MERCADO & CONSUMO 18/07/2024

 A Centauro (moda e esporte), Vestcasa (artigos para o lar), Assaí (atacado), Boticário (cosméticos e perfumes), Ri Happy (brinquedos) e Magazine Luiza (eletrônicos e eletrodomésticos) são algumas das varejistas mais admiradas pelos consumidores, segundo o ranking do Ibevar – FIA Business School, que analisou 120 empresas do varejo nacional, que representam quase 30% do consumo de bens no País.

Neste ano, o ranking foi ampliado e passou a considerar operações de serviços: asseguradoras, bancos, cafés, fintechs, hotelarias, restaurantes e viagens, e bens de consumo: suplementos e luxo.

Segundo o ranking, o McDonald’s é a marca mais admirada de fast-food; a Oxxo, de conveniência; a Havan, de departamento; e a Cacau Show, de chocolateria. A Prada é a marca de luxo preferida entre os consumidores.

 

O ranking é construído com base em modelagem sustentada por algoritmos de Inteligência Artificial (IA) e Natural Language Processing (NLP), recursos que permitem levantar e processar manifestações espontâneas dos consumidores sobre as operações de varejo.

“O ranking Ibevar-FIA utiliza recursos sofisticados para análise e identificação das menções dos usuários sobre as marcas, assim como para chegar à lista das mais admiradas”, afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School.

Confira o ranking completo no gráfico abaixo:

 

 

 

Deu na mídia –  site CNC  19.7.24

Valor Econômico informa que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 0,2% em julho ante junho, para 101,5 pontos, segundo a CNC.

De acordo com a entidade, esse é primeiro resultado negativo desde o começo do ano da ICF. Na comparação com julho de 2023, no entanto, houve aumento de 2,3% no indicador, em julho desse ano. No entanto, essa expansão, na comparação com igual período de ano anterior, foi menor taxa desde junho de 2021.

  • 23/07/2024

O Projeto de Decreto Legislativo 169/24 suspende a aplicação do Decreto 11.795/23 e da portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (3.714/23) que regulamentam a lei de igualdade salarial entre homens e mulheres (14.611/23).

Apresentado pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP), o texto está em análise na Câmara dos Deputados.

Para a parlamentar, o decreto e a portaria impõem obrigações ao empregador não previstas pela lei. Entre essas obrigatoriedades, ela cita a exigência de publicar, nos sites das empresas ou em suas redes sociais, o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios produzido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Essa obrigação, critica Adriana Ventura, não está na Lei 14.611/23, foi criada pelo decreto e reproduzida pela portaria.

“Ademais, a obrigação é imposta em caráter imediato, sem oferecer às empresas qualquer prazo para adaptação ou correção de eventual desequilíbrio, ou mesmo para sistematizar o processo de levantamento, organização e transmissão de tais informações”, completa.

Anonimato em risco
A deputada alerta ainda que a publicação do relatório no site da empresa pode violar o anonimato dos trabalhadores.

“Uma empresa com 100 funcionários, delimitando as remunerações por cargo, se torna extremamente factível a identificação dos funcionários e a comparação de remuneração entre trabalhadores que eventualmente percebam salários diferentes por motivos de performance, experiência ou tempo de casa”, afirma Adriana Ventura. “Isso pode causar insatisfação e criar um clima organizacional de rivalidade e hostilidade dentro das empresas”, acrescenta.

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Trabalho; de Defesa dos Direitos da Mulher; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votada pelo Plenário. Para virar lei, a proposta também precisa ser analisada pelo Senado.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

MAIS:

  • Valor Econômico relata que a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e o Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Sindimaq) conseguiram liminares que desobrigam empregadores com cem funcionários ou mais de publicar o relatório de transparência e igualdade salarial entre homens e mulheres.
    A decisão que atende a pedido da Fiemg, em caráter liminar, 
    é aplicável a todas as empresas do país.

