Redação de Redação  3 de novembro de 2022

Mais de mil marcas inauguraram novas lojas em shoppings brasileiros no segundo trimestre de 2022. É o que mostra um levantamento feito pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

No total, 1.193 marcas promoveram inaugurações no período. O resultado representa um crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ano passado, que contou com 969 marcas abertas nos empreendimentos. Sobre o 1° trimestre deste ano, a alta foi de 34%.

Este foi o terceiro melhor resultado da série histórica, ficando atrás apenas do registrado no terceiro e quarto trimestres de 2021, com 1.221 e 1.560 inaugurações, respectivamente, segundo a pesquisa “O varejo dos shoppings: marcas em expansão”.

Segmentos de destaque

Os segmentos que mais se destacaram em termos de expansão nos shoppings foram: alimentação e bebidas, ao reunir 26% das marcas; seguidos por vestuário (19%); calçados (6%); artigos para o lar, decoração e presentes (6%); serviços estéticos (4%); perfumaria e cosméticos (4%); acessórios (4%); relojoaria e joalheria (4%); entretenimento (4%); artigos esportivos (3%) e telefonia e acessórios (2%).

Entre as 1.193 empresas que mais inauguraram novas unidades nos shoppings, estão: Cololido Algodão Doce (alimentação e bebidas), The B-Burgers (alimentação e bebidas), Milky Moo (alimentação e bebidas), Fini (alimentação e bebidas), Kekala Custom Picolé (alimentação e bebidas), Yes! Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Touti Cosmetics (perfumaria e cosméticos), Laser Fast (serviços estéticos), Youcom (vestuário) e Stop&Go (entretenimento).

Outros destaques no período foram as entradas de novas marcas como a Funlab, do Grupo Guararapes, e a Katon Restaurante, estabelecimento temático da Piticas.

“É muito positiva a evolução de marcas expandindo suas operações em shopping centers e atraídas por um ambiente em constante evolução. Somos reconhecidos como centros de conveniência e convivência, muito mais que um espaço de compras e os players enxergam o setor cada vez mais atrelado ao entretenimento e a experiência com seus produtos”, finaliza Glauco Humai, presidente da Abrasce.

O levantamento “Varejo dos shoppings: marcas em expansão” ainda constatou que, de abril a junho, o nível de vendas registrou uma alta de 38,2% em relação ao trimestre anterior.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/03/11/2022/shopping-centers/mais-de-mil-marcas-abriram-novas-lojas-em-shoppings-do-brasil-no-segundo-trimestre/

REDAÇÃO AMANHA 03/11/2022

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 129,7 pontos, o que representa um avanço de 0,7% em outubro, com ajuste sazonal, após dois meses de queda. A alta levou o otimismo dos varejistas a superar em 1,3 ponto o nível de antes da pandemia (que era de 128,4 pontos em março de 2020), o que demonstra completa recuperação do indicador dos efeitos negativos da crise sanitária. Em relação a outubro de 2021, a confiança aumentou 8,8%, com destaque para a avaliação do desempenho atual da economia, que teve crescimento de 18,4%. A percepção dos comerciantes sobre o desempenho da atividade econômica atingiu 104,5 pontos, avançando 3,8% no mês, percentual que levou esse indicador à zona de otimismo pela primeira vez desde março de 2020.

A CNC avalia que a confiança dos empresários varejistas é diretamente conectada à Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa apurada pela CNC que apontou, em outubro, crescimento de 2,1%, em relação a setembro, e teve o nono mês consecutivo de aumento. Para a entidade, a combinação entre a queda da inflação e as transferências de renda tem favorecido o poder de compra dos consumidores, que estão mais satisfeitos com o nível de consumo e mais dispostos a consumir nos próximos meses, o que naturalmente impulsiona a confiança do varejo nacional. Segundo a CNC, esses fatores se aliam à previsão de 2,1% de aumento das vendas de fim de ano e à consequente necessidade de mais contratações de trabalhadores temporários – que devem superar os números de 2013.

Queda da avaliação do cenário atual
A avaliação das condições atuais do comércio caiu, entre setembro e outubro, 0,4%, com a performance negativa das vendas no varejo, apurada nos meses recentes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O volume de vendas reduziu 0,1% em agosto, com desempenho heterogêneo dos segmentos do comércio. Os dados de arrecadação do ICMS nos estados, em setembro, também corroboram o menor dinamismo das vendas do comércio”, analisa a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira. Conforme ela, a deflação registrada desde julho desafoga os rendimentos dos consumidores, mas ainda não foi sentida nos resultados das vendas de agosto, por exemplo.

Segundo a economista, outros obstáculos são o nível de endividamento elevado e a alta dos juros, que seguem desafiando a gestão dos orçamentos das famílias. A mudança de comportamento dos consumidores, que estão retomando o consumo de serviços no lugar de produtos, também explica a moderação do varejo. No entanto, a proximidade das festas de fim de ano, que serão impulsionadas este ano pela Copa do Mundo, já impacta as expectativas para o varejo nos próximos meses. A perspectiva para o comércio no curto prazo avançou 0,6%, com o indicador alcançando 160,9 pontos, o maior nível desde março de 2020.

O calendário de eventos que aumentam mais expressivamente tanto o fluxo de consumidores nas lojas quanto as vendas terá o incremento da Copa do Mundo. Com isso, a intenção de contratação avançou 4,5% em relação a outubro de 2021, embora esteja menor do que em setembro, na série com ajuste sazonal. O indicador está atrás apenas de outubro de 2013, e 82,8% dos varejistas consultados pretendem contratar mais colaboradores, maior proporção desde dezembro de 2013.

Fonte: https://amanha.com.br/categoria/economia/otimismo-do-comerciante-retoma-nivel-pre-pandemia