Publicado em 11/07/2023 10:37 • Por Hellen Duarte  site cnc

O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer aumentou 0,2 ponto percentual (p.p.) em junho, chegando a 78,5% das famílias no País. Desse total, 18,5% se consideram muito endividados, maior volume da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Os dados foram revelados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A alta da proporção de endividados interrompe uma sequência de quatro meses de estabilidade do indicador que, com essa nova subida, alcançou o maior nível desde novembro do ano passado. Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a economia brasileira enfrenta um cenário de endividamento e inadimplência crescente, o que afeta a capacidade de consumo das famílias. “O equilíbrio entre os objetivos de estabilidade de preços e o crescimento econômico é um desafio a ser perseguido e que será determinante para a retomada do desenvolvimento do País”, afirma Tadros.

Comprometimento da renda recua

Embora o endividamento tenha avançado em junho (um mês antes do previsto pela CNC), a parcela média da renda comprometida com dívidas alcançou 29,6%, o menor percentual desde setembro de 2020. “Isso é resultado da melhora da renda dos consumidores que recebem até 10 salários mínimos, que ocorre por conta da dinâmica favorável da inflação em desaceleração desde o fim do ano passado”, explica a economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira.

Inadimplência avança

A inadimplência acompanhou a tendência de alta do endividamento em junho. O percentual de famílias com dívidas atrasadas fechou o mês em 29,2%, aumento de 0,1 ponto percentual. Izis Ferreira pondera que a melhora da renda disponível, com a evolução positiva do mercado de trabalho e o alívio da inflação, não foi suficiente para retirar da inadimplência os consumidores com dívidas atrasadas há mais tempo.

“A proporção de consumidores com dívidas atrasadas voltou a crescer após seis meses de queda, assim como o contingente dos que afirmam que não terão condições de quitar dívidas atrasadas de meses anteriores”, avalia a economista da CNC. Do total de consumidores com dívidas atrasadas, 4 em cada 10 entraram em junho sem condições de pagar os compromissos de meses anteriores, maior proporção desde agosto de 2021.

A economista aponta que os juros elevados seguem dificultando a melhora desse quadro. O volume de consumidores com atrasos há mais de 90 dias também cresceu, alcançando 46% do total de inadimplentes. “Ou seja, a cada 100 consumidores com dívidas atrasadas, 46 possuem atrasos há mais de três meses. E essa proporção vem crescendo”, resume.

Maior endividamento está no Sul e no Sudeste

O maior número de endividados está concentrado no Sul e Sudeste. Minas Gerais é o primeiro no ranking, com 94,9% da população; seguido por Paraná, com 94,7%; e Rio Grande do Sul, com 93,9%. Na outra ponta, estão Mato Grosso do Sul, com o menor índice de endividamento do País (59,1%), seguido do Pará (62%) e Piauí (65%).

Endividamento é maior entre a classe média

O volume de endividados encerrou o semestre com avanço em todas as faixas de renda pesquisadas, indicando tendência de alta na segunda metade do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, o incremento na proporção de endividados foi maior entre os consumidores com renda mensal de 5 a 10 salários (2,1 pontos percentuais). A inadimplência também cresceu mais entre esse grupo de renda (2,7 pontos em um ano). “Com a absorção de pessoas com menor nível de escolaridade pelo mercado de trabalho e programas de transferência de renda mais robustos, um avanço mais expressivo entre as famílias de renda baixa vem sendo contido”, analisa Izis Ferreira.

REDAÇÃO  AMANHA
17/07/2023

As dívidas poderão ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas em, no mínimo, 12 prestações

O Ministério da Fazenda autorizou que as instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central (BC) para operações de crédito podem começar, a partir desta segunda-feira (17), a renegociação de dívidas da Faixa 2, pelo Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, o Desenrola Brasil. A Faixa 2 do programa atende à população com renda mensal de dois salários mínimos (R$2.640) a R$ 20 mil. As dívidas poderão ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas em, no mínimo, 12 prestações. Também é necessário ter sido incluído no cadastro de inadimplente até 31 de dezembro de 2022. Nesta etapa do programa, também serão perdoadas as dívidas bancárias de até R$ 100. Nesse caso, o nome da pessoa será retirado dos cadastros de devedores automaticamente pelas instituições financeiras. Segundo o Ministério da Fazenda, com essa medida, cerca de 1,5 milhão de pessoas deixarão de ter restrições e voltarão a poder ter acesso a crédito.

