Otimismo é registrado em todos os setores e inclui novos investimentos e criação de postos de trabalho

Vista de Maringá: nessa cidade e região, maiores expectativas
Os empresários paranaenses do comércio iniciaram o ano mais otimistas, segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). A 37ª Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, Serviços e Turismo, relativa ao primeiro semestre de 2020, mostra que 69,0% dos empresários do estado têm expectativa favorável para o período. Na edição anterior, referente ao segundo semestre de 2019, o percentual de expectativa favorável foi de 59,3%, e para o primeiro semestre de 2019 era de 73,2%.
MAIS A FAVOR
Houve redução na parcela do empresariado com expectativa desfavorável, que era de 19,4% na última edição da pesquisa e baixou para 11,4% para este primeiro semestre do ano. A proporção de empresários que demonstram incerteza com relação ao futuro dos negócios também caiu, passando de 17,0% para 15,2% com opinião indefinida. Os indiferentes correspondem a 3,9% neste semestre, ante 4,3% no segundo semestre de 2019.
COMÉRCIO X SERVIÇOS X TURISMO
Na comparação entre os três setores representados pela Fecomércio PR, observa-se que todos apresentaram melhora no indicador de otimismo em comparação ao semestre anterior, principalmente o varejo, em que as expectativas favoráveis passaram de 54,3% no 2º semestre de 2019 para 70,7% para o 1º semestre de 2020.
Mas o setor mais otimista continua sendo o turismo, com 76,9% de opiniões positivas, percentual bastante semelhante ao registrado no 2º semestre do ano passado, quando 76,4% dos empresários se mostravam confiantes.
O setor de serviços possui 64,9% de empresários confiantes, ante 59,0% na edição anterior do estudo.
INVESTIMENTOS E CONTRATAÇÕES
No 2º semestre do ano passado, apenas 33,8% dos gestores tinham planos de investimentos. Este é o melhor percentual de investimentos desde 2014, quando 52,0% dos empresários planejavam promover melhorias em suas empresas. As áreas que devem ser priorizadas são reforma e modernização (44,3%), publicidade (38,3%) e nova linha de produtos (30,7%). Investir na capacitação da equipe (26,5%), aperfeiçoar a área de informática (21,8%) e abrir novos pontos de venda (15,5%) também devem ser objetos de investimentos.
Os empresários também estão dispostos a fazer mais contratações neste 1º semestre: 34,6% dos empresários pretendem abrir novos postos de trabalho, aumento considerável em relação ao semestre anterior, quando apenas 16,8% pretendiam ampliar o quadro funcional.
Neste semestre, as empresas que planejam manter o número de colaboradores correspondem a 39,7% e as que pretendem reduzir são apenas 5,9%.
DIFICULDADES PREVISTAS PARA O 1º SEMESTRE/2020
As principais dificuldades apontadas pelos empresários paranaenses foram a carga tributária, com 47,3%, seguida pela instabilidade econômica (38,2%), clientes descapitalizados (33,0%) e custo das mercadorias (27,6%). No decorrer das pesquisas realizadas pela Fecomércio PR, a carga tributária e a instabilidade econômica vêm alternando posições entre os principais entraves das rotinas empresariais.
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ÁREA DE ABRANGÊNCIA
A pesquisa da Fecomércio PR avaliou seis regiões do estado. Todas, sem exceção, se mostram mais otimistas do que na edição anterior da pesquisa. A maior expectativa favorável está entre as empresas das regiões de Maringá (82,4%) e Sudoeste (80,8%), que acreditam que o primeiro semestre de 2020 será muito positivo. Na sequência estão as regiões de Ponta Grossa (78,9%), Oeste (76,0%) e Londrina (69,0%). Por último, mas com percentual de otimismo crescente, está Curitiba e Região Metropolitana, com 67,4%.
(fonte: Fecomercio) blog Prof Aroldo janeiro 29, 2020

