Elvira Fantin 22/11/2022 Gazeta do Povo

O Boticário e a Copel foram os grandes vencedores do Prêmio Líderes 2022, que reconhece as marcas mais lembradas pelos paranaenses. A marca de perfumes e cosméticos recebeu quatro premiações.

O Boticário foi o destaque nas categorias Varejo, Franchising, Empresa do Ano e Empresário do Ano (prêmio concedido ao presidente do Grupo, Artur Grynbaum). “Receber um prêmio como este é a certeza de que estamos no caminho certo, afinal investimos em inovação no varejo, visando a melhoria e atualização continua, da mesma forma que apostamos nas nossas franquias, que fazem parte da nossa história, da nossa essência”, destaca Marcela De Masi, diretora de Branding e Comunicação do Boticário.

 

A Copel foi a vencedora em Serviços, Governança e Responsabilidade Ambiental. “Ter a nossa Copel indicada em três categorias do Prêmio Lide, por expressão do voto popular, é a mostra de que estamos no caminho certo. Estamos à serviço do Paraná, e é motivo de orgulho sabermos que nossa dedicação aos valores ligados ao meio ambiente, responsabilidade social e governança são reconhecidos pelos formadores de opinião do nosso estado e pela comunidade em geral”, diz Daniel Pimentel Slaviero, presidente da companhia.

 

A solenidade de premiação aconteceu na noite desta segunda-feira (21), na Ópera de Arame, em Curitiba. Ao todo, foram 42 empresas finalistas em 14 categorias. O prêmio é uma iniciativa do Lide Paraná, hub de negócios para a promoção de oportunidades de investimento e desenvolvimento econômico e social.

 

A escolha acontece em duas etapas. Primeiramente, presidentes de entidades, autoridades, jornalistas, membros do comitê de gestão e patrocinadores do Lide indicam cinco empresas destaques por categoria. A segunda etapa é aberta à votação popular, por meio do site do Lide. Os mais votados pelo público em geral são os premiados.

 

“A festa é uma grande celebração da força da nossa economia em todos os setores. É o único evento do Lide aberto a não filiados, que tem como objetivo reverter a arrecadação da venda de ingressos para uma causa social”, destaca a presidente do Lide Paraná, Heloisa Garrett. Neste ano, a entidade escolhida é a Associação Sonhar, que atende crianças em situação de vulnerabilidade e risco social.

 Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/parana/boticario-vencedor-premio-lideres-2022/

Por Matheus Piovesana 25/11/2022 Estadao

Valor sacado no Atmo sai do caixa do estabelecimento

O Banco24Horas vai acelerar a implantação de dois serviços que permitem o saque no comércio, e dispensam os tradicionais caixas eletrônicos com cofre para o dinheiro vivo. Até o fim de 2023, a marca pretende ter 670 equipamentos espalhados pelo País das linhas Atmo e totem. Será quase o dobro dos 370 que devem estar em funcionamento no fim deste ano. Em caixas, a rede tem mais de 24 mil.

Economia com transporte de valores

O Atmo é uma maquininha semelhante às de cartão, que permite sacar dinheiro e consultar saldos. O totem oferece mais serviços, mas não tem cofre. Em ambos os casos, os valores sacados pelos clientes saem do caixa dos estabelecimentos. É o que o Banco24Horas chama de saque no comércio, e permite, para os comerciantes e a rede, economizar com o transporte de valores.

As modalidades foram lançadas em 2020, em modo piloto, e movimentaram R$ 105 milhões em saques de lá para cá. A vantagem, segundo a rede bancária, é chegar a locais distantes e com menor infraestrutura. Além, claro, de oferecer saques aos clientes sem os custos de uma agência física ou de um caixa eletrônico tradicional.

Fonte:

REDAÇÃO  AMANHA 04/11/2022

A Renner crê que o quarto trimestre será similar ao crescimento do terceiro trimestre versus 2019, impulsionado pelos eventos de Black Friday e Natal

A Lojas Renner é um forte exemplo de que o comércio tem se recuperado no pós-pandemia. No terceiro trimestre as vendas cresceram 10,3% em relação ao mesmo período de 2021. O faturamento acumulado até setembro é ainda mais vistoso: um salto de 33,8% para R$ 8 bilhões. Já o lucro líquido avançou 50% comparação trimestral e quase triplicou no acumulado anual (veja os principais indicadores ao final desta reportagem).

