Com o fim das restrições de horários e taxa de ocupação nos comércios, os consumidores voltaram às compras e as vendas totais no varejo registraram uma expansão de 5% em setembro, com relação ao mesmo mês do ano anterior.

Segundo o Mastercard SpendingPulse, que mede as vendas no varejo online e nas lojas físicas em todas as formas de pagamentos, os setores de combustíveis (+37,5%), restaurantes (+28,5%) e artigos de uso pessoal (+25,3%) impulsionaram o crescimento das vendas totais no varejo.

Já os setores de móveis e eletrônicos (-22,3%), mobiliário doméstico (-8,6%) e vestuário (-8,2%) tiveram crescimentos de vendas abaixo do índice em relação ao mesmo período do ano passado.

Em termos de vendas totais no varejo nas regiões, o Norte (+16,6%), Sul (+11,3%) e Centro-Oeste (+9,7%) superaram o restante do país, enquanto o Sudeste (+3%) e o Nordeste (+2,8%) apresentaram desempenho inferior ao crescimento das vendas nacionais.

“Com o avanço dos novos horários das lojas da região, podemos ver a continuidade do crescimento das vendas do varejo brasileiro tradicional, principalmente nos setores de estilo de vida”, afirma o executivo Estanislau Bassols, gerente-geral da Mastercard Brasil.

Vendas pelo comércio eletrônico

Com o retorno dos consumidores às lojas, as vendas pelo comércio eletrônico brasileiro caíram -27,3% em relação ao mesmo mês de 2020.

Para uma melhor compreensão do que significam esses números, se comparadas há dois anos, antes do início da pandemia, as vendas totais no varejo cresceram +24% no comparativo do ano e de dois anos e as vendas no comércio eletrônico aumentaram +45,6% em relação ao mesmo mês de 2019. Segundo Bassols, esse movimento do mercado está diretamente relacionado à recuperação gradativa das vendas em lojas físicas.

Fim das restrições em São Paulo

Com 67,61% da população totalmente imunizada contra o coronavírus, o Estado de São Paulo encerrou na segunda-feira, 1º, as últimas restrições de público e eventos para conter o avanço da pandemia de covid-19.

Depois de quase 600 dias, todos os estabelecimentos do Estado podem funcionar sem limites de lotação ou horário de funcionamento e festas com pista de dança, torcidas em estádios, shows com público em pé também estão autorizados. O uso de máscara facial, entretanto, segue obrigatório, assim como a exigência do “passaporte vacinal” em eventos com mais de 500 pessoas.

Fonte: https://mercadoeconsumo.com.br/2021/11/03/restricoes/

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) se estabilizou em outubro. Após quatro meses consecutivos de alta, o indicador apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apresentou crescimento mensal nulo, atingindo 73,2 pontos. Apesar da falta de variação, o índice apresentou o maior nível desde março, quando registrou 73,8 pontos, e superou os 68,7 pontos de outubro de 2020. Ainda assim, permaneceu abaixo do nível de satisfação (100 pontos), fato que vem ocorrendo desde abril de 2015.

Dois subíndices também apresentaram as primeiras quedas após quatro meses seguidos de altas e comportamentos bem semelhantes: o nível de consumo atual e a perspectiva de consumo. O primeiro contou com retração mensal de 0,4% e variação anual positiva de 12,1%. Com isso, o indicador alcançou o nível de 58,0 pontos, o maior patamar desde maio de 2020 (62,1 pontos).

Já a perspectiva de consumo apresentou queda de 1,8%, na comparação com o mês anterior, e avanço de 19,6% em relação a outubro de 2020. Esse resultado foi o mais positivo entre as comparações anuais do estudo, e o indicador alcançou 75,3 pontos, também o maior nível desde maio de 2020 (75,6 pontos).

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, é possível identificar uma perspectiva mais favorável em relação ao consumo nos próximos meses. Mas, ainda assim, chamam a atenção as quedas observadas, que são resultados da incerteza gerada pelo momento econômico. “As incertezas econômicas, com a inflação e a alta dos juros, reduzem o poder de compra. No entanto, apesar dessas dificuldades, o consumo segue avançando em relação ao ano passado”, avalia.