Em nova campanha, o grupo convida consumidores a refletir sobre o conceito de paternidade – e questiona por que cinco dias de licença paternidade é muito pouco

Letícia Furlan

Repórter Publicado em 17 de julho de 2024 exame

Neste Dia dos PaisO Boticário busca promover uma reflexão sobre o conceito de paternidade através de sua campanha publicitária. A marca faz isso destacando a licença parental universal como pilar fundamental para uma sociedade mais inclusiva. A campanha busca reduzir a diferença de tempo entre licenças maternidade e paternidade, propondo uma licença universal para pais e mães.

Atualmente, os homens têm cinco dias de licença após o nascimento de um filho – as mulheres, por sua vez, têm uma licença mais de 20 vezes maior, de 120 dias.

Para isso, O Boticário vai ampliar o significado da palavra “pai” nos dicionários. De apenas “genitor”, ele passa a ser “pessoa que cuida e oferece amor, apoio emocional e orientação no desenvolvimento pessoal dos seus filhos” nos sites Dicio, Sinônimos e Significados. O movimento busca que outros sites de busca e dicionários também apliem o significado da palavra, que reforça a importância dos 120 dias de licença.

Desde 2021 o grupo oferece a Licença Parental Universal a seus colaboradores, e a ideia é que a reflexão extrapole o quadro de funcionários do Grupo O Boticário e alcance também consumidores e parceiros.

“Foi a partir de muita escuta ativa que decidimos ampliar essas histórias de transformação para uma narrativa de impacto social em nossas campanhas de Dia dos Pais. O ponto de partida foi em 2023, mas um ano depois, seguimos vendo essa como uma discussão propositiva e necessária para construção de uma sociedade mais equânime”, explica Marcela de Masi, diretora de Branding e Comunicação do grupo.

Para amplificar o alcance da mensagem, a marca lança no dia 24 de julho o filme conceito, criado pela agência AlmapBBDO. Nele, um dado da pesquisa Datafolha realizada em março de 2024 é evidenciado: para 69% dos brasileiros, as mulheres devem ser as principais responsáveis por cuidar de filhos recém-nascidos.

Por meio do filme que será veiculado em diversos canais e plataformas digitais, a marca convida a sociedade a refletir sobre a licença parental universal.

“O Boticário segue abordando esse tema, pois ainda é necessário continuar chamando a atenção das empresas e da sociedade. No entanto, este ano mudamos a abordagem. Enquanto no ano passado discutimos como cinco dias é pouco tempo, agora queremos provocar uma reflexão sobre a mensagem que uma licença de apenas cinco dias, comparada à de 120 dias das mães, passa para a sociedade e, principalmente, para os pais”, comenta Fernando Duarte, diretor executivo de criação da AlmapBBDO.

Com projeto totalmente novo e exclusivo, a Arena Neon Fun conta com quatro andares e traz novidades como tirolesa, parede de escalada, cama elástica suspensa, pontes panorâmicas a 10 metros de altura e escorregadores em espiral.

O parque gigante, localizado na praça central, tem 650 metros quadrados e comporta até 200 pessoas simultaneamente. Além das novas atrações, a Neon Fun conta com trampolins de diversos formatos, piscina de bloco de espumas, tobogãs, gangorra de bola e um circuito incrível nas alturas – tudo em cores vibrantes que proporcionam alegria e muita diversão, além de uma mega painel de led que dá vida e movimento ao parque.

Foram seis meses para produzir a nova versão da Arena, com mais de 1.500 metros cúbicos de cenário, 25 toneladas de estruturas, 80.000 leds, milhares de blocos de espumas e molas e 200 metros quadrados de camas elásticas.

 

Rebeca Ribeiro

03/Jul/2024 Diario do Comercio

As mudanças nos hábitos dos consumidores obrigaram os shoppings a se adaptarem, deixando de ser apenas centros de compras para se transformarem em espaço de convivência, segundo Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce)

Hoje, no shopping é possível fazer academia, frequentar igreja, resolver problemas no Poupatempo, cortar cabelo, ir ao mercado e, claro, visitar as lojas preferidas.

A ascensão do e-commerce tem acelerado essa mudança, o que leva a um questionamento: O shopping vai se dedicar cada vez mais ao lazer ou ainda haverá espaço para as compras?