“As temperaturas mais frias que a média histórica e que o esperado para o período exerceram impacto relevante nas vendas do trimestre. Primeiramente, o inverno mais rigoroso e prolongado entre abril e junho, transferiu cerca de 5% do volume do terceiro trimestre para o segundo. Por sua vez, o terceiro trimestre, caracterizado pela transição da coleção primavera-verão, foi marcado por temperaturas abaixo do esperado, impactando as vendas do período. Contudo, mesmo com estes efeitos, a companhia apresentou importante crescimento”, pontua a Renner em seu relatório trimestral.

“A despeito das temperaturas mais frias em outubro, acreditamos que o quarto trimestre seja similar ao crescimento do terceiro trimestre versus 2019, impulsionado pelos eventos de Black Friday e Natal. Não obstante à maior cautela que o ambiente macro exige e também à realização da Copa do Mundo que poderá impactar fluxo, esperamos fechar o ano em linha com nossa expectativa: crescimento com ganho de market share, margem bruta Ebitda total nominal (pré IFRS) em patamares próximos ao de 2019″, prevê a varejista.

A empresa também informa que o novo Centro de Distribuição de Cabreúva (SP) já opera 100% do volume da Camicado. “Conforme cronograma previsto, em novembro, iniciaremos de forma gradual as operações de Renner, Youcom e Ashua. No período, houve ainda evolução de diversos indicadores de performance para a operação da Camicado comparado com o cenário anterior à implementação”, detalha a Renner.

A companhia inaugurou 12 lojas entre julho e setembro, das quais sete são da bandeira Renner, sendo seis em ruas e uma em shopping. Das sete aberturas, seis ocorreram em localidades onde a Renner ainda não estava presente com loja física. Nas outras marcas, houve abertura de três lojas da Camicado, uma da Youcom e uma da Ashua, das quais quatro em cidades novas e todas em shoppings. Com isso, a Renner realizou 30 inaugurações até setembro, em linha com o plano de abertura de cerca de 40 lojas no ano.

REDAÇÃO  AMANHA 

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e reduziu a estimativa oficial para a inflação. As projeções estão no Boletim Macrofiscal. A projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 6,3% para 5,85%. Mas ainda está acima da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior é 5%. No ano, o IPCA já acumula alta de 4,7% e, em 12 meses, o índice total está em 6,47%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para estabelecer o valor do salário mínimo, deverá encerrar este ano com variação de 6%, segundo a previsão da SPE, queda de 0,54 ponto percentual em relação ao boletim anterior. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 6,11%, abaixo da estimativa anterior de 9,44% e inferior à taxa registrada em 2021, de 17,74%.

A estimativa para o aumento do PIB ficou em 2,7%, mesmo número divulgado no boletim anterior, em setembro. Segundo a SPE, o desempenho do emprego, do setor de serviços e da taxa de investimento justificaram a manutenção. “Conforme salientado nos boletins anteriores, já era esperada desaceleração da atividade econômica no segundo semestre deste ano, resultado dos efeitos defasados do ciclo de ajuste da política monetária [aumento de juros pelo Banco Central]. No entanto, projeta-se que os impactos advindos da elevação da taxa de juros se reduzam ao longo do próximo ano”, informou a SPE.

Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Apesar de manter a estimativa para 2022, a SPE reduziu a previsão de crescimento em 2023 de 2,5% para 2,1%. Segundo o órgão, o cenário externo mais adverso, com a alta dos juros da economia norte-americana e a guerra na Ucrânia, afeta a expansão econômica no resto do mundo. A projeção para 2024 foi mantida em 2,5%. De acordo com o Ministério da Economia, houve expansão no mercado de trabalho, com a taxa de desocupação caindo para 8,7% no terceiro trimestre, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE, os indicadores do setor de serviços tiveram expansão anualizada de 3,2% de julho a setembro.

