Da Agência Senado | 26/11/2024 / Marcos Oliveira

De acordo com dados da CNC, ‘bets’ causaram a inadimplência de 1,3 milhão de brasileiros

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que as apostas eletrônicas (como cassinos on-line e bets — empresas de apostas eletrônicas)  têm causado impactos negativos na economia do país. A organização apresentou um estudo sobre o tema à Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas (CPIMJAE) nesta terça-feira (26).

De acordo com a pesquisa sobre endividamento e inadimplência da CNC, o aumento significativo das casas de apostas on-line em 2024 levou cerca de 1,3 milhão de brasileiros a se tornarem inadimplentes. O estudo foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 11 de novembro, como parte de um esforço para alertar sobre os efeitos prejudiciais dessa indústria para a economia nacional.

O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destacou que, embora não haja um número exato de quanto é gasto pelas famílias brasileiras em apostas on-line, estima-se que em 2024 os gastos podem ter chegado a cerca de R$ 40 bilhões, mas não há certeza do quanto vem sendo injetado. 

Tavares afirmou que o cenário de crescimento das apostas on-line está causando distúrbios no mercado, desviando recursos que poderiam ser destinados a outras áreas da economia, como o comércio e os serviços. 

—  A gente não tem a clareza no número de benefícios pagos por essas casas de apostas. Esse é um número nebuloso, isso está afetando a economia. E isso gerou uma retirada de recursos do comércio. O varejo vendeu menos do que poderia ter vendido então —  apontou Tavares.

Bolsa Família

Rogério Lucca, chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de Pagamento do Banco Central, ressaltou que parte dos recursos dos programas sociais está indo parar nas casas de apostas. De acordo com um estudo do BC, cerca de 5 milhões de beneficiários  do Bolsa Família (de um total aproximado de 20 milhões) gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix em agosto.

Até agosto deste ano, as transferências para essas empresas de apostas somaram cerca de R$ 20 bilhões mensais, com um total de aproximadamente 24 milhões de pessoas realizando essas transações. Além disso, cerca de 85% desse montante (aproximadamente R$ 17 bilhões mensais) saía dessas empresas em benefício de pessoas físicas.

O Banco Central também buscou entender o perfil dos apostadores, com o objetivo de subsidiar possíveis ações de educação financeira. A análise indicou que a maior parte das transferências partiu de contas de pessoas entre 20 e 40 anos.

— A gente tentou identificar o perfil de apostadores com vistas a poder subsidiar potenciais trabalhos o ponto de vista de educação financeira  — assinalou.

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: CPI das Apostas Esportivas

Fonte: Agência Senado

28/11/2024  / site CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) avalia que o pacote fiscal recentemente apresentado pelo governo federal é insuficiente para enfrentar o problema fiscal brasileiro.

Apesar do cuidado e da dedicação que o governo federal teve para anunciar as medidas em referência, existem questões que vão impactar, de forma contundente, o empresariado brasileiro, como a inclusão de tributação de dividendos sem a respectiva redução da tributação sobre as empresas, o que configura bitributação e afetará drasticamente a capacidade do setor produtivo de gerar riqueza. Vale destacarmos que a atual tributação sobre a renda e o lucro no Brasil segue a lógica de tributar o resultado da empresa, de forma a isentar proventos e dividendos pagos aos acionistas.

Reconhecemos a importância de revisar a dinâmica de reajuste do salário mínimo, bem como de outros benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Abono Salarial. Essa revisão é fundamental para garantir que os mais necessitados continuem amparados pelos programas sociais.

A CNC enxerga com muita preocupação a isenção do IR até R$ 5.000, dado o peso que essa medida terá sobre o quadro fiscal brasileiro, tornando todo o esforço do pacote fiscal praticamente inócuo.

Destacamos que a economia estimada de R$ 70 bilhões em dois anos, ou de R$ 327 bilhões em cinco anos, é insuficiente diante do cenário de déficits primários crônicos que, segundo as projeções do mercado, podem alcançar 0,7% do PIB nos próximos três anos. É crucial que o Brasil busque uma plena coordenação entre as políticas fiscal e monetária, garantindo um cenário de médio e longo prazo estável e previsível, o que permitirá a redução dos juros e da inflação, fatores que atualmente sufocam o setor produtivo e os consumidores.

A CNC reforça que uma reforma administrativa é essencial para modernizar a gestão pública, reduzir ineficiências e criar um ambiente fiscal mais previsível. Essa reforma deve promover a meritocracia, ajustar as despesas com pessoal e adequar os serviços públicos às reais demandas da sociedade brasileira. Sem essas mudanças, qualquer tentativa de ajuste fiscal será limitada e de curto prazo.