Humai explica como está o cenário para o setor em entrevista ao Diário do Comércio. Confira:

Diário do Comércio – Com o avanço do e-commerce, as pessoas ainda compram nos shoppings?

Glauco Humai – O ano de 2023 teve o maior volume de vendas da história dos shopping centers, R$ 194 bilhões, o melhor resultado da história do setor. Isso é a prova de que as pessoas continuam comprando nos shoppings. Ainda mais com a integração do físico com o digital, que permite ao cliente comprar no shopping e receber em casa, ou comprar on-line e retirar o produto no shopping, ou ainda comprar em um shopping e retirar em outro. Então, continua sendo muito relevante para as pessoas realizarem compras e otimizarem o tempo.

Qual é o perfil atual da loja de shopping?

O shopping tem um mix muito variado. Existem shoppings que têm um perfil mais voltado para roupas, outros para móveis, mais múltiplos, para pessoas mais jovens ou um perfil mais conservador com a idade. Nos 639 shoppings existentes no Brasil, você encontra perfis diferentes, mas o shopping pode abrigar qualquer tipo de loja, seja uma grande rede, uma franquia que deseja expandir seu negócio ou um lojista pequeno que deseja entrar no empreendimento através de quiosque. O shopping é muito democrático neste sentido, pode abrigar diferentes categorias e formatos de lojas para se adequar ao público.

Existe um segmento que funciona melhor em shopping?

Nos últimos anos os shoppings tiveram bons resultados em todos os segmentos, mas eu destacaria perfumaria, telefonia e joalheria. Não que sejam os melhores, mas são segmentos que performam muito bem há bastante tempo.

A Abrasce divulgou uma pesquisa que mostra que 79% das marcas operam apenas uma loja dentro do shopping. O cenário está mais favorável ao pequeno empreendedor?

O cenário não mudou, mas o shopping é um ambiente mais seguro e controlado para o empreendedor. Ir para o shopping, ou abrir uma loja na rua, depende da visão estratégica do empreendedor. Na rua, o empreendedor corre um risco maior em relação à segurança, chuva, falta de energia… pode aparecer uma obra na frente da loja impedindo o consumidor de estacionar. No shopping, o custo de operação é maior, porém, ele não tem nenhum desses riscos, funciona de domingo a domingo, tem estacionamento, segurança, o fluxo de pessoas é constante. É uma escolha. Com a criação de modelos de lojas menores, como pop-ups e quiosques, foi possível a entrada de pequenos lojistas que viram o shopping como uma solução para seus problemas. Nos últimos anos aumentou a presença desses lojistas, e essa é a essência do nosso negócio: 75% do mix dos shoppings é composto por pequenos negócios.

Como está a relação dos shoppings com os lojistas? 

É uma relação saudável. Desde a pandemia, quando o shopping abriu mão de cobrar aluguel para o lojista, a relação melhorou ainda mais, o lojista percebeu que somos parceiros de negócio. Se não fosse uma relação saudável, não iríamos crescer mais que o PIB e que outros setores. E a quantidade de lojistas só aumenta. Há cinco anos tínhamos menos de 100 mil, agora temos 120 mil.

Por que os shoppings antigos estão muito movimentados e os novos perderam público?

A vacância média dos shoppings está saudável, em 5,2%, a mais baixa dos últimos anos. Mas há alguns com vacância menor, outros com maior. Entendemos que existe um processo de maturação nos shoppings. Quando é inaugurado, ele leva algum tempo para adequar o seu portfólio, mix, consumidor, logística. Então, demora alguns anos para amadurecer, por isso geralmente há uma vacância maior entre os novos. Além disso, há uma mudança geracional e paradigmática na sociedade, com o trabalho remoto, diferenças de locomoção, entre outras. Shoppings que eram voltados ao corporativo estão se adequando a esse novo cenário, pois a dinâmica mudou, trazendo assim mais serviços para aumentar esse movimento. É um momento de transição natural, que estamos enfrentando há algum tempo. Porém, não é um fator negativo.

