Um manifesto publicado nesta 6ª feira (14.mai.2021) nos principais jornais impressos do país, por 100 entidades do comércio e de serviços, pede o fim do “abre e fecha” e de medidas de restrições de combate ao coronavírus, como o fechamento parcial de estabelecimentos. “Estão matando o comércio aos poucos”, diz.
O informe publicitário (íntegra – 170 KB) afirma que governadores e prefeitos fecham negócios e obrigam os proprietários ao pagamento de impostos. “Em algumas cidades, por mais de 6 meses”, afirma o texto, que diz que os empresários não aceitarão mais fechamentos –nem os que permitem uma operação parcial.
Integram o documento associações como Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers); Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping); Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes); CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas); LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) e dezenas de outras entidades.
“Não é possível viabilizar um negócio com ocupação de 30%”, destaca a peça. As entidades também dizem que há uma escolha desprovida de critérios em relação à autorização de funcionamento de alguns estabelecimentos: “certas atividades não essenciais foram autorizadas a abrir, enquanto outras foram fechadas”.
Afirmam, também, que milhões de pessoas perderam o emprego e atribuem a culpa à “incompetência do ao setor público, notadamente na área de [sic] Saúde”, que segundo os autores “já vinha em questão crítica e foi agravada pelo fechamento de hospitais de campanha construídos em 2020”.
O documento afirma que “25% do comércio quebrou e não volta mais”. Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publicado em 1 de março mostrou que 75 mil estabelecimentos comerciais com vínculos empregatícios fecharam no Brasil em 2020. O cálculo é feito com base na diferença entre o total de aberturas e fechamentos de lojas no ano.
Autoridades de saúde afirmam que o distanciamento social é uma das medidas de contenção do avanço do coronavírus.
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