Melhor percepção do mercado de trabalho
Mas se a preocupação com a instabilidade econômica ainda abala o consumo, por outro lado, o estudo aponta uma melhor percepção do mercado de trabalho. O indicador de emprego atual contou com crescimento anual de 6,4% e mensal de 1,7%, a maior taxa do mês. Acompanhando essa recuperação, o patamar atingido (91,4 pontos) o manteve como o maior indicador da pesquisa em outubro, sendo também o maior nível desde maio de 2020 (101,7 pontos).

Reforçando o cenário, o segundo resultado mais positivo do mês foi o item envolvendo a perspectiva profissional, que apresentou variação mensal positiva de 1,3% e aumento de 6,9% na comparação com outubro do ano anterior. Com a sequência de variações positivas, o indicador atingiu 84,1 pontos, a maior pontuação desde abril (84,4 pontos).

Para a economista da CNC, responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, os dados revelam continuação para os próximos seis meses da confiança das famílias em relação ao mercado de trabalho. “Em ambos os casos, houve melhora no perfil de respostas das famílias, elas estão mais seguras em relação aos seus empregos em curto prazo e menos negativas quanto aos seus empregos em longo prazo”, afirma Catarina.

Fonte: https://exclusivo.com.br/varejo/2021/10/22/intencao-de-consumo-das-familias-estabiliza-em-outubro.html

Parte das companhias contornou as dificuldades com apoio do e-commerce, enquanto outras afundaram com as portas fechadas

O reforço das medidas de restrição contra a Covid-19 no primeiro trimestre deste ano afetou as operações de muitas companhias brasileiras, em especial das varejistas – com impacto ainda pior sobre as que ainda iniciam o processo de digitalização de seus negócios. Conforme Pesquisa Mensal de Comércio divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início de maio, o varejo registrou uma queda acumulada de 0,6% nas vendas no primeiro trimestre. Só o segmento de tecidos, vestuários e calçados caiu 18% no mesmo período

Ainda assim, muitas varejistas conseguiram superar os resultados anteriores e apresentaram resiliência frente ao contexto, após mais de um ano de pandemia. A Lojas Marisa reduziu o prejuízo no primeiro trimestre divulgado na segunda-feira (10), ante o mesmo período do ano anterior, mas ressalta que ainda sofre os impactos pela pandemia, parcialmente compensados pela maior eficiência em despesas.

O desempenho negativo da companhia no período ficou em R$ 53,4 milhões, contra o prejuízo de R$ 107,1 milhões um ano antes. No entanto, a receita da companhia foi menor, de R$ 415,434 milhões entre janeiro e março deste ano, queda de 27,3%, em comparação com a receita de R$ 571,775 milhões no mesmo período de 2020. A Marisa ainda assim foi beneficiada pelo aumento das vendas pela plataforma digital, de 67,3% no primeiro trimestre – com o aplicativo representando 45% das vendas digitais. Já o varejo teve queda de 30,5%.

A gestora das marcas Olympikus, Mizuno e Under Armour também mostrou recuperação em relação ao primeiro trimestre de 2020. A Vulcabras registrou lucro líquido de R$ 14,6 milhões nos primeiros três meses deste ano, uma alta de 64% ante os R$ 8,9 milhões do primeiro período de 2020. A receita líquida da companhia foi de R$ 311,9 milhões no primeiro trimestre, um aumento de 30,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, e o terceiro trimestre consecutivo de ganhos.

O CEO da Vulcabras, Pedro Bartelle, atribui o crescimento de receita no trimestre às novas coleções adaptadas à realidade do mercado neste momento e ao comportamento do consumidor.

Já a Natura &Co não seguiu na mesma linha. Na quarta-feira (12), a companhia anunciou prejuízo de R$ 156,6 milhões, ante o valor negativo de R$ 824,9 milhões no primeiro trimestre de 2020. Roberto Marques, presidente-executivo do conselho de administração e CEO do Grupo, ressaltou que o ambiente segue desafiador, “em termos sanitários, com bloqueios e restrições em alguns mercados importantes”.

A receita líquida da companhia foi de R$ 9,5 bilhões, aumento de 25,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas digitais da Natura representaram 48% da receita total, ante 33% no primeiro trimestre de 2020.

A mais nova aquisição do Grupo Soma, a Cia Hering apresentou lucro líquido de R$ 19,76 milhões no primeiro trimestre, antes de ser vendida ao grupo no dia 28 de abril. O lucro representa um aumento de 291,8% ante o mesmo período do ano anterior. A receita líquida da Cia Hering ficou em R$ 285,08 milhões, aumento de 4,8% na comparação com o ano anterior.