O shopping ainda é um bom lugar para se fazer compras?

O shopping é o melhor lugar para se fazer compras. No entanto, ele vai muito além de compras. O shopping passa por uma transformação que se intensificou com a pandemia, uma evolução no mix para abrigar outras atividades e serviços. Hoje o shopping é muito mais um centro de conveniência do que de compras, onde é possível tirar passaporte, levar as roupas à lavanderia, ir aos correios, etc. O consumidor tem acesso a tudo o que precisa em um lugar centralizado. E ainda é o melhor lugar para se fazer compras porque geralmente está conectado a alguma mobilidade, tem fácil acesso a transporte público, estacionamento, segurança, funcionários para auxiliar e é possível encontrar uma variedade de produtos sem precisar se locomover muito.

REDAÇÃO 05/07/2024 amanha

  

A marca escolheu o Pátio Batel, shopping focado no segmento de luxo, para sua inauguração em novembro

Curitiba se prepara para receber a primeira loja da grife Carolina Herrera na região Sul do Brasil. A marca escolheu o Pátio Batel, shopping focado no segmento de luxo, para sua inauguração em novembro. A primeira loja no Brasil foi inaugurada em 2001, em São Paulo, e desde então a marca expandiu sua presença para o Rio de Janeiro. Com a chegada ao Pátio Batel, a grife Carolina Herrera consolida sua posição no mercado brasileiro com oito lojas no país. O Pátio Batel tem aproximadamente 190 estabelecimentos, sendo 71 lojas exclusivas, como Prada, Burberry, Gucci, Hugo Boss, Louis Vuitton e Tiffany & Co.

Fundada em 1980 pela estilista venezuelana Carolina Herrera, a marca rapidamente conquistou o mundo com suas criações impecáveis e estilo refinado. Na moda, destacam-se a estampa de poá, símbolo de elegância clássica, e os vestidos de festa exuberantes, que aliam sofisticação e feminilidade. As iniciais “CH” são outro símbolo marcante da marca, presente em acessórios e detalhes das roupas.

Giovanna Durães  Rio de Janeiro 06/07/2024  o globo

São Paulo apresenta 30% do total de centros comerciais, com 193 unidades

No Brasil, atualmente, a população pode desfrutar de um total de 639 shoppings espalhados pelo território nacional, segundo o levantamento de 2023/2024 da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). Os dados mostram que cerca de 50,7% desses estabelecimentos comerciais estão localizados no Sudeste, liderado pelo estado de São Paulo.

Os paulistas lideram a lista com mais que o dobro de shoppings registrados no segundo colocado. O estado apresenta um total de 193 centros, que representam cerca de 30,2% do total. A medalha de prata fica com o Rio de Janeiro, com 71 shoppings, que representam 11,1%. Fechando o pódio, está Minas Gerais, com 48, cerca de 7,5%.

Com os 12 centros construídos no Espírito Santo, que aparece mais abaixo na lista, a região Sudeste totaliza 324 shoppings, aproximadamente 50,7% do total. Juntos, os quatro estados têm 41,8% da população brasileira, com 85 milhões de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, a região representa 52,3% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo os dados mais recentes, divulgados em 2021.

No final do ranking, estão empatados Acre e Rondônia, com apenas uma unidade em cada. O Norte é a região que conta com menos shoppings, totalizando 30 centros nos sete estados.

Novos estabelecimentos

Neste ano, 18 shoppings devem ser inaugurados no país, dentre eles, 7 estão sendo construídos em São Paulo. Estados que também devem receber novos centros são Paraná (3), Sergipe (2), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1), Rio Grande do Sul (1) e Tocantins (1).

Em 2023, o faturamento total dos shoppings brasileiros foi de R$ 194,7 bilhões – alta de 1,5% em relação aos R$ 191,8 bilhões do ano anterior. Ainda segundo o levantamento, o número médio de visitantes por mês foi de 462 milhões –alta de 4,3%.