Portanto, a CNC conclama o governo federal e o Congresso Nacional a priorizarem medidas que promovam não apenas o equilíbrio fiscal imediato, mas também reformas estruturais capazes de sustentar o crescimento econômico e a competitividade do País em longo prazo. Como entidade representativa do setor produtivo, reiteramos nossa disposição em colaborar no debate e na construção dessas soluções.

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Sob a liderança de
 Fabio Adegas Faccio, a Renner registrou um lucro líquido de R$ 255,3 milhões no 3T24, alta de 48% em relação ao 3T23, superando as expectativas do mercado. O desempenho sólido reflete uma estratégia de crescimento centrada na transformação digital, alavancagem operacional e expansão geográfica, posicionando a Renner em um ritmo de crescimento sustentável.

A receita líquida de varejo da Renner alcançou R$ 2,956 bilhões, alta 12,1% em relação ao 3T23, com destaque para as vendas em mesmas lojas(SSS), alta de 11,5%. O crescimento foi sustentado pelo uso de IA para capturar tendências e uma produção ágil, que garantiu um mix de coleções “coringas” e de alta rotatividade.

A agilidade na execução da moda e a gestão da cadeia de suprimentos permitiram uma redução de 13 dias no giro médio de estoques, o que contribuiu para a expansão da margem bruta de vestuário, que subiu 1,1p.p, atingindo 54,7%.

A digitalização foi um dos principais impulsionadores do crescimento no 3T24. Com cerca de 250 lojas operando caixas de autoatendimento com tecnologia RFID, a empresa melhorou a experiência do cliente, produtividade e aumentou 11,6% a venda por m2. A Renner também observou um aumento no GMV digital, que cresceu 24% para R$ 657 Mi, elevando a penetração digital para 16,7% do total de vendas, um reflexo das melhorias na jornada omnichannel​.

A Realize, registrou um EBITDA positivo de R$ 58 milhões no 3T24 vs o Ebitda negativo de R$ 35 Mi no 3T23. A redução nas perdas líquidas para R$ 225 milhões, queda de 32% vs o 3T23 devido a melhora na qualidade da carteira com melhor perfil de risco. O Cartão Renner voltou a ganhar participação no ecosistema e foi responsável por 30,4% das transações no varejo, fortalecendo o vínculo com os clientes ativos e recuperação dos inativos.

Em termos de expansão, a Renner tem planos de abrir lojas em novas cidades com mais de 50 mil habitantes. Atualmente, a empresa está presente em apenas 33% desses municípios, e o CEO Fabio Faccio vê um potencial significativo para aumentar essa participação. O movimento de expansão se alinha ao compromisso da Renner com o crescimento sustentável e a criação de valor para os acionistas.

Com uma posição de caixa robusta, totalizando R$ 2,6 bilhões e uma geração de fluxo de caixa livre de R$ 412 milhões no trimestre, a Renner está bem posicionada para enfrentar os desafios do mercado e continuar investindo em inovação e eficiência. Os investimentos no trimestre somaram R$ 172,9 milhões, focados em tecnologia, expansão de lojas e melhorias nas instalações existentes.

O CEO destacou que a empresa entra agora em uma nova fase, onde o foco será a rentabilidade e o crescimento sustentado, sem a necessidade de grandes investimentos adicionais em infraestrutura. Com uma estratégia clara e o suporte de equipes engajadas, a Renner consolida como referência em moda e lifestyle na América Latina.

hashtag#negócios RI Renner

Redação  / IstoÉ / 2 dezembro 2024

Ela voltou. 

Você esteve longe de ser o único a aproveitar uma boa oferta nesse último final de semana, quando a tão aguardada Black Friday deu as caras e voltou a ser um grande sucesso no nosso país.

A edição deste ano foi a melhor desde 2020, e na comparação com o ano passado o faturamento das vendas on-line cresceu 11%, batendo a marca dos R$ 8 bilhões e superando as expectativas dos varejistas.

·       🛒 O número de pedidos no e-commerce subiu 12% e ficou na casa dos R$ 14 milhões;

·       💳 No entanto, o valor médio por compra continuou praticamente o mesmo: R$ 555,17;

·       🛍 Falando de presencial, as vendas em lojas físicas também surpreenderam e subiram 23% no ano a ano;

·       📲 Os produtos mais comprados foram eletrodomésticos, eletrônicos, telefones e roupas.

Por que importa? A Black Friday 2024 mostrou que os consumidores voltaram com a confiança nas promoções e que a data — tradicional nos EUA e que chegou ao nosso país em 2010 — tem se consolidado entre os brasileiros.

Outro motivo para a edição deste ano ter sido aquecida foi o 13º salário, já que o pagamento da primeira parcela coincidiu justamente com o início dos dias de promoção.

Ok, mas… O Reclame Aqui bateu recorde de reclamações durante a Black Friday deste ano, com quase 15 mil queixas. A maioria delas teve a ver com atraso na entrega e propaganda enganosa.