Perspectivas
Apesar de reconhecer a desaceleração da economia no terceiro trimestre, a SPE espera que a recuperação econômica se mantenha no quarto trimestre, puxada pelos serviços e pela estabilidade na agropecuária. Segundo o órgão, os efeitos do aumento da taxa Selic (juros básicos da economia) pelo Banco Central são os principais responsáveis pela queda no ritmo de crescimento. “Após a forte recuperação até o 2T22 [segundo trimestre], a atividade econômica desacelerou ao longo do terceiro trimestre de 2022, decorrente sobretudo do desempenho da indústria e do comércio. Dados mensais dos indicadores antecedentes e coincidentes sinalizam a continuidade da recuperação da economia no quarto trimestre, embora em ritmo menos intenso, devido, em grande medida, aos efeitos defasados da política monetária, conforme sinalizado nos boletins anteriores”, destaca o boletim.

Com Agência Brasil

26 de outubro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Micro & Pequenas Empresas.

As micro e pequenas empresas já correspondem por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), o conjunto de produtos, serviços e riquezas produzidas no país. Com um faturamento que chega até R$ 3 trilhões por ano, o setor é responsável por 78% dos empregos gerados, além de promover em larga escala a inclusão produtiva dos microempreendedores individuais (MEI).

Diferentes fatores determinam o tipo de empresa nesse segmento, e  o critério preponderante é o do faturamento anual. De acordo com o Secretário Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Alexandre Iwata, “no caso do MEI, empresas que vão até o faturamento anual de R$ 81 mil. Quando a gente olha para pequenas empresas a gente está com faturamento de R$ 360 mil até R$ 4,8 milhões. E quando a gente olha para microempresa, são empresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano.”

O setor de Serviço é o que mais detém micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, sinalizando mais da metade dos cadastros ativos no país. Outros setores também se destacam como o Comércio, a Indústria e a  Construção Civil.

Essa concentração na área de Serviços é comum nas economias maduras, por alavancar os arranjos produtivos dos demais setores, o que impulsiona a criação de empregos. “Quando a gente olha a geração de emprego que o Brasil observou ao longo deste ano de 2022 – a gente gerou quase 1 milhão e novecentos mil empregos no setor formal – desse montante, 72% foi justamente nesse segmento de micro e pequenas empresas, e aí novamente o setor de serviços teve uma representatividade muito importante nesse processo”, destaca o secretário Alexandre Iwata.

Desburocratização

Outro fator que acelerou a criação de arranjos produtivos no país foi o processo de abertura do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).  O tempo gasto para abrir uma empresa no país é decrescente desde 2019; o tempo médio era de 5 a 6 dias. Em agosto deste ano, o tempo é de 23 horas. Em alguns estados brasileiros, o marco é de 5 horas.

Tal facilidade revela um ambiente de negócios favorável à criação de novas empresas, e é visto por empresários nacionais como um diferencial. Um avanço que reflete a adoção de medidas para reduzir a burocracia e facilitar a vida de quem quer empreender, como explica o secretário “para gente chegar nessa marca, teve todo um processo de facilitação regulatória, que não foi um ato isolado. A gente teve o marco de melhoria do ambiente de negócios – uma medida provisória de 2021; antes disso a gente teve a Lei da Liberdade Econômica, que traz a definição de atividade de baixo risco. Com isso, identificam-se cerca de 300 atividades que para entrar em operação não precisam de alvará, e isso traz uma celeridade muito grande para a empresa começar a funcionar.”

Além do tempo ímpar, as novas empresas também ganham a facilidade da assinatura digital, que dispensa o empreendedor do tempo e do custo de preparar documentação em cartório. Ficam livres de licenciamento ambiental, e autorização de órgãos como Corpo de Bombeiros e  da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Tecnologia 5G impulsiona micro e pequenas empresas no Brasil

A implantação da tecnologia 5G no Brasil simboliza grande oportunidade para micro e pequenos empreendedores, especialmente pela demanda por desenvolvimento de softwares e outras soluções digitais como automação industrial, estimada em R$101 bi até 2030, segundo informa o secretário Iwata. Ele afirma ainda que a tecnologia 5G vai trazer outros impactos positivos, como ganhos de produtividade e redução de custos.