REDAÇÃO
25/06/2024   amanha

A expectativa em relação à economia apresentou a maior queda, com redução de 2,3% na comparação mensal

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 106,1 pontos em junho, uma retração de 0,5% em relação a maio. Essa foi a segunda queda consecutiva, descontados os efeitos sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice também apresentou queda de 0,3%, mantendo a tendência negativa observada desde janeiro de 2023. Apesar de o subindicador de condições atuais – que avalia a economia, o comércio e a empresa – ter recuado 0,4% pelo segundo mês consecutivo, o principal destaque positivo foi o aumento de 1,1% na confiança dos comerciantes, em relação às condições atuais do comércio. Esse aumento reflete um entusiasmo renovado dos empresários em relação ao varejo, impulsionado por indicadores de crescimento do comércio, segundo dados do IBGE. Contudo, conforme o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, o momento é de expectativa para as decisões macroeconômicas dos próximos meses. “Com o freio na queda da taxa Selic, imposto pelo Banco Central, e a incerteza em relação à inflação, o varejo deve adotar movimentos cautelosos no futuro próximo”, afirma Tadros.

Pessimismo com o futuro da economia
Houve uma queda de 1,2% no subindicador de expectativas – em relação à economia, ao setor e à empresa – em junho, em relação a maio, a primeira negativa após cinco meses de alta. Conforme o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, a taxa reflete a dificuldade atual dos empresários em relação aos próximos meses. A expectativa em relação à economia apresentou a maior queda, com redução de 2,3% na comparação mensal. Apesar do mercado de crédito desafiador e da percepção negativa das condições atuais, o indicador de intenção de investimentos foi o destaque positivo, com alta de 0,4% na comparação mensal. Entre os subindicadores que compõem esse indicador, a intenção de investir na empresa cresceu 0,8%, superando os níveis observados no mesmo período do ano passado.

“Diferentemente do que ocorre em relação aos consumidores, o saldo do crédito oferecido para pessoas jurídicas vem diminuindo e a inadimplência das empresas permanece em torno de 3,3%”, explica Tavares. Segundo o economista-chefe, isso revela que os varejistas estão recorrendo menos a esses recursos por conta da redução de oferta, e não porque precisam amenizar os custos com dívidas, já que a parcela de empresários com dívidas atrasadas não diminuiu.

Após um início de ano positivo, o Rio Grande do Sul apresentou recuo no Icec, em maio, de 2,1% e queda ainda maior em junho, de 8,6%, a mais significativa desde abril de 2021, quando o índice chegou a cair 10%. Em junho, o Icec alcançou 93,4 pontos, o menor desde maio de 2021 e a primeira vez abaixo de 100 pontos, desde então. O desastre ambiental no estado levou os comerciantes a repensar seus investimentos, com o subindicador apresentando a maior queda mensal, de 10,4%. A intenção de contratação de funcionários caiu 13,7% e a de investimento em estoques retroagiu 6,9% – ambas retornaram à zona de insatisfação. A percepção das condições atuais se deteriorou 8,2%, especialmente em relação à economia – o subindicador caiu 12,1%. Embora as expectativas tenham reduzido 7,4%, elas permaneceram acima do nível de satisfação, aos 115,8 pontos, com os empresários mais confiantes em relação aos próximos meses por conta das medidas de suporte ao Rio Grande do Sul.

A riqueza média por adulto no Brasil em real cresceu mais de 375% desde a crise de 2008, segundo o Global Wealth Report 2024, do UBS. De acordo com o levantamento, a taxa é mais que o dobro do crescimento do México, de pouco mais de 150%, e mais do que os 366% da China Continental. O Brasil tem a terceira maior taxa de desigualdade de riqueza entre os 56 países pesquisados, atrás apenas de Rússia e África do Sul. Entre 2008 e 2023, a desigualdade no país, medida pelo índice de Gini, subiu 16,8%. Por outro lado, o Brasil enfrentou uma redução significativa no ritmo de crescimento da riqueza entre 2010 e 2023. O UBS projeta um avanço de 22% no número de milionários no país até 2028, para 463.797 indivíduos, considerando pessoas com patrimônio igual ou superior a US$ 1 milhão.