A advogada Vanessa Canado, assessora especial do ministro Paulo Guedes (Economia) na área tributária, disse ao Poder360 que o projeto de lei para criar 1 IVA (Imposto sobre Valor Agregado) federal será enviado em duas semanas ao Congresso. Unirá PIS e Cofins, com alíquota única de 11% a 12%.
Embora não tenha sido fixada uma data para o texto ser enviado, a segunda semana de fevereiro é o prazo mais provável, segundo Vanessa Canado. A próxima, em que o Congresso voltará aos trabalhos depois do recesso, deverá ser reservada para a organização dos trabalhos. O projeto de lei já está pronto e passa por pequenos ajustes. A faixa em que deverá ficar a alíquota já havia sido mencionada pelo secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes, no fim do ano passado.
A maior parte das empresas paga hoje 3,65% pelos 2 tributos. Em compensação ao aumento da carga, poderão deduzir o que pagaram com insumos. Haverá 1 rearranjo na economia.
Obras, por exemplo, terão mais pré-moldados. Ela nega que isso desempregará, prevendo que os empregos sejam transferidos de 1 de tipo de empresa para outro. No exemplo da construção civil, trabalhadores migrariam do canteiro de obras para fábricas. Com isso, o governo espera que a produtividade da economia aumentará. “O Brasil construirá prédios tão rapidamente quanto a China”, afirmou.
O setor de serviços se queixa de que terá aumento da carga tributária porque as empresas têm poucos insumos a serem deduzidos. “O princípio é a isonomia. A tributação não pode induzir a comprar mais produto ou mais serviço”, disse a assessora especial de Guedes. Ela admitiu que alguns preços poderão aumentar, mas prevê que outros serão reduzidos.
Segundo Vanessa Canado, o governo estará aberto a participar das discussões com quem defende alíquotas diferenciadas. “A gente precisa discutir o que precisa ser diferente. A Apple é muito mais uma empresa de serviços do que de mercadorias. Nossa 1ª preocupação é não perpetuar 1 estado de instabilidade e insegurança jurídica no Brasil. São as diferenciações que causam o ambiente complexo e ruim de hoje”, disse.
IR ATÉ ABRIL
A ideia do governo é mandar até abril projeto para mudar o Imposto de Renda, tributando dividendos e reduzindo a alíquota sobre empresas. Proposta sobre a tributação da folha salarial poderá seguir no 1º semestre. O IPI será tratado nas PECs (propostas de emenda à Constituição) que tramitam na Câmara e no Senado.
Já o imposto sobre transações não está em discussão por ora, afirmou Vanessa Canado. Ela disse não saber se ou quando será discutido.

fonte: 29.jan.2020 (quarta-feira) – 6h00 PODER

Frederico Trajano afirmou ter planos “extremamente ambiciosos” para a rede varejista nos próximos anos após oferta de ações de quase R$ 5 bilhões

Com a taxa de juros nas mínimas históricas, o contexto para os negócios no Brasil nunca foi tão favorável. A afirmação é de Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza, que disse ter planos “extremamente ambiciosos” para a rede varejista nos próximos anos.
No ano passado, o Magalu captou quase R$ 5 bilhões em uma oferta de ações. Com o caixa reforçado, a rede tem como planos ampliar o marketplace digital, com a venda de produtos de pequenos varejistas pelo site da empresa.
O Brasil conta com 6 milhões de empresas, mas apenas 5% do varejo brasileiro é realizado por canais digitais, segundo o CEO do Magazine Luiza. Na Coreia do Sul, de onde Trajano acabou de voltar, esse percentual é da ordem de 25%.
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“Como uma empresa que nasceu no varejo físico e fez essa transição para o digital, queremos passar nossa experiência para essas empresas”, afirmou Trajano, que participou hoje de evento promovido pelo Credit Suisse.
Na discussão sobre o papel do governo desde a eleição de Jair Bolsonaro, o primeiro assumidamente liberal na economia, o mais importante não é o tamanho, mas a eficiência do Estado, segundo o CEO do Magazine Luiza.
Ele citou o exemplo da China, um país com forte presença do Estado e que, segundo ele, foi o que mais gerou e distribuiu riqueza.
Ao defender a eficiência do governo, ele citou uma frase do líder chinês Deng Xiaoping. “Não importa se gato é branco ou pardo, o importante é que cace o rato.”

fonte:28 de janeiro de 2020 / Seu Dinheiro

O evento ocorrerá de 17 a 19 de março no Pro Magno Centro de Eventos, São Paulo.A feira que propôs um novo olhar sobre a óptica em 2019, chega à segunda edição na condição de Superfeira – já que agora reunirá óculos, relógios, joias, semijoias e bijuterias – e ganha apoio institucional da Fiesp e parceria do Siniop.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) é a mais nova parceira da Expo Visão, a Superfeira de óculos, relógios, joias, semijoias e bijuterias, cuja segunda edição ocorrerá de 17 a 19 de março. Com esse acordo, o logo da entidade passa a figurar em todo o material promocional do evento na condição de “apoio institucional”.
Antes da Fiesp – mais precisamente no final de 2019 -, foi a vez de o Sindicato Interestadual da Indústria de Óptica do Estado de São Paulo, o Siniop, fechar parceria com a Expo Visão.
Segundo o presidente da Excalibur, empresa organizadora do evento, Luis Felipe Bonilha, “o apoio da Fiesp é um importante reconhecimento ao papel da Expo Visão como incentivadora de boas práticas no mercado óptico brasileiro. A feira nasceu com a vocação para negócios, sem tanta ostentação, algo muito mais de acordo com os tempos atuais, e com a preocupação de valorizar expositores e lojistas que atuam de forma séria no ramo”.