A demanda por inovação tecnológica é outra fonte de oportunidades para novas empresas, em especial para as startups – um segmento que vem crescendo muito no país, com o apoio de políticas públicas específicas, como o InovAtiva Hub.

“O InovAtiva Hub é um processo de aceleração de startups que traz maior conhecimento, tira dúvidas, traz orientações. E até hoje já conseguimos acelerar 2,8 mil startups nesse projeto InovAtiva Hub”, explica Alexandre Iwata.

Fonte: Agência Brasil

Por Ricardo Leopoldo

02/11/2022 | Estadao

Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua estimativa para a inflação no Brasil neste ano de 9,4% para 6,0%, apontou o relatório de perspectiva econômica regional do hemisfério ocidental. Para 2023, o FMI manteve a previsão de 4,7% relativa ao IPCA. A instituição não alterou as previsões para o crescimento do País de 2,8% em 2022 e 1,0% para o próximo ano.

O FMI destacou o aumento da taxa básica de juros no País de 2% para 13,75% ao ano para conter a crescente inflação entre 2021 e 2022. “Depois de retirar o apoio excepcional (ao combate) da pandemia, o governo relaxou a postura fiscal neste ano, inclusive com a aprovação de medidas para reduzir impostos para diminuir preços de energia e expandir a rede de proteção social”, segundo a instituição.

Na avaliação do Fundo em relação ao Brasil, “a dívida pública continua alta em meio ao potencial de crescimento relativamente modesto.”

Para o FMI, entre as prioridades de política econômica para promover um crescimento inclusivo e consolidação fiscal estão as reformas tributária e administrativa, “reduzir o distorcivo gasto obrigatório, promover o comércio internacional e diminuir a rigidez do mercado de trabalho.”

Fonte: https://www.estadao.com.br/economia/fmi-baixa-projecao-do-ipca-de-94-para-6-em-2022

Giuliana Saringer

Do UOL, em São Paulo

11/10/2022 04h00

O comércio eletrônico está bombando no Brasil. Impulsionadas pela pandemia, as vendas pela internet atingiram cifras recordes em 2021 e fortaleceram empresas nacionais como Magazine Luiza, que registrou crescimento médio anual de 61% nos últimos três anos.

Fundado na Argentina, mas operando no Brasil desde 1999, o Mercado Livre também cresceu demais no período. Só no ano passado, mais de 1 bilhão de itens com a etiqueta da empresa foram entregues nas portas dos clientes brasileiros.

O que não passou despercebido dos entregadores, porteiros de prédio e obviamente dos próprios clientes que compraram mais na pandemia, no entanto, foi o volume cada vez maior de pacotinhos com remetentes vindos do outro lado do mundo.

São as encomendas de AliExpress, Shopee e Shein, que caíram tanto nas graças dos consumidores e que fizeram gigantes do varejo digital por aqui declarar guerra aos pacotes estrangeiros.

Bom e muito barato: Esses são os principais motivos que têm levado brasileiros a preferir as asiáticas na hora da compra online.

“As roupas que eu compro no AliExpress são peças que não encontramos em lojas mais acessíveis. Se existe um modelo semelhante, tem uma variação de valor muito grande”, explica o arquiteto Matheus Freitas, 26, que compra em e-commerces asiáticos há pelo menos cinco anos.

Os prazos de entrega, que até pouco tempo atrás eram o principal empecilho para a compra de produtos de fora, vêm caindo drasticamente, com itens de Shein e AliExpress chegando em prazos de até 10 ou 15 dias —houve um tempo em que as entregas levavam literalmente meses para chegar.

Isso acontece porque as asiáticas já entendem o Brasil como um de seus principais mercados internacionais e passaram a investir pesado em vendedores locais, centros de distribuição e parceiros de entrega.

Mesmo tendo chegado só em 2019 por aqui, a Shopee já montou centro de distribuição próprio no final do ano passado. Com altos investimentos em marketing, a empresa de Singapura contratou ninguém menos que Xuxa como sua garota-propaganda na TV e, meses atrás, ultrapassou o Mercado Livre no ranking de aplicativos mais acessados pelos brasileiros, segundo relatório da agência Conversion.

