribuinte opte pelo parcelamento em até 120 parcelas. Na liquidação das parcelas serão aplicados juros equivalentes à taxa referencial da Selic, acumulada mensalmente e aplicada sobre os valores do principal e da multa constantes na parcela.

O valor de cada parcela não poderá ser inferior a 5 UPF/PR (em média de R$ 500).

A adesão ao parcelamento implica reconhecimento dos créditos tributários nele incluídos, ficando condicionada à desistência de eventuais ações ou embargos à execução fiscal, com renúncia ao direito sobre o qual se fundam nos autos judiciais respectivos, e da desistência de eventuais impugnações, defesas e recursos apresentados no âmbito administrativo. (AEN).

Fonte: https://www.legisweb.com.br/noticia/?id=26324

 No Natal das lembrancinhas, varejistas registraram aumento de 10% no faturamento em comparação com 2020, mas, apesar do resultado promissor, não superaram o patamar de 2019. Neste ano, a inflação de dois dígitos corroeu expectativas de crescimento e lucro de lojistas, que evitaram repassar todos os aumentos para atrair a clientela.

Nos shoppings, optar por presentes de menor custo para não deixar a data passar em branco foi a principal opção de três em cada quatro clientes, segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

O segmento registrou crescimento real de 10% nas vendas ante 2020, com destaque para roupas (61%), brinquedos (37%) e perfumes, cosméticos e calçados (36%).

A segunda parcela do 13º salário, paga até o dia 20 de dezembro, deu novo fôlego à movimentação no varejo que, em 2021, superou o ano passado, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

No entanto, segundo Fabio Bentes, economista sênior da entidade, o varejo não atendeu às expectativas, e 2021 deve fechar com um Natal fraco.

— Os consumidores estão circulando com o bolso castigado por uma inflação de 10%. Para compensar esse efeito que tende a puxar o número de vendas para baixo, teria que ter um aumento de fluxo mais expressivo que a gente teve. Pelo que vemos, estamos caminhando para a segunda queda consecutiva de vendas no Natal — afirma Bentes, que sustenta a previsão de queda de 2,6% neste ano.

Tíquete médio em queda

Segundo ele, para chegar a um cenário de estabilidade ante 2020, a circulação de pessoas no dia 23 de dezembro deveria ser pelo menos 15% maior do que a da semana passada. Porém, a CNC registrou alta de 11,6%.

Entre os segmentos, Bentes espera que supermercados e vestuário tenham os melhores desempenhos, correspondendo a 78% do total de compras neste Natal.

Por outro lado, bens de consumo duráveis como eletroeletrônicos e eletrodomésticos não terão destaque, com brasileiros temendo dificuldade para honrar o parcelamento de produtos.

Fora dos shoppings, o Natal conseguiu dar um fôlego rápido ao comércio de rua. O aumento de 10% no faturamento ante 2020 na Saara, comércio a céu aberto no Rio de Janeiro, traz alívio para o presidente do centro comercial, Eduardo Blumberg, porém não se equipara ao valor movimentado em 2019, que só deve se retomado em 2022.

No entanto, ele afirma que a inflação a dois dígitos corrói parte do lucro dos vendedores, que não conseguem repassar os aumentos de preços aos consumidores. Outro reflexo da taxa foi sentido no tíquete médio, que caiu de R$ 25 em 2020 para R$ 15 neste ano.

— Vimos mais gente nas ruas, mas querendo gastar menos. Neste Natal, as pessoas foram às compras de olho nas lembrancinhas, para não deixar de dar algo na data — afirma Blumberg, que apontou os enfeites natalinos, brinquedos e bijuterias como os itens mais procurados.

Atacado pressionado

Na região da 25 de março, em são Paulo, as vendas cresceram entre 10% e 15% ante o Natal de 2020, sem considerar a reposição da inflação. O diretor da União de Lojistas da 25 de Março, Marcelo Semaan, afirma que houve maior movimento nas ruas, mas sem alteração no tíquete médio.

