No 2º trimestre de 2024, os bancos e CFIs vinculados aos principais varejistas apresentaram um desempenho variado, evidenciando estratégias focadas em qualidade de crédito e ganhos operacionais. Destacaram-se o Banco Carrefour, C&A Pay( C&A Brasil) e banQi (Grupo Casas Bahia) com crescimento na carteira, e o Magazine Luiza, Midway (Riachuelo) e Realize CFI( Lojas Renner S.A.), com forte expansão de EBITDA.
O Banco Carrefour liderou o setor em termos de crescimento de carteira, atingindo R$ 25,62 bilhões (+19% a/a). A carga de risco foi de R$ 741 milhões alta de 4,1% e a inadimplência over 90 diminuiu para R$ 2,334 bilhões (-1,7 p.p.), refletindo a eficiência das estratégias de concessão de crédito. O EBITDA totalizou R$ 235 milhões, um aumento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os resultados do 2T24 demonstram foco nas estratégias implementadas pelo Banco Carrefour, evidenciando seu papel estratégico suportando as operações do maior varejista alimentar do país, o Grupo Carrefour Brasil .
O Magazine Luiza apresentou uma queda de 3,7% na carteira de crédito, que fechou em R$ 19,29 bilhões, porém, obteve um crescimento expressivo no EBITDA, que alcançou R$ 117 milhões (+2x a/a). A inadimplência over 90 caiu para R$ 1,774 bilhões (-1,7 p.p.), reforçando um controle mais rigoroso do crédito.
Já a Midway, financeira da Riachuelo, registrou um EBITDA de R$ 89,1 milhões (+319,9% a/a) e redução da perda líquida de recuperação para R$ 296 milhões (-16,9% a/a). A carteira de crédito sofreu uma queda de 8,6% a/a, totalizando R$ 5,2 bilhões, mas a gestão eficiente da inadimplência, que reduziu para R$ 1,123 bilhões (-1,3 p.p.), garantiu a estabilidade das operações.
A Realize, financeira da Lojas Renner S.A., manteve um desempenho positivo com EBITDA de R$ 34,8 milhões (+1,64x a/a). A inadimplência caiu para R$ 949 milhões (-3,2 p.p.), enquanto a perda líquida foi reduzida para R$ 254 milhões (-36% a/a), reforçando um foco contínuo na melhoria da qualidade do crédito.
A Casas Bahia apresentou crescimento de 4,2% na carteira, que alcançou R$ 5,5 bilhões, enquanto a inadimplência se manteve estável em R$ 467,5 milhões (-0,6 p.p.). A perda líquida de recuperação foi de R$ 263 milhões (+0,7% a/a), refletindo estabilidade nas operações.
Por fim, a C&A Pay destacou-se com a maior expansão de carteira, atingindo R$ 1,02 bilhões (+45,2% a/a). O EBITDA reverteu o prejuízo do ano anterior, totalizando R$ 4,2 milhões, enquanto a perda líquida de recuperação foi de R$ 69 milhões (+17,1% a/a), sinalizando um crescimento mais acelerado e sustentável.
Os resultados demonstram a capacidade das instituições financeiras ligadas ao varejo de se adaptarem aos desafios do mercado, com estratégias voltadas para eficiência operacional, controle de inadimplência e melhoria da qualidade das carteiras.