Sinergia em foco
A feira será realizada no Pro Magno Centro de Eventos, no bairro da Casa Verde, zona norte de São Paulo, e a edição 2020 tem a sinergia como um de seus principais motes, já que passará a contar com segmentos de negócios correlatos como relógios, joias, semijoias e bijuterias no mesmo ambiente. Os 15 mil metros quadrados do Pro Magno receberão na mesma data, além da Expo Visão, a Feira Internacional de Relógios, Joias e Afins (Firja) e aFeira de Atacado de Ouro, Prata, Bijuterias e Acessórios de Moda (Fiba).
Em 2019, a primeira edição da Expo Visão fechou com saldo positivo, recebendo 3 mil lojistas de várias partes do país com geração de negócios de R$ 50 milhões, além de expositores comprometidos com a inovação, palestras enriquecedoras e presença de celebridades.
Sorteios para lojistas
A Expo Visão tem realizado sorteios de pacotes de hospedagem com direito a três diárias (para o visitante e um acompanhante) nos hotéis conveniados do evento. O próximo ocorrerá via Instagram em 30 de janeiro (quinta-feira), às 20h, pelo site Sorteiogram. Para concorrer, é preciso ir ao post de 10 de janeiro no perfil da feira (@expovisao) e seguir os passos necessários a fim de garantir a participação. Haverá mais um sorteio em fevereiro. O credenciamento para visitação também já está aberto. Basta cadastrar-se em www.expovisao.com.br.

fonte: 27 de janeiro de 2020 • por Moroz Assessoria • •

A Associação Comercial do Paraná (ACP) enviou à Câmara Municipal de Curitiba proposta para mudar o horário de atendimento no comércio de rua. A ideia tem dois motes principais: diminuir os custos aos empresários e contribuir para a mobilidade no fluxo da cidade. A ideia é de que as lojas possam funcionar antes ou depois do horário comercial, conforme a conveniência dos consumidores.
Para o presidente da ACP, Camilo Turmina, o comércio lida com uma lei de 1971, que diz que os estabelecimentos devem funcionar das 9h às 19h.“Isso mantém engessada a atividade comercial. Ninguém trabalha fora destes horários porque gera demanda. Surgem empecilhos naturais, remunerações, hora extra, adicional noturno, etc”, explica.
Na opinião de Turmina, o horário flexível teria um impacto nas vendas do comércio. “Além de vender mais, por atingir seus clientes em horários melhores, a flexibilização também geraria mais empregos”, ressalta o presidente da ACP. “A ideia é mudar o comércio à conveniência dos consumidores. Acordos que já foram bons no passado, hoje não atendem mais”, enfatiza.
Shoppings e trânsito
O comerciante ressaltou também a grande concorrência do comércio de rua com os shoppings, que reúnem diversas lojas em horários diferenciados. “Existe uma concorrência desleal com os shoppings. Há um custo que eles se propuseram a arcar, mas como eles têm uma máquina do varejo, têm condições de pagar por isso, ao contrário do comerciante da esquina, por exemplo”, aponta.
Outro aspecto levantado pela ACP é a questão de mobilidade na cidade. Um horário flexível do comércio ajudaria a aliviar o trânsito nos horários de rush. “As pessoas não se deslocariam sempre nos mesmos horários, tanto pela manhã, quanto no final da jornada, ajudando assim na mobilidade da cidade”, argumenta Turmina.
Encaminhado à Câmara Municipal de Curitiba, o ofício para mudar o horário do comércio aguarda a volta do recesso legislativo, no dia 3 de fevereiro, para ser tratado. Nesta data retornam as sessões plenárias e também o funcionamento das comissões temáticas.

fonte: Leonardo Coleto  24/01/20 10h07 / tribuna

Avaliação sobre as condições atuais das empresas, do varejo e da economia em melhora de 6,3%

Movimento de comércio e vendas
A confiança do empresário do comércio do Paraná apresentou a quinta alta consecutiva em janeiro de 2020. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), monitorado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), está em 128,7 pontos neste mês de janeiro, com variação mensal de 1,2%.
TODA A SÉRIE
Este é o melhor resultado para o mês em toda a série histórica da pesquisa e também é o quinto mês consecutivo de alta no indicador, puxado principalmente pelo aumento do quesito Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que está em 112,4 pontos, com variação mensal de 6,3%. O índice paranaense ficou acima da média nacional, que está em 126,6 pontos, e também está em ascendência desde setembro.
O subindicador Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) é de 158,5 pontos e teve leve baixa de 0,8% em relação a dezembro. Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) está em 115,3 pontos, com redução de 0,6% na variação mensal.
MAIS VENDAS
Com isso, verifica-se que os comerciantes avaliam positivamente a situação atual da economia, do comércio e das empresas comerciais, principalmente em função do aumento das vendas nos últimos meses, conforme demonstra a Pesquisa Conjuntural, também da Fecomércio PR, que acumulou alta de 3,21% até o mês de novembro de 2019.
OS MAIORES
Os proprietários e gestores de empresas de grande porte (acima de 50 funcionários) são os mais confiantes, com 142 pontos, apesar da redução mensal de 0,7%. Nos estabelecimentos comerciais de pequeno e médio porte, o ICEC marca 128,5 pontos, com acréscimo mensal de 1,2%.