Paralelamente, o próprio Grupo Soma contornou as dificuldades com as restrições e trouxe resultados acima do esperado pela XP Investimentos. A receita líquida da holding foi de R$ 353,6 milhões, um crescimento de 20,1% ante o primeiro trimestre de 2020. O lucro líquido da companhia foi de R$ 14,9 milhões, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior de R$ 43,4 milhões.

De acordo com a XP Investimentos, o Grupo Soma foi favorecido pelas “vendas a preço cheio no canal online e o forte crescimento da Farm Global (+135,5% ano a ano)”.

Já a Guararapes, dona da Riachuelo, registrou prejuízo de R$ 104,9 milhões no primeiro trimestre, maior que o prejuízo dos três primeiros meses de 2020, de R$ 47,5 milhões. A empresa explicou que a performance apresentada no trimestre é reflexo da queda nas vendas em lojas, da expansão de margem bruta de mercadorias, do desempenho das despesas operacionais e do forte crescimento do resultado da operação financeira.

A receita líquida da companhia ficou em R$ 1,24 bilhão, um recuo de 23,5% ante o mesmo período de 2020. As vendas realizadas pelos canais digitais cresceram 253,5% no 1T21, representando 13,3% das vendas totais de mercadorias no período.

Na última quarta-feira (12), a Via (antiga Via Varejo) apresentou um surpreendente salto de 1284,6% no lucro líquido do primeiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2020, aos R$ 180 milhões. A receita líquida da companhia foi de R$ 7,5 bilhões, 19,1% a mais que o mesmo período do ano passado.

O bom desempenho da Via tem como destaque a performance online, que, de acordo com a administração, é “fruto das melhorias nos prazos de entrega, da maior assertividade comercial e principalmente pela entrada de novas categorias e ganhos de marketshare”. A receita bruta do canal online apresentou crescimento aproximado de 111% nos três primeiros meses do ano comparando com 2020.

Na semana, a quinta-feira concentrou o maior volume de balanços no varejo – uma “rave” de resultados, nas palavras da XP Investimentos. As duas representantes do segmento de e-commerce no dia, Westwing e Magazine Luiza, trouxeram bons resultados, especialmente a segunda, favorecidas pela menor circulação das pessoas, com esse movimento migrando parcialmente para o varejo digital.

A Magazine Luiza trouxe R$ 8,8 bilhões de vendas no e-commerce, um aumento de 111,4%, e que representa 70% das vendas totais no período. A companhia atribui o resultado favorável à boa performance do aplicativo, entrega mais rápida e à evolução do marketplace. Em mensagem da administração, a Magazine Luiza promete acelerar ainda mais as entregas, e expandir o sistema de pedidos que chegam em uma hora, que já está disponível em 50 lojas do grupo.

A receita líquida da Magazine Luiza nos três primeiros meses de 2021 foi de R$ 8,25 bilhões, um aumento de 57,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 258,6 milhões, impressionantes 739,7% acima do ano anterior.

Após a estreia na Bolsa em fevereiro, a Westwing não conseguiu reduzir o prejuízo líquido do primeiro trimestre, de R$ 16,6 milhões, em relação ao resultado negativo de R$ 2,5 milhões do mesmo período de 2020. Para a XP Investimentos, o prejuízo ainda veio menor que o esperado, “por conta de menores despesas não operacionais e do impacto do reconhecimento de imposto diferido no período”.

Já o Ebitda da companhia ainda veio “pressionado por conta de maiores investimentos na operação”, e ficou negativo em R$ 22,58 milhões. A receita líquida da Westwing foi de R$ 60,57 milhões, um aumento de 83,3% ante o mesmo período de 2020.

A C&A reportou uma receita líquida de R$ 776,1 milhões no período, uma queda de 20,6% comparado ao ano anterior, que, de acordo com a companhia, se deve às restrições impostas pela pandemia e à “maior insegurança da cliente”. A companhia trouxe um prejuízo de R$ 138,5 milhões, pior que o resultado negativo no primeiro trimestre de 2020, de R$ 55,4 milhões.

