PIB cresce 3,2% em 2021 diz Economia
Nota do ministério – Menciona avanços em 2020 – Ajuste das contas públicas – Criar empregos é prioridade
O Ministério da Economia estima crescimento de 3,2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2021.
De acordo com o texto, feito pela SPE (Secretaria de Política Econômica), o país tem 3 desafios econômicos em 2021: emprego, crédito e consolidação das contas públicas. A equipe econômica avalia que haverá aumento da taxa de ocupação e o crédito seguirá em expansão. Sobre as melhoras nas condições fiscais, afirma que o governo “continuará tomando as medidas necessárias para fortalecer o processo”.
“Nosso entendimento é de que o crescimento econômico do ano que vem ficará acima dos 3%. A SPE projeta para 2021 um crescimento de 3,2% do PIB, muito em linha com a expectativa do mercado refletida pela mediana do relatório Focus de 3,4% (369 KB)”, diz a nota em referência ao relatório produzido pelo BC (Banco Central) com base em avaliações de analistas do mercado financeiro.
A nota informativa destaca que a vacinação contra a covid-19 beneficiará o país neste ano. As taxas de juros no exterior estão em níveis baixos e devem continuar assim, segundo o documento. “Nos favorece seja pela possibilidade de mantermos os juros internos baixos, seja pelo estímulo a entrada de capitais internacionais que buscam melhores oportunidades de retorno”, afirma o texto.
O preço de commodities em alta também favorece o Brasil “via ganhos de termos de troca”. O texto destaca ainda que há um prolongado período de juros baixos na economia brasileira que terá efeitos positivos.
Para 2021, o governo busca um “moderno planejamento econômico via mercado”, em vez do “antigo planejamento estatal”, segundo o documento. “O investimento privado segue agora para onde é mais eficiente (e não mais para onde o governo determina), o que se traduz em maior produtividade para a economia”, diz.
A pasta diz que a agenda econômica de 2021 é focada em ganhos de produtividade e consolidação das contas públicas. “Consensos estão sendo construídos e agenda de reformas econômicas continuará a avançar”, diz o documento.
Estão entre as prioridades as PECs emergenciais e do Pacto Federativo, que reduzem o percentual de despesas obrigatórias –aquelas que não podem ser cortadas pelo Poder Executivo. A reforma administrativa, também prevista, reduz a despesa do governo com o funcionalismo. A pasta estima que o gasto cairá R$ 300 bilhões em 10 anos.
“Sem alardes, esse governo já encaminhou ao Congresso Nacional as 3 principais reformas econômicas demandadas há anos pela sociedade brasileira: previdência, tributária e administrativa”, disse a nota informativa. “A agenda de fortalecimento dos marcos legais avança tal como as concessões e no ano que vem será a vez das privatizações e da abertura econômica”, completa o órgão.
De acordo com o documento, o ano passado foi desafiador para a economia e para saúde do mundo. As consequências sociais, educacionais, de saúde pública e econômicas “perdurarão por muito tempo”, segundo a pasta.
De acordo com a nota, todas as medidas econômicas adotadas durante o período são transitórias “e se encerram sem exceção até o final deste ano”. O texto sinaliza a busca do reequilíbrio das contas públicas: “Fortalece-se nosso compromisso com a consolidação fiscal”.
Antes da pandemia, o relatório Focus do BC, que copila as projeções para os principais indicadores econômicos, indicava crescimento de 2,17% no PIB de 2020.
“Os analistas de mercado esperavam um ano de recuperação econômica. Visão essa que seria desfeita com o advento da pandemia de covid-19”, disse. “A estratégia econômica de consolidação fiscal e de aumento da produtividade (com forte combate a má alocação de recursos) estava recolocando o Brasil no caminho do crescimento sustentável de longo prazo”, completa.
O Ministério da Economia afirma que as medidas econômicas tomadas com a chegada do coronavírus tiveram o objetivo de salvar vidas e preservar empregos e empresas. São elas:
• transferência de recursos para a área de saúde;
• ajuda à população carente;
• preservação de empregos e empresas;
• aumento da liquidez para irrigar o mercado de crédito;
• transferência de recursos a Estados e municípios para que possam absorver a abrupta perda de receita pública.
O conjunto de medidas é robusto, segundo a nota, e parte expressiva das medidas foi elaborada e implementada antes que o sistema público de saúde brasileiro “entrasse em estresse”.
fonte: HAMILTON FERRARI 01.jan.2021 (sexta-feira) – 17h00 Poder
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