Faixa 1
A portaria traz ainda as regras para a habilitação de agentes financeiros para a Faixa 1 do Desenrola Brasil. Nesse caso, os agentes financeiros terão que solicitar habilitação na plataforma do Fundo Garantidor de Operações Desenrola Brasil e devem cumprir os critérios negociais e tecnológicos previstos no Manual de Procedimentos Operacionais do FGO Desenrola Brasil. É necessário informar os registros ativos dos inadimplentes no perfil da Faixa 1, e fornecer dados como o número de contrato, a data da negativação e da inserção no cadastro de inadimplência, além dos três dígitos iniciais do número do CPF do devedor. As pessoas com dívidas até R$ 5 mil, e que tenham renda de até dois salários mínimos, ou estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), poderão participar do Desenrola Brasil na Faixa 1, que terá início em setembro.

Com Agência Brasil

 25 de julho de 2023 no Destaque do diaNotíciasVarejo / Mercado & Consumo

Com mais de 80 unidades espalhadas pelo País, a varejista Fast Shop quer levar para as lojas um conceito de varejo figital para dar mais conveniência e ampliar a conveniência do consumidor. Para isso, a rede inaugurou, há três meses, uma unidade no formato pop-up da em São Paulo, e já tem planos de inaugurar uma outra pop-up neste ano.

A ideia é unir a curadoria de produtos e serviços que facilitam a vida das pessoas com atendimento premium e interação do consumidor com os produtos em exposição.

“Com a inauguração da pop-up store, ampliamos o conceito figital já tão presente nas nossas lojas físicas, e testamos um novo modelo de negócio, unindo cada vez mais os universos offline e online em uma só experiência para o consumidor, transformando o processo de compra em uma experiência onde o cliente aprende como a economizar tempo e deixar sua casa mais confortável com a escolha certa de produtos e serviços para seu dia a dia”, diz Eduardo Salem, diretor de Marketing e Canais Digitais da Fast Shop.

A marca quer ampliar sua aposta em conceito de lojas interativas e digitais, passando por um amplo portfólio de serviços e produtos interligados.

Entregas rápidas

A expansão da UltraFast, com entrega de itens de pequeno e médio portes em até duas horas para clientes de oito estados, é outra aposta da marca. Somente no primeiro semestre, a Fast Shop registrou um crescimento de 76% no número de pedidos com entrega rápida se comparado ao mesmo período do ano passado. A expectativa é a de que os produtos com entrega rápida representem cerca de 10% no faturamento do site ainda em 2023.

“A estratégia de ultra conveniência e o conceito de experimentação em loja, o chamado varejo figital, da Fast Shop já tiveram, inclusive, reconhecimento do Retail´s Big Show, considerado o maior evento de varejo do mundo. É não apenas motivo de muito orgulho, como também um sinal de que estamos em um bom caminho”, destaca Salem.

Prevista para entrar em vigor em agosto, a isenção de tributos federais para compras online de até US$ 50 poderá causar até 2,5 milhões de demissões, disseram nesta quarta-feira (19) o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho. Os dois reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para entregar um estudo com os possíveis efeitos da medida.

Segundo o levantamento, o varejo demitiria 2 milhões de trabalhadores até o fim do ano; e a indústria, 500 mil. As entidades pediram a retomada da taxação dessa faixa de compra, para evitar prejuízos à economia.

“Para se ter uma ideia, são mais de 1 milhão de pacotes por dia que estão chegando com esse valor de até US$ 50. Eles estão chegando numa proporção que dará R$ 60 bilhões [em compras online] por ano. Só na indústria, fizemos uma estimativa que vamos perder 500 mil empregos, que representam R$ 20 bilhões da folha salarial”, declarou o presidente da CNI após o encontro.

As entidades defendem a retomada da taxação para garantir isonomia entre os produtos importados com os produtos nacionais. “Se esses produtos não pagam imposto, a indústria brasileira está pagando um imposto que vai retirar empregos e salários dos brasileiros”, afirmou Andrade.

O presidente do IDV alertou para o risco de a isenção estimular a entrada de produtos falsificados no país. Isso porque, segundo Gonçalves, a Receita Federal não conseguirá fiscalizar a quantidade de pacotes. “A isenção com esse valor virou um absurdo de falsificação, produtos que não se sabe de onde vem, que antes eram por pessoas físicas, pessoas jurídicas, perdeu-se o controle”, criticou.

Análise

Número dois do Ministério da Fazenda, o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, também participou da reunião. Ele disse que a conversa foi produtiva e prometeu analisar o estudo. “O dado sobre o impacto nos empregos chama atenção, e o estudo tem dados muito consistentes nesse sentido. Como muitos têm acompanhado, a Fazenda tem normatizado esse tema para que a gente traga esse assunto à luz do dia, ele não pode ficar sem tratamento, sem compliance, como foi colocado”, disse Durigan.