— Nesta época, principalmente em cima da hora, o mais procurado é o setor de brinquedos, e também presentes para adultos, decoração e lembrancinhas ficaram no foco dos clientes, por terem até ficado um pouco mais baratos — conta.

Bentes lembra que o comércio de rua é o segmento do varejo mais afetado pelo aumento de preços, porque os estabelecimentos lidam com a inflação dos produtos de atacado, hoje acumulada em mais de 25%, segundo o economista. E para lojistas de pequeno porte, é mais difícil repassar os preços aos consumidores.

Fonte: https://oglobo.globo.com/economia/macroeconomia/com-inflacao-de-dois-digitos-vendas-sobem-no-natal-mas-ainda-estao-longe-de-2019-25333198

Mesmo com a pandemia ainda presente, no fim de novembro e em dezembro começa a corrida pelos descontos e presentes de Natal. Para avaliar como está a expectativa dos comerciantes para o período de festas de fim de ano, o Grupo Datacenso entrevistou 506 pessoas no Paraná entre os dias 9 e 18 de novembro de 2021. Os dados revelam que 75% dos lojistas estão otimistas. Em Londrina esse número foi ainda maior: 85% esperam que as vendas superem as expectativas.

No geral, os comerciantes esperam que o aumento do consumo seja 14% maior, se comparado ao ano passado. Com a previsão de alta nas vendas, a contratação temporária, normal para esta época do ano, segue o mesmo ritmo. Ao todo, 53% dos empresários pretendem contratar para o fim do ano. Londrina se destaca com 61% de chances de contratar, mesmo que temporariamente. Contrariando a regra, 46% empresários maringaenses pretendem contratar funcionários efetivos. “Esse otimismo já era previsto com a vinda das vacinas e índices de caso de Covid diminuindo cada vez mais. Assim as pessoas se sentem mais confiantes para sair e fazer suas compras”, analisa o CEO do Grupo Datacenso, Claudio Shimoyama.

Fonte: https://www.bemparana.com.br/noticia/com-vacinacao-contra-a-covid-comerciante-paranaense-mostra-otimismo-com-as-vendas-de-fim-de-ano#.YaagD5XMKUk

Os setores de comércio e serviços já sentem o peso da inflação no Brasil. O índice se aproxima de 11% em doze meses (10,73%), o que alerta o mercado para possíveis restrições na política monetária do Banco Central.

Nos Estados Unidos, apesar de a inflação também estar em alta, os dados de varejo de outubro surpreenderam novamente e vieram acima do esperado, crescendo 1,7%. Na China, destaque para a recondução de Xi Jinping ao poder com o objetivo de “salvar a China da “decadência da civilização ocidental”.

Esses e outros temas são tratados no “Panorama Mercado&Consumo” desta semana, produzido pelo time da Gouvêa Analytics, integrante da Gouvêa Ecosystem. Confira, a seguir, os principais pontos de atenção nos próximos dias na economia.

Cenário econômico nacional
O IBC-Br teve queda de 0,27% em setembro. O índice é usado como uma aproximação do PIB mensal e medido pelo Banco Central. O trimestre teve queda, na margem, de 0,14%, confirmando números ruins de indústria, comercio e serviços. Inflação, mercado de trabalho e juros altos são as principais causas da queda, além dos problemas nas cadeias globais de suprimentos.

O IPCA-15, que é medido entre os dias 15 de cada mês e mostra a tendência para o IPCA “cheio”, veio coma alta de 1,17% e se aproxima de 11% em doze meses (10,73%). Esse numero alerta o mercado para restrições ainda maiores na política monetária do BC.

Os números do setor industrial já mostram queda de 3,9% entre de setembro de 2020 e setembro de 2021. No terceiro trimestre, a queda é de 1,7% em relação ao segundo trimestre. Cadeias globais prejudicadas, pressão de custos de matéria prima e energia pelo lado da oferta e demanda desacelerando são as principais causas.