A Lojas Renner trouxe resultado abaixo do esperado, na visão da XP, apesar do crescimento de 140% nos downloads do aplicativo no trimestre, totalizando 4,5 milhões e com recorde de 1,8 milhão em março. A receita líquida da companhia foi de R$ 1,58 bilhão, queda de 15,2% ante o mesmo período de 2020. O prejuízo da Lojas Renner foi de R$147,7 milhões, ante lucro de R$ 7,1 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

Já a Arezzo viu seu lucro líquido disparar 310,7% na comparação anual, para R$ 29,6 milhões. A receita líquida da companhia no período foi de R$ 499,9 milhões, aumento de 33,2% sobre o mesmo período de 2020. De acordo com a administração da companhia, as vendas digitais apresentaram “excelente nível de maturidade”, que “permitiu que a rede novamente apresentasse resultados sólidos”.

 

O 5G vai promover experiências de consumo e ganhos de eficiência para lojas

MARCOS GRACIANI EVT DIG AMANHA 03/02/2021 Revt. Amanha Digit.

“Poderemos até mesmo entender se determinado estado de humor do consumidor resulta em melhor ou pior conversão de compra e como oferecer um atendimento baseado nisso”, prevê Vinicius Porto de Oliveira, diretor de P&D do Magalu

O 5G vai promover a revolução não só no e-commerce, mas no varejo como um todo ao habilitar casos de uso voltados a ganhos de eficiência, criação de novos modelos de negócios e melhor experiência do consumidor. Os brasileiros se sentirão dentro de um dos episódios dos Jetsons, seriado que antecipou o surgimento de tablets, TVs de tela plana e robôs que faziam limpeza. Os clientes poderão visualizar informações dos produtos usando meio de realidade virtual e aumentada pelo smartphone ou óculos próprios. O consumo de vídeos 360° e experiências holográficas, em tempo real e em qualquer lugar, será comum para conhecer um produto que se deseja comprar.

A “internet dos sentidos” é outra promessa do 5G: será possível ter experiências táteis com dispositivos que poderão ser vestidos pelas pessoas. Pelo mundo, o 5G já anda mudando a rotina de alguns privilegiados. Na China, os shopping centers vêm adotando o sistema para conectar câmeras de segurança por reconhecimento facial, gerenciar sensores para análise de fluxo de clientes e orientar campanhas de publicidade. No Brasil, há redes varejistas que já contemplam em seu planejamento estratégico a adoção do 5G. É o caso da Magazine Luiza, que, do Paraná para baixo, tem mais de 200 lojas. “As possibilidades são inúmeras, mas no fim todas convergem para oferecer uma melhor experiência aos nossos consumidores e fornecedores. A tecnologia é apenas uma camada que irá viabilizar essa experiência excepcional”, comemora Vinicius Porto de Oliveira, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento do Magalu, nome que a marca passou a adotar em suas campanhas desde meados do ano passado. Oliveira antecipa vários usos que a rede fará com a tecnologia, como a “datificação das lojas”, dados mais acurados do que aqueles encontrados atualmente no meio digital. “Poderemos até mesmo entender se determinado estado de humor do consumidor resulta em melhor ou pior conversão de compra e como oferecer um atendimento baseado nisso”, conjectura.

Aliás, a comunicação hiperlocal e totalmente customizada com o consumidor dentro da loja será uma realidade, permitindo oferecer descontos para diferentes grupos de clientes, de acordo com seu perfil de compra e localização dentro da loja, ou oferecer recomendações personalizadas a cada cliente através do reconhecimento deles. Cruzar o histórico de navegação na web com o histórico de compra e criar uma experiência mais personalizada, por exemplo, fará parte da estratégia dos vendedores. Falando neles, a conexão entre todas as equipes do ponto de venda será muito natural. “Uma prateleira autônoma poderá se comunicar com o estoquista, ou mesmo um robô de reposição, indicando o baixo nível de determinado item, providenciando a recolocação automática e evitando perda de venda por ruptura”, antevê o diretor de P&D da “Amazon brasileira”, comparação que ganhou por basear suas vendas on-line no marketplace, modelo em que não são ofertados apenas produtos vendidos pelo próprio Magazine Luiza, mas também de outras empresas.

A logística será outra ponta de lança do Magalu com o 5G. Acelerar – e melhorar – a automatização dos centros de distribuição com uso de robôs será uma das primeiras providências. Otimizar rotas e ajustá-las em tempo real, de modo que a entrega seja feita o mais rapidamente possível, também está nos planos de Oliveira. Como será possível conhecer a demanda em tempo real, ficará muito mais fácil a tarefa de adequação do mix de produtos ofertados em cada uma das mais de 1 mil lojas da rede varejista em todo o Brasil. Nem mesmo os Jetsons, em seus sonhos, imaginariam que a experiência de compra poderia ser tão assertiva – e, quem sabe, prazerosa.