No dia da edição da portaria que isentou as importações de até US$ 50 de tributos federais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a análise de um imposto federal sobre o comércio eletrônico ficaria para uma segunda etapa. Ele, no entanto, evitou comentar se a tributação seria reinstituída. Apenas disse que o “plano de conformidade” buscará preservar o equilíbrio entre os varejistas nacionais e as lojas online de produtos importados.

 

Fonte: Agência Brasil.

para analisar a mesma, clique no link abaixo:

https://sindishopping.com.br/wp-content/uploads/2023/07/Mediador-Extrato-Convencao-Coletiva-2023-2025.pdf

ou acesse a página das CCT’s, disponível no link a seguir:

https://sindishopping.com.br/cct/

Com informações de Mercado&Tech powered by Infracommerce. /   23 de junho de 2023

 

A C&A dá mais um passo em direção a digitalização de seus serviços e agora disponibiliza biometria facial como meio de pagamento em suas lojas. Disponível para os consumidores que possuem o C&A Pay, será possível realizar compras sem documentos.

Com a biometria facial, a companhia conseguirá prevenir fraudes de identidade e garantir a proteção de dados dos consumidores.

“Aos consumidores, o método proporciona uma melhor experiência de compra com agilidade e fluidez na hora de pagar pelos seus novos produtos. Em um momento em que o consumo é phygital, tornar a compra presencial tão rápida quanto no e-commerce é fundamental”, destaca o CEO da C&A, Paulo Correa.

Inteligência artificial

A C&A Brasil está em busca de aperfeiçoar a gestão de toda a sua cadeia de produção e, dando mais um passo em direção a isso, anunciou uma parceria com a Palantir, multinacional de tecnologia e inteligência artificial.

Juntos, desenvolveram uma ferramenta que automatiza a gestão de estoque de seus produtos mais vendidos – básicos e jeans, que correspondem a uma parte importante do seu faturamento. No ambiente digital analítico, que integrou dados e sistemas de diversos pontos da cadeia produtiva da companhia, foram desenvolvidos modelos e aplicações que forneciam recomendações de compra automatizadas, dizendo quando e quanto comprar de cada produto.

Dessa maneira, é possível manter um nível de estoque ideal para todo o portfólio de produtos vendidos. O sistema também gera o pedido de compra automaticamente.

Com informações de Mercado&Tech powered by Infracommerce.

Por Renan Monteiro — Brasília / O Globo

28/06/2023 09h04  Atualizado 28/06/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anuncia medidas para reduzir preço de carros e o programa Desenrola Brenno Carvalho / Agência O Globo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira que bancos, instituições financeiras e outros credores já podem entrar no programa de renegociação de dívidas lançado pelo governo – o chamado Desenrola.

O foco é na renegociação de dívidas no limite de R$ 5 mil de brasileiros que ganham até dois salários mínimos, mas o programa não é exclusivo para essa faixa. Todas as negociações serão operacionalizadas em um único portal, que ainda será lançado pelo governo. Serão consideradas dívidas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022.

— Agora vai entrar em operação para os credores aderirem ao programa — disse o ministro, em rápida conversa com jornalistas na Fazenda.

Antes de iniciar as renegociações, o governo vai promover um leilão para a adesão de credores. As instituições que oferecerem mais descontos entram no programa.

Veja as regras:

Como os credores podem aderir?

Para participar do programa, os bancos, instituições financeiras, comerciais e as instituições não bancárias de crédito (quando se tratar de instituição com volume de captações superior a R$ 30 bilhões) deverão providenciar a baixa permanente, perante os birôs de crédito, dos registros ativos com valor igual ou inferior a R$ 100,00. Ou seja, tirar do negativo essas dívidas de pequeno valor.

Prazo

O credores terão o prazo de até 30 dias para retirarem do negativo as dívidas de R$ 100,00. Outra regra prevista é que essas instituições precisarão atuar necessariamente na condição de agentes financeiros do chamado Desenrola Brasil – Faixa 1 (vaja abaixo).

Quem é o público-alvo?

Na faixa 1 do programa estão pessoas físicas com renda bruta mensal de até dois salários-mínimos ou aquelas que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Na faixa 2 são pessoas físicas, com dívidas em bancos, e renda de até R$20.000,00.

Quais as regras para pagamento?

Na faixa 1, a taxa de juros permitida será de no máximo 1,99% ao mês. O prazo de carência será de no mínimo 30 dias e de no máximo 59 dias. Também para esse público-alvo, a parcela mínima será de R$ 50 e o pagamento poderá ser feito em até 60 vezes.