Referência quando se fala em importados chineses no Brasil, a AliExpress trocou os navios que antes traziam as mercadorias por aviões. A meta é ousada: reduzir o tempo de entrega para apenas 7 dias.

Concorrência desleal, sonegação fiscal e venda de produtos falsificados: As companhias de varejo digital brasileiras têm um discurso afinado —e afiado— para revidar a invasão das asiáticas ao país.

O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne grupos como Magazine Luiza, Americanas e Via (Casas Bahia e Ponto Frio), pediu formalmente a congressistas medidas para combater o que considera mercado ilegal online.

A principal acusação é de que as asiáticas estariam se aproveitando de brechas que lhes permitem vender aqui sem pagar impostos e mesmo comercializar produtos ilegais, diz Maurício Morgado, professor e coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV/EAESP.

“Nosso marketplace é 100% legal e formal. Alguns concorrentes de fora não estão jogando de maneira formal e correta”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

Alberto Serrentino, consultor da Varese Consultoria de Varejo, diz que existe um “limbo regulatório” no Brasil que permite que encomendas de até US$ 50 entrem no país sem cobrança de impostos. A regra vale para encomendas de uma pessoa física para outra, mas Serrentino diz que isso foi “extrapolado” para a relação entre empresas e consumidores.

A compra e a venda de produtos de outros países está crescendo em todo mundo, mas ainda é uma novidade, segundo Serrentino. Para ele, essa situação é reflexo da complexidade desse novo sistema que, por ser desconhecido, ainda não é bem regulamentado.

UOL apurou que a Receita Federal estuda medidas para impedir que empresas de comércio eletrônico estrangeiras vendam mercadorias para brasileiros sem pagar os devidos impostos. A Receita não quis comentar essa iniciativa.

Empresas comentam: As empresas asiáticas dizem que não são apenas importadoras, mas principalmente plataformas que comercializam produtos de vendedores brasileiros ou marcas reconhecidas.

Felipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee no Brasil, destaca as parcerias da empresa com marcas como Heineken, Nivea, L’Oréal e com uma das distribuidoras oficiais de acessórios originais da Motorola e Philips. Segundo a Shopee, mais de 85% dos negócios são de vendedores brasileiros.

Briza Rocha Bueno, diretora da operação brasileira do AliExpress, rebate as acusações de falsificações e sonegação de impostos. “Essa acusação não faz sentido porque a AliExpress só vende produtos de sellers com CNPJ brasileiro e depois de um processo de validação desses CNPJs”, afirma.

A Shein, que, além de vender, também cria suas próprias coleções apostando em preços baixos, tem tentado conquistar a confiança dos brasileiros por meio de parcerias com influenciadores digitais e mesmo celebridades como Anitta e Khloe Kardashian.

Entregas mais rápidas e mais baratas: As gigantes do setor de e-commerce no Brasil sabem que não vencerão essa guerra de braços cruzados e também têm investido em suas cadeias de logística.

O Magazine Luiza, por exemplo, resolveu contra-atacar usando suas quase 1.500 lojas espalhadas pelo país como pontos de entrega para quem compra online de seus mais de 180 mil sellers.

“Com as lojas físicas, vamos fazer a melhor conexão entre vendedores e clientes, no menor prazo e com o custo mais baixo”, diz Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

O Mercado Livre afirmou estar investindo R$ 17 bilhões neste ano na abertura de quatro novos centros de distribuição, somando 12 no total, e na ampliação de sua frota de quatro para dez aviões. O objetivo é reduzir em 80% o tempo de entrega em mercados mais afastados, de estados no Norte e Nordeste.

Até a norte-americana Amazon, que atua no Brasil desde 2012, reconhece que precisa se fortalecer nessa briga. Sua aposta é nas entregas rápidas e gratuitas, que pretende estender para mais cidades no Brasil, e no aumento de vendedores brasileiros em sua plataforma de marketplace.

