Publicado em 05/09/2023 10:30 • Atualizado em 05/09/2023 11:38

 Por Hellen Duarte site CNC

Em agosto, a economia brasileira testemunhou um cenário de endividamento em declínio, mas, ao mesmo tempo, um aumento dos níveis de inadimplência. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias endividadas no País apresentou sua segunda queda desde novembro de 2022, atingindo 77,4% das famílias em agosto, o menor nível desde junho de 2022.

Por outro lado, a inadimplência preocupa, com 12,7% da população afirmando não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, um recorde da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010. “A queda do endividamento é um sinal positivo de que mais famílias estão conseguindo controlar melhor suas dívidas e ajustar seus orçamentos”, destaca o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “No entanto, a taxa de juros elevada e o crédito caro ainda são empecilhos à melhoria da situação financeira dos brasileiros”, completa.

A CNC estima que a proporção de consumidores endividados continuará a diminuir nos próximos meses, chegando a cerca de 77% em setembro. No entanto, a previsão é que o endividamento volte a crescer na reta final de 2023, encerrando o ano próximo de 78% do total de famílias no País.

Endividamento cai, inadimplência sobe

A Peic de agosto aponta que o percentual de famílias endividadas registrou uma queda de 0,7 ponto percentual, o menor nível desde junho do ano passado. Essa redução se soma a uma diminuição de 1,6 ponto percentual, no acumulado do ano. Além disso, entre os endividados, o número de pessoas que se consideram “muito endividadas” também diminuiu, alcançando seu ponto mais baixo desde abril de 2022.

Por outro lado, a situação da inadimplência no País é motivo de preocupação. A pesquisa revela que o volume de consumidores com dívidas atrasadas atingiu a maior proporção desde novembro de 2022, com 30% das pessoas enfrentando algum compromisso financeiro em atraso. Para completar o cenário, o dado ainda mais alarmante é que 12,7% dos consumidores afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas de meses anteriores, marcando o ponto mais alto da série histórica.

“O aumento da inadimplência acende um sinal de alerta para a economia brasileira como um todo”, aponta a economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira. Segundo ela, a inflação em queda e o aumento do emprego formal têm contribuído para melhorar os orçamentos domésticos, reduzindo a necessidade de as pessoas recorrerem ao crédito, mas as altas taxas de juros e o aumento do número de dívidas a vencer continuam a desafiar as famílias brasileiras.

Os dados da Peic também destacam que o endividamento está em declínio tanto no mês quanto no ano entre os consumidores de diferentes faixas de renda, com destaque para a queda mais significativa entre aqueles com renda média (de 3 a 5 e de 5 a 10 salários mínimos). No entanto, a inadimplência cresceu em todas as faixas de renda nas comparações mensal e anual.

Em relação a agosto de 2022, a alta da proporção de consumidores com dívidas atrasadas foi mais expressiva entre as pessoas com 3 a 5 salários de renda (aumento de 1,6 p.p.). Entre os que afirmaram não ter condições de quitar dívidas já atrasadas e que, portanto, permanecerão inadimplentes, o crescimento anual foi maior na faixa de renda até 3 salários mínimos (crescimento de 2,1 p.p.). Nessa faixa, 17,5% indicaram, em agosto, que não conseguirão pagar as dívidas.

Queda das dívidas no cartão

Quanto às modalidades de dívida, a pesquisa aponta uma redução do número de endividados no cartão de crédito em agosto, com 85,5% dos endividados, ante os 85,9% de julho. Essa é a segunda queda consecutiva, colocando o indicador no menor nível desde agosto do ano passado. Foi também a mais expressiva entre as modalidades de dívida. Também é possível observar uma leve redução, de 0,1 ponto percentual, do volume de endividados no cheque especial (que ficou em 4,1%) e no crédito consignado (5,1%).

11/09/2023 às 21:50

© Marcello Casal JrAgência Brasil

Estado, que normalmente ficava na primeira posição no ranking nacional de endividados, ocupa a segunda posição por três meses consecutivos

O número de paranaenses endividados baixou em agosto segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Enquanto em julho 95,1% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida, em agosto esse percentual caiu para 94,6%, colocando o Paraná, pelo 3º mês consecutivo, no 2º lugar do ranking nacional de endividados. Normalmente o estado ficava na primeira posição, posto agora ocupado pelo estado do Rio Grande do Sul.

A média nacional de endividados ficou em 77,4% em agosto, com redução de 0,7 pontos percentuais (p.p.) em relação a julho.

A parcela de famílias com contas em atraso se manteve estável no Paraná e registrou 18,1%. O estado ocupa o 24º lugar do ranking nacional de inadimplentes, demonstrando que os endividados paranaenses têm conseguido quitar seus débitos, ainda que o número de famílias sem condições de pagar suas dívidas tenha sofrido ligeiro acréscimo, passando de 5% em julho para 5,7% em agosto. Neste aspecto, o Paraná se encontra na 21ª posição entre os estados com famílias que não terão condições de pagar suas contas em atraso.

Segmentação por renda

Após quatro meses de crescimento, o endividamento voltou a cair, puxado pelas famílias com renda superior a dez salários mínimos, geralmente as mais endividadas. Nesta faixa de renda, o indicador baixou de 97,6% em julho para 95,8% em agosto.

Entre as famílias com renda até dez salários mínimos o endividamento caiu de 94,5% para 94,3% na variação mensal.