Quais dívidas poderão ser financiadas?

Na faixa 1, são dívidas financeiras e não financeiras que ultrapassem o valor de R$5.000,00.

Dívidas que não poderão ser financiadas?

No Faixa 1, não poderão ser financiadas dívidas de crédito rural, financiamento imobiliário, créditos com garantia real, operações com funding ou risco de terceiros.

E a garantia das operações?

Exclusivamente para as pessoas da faixa 1, a renegociação das dívidas será com garantia de 100% do capital, com atualização pela taxa básica de juros (Selic). Ou seja, se o devedor não cumprir com o compromisso, o governo paga a instituição credora. Para isso, estão previstos recursos do chamado Fundo de Garantias de Operações (FGO).

E se houver atraso?

Em caso de inadimplência, entre o 61º dia e o 200º dia de atraso dos devedores, o agente financeiro poderá solicitar a honra da garantia ao FGO.

Qual a plataforma?

Ainda não foi divulgada, mas já foi informado que o devedor utilizará conta no Portal GOV.BR, com níveis de certificação ouro ou prata, para aderir, acessar e realizar as negociações.

REDAÇÃO AMANHA
28/06/2023 11:13 | Atualizado 28/06/2023 11:19

Crédito caro, endividamento, inadimplência e juros altos criaram cenário desafiador para o varejo

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 106,4 pontos em junho, uma queda mensal de 0,6%, descontados os efeitos sazonais. O otimismo dos varejistas caiu pela segunda vez consecutiva, levando o Icec ao menor nível desde junho de 2021. Assim, o indicador mantém a tendência de queda registrada nos últimos dois meses. Na comparação anual, a redução da confiança caiu 13,1% – a maior retração nesse comparativo desde abril de 2021, quando a queda foi de 20,7%. O destaque do mês foi a percepção desfavorável da situação vigente. Há três meses, o índice de condições atuais mergulhou na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), com quedas intensas da avaliação dos varejistas sobre o desempenho da economia e do comércio. A maioria dos comerciantes, 61,2%, aponta que as vendas no comércio pioraram. Essa proporção também é a mais elevada desde junho de 2021.

Segundo o CNC, o resultado do Icec de junho mostra que os empresários do comércio estão cautelosos com a situação econômica atual do país, que afeta diretamente o consumo das famílias. Ainda de acordo com a entidade, a queda da confiança é um sinal de alerta, pois o setor vem sofrendo com as altas taxas de juros e as dificuldades que os consumidores têm de acessar crédito e pagar dívidas. Embora os consumidores indiquem maior intenção de compra, como tem apontado a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também realizada pela CNC, o nível de endividamento e inadimplência elevado e o crédito caro e restrito limitam a capacidade de consumo. “O otimismo do consumidor, com maior segurança no emprego e melhora da renda disponível pela inflação mais baixa, não tem se traduzido em alta das vendas no varejo de forma geral e sustentada. Isso tem se refletido na redução da confiança do varejista”, analisa Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa.

Outro índice que endossa o pessimismo dos empresários é o de expectativas para desempenho do comércio, que caiu 10,1% entre junho de 2022 e 2023. “Dois em cada dez comerciantes consideram que as vendas no setor devem piorar no curto prazo, mesmo com a dinâmica mais favorável da inflação nos últimos meses. A permanência dos juros altos tem levado os comerciantes a redefinirem as estimativas para as vendas deste ano”, explica Izis. Ainda que o consumidor de rendas média e baixa esteja mais disposto a consumir e com datas sazonais no calendário dos próximos meses estimulando as vendas, o otimismo é menor entre os empresários de todos os grupos do varejo. A economista da CNC destaca que, com a visão desfavorável do atual desempenho da economia e do comércio e com as expectativas para o curto prazo em queda, os comerciantes de todos os segmentos também apontam que devem reduzir os investimentos, principalmente na contratação de funcionários e no capital físico das empresas.

O Icec indicou que as perspectivas de desempenho menos favorável das vendas nos próximos meses são generalizadas entre os lojistas. As quedas no mês e no ano foram mais intensas, no entanto, para o varejo de produtos duráveis, itens que dependem mais de crédito e de prazo para pagamento. “A manutenção dos juros elevados, com endividamento e inadimplência maiores dos consumidores, tem levado os varejistas a considerarem que as vendas desses itens seguirão sofrendo com o crédito caro e cada vez mais seleto”, avalia Izis. Para 24,7% dos comerciantes de itens de maior valor agregado, os estoques estão acima do adequado diante da perspectiva das vendas, proporção que vem crescendo desde o fim do ano passado.