fonte:janeiro 23, 2020 – Notícias blog Prof Aroldo

O Brasil tem 13,6 milhões de pessoas morando em favelas e seus moradores movimentam R$ 119,8 bilhões por ano. As favelas movimentam 1 volume de renda maior que 20 das 27 unidades da federação. Os dados são da pesquisa “Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”, desenvolvida pelas empresas Data Favela e Locomotiva e encomendada pela Comunidade Door.
“Os favelados são empreendedores natos. Essa pesquisa só comprova isso. É preciso que a sociedade reconheça a potência desses territórios e, cada vez mais, gere oportunidades para seus moradores desenvolverem suas habilidades e criatividades”, disse Celso Athayde, CEO da Favela Holding e fundador do Data Favela.
Para o presidente do Locomotiva, Renato Meirelles, há poucos dados sobre a realidade desse território e das oportunidades que existem nele. “Muitas vezes, as pessoas enxergam a favela só como território da violência e tendem a generalizar a favela só pelas questões negativas, como a falta de segurança. A grande fala que o que existe na favela é a falta de oportunidade. Essa falta de oportunidade, que alimenta o preconceito que os moradores do asfalto têm da favela, acaba criando barreiras para que esse mercado consumidor consiga atingir produtos de boa qualidade e eles tenham boas oportunidades no mercado de trabalho”, disse.
O levantamento revela que 89% dos moradores de favelas estão em capitais e regiões metropolitanas. O Rio de Janeiro é o único estado da Região Sudeste com mais de 10% da população vivendo em favelas.
As regiões Norte e Nordeste registraram maior percentual de pessoas vivendo em favelas – de 5% a 10%. Os estados do Amazonas, Pará, Maranhão e Pernambuco têm mais de 10% da população em favelas.
A pesquisa foi a campo de 8 a 16 de dezembro em 465 comunidades de 116 cidades. No total, foram entrevistadas 2.670 pessoas de 16 anos ou mais e que declararam-se moradores de favelas.
EXPECTATIVAS
O levantamento revela que os moradores estão otimistas com suas vidas pessoais para o ano de 2020: 80% estão otimistas com a vida financeira; 80% com a saúde; 84% com a vida familiar; 76% com a vida profissional; 72% com a vida amorosa e 71% com a vida física.
No entanto, segundo os dados, eles têm uma visão pessimista com o país quando consideram a dimensão pública: 43% responderam que o governo brasileiro vai piorar; 39% acreditam que a segurança pública vai piorar e 38% avaliam que a saúde pública também vai piorar.
De acordo com o estudo, o otimismo dos moradores de favela com suas vidas pode ser explicado pela crença no seu esforço pessoal, chamando para si a responsabilidade: 64% dos entrevistados acham que depende de si fazer a vida melhorar. Outros 13% atribuem a Deus, fé ou igreja a contribuição para melhoria de vida e 10% atribuem à família. Apenas 5% dos entrevistados responderam que o governo federal e o presidente podem contribuir para a vida melhorar e 1% atribuiu a responsabilidade ao prefeito da sua cidade.
“A primeira leitura normalmente diz que as pessoas estão querendo resolver mais por conta própria as deficiências do Estado, mas o que a gente vê na prática é que, depois de tantos anos com uma atribulação política muito grande, eles não acreditam mais que a solução virá de fora, eles não têm mais tempo para esperar políticas públicas ou privadas para melhorar de vida”, disse Meirelles.
Por isso, segundo Meirelles, os moradores das favelas estão empreendendo, correndo atrás do próprio negócio e chamando para si a responsabilidade pela própria vida. “Isso não é um cenário ruim, mas é fruto não apenas da vontade empreendedora, mas também do descrédito que a população da favela passa a ter com as instituições”.
PERFIL
A pesquisa mostrou também que as favelas concentram uma proporção maior de negros do que a média brasileira: 67% dos moradores de favelas são negros; no Brasil, o percentual é de 55%. Outro dado representativo é que 49% dos lares das favelas são chefiados por mulheres, ou seja, elas exercem um papel de protagonismo.
A pesquisa considerou que a favela está conectada, já que 87% dos adultos acessam a internet pelo menos uma vez por semana e mais de 97% dos jovens acessam regularmente.
Os dados mostram que 31% dos moradores de favelas não têm conta em banco. Entre aqueles que têm conta (69%), as tarifas e taxas são apontados como o aspecto mais importante na escolha de um banco para 49% dos moradores de favelas. Apesar de fatores financeiros serem apontados como os principais, 33% consideram aspectos de relacionamento como mais importantes.
Em relação ao tipo de instituição financeira, 67% dos moradores de favelas têm conta em bancos tradicionais, 9% em bancos digitais e 7% têm conta em ambos os tipos de banco. Os moradores de comunidades jovens e com menor renda são os menos bancarizados.
CONSUMO
No que diz respeito ao consumo, a preferência de compra ainda é por loja física, mas a opção pelo e-commerce cresce para produtos eletrônicos. Um total de 39% dos moradores de favelas diz que compram pela internet, mas um terço desses compradores online que moram em favelas não consegue receber suas compras em casa.
“[O levantamento] mostra também para as empresas que muitas vezes ela se esforça para fazer com que os seus produtos cheguem por um preço barato para cidades muito distantes, para cidades que muitas vezes têm menos de 10 ou 15 mil habitantes, e ela não tem a mesma preocupação para fazer os produtos de qualidade chegarem a um preço justo dentro das favelas”, disse Meirelles. “A pesquisa serve também para quebrar os preconceitos que muitas vezes afastam as empresas no desenvolvimento de negócios para esse importante mercado consumidor”.
Os moradores de favelas estão dando mais valor a preço e qualidade, buscando custo-benefício na hora de comprar, de acordo com os dados divulgados. Questionados sobre suas compras, comparando com um ano atrás, hoje, os moradores de favela dão mais importância para a qualidade (77%), preço (74%) e marca (51%).
“A Comunidade Door encomendou esta pesquisa porque quer mostrar ao mercado todo o potencial econômico do morador de favela e deste território em geral”, disse Leo Ribeiro, CEO da Comunidade Door.