Fonte:https://amanha.com.br/categoria/tecnologia/varejo-os-sentidos-na-vitrine

Fernando Modé será o novo CEO
REDAÇÃO Ver. Dig. Am,anha – 15/12/2020

“Deixarei o dia a dia da operação, em franco crescimento, e assumirei essa nova posição no conselho para ter mais qualidade de tempo para manter o olhar no futuro, não só dos negócios, mas do varejo brasileiro, e seguir defendendo os interesses do setor”, avalia Grynbaum
O Grupo Boticário adotará a partir de março de 2021 um novo modelo de gestão operacional. A nova estrutura terá mais integração entre as marcas e os diferentes canais de venda para manter o ritmo de crescimento e inovação que marcam a trajetória da companhia. Artur Grynbaum (foto), CEO desde 2008, assumirá como vice-presidente do Conselho Administrativo ao lado de Miguel Krigsner, atual presidente.
O redesenho do Grupo Boticário conta ainda com a ampliação de quatro para sete vice-presidências, dando protagonismo também para a área de tecnologia, marketing e experiência do consumidor e B2B. Com a mudança, Artur se dedicará de forma mais ampla a olhar o futuro do negócio, entendendo e se aprofundando nos caminhos e tendências do varejo, voltando a se aproximar de clientes e sendo uma voz ativa do setor.
Fernando Modé, vice-presidente corporativo desde 2015, assume como CEO para liderar essa nova fase, mantendo o propósito e os valores da companhia. Advogado de 52 anos, entrou no Grupo Boticário em 1999 para atuar na área jurídica. Em 2004 assumiu o cargo de CFO, na época ocupado por Grynbaum.
Desde a criação do Grupo Boticário, há 10 anos, essa é a segunda reestruturação da companhia. Em 2015, houve a integração das unidades de negócio e a centralização do comando das áreas corporativas, com o nascimento de quatro vice-presidências. O novo modelo de gestão é uma continuidade desse processo e se faz necessário frente aos desafios da próxima década.
“Quando assumi a presidência da marca O Boticário, em 2008, e depois do Grupo Boticário, em 2010, o desafio apresentado à época exigia um olhar para o futuro, visando a diversificação dos negócios. Deixamos de ser uma empresa mono para virar multimarcas, com multicanais, com sete unidades de negócios e mais de 4 mil pontos de venda em todo o País. Deixarei o dia a dia da operação, em franco crescimento, e assumirei essa nova posição no conselho para ter mais qualidade de tempo para manter o olhar no futuro, não só dos negócios, mas do varejo brasileiro, e seguir defendendo os interesses do setor”, avalia Grynbaum.

64% não comprarão presentes – Mais ricos têm mais intenção – 21% devem gastar até R$ 500
Movimento do comércio popular no mês do NatalRovena Rosa/Agência Brasil – 10.dez.2019
SABRINA FREIRE
14.dez.2020 (segunda-feira) – 19h20
Pesquisa PoderData mostra que só 25% dos brasileiros pretendem comprar presentes de Natal neste ano. Outros 64% afirmam que não irão gastar com as lembranças. Foram 11% os que não responderam ou disseram ainda não saber.

 

O levantamento mostra que, dos 25% que irão comprar presentes, 41% pretendem gastar até R$ 100. Outros 21% estimam gasto de R$ 100 a R$ 500 com as lembranças.
Há ainda os que devem gastar mais: 16% afirmam ter a intenção de comprar mais de R$ 500 em presentes. Outros 22% ainda não sabem.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 7 a 9 de dezembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas, em 505 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
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Os que mais pretendem comprar presentes são:
• homens (32%);
• pessoas de 16 a 24 anos (29%);
• moradores do Norte (49%);
• os que têm ensino superior (38%);
• os que ganham mais de 10 salários mínimos (69%).
Os que afirmam que não devem gastar com as lembranças são:
• mulheres (73%);
• pessoas de 16 a 24 anos (66%);
• moradores do Sudeste (70%);
• os que têm só o ensino fundamental (75%);
• os sem renda fixa (73%);