Redaçãode Redação  3 de julho de 2023

Executivos do varejo nacional estão descontentes com as novas regras do governo para compras internacionais. Na sexta-feira, 30, o Ministério da Fazenda divulgou, por meio do Diário Oficial da União, que a partir de 1º de agosto compras online de até US$ 50 estarão isentas de tarifa de importação.

No sábado, 1º, representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) se reuniram com o ministro Fernando Haddad para discutir a competição gerada pela venda de produtos importados

As regras passam a valer em 1º de agosto. Os vendedores precisarão pagar um ICMS de 17% sobre o valor da compra e terão de informar ao consumidor a procedência dos produtos e o valor total da mercadoria (com inclusão dos tributos federais e estaduais).

“A publicação da Portaria MF nº 612, de 29 de junho de 2023, não atendeu às expectativas do varejo nacional, ao contrário, tornou a aplicação da tarifa zero de imposto de importação para remessa de até US$ 50 (de minimis) entre pessoas físicas também aplicável para remessas entre empresas e pessoas físicas, o que tornará o ambiente de negócios no varejo insustentável, uma vez que apenas a alíquota nacional de ICMS de 17%, prevista na Portaria e no programa Remessa Conforme, está distante de proporcionar uma competição equitativa”, disse o IDV em nota.

Ajuste ‘urgente’

O IDV destaca a necessidade de “ajustar urgentemente” a alíquota de importação para patamares que incluam todos os impostos nacionais. Dessa forma, segundo o Instituto para Desenvolvimento do Varejo, seria possível “garantir uma competição justa e isonomia e evitar o fechamento de lojas e a perda de empregos, inclusive na indústria, além da elevada renúncia fiscal”.

“Os impostos diretos e indiretos incidentes no preço dos produtos nacionais, pagos no varejo e na indústria, são significativos, e a manutenção da alíquota zero para a venda de produtos importados feita por meio das plataformas digitais para pessoas físicas poderá levar as empresas brasileiras a transferirem suas operações para fora do país e se tornarem apenas importadoras, com grandes consequências para o emprego e para a economia do Brasil”, completa a nota.

A reunião foi concluída com o compromisso de o Ministério da Fazenda, dentro do programa Remessa Conforme, trabalhar para a aplicação da alíquota de importação correta, a curto prazo, a fim de evitar, entre outras, as consequências relatadas nesta nota.

Redação de Redação

 3 de julho de 2023

Mais otimistas, 71% dos brasileiros devem gastar mais neste segundo semestre, em relação aos primeiros meses deste ano, com destaque para alimentação (66%), saúde (39,8%) e eletrodomésticos (34,9%). E as datas que o consumidor pretende gastar mais são o Dia das Crianças, Dia dos Pais, Black Friday e, por último, o Natal.

As prioridades na hora da compra são semelhantes às do primeiro semestre: alimentação (58%), educação (37%) e saúde (34%), segundo levantamento feito pela Trigg sobre as tendências de consumo para este segundo semestre.

“Conseguimos perceber um otimismo dos brasileiros em relação ao consumo. E embora o foco ainda seja itens básicos como alimentação e saúde, a mudança de itens de educação, que era uma prioridade no primeiro trimestre, para a compra de eletrodomésticos, indica uma mudança no comportamento deste consumidor, que tem tendências de consumo além do básico”, comenta Linconl Rocha, CEO da Trigg.

Na hora da compra, os brasileiros continuam dando prioridade para valores mais acessíveis e promoções (36,5%), seguidos pelo cashback (17,5%) e qualidade (14,8%).

A pesquisa mostra também que as compras online continuam sendo o canal de vendas de preferência dos consumidores. No primeiro semestre, 51% preferiram as compras online, agora, são 35,9%. Já os que preferem as compras presenciais, no primeiro semestre eram 48%, agora são 33%.

Com relação às formas de pagamento, o cartão de crédito é o meio preferido para 83% dos brasileiros. Já o Pix segue em crescimento, com a preferência de 10,9%.

Férias de inverno

Nas férias de julho, 44% não pretendem viajar neste período este ano. Para os 36,8% que desejam passear, o principal destino será o Nordeste (32,3%), seguido pelo Sudeste (9,9%), Sul (8,2%) e fora do país (5%).

O avião será o principal meio de transporte (28,3%), seguido pelo carro próprio (25,2%).  E 22% ficarão em hotel, enquanto 19,6% ficarão hospedados em casa de amigo ou familiar. Com relação aos gastos, a previsão é que a viagem fique entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.