Tipo de dívida

O principal motivo para endividamento foi o cartão de crédito, com 86,7%, mesmo patamar registrado em julho. As dívidas para a compra de veículo aumentaram de julho para agosto, passando de 5,9% para 7,1%. Já o financiamento imobiliário correspondeu a 5% das dívidas em agosto, percentual semelhante a julho, quando concentrava 5,3% dos débitos dos paranaenses.

Tempo comprometido com dívidas

O tempo de comprometimento com dívidas é em média de 6,4 meses, sendo que metade dos paranaenses compromete o orçamento por até três meses.

Já no cenário nacional, o tempo comprometido com dívidas é maior, em torno de sete meses, e somente 25,8% dos brasileiros envolvem o orçamento familiar a curto prazo, por até três meses.

Tempo de atraso

No Paraná, o atraso no pagamento das dívidas gira em torno de 65 dias, sendo que nas famílias de menor renda o tempo de inadimplência é um pouco maior, de 68 dias em média, mas na maior parte dos casos (54,6%) esse atraso supera os 90 dias.

Entre as famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos o atraso nos pagamentos está na média de 49 dias, e 45% delas atrasa o pagamento das contas somente por até 30 dias.

com informações da FecomércioPR e Silvia Bocchese de Lima
Veja os gráficos no link: fecomerciopr.com.br

Redação

 4 de setembro de 2023

Realizado anualmente, o ranking Ibevar-FIA 2023 revela as empresas do varejo brasileiro com maior faturamento. Além disso, também avalia e reconhece os principais players do varejo brasileiro em diversas categorias e segmentos. Ao todo, foram 120 empresas listadas para participar do ranking.

A Centauro (Moda e Esporte) lidera a lista dos mais admirados por consumidores e colaboradores deste ano. O ranking é seguido por Kipling (Bolsas e Malas), Oxxo (Conveniência), Havan (Departamentos), Magazine Luiza (Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Móveis), Leroy Merlin (Material de Construção) e Pets (Petlove).

Foi utilizada tecnologia de Inteligência Artificial Natural Language Processing para analisar milhões de manifestações espontâneas, em textos e vídeos, nas redes sociais para chegar ao resultado. São levados em consideração 31 subsegmentos do varejo, com a revelação das mais admiradas em cada um deles.

O estudo também indica as empresas que mais cresceram no período de 2021 a 2022 nos diversos setores, levando em consideração balanços e relatórios publicados pelas varejistas. Entre os destaques estão Giassi & Cia (Supermercados), com crescimento de 62%, Lojas CEM em (Eletroeletrônicos e Móveis), com aumento de 14%, Grupo Inditex (Moda e Esporte), com mais de 200% de alta nos negócios, O Boticário (Drogarias e Perfumarias), que registrou 30% de crescimento, e a Cacau Show (Franquias), registrando aumento de 93%.

O ranking Ibevar – FIA Business School 2023 analisa 120 empresas do varejo nacional, que representam quase 30% do consumo de bens no país, desconsiderando veículos. De acordo com o levantamento, que teve como base o balanço divulgado pelas empresas, além de publicações especializadas sobre o segmento, as três maiores varejistas do Brasil são Carrefour, R$108 bi, Assaí, quase R$60 bi, e Magazine Luíza, com mais de R$45 bi.

Na avaliação do retorno sobre o capital investido, a empresa com o melhor índice é a Track & Field, que chegou a 19,6% de retorno.

“Aportamos recursos analíticos sofisticados para identificação e análise das posições. Com isso, são evidenciadas surpresas, como por exemplo, pequenas empresas varejistas muito bem avaliadas pelo público consumidor” afirma Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School.

13 de setembro de 2023  Mercado & Consumo

As empresas que investem em programas de fidelização contínuos e estruturados têm seis vezes mais interações (transacionais e relacionais) com os seus consumidores. A informação é do Panorama de Fidelização no Brasil 2023, produzido pela Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), em parceria com a Tudo Sobre Incentivos (TSI).

Divulgado durante 6º Fórum Brasileiro de Fidelização, o estudo apontou que 80,9% dos entrevistados participam de programas de fidelidade, e 53,6% deles fazem parte de até três programas.

Entre as dez características de ações de fidelização que mais causam sensações positivas surgem, em empate técnico nos três primeiros lugares: obter cashback (33%), obter cupons de desconto (31,5%) e somar pontos (31,4%).

Compartilhamento de valores e ESG

A racionalidade econômica anda lado a lado com o fator emocional: 83,2% dos respondentes concordam (totalmente ou em parte) que “os programas de fidelidade dos quais sou membro melhoraram a minha experiência e jornada de compra com a marca”.

Além disso, para 82,7% dos entrevistados, o reconhecimento (receber um obrigado, badges ou tratamento diferenciado) é um item importante na relação marca-consumidor.

Além de fatores como qualidade e preço, comodidade e experiência, e ações de Loyalty, o levantamento deste ano também mostrou o anseio dos consumidores por elementos ligados ao compartilhamento de valores, como ESG (Environmental, Social and Governance), e a recompensas aspiracionais, como realização de sonhos (viagens) e crescimento pessoal (cursos).

O levantamento traz dados atualizados sobre o impacto dos programas de fidelidade e de outras iniciativas de fidelização sobre o engajamento de públicos do ponto de vista do consumo e do relacionamento marca-cliente.