fonte:PODER360
28.jan.2020 (terça-feira) – 7h16

Pesquisa da PwC apresentada em Davos, porém, revela maior pessimismo em relação à economia global
redacao@amanha.com.br / 21.1.20

Os executivos brasileiros estão otimistas em relação aos resultados de suas empresas nos próximos 12 meses. É o que aponta a 23ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC. Segundo o estudo, 78% dos líderes brasileiros relataram estarem confiantes quanto ao crescimento de suas receitas – sendo 22% muito confiantes e 56% um pouco confiantes. Na pesquisa realizada no ano anterior, no contexto de expectativa de início de um novo governo, o otimismo era ainda maior (95%). O mesmo panorama também pode ser visto ao redor do globo – 72% dos CEOs acreditam em um bom desempenho financeiro de suas organizações em 2020, frente a 82% na pesquisa anterior. Para a produção do levantamento, a PwC entrevistou 1.581 executivos de 83 países, entre setembro e outubro de 2019, sendo 64 deles do Brasil. As entrevistas foram realizadas em caráter confidencial e os resultados foram apresentados nesta segunda-feira (20), durante o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial (foto), em Davos, na Suíça.
Quanto ao desempenho da economia global, há mais pessimismo. Apenas 19% dos CEOs brasileiros apostam em um cenário de aceleração do crescimento em 2020 (ante 50% em 2019), enquanto 45% preveem desaceleração. Este sentimento se repete na média global. Enquanto apenas 22% acreditam na melhora da economia global nos próximos 12 meses (na pesquisa anterior, eram 42%), 53% não veem sinais de melhora nesse período – chegando a um nível de pessimismo que não era visto desde 2012.
Para viabilizar o aumento das receitas em 2020, 84% dos CEOs brasileiros afirmaram apostar em seu crescimento orgânico. E mesmo com o maior pessimismo quanto à economia global, as empresas revelam que continuarão buscando estratégias para alcançar esse objetivo nos próximos 12 meses. Para isso, inovar será a palavra de ordem. Repetindo o mesmo cenário do ano anterior, 89% disseram que a principal estratégia será a melhoria da eficiência operacional, enquanto 78% vão investir no lançamento de novos produtos ou serviços e 52% buscarão colaborar com outros empresários e startups. “As empresas brasileiras precisam elevar sua produtividade para obter competitividade e sucesso em 2020 e nos próximos anos. A pesquisa serve como um indicativo do que elas deverão fazer para alcançar esse objetivo, considerando, por exemplo, investimentos em tecnologia e também na qualificação de seus funcionários. Esse é o desafio das empresas e também do Brasil”, contextualiza Fernando Alves, sócio-presidente da PwC Brasil.
Mesmo com os níveis de confiança global apontando um cenário de declínio, alguns países demonstraram níveis mais altos de confiança quanto ao aumento das receitas em 2020, como no caso dos CEOs da China e da Índia, com 45% e 40%, respectivamente; dos Estados Unidos, (36%), Canadá (27 %) e Reino Unido (26%). Quanto às principais ameaças às perspectivas de crescimento de suas empresas, os CEOs relatam o excesso de regulamentação como o principal motivo de preocupação – ao mesmo tempo em que estão prevendo mudanças regulatórias significativas no setor de tecnologia –, seguido por acirramento dos conflitos comerciais e pelas incertezas na economia global. Os CEOs ao redor do mundo também relataram estar cada vez mais preocupados com questões ligadas às ameaças cibernéticas. Mudanças climáticas e danos ambientais também são motivo de preocupação, embora sejam temas que ainda não fazem parte do grupo das dez principais ameaças ao crescimento.