Comércio e serviços já sentem o peso da inflação. As pessoas são compelidas a gastar em produtos mais básicos, afetando as quantias dispensadas parar varejo e serviços, principalmente os não essenciais. Os dois números vieram negativos em setembro. O 13º salário deve ser direcionado para pagamentos de dívidas, pois o endividamento em São Paulo já atinge 71% das famílias, segundo a FecomercioSP. Demanda final fraca e aumento do custo de mão de obra devem fazer com que mercado de trabalho não reaja em 2022.

Cenário econômico internacional
Nos Estados Unidos, os dados de varejo de outubro surpreenderam novamente e vieram acima do esperado, crescendo 1,7%. O otimismo só não é maior porque parece haver um efeito muito pronunciado das ofertas pré-Black Friday e não foi sentido ainda o efeito da inflação mais alta. Eletrodomésticos lideraram o crescimento, com 3,8%; restaurantes permaneceram constantes e vestuário caiu 0,7%.

O pacote de infraestrutura de US$ 1,3 trilhão foi provado na Câmara. Apesar de ser dividido em um maior período, 10 anos, o mercado teme que ele coloque ainda mais gasolina na fogueira da inflação, que já está em 6,2%. Nesse contexto, o presidente do banco central americano (FED) Jerome Powell, foi reconduzido ao cargo com a missão de fazer essa inflação baixar em 2022.

O número de seguros-desemprego da última semana bateu o recorde mais baixo em 52 semanas. Os 199 mil pedidos mostram um mercado de trabalho superaquecido e que deve gerar custos ainda maiores para produção.

Na China, o presidente Xi Jinping foi reconduzido ao poder. Além disso, ele escreveu a terceira resolução sobre a história e rumos do partido, o que antes só havia sido feito pelos dois mais emblemáticos líderes dos ultimo tempos: Mao Tsé Tung e Deng Xiaoping. O texto tem uma perspectiva mais atual, ao contrário dos anteriores, mais teóricos, e mostra o atual o líder como a personificação do salvador do futuro da China. Ele irá usar, segundo o próprio, todos os meios possíveis para salvar a China da “decadência da civilização ocidental”.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2021/11/29/panorama-mercadoconsumo-comercio-e-servicos-ja-sentem-o-peso-da-inflacao-no-brasil/

Professor do Ibmec, Hélio Berni – a primeira parcela do décimo terceiro salário deve ser paga até o final deste mês de acordo com cálculos da Confederação Nacional do Comércio. Este ano, com as duas parcelas. O décimo terceiro a injetar quase duzentos e vinte e três bilhões de reais na economia. Mesmo antes de receber o décimo terceiro, o José já foi com a família, o chope em Belo Horizonte para tentar escolher os presentes de Natal. Ele ficou teria assustado os preços só deve levar a base para tudo muito caro, minhas e também com dicas para um presente no faz falha nessa com os próprios lojistas confirmou que os preços estão mais elevados em relação ao ano passado. Nessa loja, o gerente diz que os motivos são a falta de matéria prima e os custos mais altos de produção, malha base presente vinho dão, né. O preço cresceu trinta e cinco cento. Matéria prima, então separações suplente lançou são né. A Confederação Nacional do Comércio prevê que o décimo terceiro vai injetar duzentos e vinte e dois bilhões e oitocentos milhões de reais na economia brasileira até o fim do ano. Esse valor é quinze bilhões de reais a mais que em dois mil e vinte, mas de acordo com a CNC por causa da inflação atual, o montante representa uma queda real de três por cento. A confederação estima que mais brasileiros vão usar o dinheiro para pagar dívidas. Ainda assim, setenta e oito por cento dos que recebem o dinheiro estará devem ir às compras. O décimo terceiro salário traz uma esperança para os comerciantes, mas eles ainda estão muito inseguros com as vendas de fim de ano para atrair mais clientes. Aposta, está em aumentar os descontos. E reduzir a margem de lucro, a gente tá com várias. Pontos agressivo, mas sempre com um pé atrás em por que as coisas não estão em bom chegar. Ente o professor de economia do Ibmec, Hélio Berni, disse que a pandemia deixou brasileiro mais endividado e também aumentou a preocupação um em guardar dinheiro. Ainda existe, não tem certeza e no momento, Jean certeza, a variável cautela, ela é muito importantes e economia e ainda estar passando por um processo de recessão e nesses momentos de incerteza nos encontramos alguns consumidores, que bom parecer me poupar um pouco mais do que em anos anteriores.