INTENÇÃO DE COMPRA
O PoderData analisou o grupo dos que têm a intenção de comprar presentes de Natal, que soma 25% dos entrevistados, e verificou qual estimativa de gastos por sexo, idade, região, escolaridade e renda.
Os que mais afirmam que devem gastar até R$ 100 são:
• moradores das regiões Centro-Oeste (62%) e da região Nordeste (48%); pessoas de 45 a 59 anos e os que os que têm só ensino fundamental (47% em cada grupo);
• e os que recebem até 2 salários mínimos (46%).
Os que mais devem gastar de R$ 100 a R$ 500 são:
• moradores das regiões Sul (37%) e Sudeste (36%);
• pessoas de 16 a 24 anos (32%);
• os que recebem de 2 a 5 salários mínimos, de 5 a 10 salários mínimos, mais de 10 salários mínimos (33% em cada grupo);
• e os que têm ensino superior (26%).
Os que devem gastar mais com presentes, acima de R$ 500, são:
• os que recebem de 2 a 5 salários mínimos (46%);
• moradores do Nordeste (38%);
• pessoas de 60 anos ou mais (35%);
• os que têm só o ensino fundamental (20%).

 

JC – 19.11.20
Pela 6ª vez, a Lojas Renner está entre as companhias mais sustentáveis do mundo conforme o ranking Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World), referência em sustentabilidade corporativa. Maior varejista de moda omni do Brasil, ela é uma das 7 representantes nacionais que integram a edição de 2020 da lista de empresas com as melhores práticas na área, sendo a única brasileira com atuação no varejo. Este é o terceiro ano consecutivo da Lojas Renner no DJSI World, após ter figurado também em 2014, 2015 e 2016 no DJSI Emerging Markets. “O mercado reconhece que estamos avançando no objetivo de construir uma moda cada vez mais responsável”, comenta o gerente sênior de Sustentabilidade, Eduardo Ferlauto.
1.386 participantes
Ao todo, 3.429 companhias de todo o mundo foram convidadas a participar da avaliação corporativa de sustentabilidade e 1.386 se inscreveram, número recorde na história do índice. A seleção final da carteira deste ano reúne 323 empresas de 30 países. Olhando para o setor de varejo do ranking, 116 participaram e apenas 11 foram selecionadas, das quais 6 são do varejo de moda.

Com um histórico de resultados consistentes, a varejista reportou seu primeiro prejuízo em 15 anos no terceiro trimestre, diante dos efeitos da pandemia. E aposta agora na retomada das vendas nas lojas físicas e nas estratégias multicanal para recuperar seu posto de porto seguro dos investidores
Moacir Drska •06/11/20 • NEOFEED