“Elas estão fazendo o que tem que ser feito, que é investir forte em infraestrutura logística e em tecnologia, acelerar o crescimento, desenvolver serviços e fazer aquisições estratégicas para ter diversificação de infraestrutura e tecnologia”, afirma o consultor Alberto Serrentino, sobre a reação do mercado local à invasão das asiáticas.

Para Eduardo Yamashita, diretor de Operações da Gouvêa Ecosystem, empresa focada em soluções para o varejo, o maior vencedor dessa guerra certamente é o consumidor. “Ele tem mais opções, e os preços tendem a diminuir. Isso é bom, desde que todos paguem os mesmos impostos”, conclui

Fonte:https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/10/11/asiaticas-invadem-venda-online-no-brasil-e-esquentam-disputa-pelo-seu-bolso.htm

4 de outubro de 2022 · por Moroz Assessoria · em Economia.

A economia brasileira deverá terminar o ano com crescimento de 2,5%, segundo novas estimativas divulgadas hoje (4) pelo Banco Mundial. A projeção anterior estava em 1,5%. Para 2023, o organismo internacional manteve em 0,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas estão mais em linha com as previsões do governo. No fim de setembro, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia elevou de 2% para 2,7% a projeção de crescimento do PIB em 2022.

Para 2023, as projeções divergem. A proposta de Orçamento Geral da União prevê crescimento de 2,5%, enquanto as estimativas do Banco Mundial apontam expansão bem menor.

As novas estimativas foram divulgadas como adiantamento do encontro anual de outono (no Hemisfério Norte) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. As reuniões ocorrem na próxima semana, entre os dias 10 e 16, em Washington.

Segundo o relatório, os gastos sociais e os investimentos (obras públicas e compra de equipamentos) são elementos centrais para impulsionar o crescimento na América Latina no cenário pós-covid. No entanto, o equilíbrio fiscal deve ser buscado. Os gastos extras devem ser financiados por meio de novos impostos, reforma tributária e medidas para melhorar a eficiência do gasto público.

De acordo com o Banco Mundial, 40% dos ajustes fiscais na América Latina foram feitos com base em corte de investimentos. Segundo o órgão, esse tipo de ajuste pode melhorar as contas públicas no curto prazo, mas tem efeitos nocivos no longo prazo.

O relatório mostra que 17% dos gastos públicos poderiam ser cortados em alguns países, decorrentes de transferências mal destinadas, compras ruins e políticas de recursos humanos ineficientes.

Região

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Em relação à América Latina e o Caribe, o Banco Mundial aumentou a previsão de crescimento do PIB de 2,5% para 3%. Para o próximo ano, no entanto, a estimativa foi reduzida de 1,9% para 1,6%. Apesar da melhora nas projeções para o Brasil, o país deverá crescer menor que a maioria dos países da região. Somente México e Chile devem encerrar o ano com crescimento inferior ao brasileiro.

México e Chile são um dos poucos países latinos que devem crescer menos do que o Brasil, com variações de 1,8% neste ano. Para 2023, o Banco Mundial prevê queda de 0,5% no PIB chileno e avanço de 1,5% no PIB mexicano.

Fonte: Agência Brasil

A alta de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2022, frente ao trimestre anterior, foi impulsionada pelo desempenho do setor dos serviços (+1,3%) e fez com que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisasse para cima a projeção para 2022, de +1,8% para +1,9%.

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de julho revelaram crescimento de 1,1% na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Esse foi o terceiro avanço consecutivo. Com isso, a CNC revisou de +2,5% para +2,9% sua previsão para a variação do volume de receitas na comparação com o ano passado, em decorrência da aceleração de preços.

Ao contrário dos serviços, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro recuou 0,8% em julho, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), também do IBGE. Em desaceleração desde o início do ano, o volume de vendas retraiu pelo terceiro mês seguido. Diante disso, a CNC revisou sua previsão para o setor em 2022, de +1,7% para +1,3%.

 Dada a desaceleração das vendas, o otimismo do comerciante recuou pela segunda vez em setembro. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), calculado pela CNC, atingiu 125,5 pontos, redução de 2,6% na comparação com o mês anterior. Frente a setembro do ano passado, contudo, houve alta de +5,2%.