 

Entrevista com Gabriel Kanner Reforma tributária é necessária Quer novo tributo sobre transações Critica reforma discutida na Câmara Governo deve combater corrupção movimentação financeira.
PODER360
06.jan.2020 (segunda-feira) – 0h00
O sistema tributário brasileiro é “o pior do mundo” e complexo demais para ser entendido. O diagnóstico é de Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200, que defende a “absoluta necessidade” de reforma do modelo de taxação do país. “Depois da Constituição de 1988, tivemos quase 400 mil normas editadas, ou seja, quem pode entender 1 sistema onde houve 400 mil alterações das regras? Realmente é 1 manicômio tributário”, afirma.
Assista ao programa completo (47min11s):
Sobrinho do empresário Flávio Rocha (dono da Riachuelo), Kanner é paulista, tem 29 anos e foi candidato à Câmara dos Deputados pelo PRB em 2018. Comanda o instituto formado por empresários de todo o país, cujo objetivo é influenciar o debate político e econômico. Ele concedeu entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, apresentador do programa Poder em Foco, uma parceria editorial do SBT com o jornal digital Poder360. O programa foi gravado em 1º de outubro de 2019.
Para Kanner, é possível cobrar menos impostos de cada brasileiro e manter a arrecadação no mesmo patamar. “Como é que isso funcionaria? Alargando a base tributária. Hoje a gente tem poucas pessoas que pagam impostos. Quem está na formalidade paga impostos e aí tem que pagar essa carga tributária de 36% do PIB, que é 1 absurdo”, explica.
“Se mais pessoas começarem a pagar, ou seja, se pegarmos todo o mercado que hoje não paga impostos, quem sonega impostos, contrabandistas, traficantes, nós podemos de fato fazer com que essa base de quem paga impostos seja maior”, continua.
NOVO IMPOSTO SOBRE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA
A saída para fazer até quem está à margem da lei pagar impostos, segundo Kanner, é a criação de 1 tributo universal que substitua praticamente todos os outros em vigor: uma taxa sobre as movimentações financeiras. “Qualquer pessoa que tivesse conta corrente em 1 banco passaria a pagar impostos. Então nós faríamos com que muito mais pessoas passassem a pagar impostos, e essa é a única forma que nós conseguiríamos diminuir os impostos que cada brasileiro paga. Não há outra forma”, defende.
A proposta, porém, é controversa por remeter à temida CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), extinta em 2007. Kanner, no entanto, diz que não se trata da mesma coisa. “A CPMF acabou, e tinha que acabar. Pegaram uma ideia moderna, simples, absolutamente justa do ponto de vista arrecadatório, e transformaram isso em 1 imposto a mais. Foi 1 golpe contra os brasileiros. Nós do Brasil 200 e eu, principalmente, somos contra qualquer aumento de impostos”, diz.
De acordo com Kanner, a diferença desse novo imposto é que ele teria uma alíquota baixa –de 0,1%– e extinguiria outros tributos. “Com essa alíquota que eu estou falando, seria possível eliminar todos os impostos federais, ou seja, PIS, Cofins, IPI e INSS patronal, que é a folha de salário, contribuição social sobre lucro líquido, IOF e IPR. Seria possível eliminar também o ICMS e o ISS a nível municipal”, defende.
O “segredo” para manter a taxa cobrada em 0,1% está na base tributária. “Hoje nós cobramos impostos sobre a base do PIB, de R$ 6,8 trilhões [de 2018]. Quando vamos para o mundo das movimentações financeiras –e aí estou falando das movimentações entre as contas correntes, mercado financeiro, bolsa de valores–, estamos falando de 1 total de R$ 360 trilhões que são movimentados todos os anos”, diz.
A cifra de R$ 360 trilhões anuais citada por Kanner refere-se a uma projeção feita pelo Instituto Brasil 200 com base nas transações financeiras compiladas pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais).
Kanner defende que, como a alíquota seria igual para todos, o Imposto de Renda seria mantido para “manter o caráter progressivo” da tributação, explica. A estimativa é de arrecadação na mesma base da atual, que em 2018 foi de R$ 2,4 trilhões.
Uma das críticas desse modelo é de que o mesmo valor seria taxado diversas vezes, sempre que houver movimentação bancária. Kanner rebate: “Uma pessoa que ganha R$ 2.000 brutos de salário, recebe em sua conta em torno de R$ 1.700 porque tributamos pesadamente o trabalhador e seu salário. Com o imposto sobre movimentação financeira, nós cobraríamos apenas R$ 2 desse salário e, não importa quantas movimentações a pessoa fizer ao longo do mês, ela vai pagar apenas 0,1% em cima de todas as transações. No final, o trabalhador e cada brasileiro vai pagar muito menos impostos do que paga hoje”.
De acordo com ele, é uma “inverdade” que nenhum outro país use esse sistema de tributação. “Se a gente pegar os países do G20, que são os 20 países mais ricos do mundo, 14 países têm algum tipo de imposto sobre transação financeira“, disse Kanner, citando o Reino Unido e EUA. Ele admite, porém, que em nenhum outro lugar há 1 modelo tão abrangente como o proposto por ele. “Isso é algo extremamente novo quando a gente fala de tributação”, explica.