Foram ao menos 17 citações, em pouco mais de uma hora. Durante a teleconferência da Renner com analistas realizada na tarde desta sexta-feira, 6 de novembro, a palavra normal, ou algumas de suas variações, como normalização e normalidade, surgiu de forma recorrente no discurso dos executivos da varejista.
A frequência com que o termo foi empregado contrasta com um fato raro na trajetória não tão recente da empresa. Na noite da quinta-feira, a companhia divulgou seu balanço do terceiro trimestre. E com ele, seu primeiro prejuízo em 15 anos, de R$ 89,2 milhões.
Com o resultado, os papéis da empresa, acostumada a agradar os investidores, abriram o pregão na B3 em queda superior a 3% e chegaram a cair mais de 5% nas horas seguintes. Mas a ação encerrou o dia com uma baixa de 3,06%.
“O pior já passou e estamos mais próximos de um cenário normal”, afirmou Fabio Faccio, CEO da Renner, buscando reforçar a perspectiva de recuperação da varejista. “Estamos bastante confiantes e, mês a mês, nos aproximando do contexto pré-pandemia.”
Depois de ressaltar que boa parte dos indicadores foi afetada pelas restrições de funcionamento das lojas físicas, o executivo observou que, atualmente, a rede tem cerca de 93% de sua carga horária tradicional já em operação.
Nessa retomada, as unidades em regiões como Norte e Nordeste já estão próximas dos patamares de vendas, de estoques, de custos e de fluxos tradicionais da companhia.
Em contrapartida, esse retorno tem sido mais lento em mercados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que concentram boa parte dos pontos de venda da rede, dona ainda das bandeiras Camicado, Ashua e YouCom.
Enquanto monitora e projeta um cenário mais estável, a Renner segue investindo e dando mais velocidade aos projetos para atravessar esse momento e se preparar para o chamado novo normal. E nesse trajeto, as iniciativas de digitalização e dentro do conceito de multicanal são o destaque.
Uma das principais ações é a Prateleira Infinita, que envolve a oferta de todo o mix de produtos, incluindo itens exclusivos, no e-commerce da marca. “Esse projeto potencializa as vendas online, amplia o sortimento e a profundidade do que ofertamos”, disse Faccio. “Hoje, estamos com mais de 5 milhões de peças disponíveis no online e subindo todo estoque, de 50 milhões.”
Outra iniciativa, batizada de Visão Única do Cliente, passa pela captura, integração e análise de informações dos clientes – dentro dos preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – para obter maior conhecimento sobre esse consumidor e estabelecer um relacionamento mais personalizado.
Segundo a varejista, sob essa ótica, 75% do faturamento já têm “identificação”. E com a integração dos dados, houve um crescimento de 35% na base de clientes que já recebem comunicações dirigidas durante o terceiro trimestre.
“De ações com grandes grupos estamos caminhando para uma comunicação com os clientes cada vez mais granular”, afirmou Faccio. “Com isso, nós tivemos maior participação no omnichannel. Lembrando que esse cliente gasta três vezes mais que um cliente offline”, acrescentou, ressaltando a expectativa de que, em alguns anos, todos os consumidores se enquadrem nesse perfil multicanal.
Dentro dessa abordagem, reforçada pela orientação de personalização, 17 lojas da Renner e da Ashua já tocam um projeto piloto chamado Fashion Delivery, que consiste no envio de ofertas selecionadas para a casa de clientes com base nas preferências desses consumidores compiladas no big data do grupo.
Outros projetos estão em curso. Hoje, mais de 20% das vendas das lojas já são efetivadas sem que os clientes precisem passar pelos caixas. Entre as alternativas, figuram o pagamento com vendedores nas unidades, pelos totens de autoatendimento ou por meio do aplicativo da rede.
Ao mesmo tempo, a empresa conta com outros modelos de vendas multicanal, como o ship from store, que usa as lojas como mini-hubs para agilizar a entrega de pedidos feitos via e-commerce. O formato está disponível em mais de 180 unidades e mais de 20% das vendas online já são atendidas com estoques dos pontos de venda.
Com essas e outras frentes, as vendas via canais digitais alcançaram uma participação de 16% nas vendas totais da companhia que, no trimestre, apurou uma receita líquida de R$ 1,6 bilhão, queda de 14,5% sobre igual período de 2019.
No terceiro trimestre, as vendas via canais digitais alcançaram uma participação de 16% nas vendas totais da companhia
Um componente essencial nessa equação multicanal, a expansão das lojas físicas também foi tema da teleconferência. Nessa ponta, Faccio manteve o plano da Renner, hoje com 392 unidades, chegar a 520 lojas em 2025. Nesse caminho, ele destacou que as lojas de rua, localizadas em cidades médias e de menor porte serão um dos destaques.
Em linha com a mensagem passada pelos executivos da empresa, o Credit Suisse destacou em relatório a melhora gradual dos indicadores da Renner, em especial, a estratégia multicanal, a alta penetração das vendas digitais e a perspectiva mais positiva com a reabertura de todas as lojas no quarto trimestre.
Os analistas Victor Saragiotto e Pedro Pinto ressaltaram que é inegável que a Renner é uma grande empresa, com capacidade de execução comprovada. Mas ressaltaram que há desafios no caminho para que ela volte ao seu “velho normal”, ou seja, ao seu posto habitual de porto seguro para os investidores.
“Isso não significa, porém, que a empresa esteja imune aos desafios impostos pela Covid-19 e, principalmente, às condições sombrias de um consumo mais restrito em 2021”, escreveram os analistas. “Reconhecemos os esforços para acelerar as vendas online e estabelecer rapidamente projetos estratégicos, mas ainda não estamos confortáveis com a perspectiva do ano que vem.”
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Isadora Jacoby 03 de novembro de 2020 JC