Fonte: https://globoplay.globo.com/v/10071443/

No Brasil, taxas, impostos e multas se somam a burocracia, relatórios e exigências legais que as empresas devem atender para formalizar um empregado. Por essas razões, a modernização da legislação trabalhista se tornou bandeira histórica dos empresários, finalmente concretizada pela lei 13.467/17, obtendo adesão gradativa de empregados e empregadores para novos tipos de contrato laborai e processos negociais.

A reforma trabalhista atualizou leis e regras, introduziu a mão dupla no âmbito das relações de trabalho e prestigiou o negociado sobre o legislado, reduzindo a insegurança jurídica, em especial para micros e pequenas empresas (MPEs).

Antes dela, o país era recordista em litígios trabalhistas, com mais de 3 milhões de processos, o que abarrotava a Justiça do Trabalho com ações desprovidas de fundamentação. Existia autêntico desequilíbrio de forças entre empresa e trabalho ao litigar perante a Justiça laboral. A reforma trouxe a possibilidade de equiparar as forças, coibindo pedidos abusivos ou desconexos, punindo com a verba de sucumbênda, arcando com honorários de auxiliares da Justiça e, até mesmo em alguns casos, com aplicação da pena de litigância de má-fé, instituto esse que já estava previsto na legislação muito antes da reforma.

Para as MPEs, a reforma reforçou as premissas constitudonais de tratamento diferenciado a que elas têm direito. Como exemplo, garantiu a dupla visita em fiscalizações, o que evita aplicação de multas antes de o infrator ter a oportunidade de se adaptaras normas. A própria sanção pecuniária passou a ser proporcional ao ta manho da companhia, bem como segurança jurídica às boas iniciativas pactuadas entre sindicatos representantes de classe — princípio do legislado sobre o negociado.

Dentre os muitos dispositivos que impaetaram positivamente as relações laborais, podemoscitar possibilidade de implementação do banco de horas por até 180 dias por acordo individual; parcelamento das férias em até três vezes; rescisão do contrato de trabalho sem homologação no sindicato; e possibilidade de rescisão do contrato em comum acordo.

A ampliação laborai, por meios telemáticos (teletrabalho), salvou muitos empregos durante a pandemia, mantendo, também, a segurança de cada um. Mesmo agora, quando a vacinação possibilita o retomo ao trabalho presencial, essa modalidade, respeitados os direitos constitucionalmente previstos, continuará a ser utilizada, de acordo com regras livremente pactuadas entre as partes.

Diversas possibilidades ainda são subutilizadas, como o trabalho intermitente, por medo de o setor produtivo se deparar com o Poder Judiciário invalidando parte da lei. Recentemente, um sinal amarelo se acendeu: o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional o pagamento dos honorários advocatícios da parte contrária (sucumbência) nos casos de Justiça gratuita. Contudo, de uma forma geral, o STF tem ratificado a reforma, proporcionando aos empresários a necessária previsibilidade, condição essencial para investir e gerar empregos.

Nossa Constituição insere, no mesmo plano, os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa, preceito que não se refletia nas leis trabalhistas ou nas decisões da Justiça do Trabalho. Fazer valer esse princípio representa uma transformação fundamental para que o país possa produzir e distribuir riqueza, na medida de suas necessidades e possibilidades.

Fonte: https://www.fecomercio.com.br/noticia/apos-quatro-anos-a-reforma-trabalhista-foi-positiva-para-o-pais