“O imposto sobre movimentação financeira é o que há de mais moderno quando se fala de tributação no mundo. Hoje, eu vendo 1 produto pra você, emito uma nota fiscal, e o governo tem que rastrear e tributar fisicamente essa nota fiscal. Mas estamos numa era digital, tecnológica, não faz mais sentido ficarmos rastreando bilhões dessas notas fiscais todos o dias no país inteiro. É muito mais simples tributarmos as transações financeiras que estão ocorrendo no mesmo momento, é automático”, argumenta.
PROPOSTA EM TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO
Duas propostas de reforma tributária tramitam atualmente no Congresso Nacional: A PEC 45/19, na Câmara, e a PEC 110/19, no Senado. O presidente do Brasil 200 critica a 1ª, que sugere a criação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), com alíquota de 25% para todos os setores.
“Essa proposta vai pegar 5 impostos: 3 federais, que são PIS, Cofins e IPI; 1 estadual, que é o ICMS; e 1 municipal, que é o ISS. Vai pegar esses 5 impostos e unificar nesse IBS. Essa proposta seria muito ruim, uma tragédia para o Brasil e para o povo brasileiro. A gente tem que entender que, apesar de trazer uma simplificação, ela vai fazer uma redistribuição tributária. Alguns setores vão passar a pagar menos impostos e outros setores vão passar a pagar muito mais impostos”, resume.
A alíquota de 25% representaria uma desoneração para os bancos e para algumas indústrias, enquanto para os serviços básicos haveria aumento da carga tributária. “Se essa proposta que está na Câmara for aprovada, você que paga hoje R$ 100 numa consulta médica, passaria a pagar R$ 125. Você que hoje sua a camisa para garantir uma educação 1 pouco mais de qualidade para o seu filho e gasta R$ 200 na mensalidade da escola, passaria a pagar R$ 250. A mesma coisa com moradia”, explica.
De acordo com Kanner, os bancos deixariam de pagar R$ 30 bilhões por ano com esse modelo. “Não podemos deixar que uma proposta que beneficia apenas 2 setores passe no Congresso Nacional porque seria 1 golpe contra os trabalhadores e contra o povo”, defende.
O empresário explica ainda que, nos outros países em que é adotado modelo similar, há taxas diferentes para os setores, diferentemente do que é proposto na PEC 45/19. “O que acontece quando você coloca uma alíquota única para todos os setores: não importa se você é uma indústria automobilística ou 1 cabeleireiro, a pessoa que tem o seu negocio, seu restaurante, sua manicure, seu cabeleireiro, vai pagar os mesmos 25% do que a indústria está pagando.”
Kanner admite que o sistema proposto pelo Brasil 200, de tributo sobre movimentação financeira, “politicamente é difícil de se viabilizar por ser uma ideia muito moderna” e, por isso, será necessário construir 1 consenso entre as propostas existentes.
“Acredito que vai ter de haver uma convergência, melhorando a proposta, ou a que está na Câmara ou a que está no Senado.” Por outro lado, afirma que deveria ser implementado 1 modelo de taxação sobre transações para começar a testar essa nova base tributária gradualmente.
TRANSPARÊNCIA NA TRIBUTAÇÃO
O presidente do Brasil 200 defende maior transparência sobre os impostos cobrados. “Hoje as pessoas não sabem o quanto pagam em impostos. Os impostos, os tributos, as contribuições estão embutidas em praticamente tudo. A gente tem hoje mais de 90 tributos no Brasil, a gente precisa dessa transparência. Eu costumo brincar que até enquanto a gente está dormindo a gente paga impostos no Brasil e muitas vezes não sabemos aonde estamos pagando.”
Além da transparência na cobrança, Kanner também fala da importância de esclarecimento da população sobre as propostas de reforma que estão sendo discutidas. Ele diz que o Brasil 200 tem feito eventos e debates sobre o assunto, mobilizado entidades e setores produtivos e também discutido a possibilidade de fazer uma campanha publicitária de esclarecimento.
BRASIL 200
Na entrevista, Kanner explicou 1 pouco sobre a atuação do Brasil 200, que reúne mais de 300 empresários em todo o país. No conselho do instituto figuram nomes como Flávio Rocha (Riachuelo), Sebastião Bonfim (Centauro), João Apolinário (Polishop), Luciano Hang (Havan), Washington Cinel (Gocil) e Cris Arcangeli (Shark Tank).
“Nossa missão é lutar para que tenhamos 1 país mais justo, mais próspero, com mais oportunidades para todos os brasileiros e com mais empregos. E o caminho é criando 1 ambiente de negócios mais favorável. Precisamos fomentar o empreendedorismo. Precisamos fazer com que as pessoas tenham condições de criarem seus negócios e crescer na sua vida”, diz.
Não há, segundo ele, a intenção de formar 1 partido político. “Somos 1 instituto que quer auxiliar a formulação da política pública e fazer essa ponte entre o setor produtivo, os empresários, os acadêmicos, e o governo federal.”
GOVERNO BOLSONARO
Ele afirma que, apesar de o Brasil 200 ter apoiado Jair Bolsonaro em sua campanha à Presidência, em 2018, o instituto é independente e livre para criticar pautas negativas. “Apoiamos a eleição do presidente Bolsonaro porque acreditamos que precisávamos tirar o PT do poder. O PT destruiu o Brasil e realmente afundou o país na maior crise da nossa história“, avalia.
Entre as críticas à atual gestão, Kanner destaca a falta de apoio do governo para a instalação da CPI da Lava Toga, proposta por alguns senadores que queriam investigar a atuação do Judiciário. “Acredito que o governo deveria ter tido uma postura mais firme em relação a isso. Por que podemos investigar o Legislativo, o Executivo, mas o Judiciário não pode ser investigado? O discurso do combate à corrupção tem que ser coerente”, fala.