 

Especificamente em relação ao desempenho do comércio no próximo feriado de Dia das Crianças (12 de outubro), a CNC projeta volume de vendas de R$ 8,13 bilhões. Esse número é 3,1% inferior ao do ano passado (R$8,39 bi), mas 9,3%     superior ao de 2020 (R$7,44 bi). O segmento de vestuário e calçados será o destaque na data deste ano, respondendo por 29% das vendas. Entre os estados, São Paulo deverá ser responsável pela maior movimentação (R$2,62 bi). Entretanto, o maior avanço estadual em relação a 2021 é esperado no Espírito Santo (+5,6%).

 A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela CNC, avançou +1,4% em setembro, mantendo a trajetória de alta iniciada em janeiro deste ano. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de +16,5%. O indicador com maior variação em setembro foi a avaliação da Renda Atual (+2,1%), reflexo do aumento do poder de compra resultante da deflação de julho e agosto.

Para os próximos meses, um dos grandes entraves ao consumo é o endividamento dos consumidores. Em agosto, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), também realizada pela CNC, mostrou que 79% das famílias estão endividadas, 1 ponto percentual maior que no mês anterior. Na comparação com agosto do ano passado, o aumento foi de 6,1 p.p. O indicador de Contas em Atraso cresceu 0,6 p.p. e atingiu 29,6% do total de famílias no país, ao passo que o indicador de consumidores que Não Terão Condições de Pagar atingiu 10,8%.

Artigo compilado por Igor Lima de Mello

Publicado em 07/10/2022 15:41 • Por Felipe Melo – site CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para baixo a expectativa de alta das vendas no varejo em 2022, de 1,3% para 1,2%, um ritmo semelhante ao observado nos últimos três anos. Em setembro, a Confederação já havia reduzido esse percentual de 1,7% para 1,3%. A projeção se dá por conta da queda do volume de vendas de 0,1% em agosto, apontada pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Os dados divulgados hoje (7 de outubro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam a terceira queda consecutiva do índice, abaixo inclusive da perspectiva da CNC, que projetava variação positiva de 0,3% em relação a julho.

Embora a maior parte dos segmentos pesquisados pelo IBGE tenha apresentado crescimento, o declínio registrado pelos ramos de artigos farmacêuticos (0,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%) e informática e comunicação (1,4%) levou, na média, as vendas para o campo negativo. Os destaques positivos mensais ficaram por conta de vestuário (13%) e de combustíveis e lubrificantes (3,6%).

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta de 1,6% interrompeu uma sequência de três meses de retrações nessa base comparativa. Passados quase dois anos e meio desde o início da crise sanitária, o volume de vendas no varejo em agosto segue apenas 1,1% acima do patamar observado em fevereiro de 2020.

“No quadro geral, o percurso de retomada transcorre de forma semelhante nos diferentes segmentos do varejo, uma vez que quatro das dez atividades comerciais avaliadas pelo IBGE, principalmente nos ramos considerados essenciais, já conseguiram recuperar o nível de vendas de antes do início da pandemia”, contextualiza o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Crédito mais caro reduz financiamento

Na média, os preços dos produtos comercializados pelo varejo, mensurados pela PMC, foram reajustados em 13,1%, nos doze meses encerrados em agosto deste ano. Por sua vez, os valores no atacado, avaliados por meio do Índice de Preços ao Produtor (IPP), também do IBGE, avançaram 18,5% no mesmo período. Isso revela um grau de retenção de 29% nos repasses ao preço final para os consumidores.

“Com o processo de encarecimento do crédito, segmentos dependentes do consumo mediante financiamento já percebem um ritmo mais lento das vendas e apresentaram quedas acumuladas ao longo de 2022, na comparação com os oito primeiros meses do ano passado”, aponta o economista da CNC Fabio Bentes. Conforme os levantamentos mensais do Banco Central, a taxa média de juros das operações com recursos livres aos consumidores, que era de 53,93% em agosto deste ano, está no patamar mais elevado desde abril de 2018, quando chegou a 56,27%. Por conta disso, móveis e eletrodomésticos reduziram as vendas em 9,9% e o ramo de venda de veículos e autopeças também teve evolução negativa de 1,4%.