NO GE DE CASA, CONVERSAMOS SOBRE ESTRATÉGIAS PARA A DATA NESTE ANO

Natal deve ser bom para vendas pois público presenteará mais após o estresse de 2020
No GE de Casa, conversamos sobre estratégias para a data neste ano
Depois de um ano em que as vendas online ganharam mais espaço na rotina dos consumidores, o Natal, uma das principais datas do varejo, deve seguir essa tendência. No GE de Casa, recebemos João Finamor, professor de Marketing da ESPM, e Sabrina Rolim, proprietária da PresentearPoa, para debater sobre as melhores estratégias para consolidar vendas no fim do ano.
Faltando menos de dois meses para a data, João alerta que as marcas devem traçar suas metas e estratégias para o Natal com urgência. O especialista destaca, ainda, que antes do Natal, há uma outra data importante para o varejo: a Black Friday. No entanto, ele pondera que os objetivos de cada uma delas é diferente. “A Black Friday é uma ação muito de eliminar o estoque, de saldão, mas efetivamente o Natal, para o varejo, é fundamental para lucro. Enquanto a Black Friday é muito para escoamento, a gente tem no Natal uma data mais relevante”, pontua João, que acredita que, neste ano, o desejo de presentear no Natal pode ser ainda maior. “As pessoas vão querer presentear, talvez até mais, por tudo que passaram. A diferença é o novo formato de compra. As empresas que ainda não passaram totalmente pela sua transformação digital tem que ver como elas vão proporcionar essa nova experiência de compra”, ressalta.
O especialista alerta que os empreendedores devem apostar na essência do Natal na hora de traçarem suas estratégias para atrair clientes. “Natal é uma das datas mais empáticas, tem muita emoção. E nesse ano a grande questão é essa: trazer emoção, uma história, entender como vai te conectar com as pessoas. Todo mundo ficou triste. Então, posso usar isso a favor de uma forma legal, levando alegria para as pessoas ao presentear”, aconselha João.
Proprietária de uma loja especializada em presentes personalizados desde 2014, Sabrina sentiu na rotina de seu negócio as transformações apontadas por João. Ela conta que a demanda não diminuiu durante a pandemia e que o negócio ajudou as pessoas a ficarem mais próximas, mesmo a distância. “Somos o elo de ligação da pessoa que está longe, do idoso que não pode ver o filho porque está confinado em casa. Trabalhamos muito as emoções aqui. O trabalho da Presentear é pegar o teu melhor, transformar em um presente, e entregar para a pessoa”, afirma Sabrina. Segundo ela, os últimos meses foram de mudança na forma de escolher um presente. “As pessoas aprenderam a ressignifcar o presente nesse período. O espumante caro, o bombom, nada disso está valendo. O que vale agora é a intenção de lembrar da pessoa”, afirma.

Incerteza é o principal motivo – Pesquisa realizada pelo FGV Ibre – Confirma tendência PoderData
O principal motivo apontado para frear o consumo é a incerteza com relação à pandemiaTomaz Silva/Agência Brasil
PODER360 26.out.2020 (segunda-feira) –
A pandemia de covid-19 fez com que os consumidores ficassem cautelosos. Estudo feito pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) mostra que 58% dos brasileiros adiaram a compra de bens e serviços.
O principal motivo apontado para frear o consumo é a incerteza com relação à pandemia (53%). Os entrevistados também afirmam que estão economizando por precaução (31%), estão com medo de que alguém na família fique desempregado (19%) ou com dificuldade de encontrar novo emprego (13%). O instituto entrevistou 1.171 pessoas.
O resultado confirma tendência apontada em pesquisa realizada em julho pelo PoderData. Os entrevistados foram questionados se pretendiam fazer alguma grande compra, como carro, casa, apartamento ou eletrodomésticos nos próximos meses.
Só 18% dos brasileiros responderam que pretendiam fazer uma grande compra nos meses seguintes. A maioria (74%) não pretendia fazer grandes aquisições. Outros 8% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada de 20 a 22 de julho de 2020 pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 560 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
“O consumidor continua se mantendo bastante cauteloso em relação à compra de bens ou serviços. Esse percentual é mais alto para as faixas de renda mais baixas, que foram as que mais sofreram na pandemia, com perda de emprego e suspensão de contrato de trabalho e estão com nível de endividamento mais alto”, disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do FGV Ibre, à Folha de S.Paulo.
Segundo a pesquisa do FGV Ibre, 10% dos entrevistados dizem não ter como pagar as contas. O fim do auxílio emergencial foi citado por 7% dos entrevistados para justificar a pausa no consumo.