Para ele, o governo deve se esforçar mais no combate à corrupção e na defesa da Lava Jato. “O combate à corrupção é fundamental e o povo brasileiro quer que isso continue. Essa é uma das principais pautas defendidas até aqui, uma das principais pautas que elegeram o governo Bolsonaro, e a gente tem que continuar a defender essa pauta.”
ZONA FRANCA DE MANAUS
Kanner defende a revisão gradual das isenções fiscais e benefícios concedidos para a instalação de indústrias e empresas nacionais e internacionais na chamada Zona Franca de Manaus, polo industrial na região Norte do país.
“Temos, de fato, algumas grandes empresas instaladas em Manaus. E não podemos, de uma hora para a outra, acabar com os incentivos. Mas acredito que precisamos caminhar para 1 modelo em que isso se torne menos necessário, em que as regiões, principalmente as mais pobres do Norte e do Nordeste, não dependam tanto de subsídio fiscal pra conseguirem se desenvolver”, afirma.
“Precisamos criar as condições para que cada vez mais empresas se instalem nessas regiões pobres. Essa é a única forma de gerar empregos. O melhor programa de desenvolvimento social é o emprego”, diz. Para Kanner, o governo às vezes atrapalha o desenvolvimento dessas áreas, dificultando o empreendedorismo com burocracia e muitos tributos.
É preciso, segundo ele, 1 trabalho em conjunto. “Acredito que é uma via de mão dupla: ao mesmo tempo em que o governo tem de fazer investimentos para conseguir criar essas condições para atrair turistas e outros negócios, também tem que parar de atrapalhar a vida dos empreendedores”, diz.
O PODER EM FOCO
O programa semanal, exibido aos domingos, sempre no fim da noite, é uma parceria editorial entre SBT e Poder360. O quadro reestreou em 6 de outubro, em novo cenário, produzido e exibido diretamente dos estúdios do SBT em Brasília.
Além da transmissão nacional em TV aberta, a atração pode ser vista no canal do YouTube do Poder360 e nas plataformas digitais do SBT Online.

 

Fazenda solar em Pantano Grande gera energia para loja situada em Porto Alegre

RENNER/DIVULGAÇÃO – Patrícia Comunello – JC
A maior varejista de moda do Brasil aderiu ao uso de fonte de energia solar e começa a usar no Rio Grande do Sul. Segundo a Renner, a loja no Shopping João Pessoa, em Porto Alegre, está sendo abastecida por energia gerada em fazenda solar de Pantano Grande, a 128 quilômetros da Capital.
“Uma fazenda solar”, onde ficam os painéis fotovoltaicos, foi ativada no fim de dezembro. O empreendimento é de um empreendedor parceiro, informou a varejista. São mil painéis fotovoltaicos, com capacidade para gerar, em média, 0,5 mil megawatts/hora/ano, com 362 kilowatts (kW) de potência.
O abastecimento segue o modelo de geração distribuída, pelo qual a fazenda solar (que é um micro ou minigerador) injeta na rede de distribuição o volume produzido e recebe créditos para ter acesso à energia fornecida pela empresa distribuidora.
Os créditos obtidos pela microgeração “pagam” a conta de luz da concessionária, no caso a CEEE, na Capital, que abastece a loja. A redução da despesa com energia da filial do shopping será de 26% ao ano, diz a Lojas Renner, companhia listada na bolsa de valores, B3.
O uso da energia renovável pela companhia gaúcha ocorre desde o início de 2019. Quatro lojas no Rio de Janeiro foram as precursoras. Uma fazenda solar em Vassouras, no interior fluminense, é a fonte de geração. Os planos da rede na sequência é ativar uma fazenda solar no Distrito Federal, que entrará em operação no primeiro semestre de 2020. O parque abastecerá três lojas em Brasília.
A Renner informou que o investimento atende a metas, anunciadas em 2018, para suprir 75% do consumo corporativo de energia a partir de fontes renováveis de baixa emissão (podendo ser solar, eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, etc) e a redução de 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2) em relação ao inventário de 2017.